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Ganhar o mundo é uma proposta da Plataforma Brasil, da MITsp

Alessandra Negrini em A Árvore.  Foto: Divulgação

in.verter. Foto: Cacá Bernardes / Divulgaçao

Glitch com Flavia Pinheiro. Foto: Divulgação

Marta Soares em Vestigios. Foto João Caldas / Divulgação

Alargar horizontes e encontrar novos portos de chegada são desejos da maioria dos artistas e grupos brasileiros das artes cênicas. A Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – MITsp vem apostando no fomento e promoção de grupos e artistas nacionais rumo à internacionalização há alguns anos. Mais uma ação nesse sentido é a programação especial de espetáculos e performances nacionais, a Plataforma Brasil – Mostra Digital de Artes Cênicas, que a MITsp apresenta entre 1° e 5 de dezembro, pelo site MIT+ (mitmais.org), braço digital da Mostra.

O evento, destinado a programadores nacionais e internacionais, mas estendido ao público gratuitamente, inclui 18 montagens de 14 artistas e grupos de vários estados brasileiros. A MITsp também anuncia a 8ª edição da MITsp, programada para a primeira quinzena de junho de 2022.

Os espetáculos que estão na mira da MITsp são aqueles que priorizam a pesquisa experimental e investigação da linguagem cênica, definem os idealizadores da MITsp, Antonio Araújo (Teatro da Vertigem) e Guilherme Marques (Ecum – Encontro Mundial das Artes Cênicas), diretor artístico e diretor geral de produção, respectivamente. Além da programação de espetáculos nacionais, a MITsp tem investido nas atividades pedagógicas voltadas para a capacitação de gestores e produtores culturais.

A Plataforma Brasil – Mostra Digital de Artes Cênicas em 2021 tem curadoria de Kil Abreu e Sônia Sobral e foi pautada pela escolha de produções de todo Brasil em diálogo com questões urgentes no mundo.

A seleção em teatro, dança e performance oferece espetáculos inéditos na plataforma e outros do acervo da MITbr, que já se apresentaram presencialmente em edições anteriores da Mostra. O conteúdo ficará disponível na MIT+ durante o período da Mostra com opção de legendas em inglês, Libras e audiodescrição.

Programação

Loess uma das quatro performances que Marise Maués apresenta. Foto: Divulgação

Serenatas Dançadas, de Soraya Portela, do Piauí. Foto: Divulgação

Desfazenda Me enterrem fora desse lugar, do Coletivo O Bonde Foto: Jose de Holanda / Divulgação

Loess é um conceito da geologia que aponta um tipo de solo arenoso, inconsistente, sedimentado. Loess é uma das quatro performances que Marise Maués apresenta como reflexão sobre a fragmentação do humano contemporâneo, com múltiplas identidades e em contínuo processo de mudança. As outras três são Nóstos, Kali, Paisagem Derruída, exibidas pela primeira vez na Mostra e que investigam questões do território paraense.

Serenatas Dançadas, de Soraya Portela, do Piauí, articula o encontro de quatro mulheres do Nordeste brasileiro com suas memórias, suas paisagens íntimas e seus desejos. O cotidiano fabulado e bem-humorado de Lara Luz, Vera Lu, Tetê Souza e Raimunda Flor do Campo é dançado celebrando o amanhã.

“Vapor” é uma gíria que significa sumir, nos becos das periferias de Teresina (PI) ou outras urbanidades. O morador da quebrada que morre, evapora. O cara que vende a ilícita aos consumidores. Pode dar conta do olheiro que vigia as entradas da favela e avisa à rede. Ou os mais vulneráveis, vítimas da ação policial, executados na juventude. A Original Bomber Crew apresenta Vapor, a partir da pesquisa e cultura do hip hop.

Glitch, palavra que quer dizer “deslizar”, “escorregar”, entrou na linguagem da informática para indicar um mau funcionamento. No uso corrente vale para qualquer tipo de pequeno problema inesperado que atrapalha o bom funcionamento de qualquer coisa. Flavia Pinheiro adota o nome Glitch no trabalho que investiga como corpos queer, desobedientes, podem hackear e desestabilizar sistemas hegemônicos de poder. Em cena, performers expõem suas individualidades, mas essa coletividade sofre colapso no palco.

Na coreografia Delirar o Racial, os artistas cariocas Wallace Ferreira e Davi Pontes conectam dança e filosofia para desafiar a lógica da violência moderna. É uma dança de autodefesa, repleta de movimentos acrescidos de artes marciais e da capoeira, para que o corpo negro exista sem a repetir a violência colonial sem se autodestruir , com os dois corpos em cena em constante diálogo e negociação.

Na peça-filme Desfazenda – Me enterrem fora desse lugar, do Coletivo o Bonde, de São Paulo, quatro pessoas pretas vivem na fazenda de um Padre Branco. Quando crianças, 12, 13, 23 e 40 foram salvas da guerra pelo homem. A guerra nunca atingiu a fazenda. O Padre nunca sai da capela. E em qualquer questionamento, um sino soa.

Eduardo Fukushima, de São Paulo, experimenta o desconfortável em si, com o solo Homem Torto, uma dança não simétrica que sugere um corpo frágil, mas com o vigor dos fortes. É uma dança que investe nos opostos como a dureza e a leveza, a fragilidade e a força, o equilíbrio e o desequilíbrio, movimentos fluidos e cortados, o dentro e o fora do corpo.

In-verter à Deriva, da paulista Les Commediens Tropicales, mistura ficção e documentário, em um experimento cênico audiovisual, que traz imagens do grupo em suas intervenções urbanas com dança, performance e teatro.

Em A Árvore, Alessandra Negrini interpreta A, escritora solitária que se metamorfoseia em uma árvore. É um relato poético que peregrina pelo isolamento, pela esperança, pelo íntimo contato com o estranho e pelo desconhecido de um novo ser em um novo mundo. A peça híbrida entre teatro e cinema, da dramaturga mineira Silvia Gomez, se inspira no fantástico e no absurdo para falar da relação de amor e ruína com o meio ambiente em que vivemos.

Boca de Ferro. Foto: Gelson Catatau

Dinamarca. Foto: Bruna Valença / Divulgação

Renata Carvalho. Foto: Nereu Jr / Divulgação

Algumas peças que foram apresentadas nas edições anteriores da MITbr estão na programação. Boca de Ferro, das cariocas Marcela Levi e Lucía Russo, traz a sonoridade de Belém em uma dança irreverente, provocadora. Dinamarca, do Grupo Magiluth, de Pernambuco, foi inspirado em Hamlet e propõe uma reflexão sobre o fenômeno das bolhas sociais.

Com Manifesto Transpofágico, a autora e atriz paulista Renata Carvalho questiona a construção de corpos, identidades e preconceitos contra travestis.

O Grupo Cena 11, de Santa Catarina, resgata, em Protocolo Elefante, o exílio da morte dos elefantes para falar de pertencimento e deslocamentos. Vestígios, da Marta Soares, é resultado de uma imersão em cemitérios indígenas pré-históricos na região de Laguna, em Santa Catarina, e mistura performance, videoinstalação e dança.

Ver(ter) à Deriva, espetáculo da paulista Les Commediens Tropicale, é formado por um conjunto de intervenções cênicas propostas para espaços externos e públicos, que dialogam com o silêncio das imagens de uma metrópole.

A Plataforma Brasil – Mostra Digital de Artes Cênicas tem apresentação da Prefeitura Municipal de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Apoio institucional do Goethe Institute, Sesc SP, Festival Panorama, Faroffa. Apoio Cultural do Núcleo dos Festivais, KVS – Proximamente, Art Republic. A realização é da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo e do Olhares Instituto Cultural.

Parcerias com festivais: resultados práticos

A MITsp, por meio da MITbr – Plataforma Brasil já fechou acordos com eventos de artes cênicas. São parceiros os festivais de Edimburgo; o Proximamente da KVS, em Bruxelas, o Lift, em Londres e o Festival de Santarcangelo, na cidade italiana de mesmo nome.

Alguns resultados das ações. Altamira 2042, de Gabriela Carneiro da Cunha, está em turnê por festivais de países como França, Portugal, Suíça e Uruguai até o início de 2022. Lobo, de Carolina Bianchi, foi convidado a se apresentar no Skirball, em Nova York, em 2020. A atriz e diretora Janaína Leite, que se apresentou na edição de 2020, dará um workshop no Festival Proximamente, na Bélgica. O Grupo Mexa levou Cancioneiro Terminal para o Festival Traansform, em Leeds, na Inglaterra.

Outros espetáculos como violento., solo encenado por Preto Amparo, com concepção de Preto Amparo, Alexandre de Sena, Grazi Medrado e Pablo Bernardo; Caranguejo Overdrive, da Aquela Cia de Teatro; Isto é um Negro?, do grupo E Quem É Gosta?; Vaga Carne, de Grace Passô; De Carne e Concreto, da Anti Status Quo Companhia de Dança estiveram em festivais como o Festival Mladi Levi, na Eslovênia, o Proximamente e o FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, no Porto, Portugal.

Serviço

Plataforma Brasil – Mostra digital de artes cênicas
On Demand – De 1º, às 11 horas, ininterruptamente, até 23 horas do dia 5 de dezembro de 2021
Conteúdo legendado em inglês e acessível com audiodescrição e Libras.
MIt+:
Informações e acesso gratuito em www.mitmais.org
Para ter acesso ao conteúdo, basta fazer o cadastro, gratuitamente, no site da plataforma e acessar a página de programação para escolher o espetáculo.

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Festival Recife de teatro – tempo de editais

Galpão apresenta Os Gigantes da Montanha no Sítio Trindade, dia 22, na abertura do festival

A programação do Festival Recife do Teatro Nacional – FRTN foi anunciada nesta quinta-feira. A curadoria, que atuou nos últimos anos com recortes para a formação de sentidos, ficou para trás. A 16º edição é norteada por editais – instrumento defendido pela atual gestão como a forma mais democrática de formatar os eventos promovidos pela Prefeitura do Recife.

A grade da programação inclui 18 espetáculos em dez dias de apresentações – do dia 22 deste mês a 1º de dezembro. O mineiro Galpão abre o festival, às 20h, no Sítio da Trindade, com a peça Os gigantes da montanha, participação que o Satisfeita, Yolanda? anunciou ainda em julho. A secretária Leda Alves assistiu à peça no Festival de Inverno de Garanhuns e após a sessão fez o convite à trupe.

Os outros grupos foram garimpados de 150 projetos inscritos, segundo informou o gerente do Centro Apolo- Hermilo, Carlos Carvalho, que coordena o FRTN. Trinta e seis passaram na peneira e uma comissão formada pelo ator Paulo Mafe, representante do Conselho Municipal de Política Cultural do Recife; o diretor do Teatro Williams Santanna; e a diretora e pesquisadora Clara Camarotti, fechou os grupos.

Gustavo Catalano, Carlos Carvalho e Leda Alves durante coletiva do festival

“Fizemos um edital para dar a possibilidade de as pessoas se oferecerem para vir ao Recife. Isso despertou o interesse dos grupos”, disse Carlos Carvalho.

Bem, dessas companhias, algumas ainda não passaram pelo Recife com os espetáculos que trazem. O próprio Galpão, a carioca Armazém Cia. de Teatro com A Marca da Água; a gaúcha Casa de Madeira com As Bufa; as catarinenses Traço Cia de Teatro/Companhia Zero com As Três Irmãs, o grupo paulista Clariô de Teatro, com Hospital da Gente; a mineira Cia. Pierrot Lunar com Acontecimento em Vila Feliz. Além da outra mineira, Cortejo Cia de Teatro, com Uma História Oficial.

O Coletivo Cênico Joanas Incendeiam, de São Paulo, apresentou recentemente Homens e Caranguejos na cidade. E Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços da Paraíba vem com um espetáculo de repertório, Como Nasce um Cabra da Peste, que esteve no Recife há muitos anos.

Das montagens locais para o público adulto, todas já fizeram temporada ou foram vistas algumas vezes na cidade. São elas Vestígios (Relicário/PE), com texto de Aimar Labaki e direção de Antonio Cadengue; Luiz Lua Gonzaga, do Grupo Magiluth; O Beijo no Asfalto, com texto de Nelson Rodrigues e direção de Claudio Lira; As Confrarias, da Companhia Teatro de Seraphins, com texto de Jorge Andrade e Antonio Cadengue. E Cafuringa, com o Grupo Cafuringa.

As peças infanto-juvenis também já estiveram em cartaz no Recife. São elas As Levianinhas em Pocket Show para Crianças, da Cia Animée; De Íris ao Arco-Íris, de Produtores Independentes e O Menino da Gaiola, Bureau de Cultura e Turismo.

O espetáculo Coisas do Mar, do Grupo Teatral Ariano Suassuna e Escola Estadual Santos Cosme e Damião, de Igarassu, ganhou visibilidade ao conquistar vários prêmios no 11º Festival Estudantil de Teatro e Dança, realizado em setembro, na categoria Teatro Para Crianças. A encenação levou para casa os troféus de melhor espetáculo, direção (Albanita Almeida e André Ramos), ator (Elton Daniel), cenário (André Ramos), figurino (Kattianny Torres) e texto inédito (o grupo).

O orçamento desta edição encolheu em R$ 400 mil em relação ao do ano passado. Ficou em R$ 700 mil – sendo R$ 50 mil da Caixa Econômica Federal e o restante dos cofres da Prefeitura. A Prefeitura não conseguiu renovar o Pronac – Lei Rouanet, nem a prestação de contas da Funarte e por isso não pode concorrer a esses incentivos.

O teatrólogo Samuel Campelo é o homenageado desta edição

O homenageado deste ano é o diretor Samuel Campelo, fundador do Grupo Gente Nossa no Recife dos anos 1930. A pesquisadora Ana Carolina Miranda da Silva vai lançar um livro sobre Campelo e também vai fazer palestra sobre O Grupo Gente Nossa e o Movimento Teatral no Recife.

“Vamos ter um grande festival, que oportuniza espetáculos que não teriam oportunidade de estar aqui. A gente tem grupos que nunca vieram ao Recife e tem grupos que já vieram como a Cia. Armazém ou o Galpão. E ter a possibilidade de ter os que já vieram com aqueles que nunca vieram isso nos enriquece. Isso abre pra gente uma felicidade de dizer nos estamos abrindo o FRTN para o Brasil, pelo meio mais democrático, que é o edital”, entusiasma-se Carvalho.

16º Festival Recife do Teatro Nacional

Programação

Sexta-feira (22)
Os Gigantes da Montanha (Grupo Galpão/MG)
Local: Sítio da Trindade, às 20h
Duração: 80 minutos

Sábado (23)

As Bufa (Casa de Madeira/RS)
Local: Teatro de Santa Isabel, às 21h
Duração: 55 minutos

As bufa. Foto: Mariana Rocha

As Levianinhas em Pocket Show para Crianças (Cia Animée/PE)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h
Duração: 60 minutos

Banda de palhaças mostram repertório para crianças. Foto: Lana Pinho

Marca da Água (Armazém Cia de Teatro/RJ)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 75 minutos

Montagem comemora 25 anos da Armazém Companhia de Teatro

De Íris ao Arco-Íris (Produtores Independentes/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 16h
Duração: 50 minutos

História da curiosa lagarta, que quer chegar ao reino encantado. Foto: Angélica Gouveia

Domingo (24)

As Bufa (Casa de Madeira/RS)
Local: Teatro de Santa Isabel, às 21h
Duração: 55 minutos

As Levianinhas em Pocket Show para Crianças (Cia Animée/PE)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h
Duração: 60 minutos

A Marca da Água (Armazém Cia de Teatro/RJ)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 75 minutos

De Íris ao Arco-Íris (Produtores Independentes/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 16h
Duração: 50 minutos

Vestígios (Relicário/PE)
Local: Teatro Apolo, às 19h
Duração: 55 minutos

Dois policiais e um professor de história numa peça sobre a tortura. Foto: Américo Nunes

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 50 minutos

Homenagem do Grupo Magiluth ao rei do baião

Segunda-feira (25)

Vestígios (Relicário/PE)
Local: Teatro Apolo, às 19h
Duração: 55 minutos

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 50 minutos

As Três Irmãs (Traço Cia de Teatro/Companhia Zero/SC)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 80 minutos

Obra do dramaturgo Anton Tchékhov a partir da técnica do clown. Foto: Nassau Souza

Hospital da Gente (Grupo Clariô de Teatro/SP)
Local: Espaço Fiandeiros, às 20h
Duração: 90 minutos

A partir dos contos de Marcelino Freire, Grupo Clariô de Teatro/SP mostra a vida dura de vários personagens

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 55 minutos

Versão teatral da Cia. Pierrot Lunar para o conto homônimo de Aníbal Machado

Terça-feira (26)

As Três Irmãs (Traço Cia de Teatro/Companhia Zero/SC)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 80 minutos

Hospital da Gente (Grupo Clariô de Teatro/SP)
Local: Espaço Fiandeiros, às 20h
Duração: 90 minutos

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 55 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 60 minutos

Conhecido como Homem da Cobra, o mestre Cafuringa é acompanhado por vários bonecos

Quarta-feira (27)

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 55 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 60 minutos

O Menino da Gaiola (Bureau de Cultura e Turismo/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 16h
Duração: 50 minutos

O Beijo no Asfalto (Claudio Lira/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 20h
Duração: 90 minutos

Quinta-feira (28)

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 50 minutos

O Menino da Gaiola (Bureau de Cultura e Turismo/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 16h
Duração: 50 minutos

O protagonista, o garoto Vito, de 9 anos, quer libertar o sonho das pessoas

O Beijo no Asfalto (Claudio Lira/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 20h
Duração: 90 minutos

Como Nasce um Cabra da Peste (Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços/PB)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 60 minutos

Sexta-feira (29)

Como Nasce um Cabra da Peste (Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços/PB)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 60 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 60 minutos

Sábado (30)

Uma História Oficial (Cortejo Cia de Teatro/MG)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 70 minutos

Espetáculo de estreia da Cortejo Cia de Teatro reflete sobre os autoritarismos

Coisas do Mar (Grupo Teatral Ariano Suassuna/PE)
Local: Teatro Apolo, às 16h
Duração: 50 minutos

Homens e Caranguejos (Coletivo Cênico Joanas Incendeiam/SP)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 90 minutos

Família foge da seca e chega à cidade e aos mangues do Recife

As Confrarias (Companhia Teatro de Seraphins/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 70 minutos

A Conspiração Mineira por um ângulo incomum, com texto de Jorge Andrade e direção de Antonio Cadengue.

Domingo (1)

Uma História Oficial (Cortejo Cia de Teatro/MG)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 70 minutos

Coisas do Mar (Grupo Teatral Ariano Suassuna/PE)
Local: Teatro Apolo, às 16h
Duração: 50 minutos

Homens e Caranguejos (Coletivo Cênico Joanas Incendeiam/SP)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 90 minutos

As Confrarias (Companhia Teatro de Seraphins/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 70 minutos

Oficinas:

Por uma Metodologia da Encenação Teatral
Ministrante: Antonio Edson Cadengue
Local: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (a confirmar)
Data: De 25 a 29 de novembro, das 13h às 17h

Oficina de Teatro de Rua
Ministrante: Lindolfo Amaral
Local: Escola Pernambucana de Circo (a confirmar)
Data: De 25 a 29 de novembro, das 13h às 17h

Exercícios para uma Cena Dialética
Ministrante: Márcio Marciano
Local: Museu Murilo La Greca (a confirmar)
Data: De 25 a 27 de novembro, das 13h às 17h

Palestras:

A Experiência do Cooperativismo em São Paulo
Palestrante: Ney Piacentini
Data: 26 (terça-feira)
Local: Espaço Fiandeiros, às 18h0

O Grupo Gente Nossa e Movimento Teatral no Recife
Palestrante: Ana Carolina Miranda da Silva
Data: 26 (terça-feira)
Local: Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel, às 18h

Tecendo Redes – A Redemoinho no Recife
Palestrante: Fernando Yamamoto e Ney Piacentini
Data: 28 (quinta-feira)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h

Serviço
Ingressos espetáculos nos teatros: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada).
Os espetáculos de rua são gratuitos

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Funarte divulga resultado do Myriam Muniz 2012

Na solidão dos campos de algodão, com Edjalma Freitas e Tay Lopez, vai circular graças ao Myriam Muniz. Foto: Pollyanna Diniz

Pelo jeito, o domingo será de listas no Yolanda! Sexta-feira a Funarte divulgou os contemplados do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz / 2012. É um edital muito importante, principalmente porque possibilita a circulação dos espetáculos, neste país tão grande. Muitas das montagens que recebemos aqui este ano foi graças ao Myriam Muniz. Claro que ainda há uma concentração muito grande de vencedores no eixo Rio-São Paulo, mas Pernambuco teve muita representatividade.

O ator e jornalista Leidson Ferraz participou da comissão que escolheu os projetos selecionados. “Voltei muito feliz, com a sensação de dever cumprido. E foi muito bom ver na Funarte, apesar dos problemas do serviço público, gente interessada e competente. Quero que seja possível trazer Heloísa Vinadé, coordenadora de teatro, ao Janeiro de Grandes Espetáculos, para que ela conheça a nossa produção”, afirmou.

Entre os projetos de circulação aprovados está Vestígios, direção de Antonio Edson Cadengue, Encruzilhada Hamlet e Na solidão dos campos de algodão, da Cia do Ator Nu, O beijo no asfalto, direção de Claudio Lira, Duas mulheres em preto e branco, com Paula de Renor e Sandra Possani. Para montagem, entre os selecionados está o projeto Ombuela, de Samuel Santos, e De Íris ao Arco-íris, proposto por Jorge de Paula.

No total, foram 131 projetos contemplados em duas categorias: Circulação de espetáculos e Montagem de espetáculos e/ou manutenção de atividades teatrais de grupos e companhias, com premiações que variam de R$ 50 mil a R$ 150 mil. O total de recursos do programa é de R$ 12 milhões, um aumento de 20% em relação ao orçamento de 2011.

Confira a lista dos selecionados no Myriam Muniz 2012

Peça Duas mulheres em preto e branco também foi contemplada. Foto: Ivana Moura

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Janeiro de Grandes Espetáculos divulga montagens locais

Viúva, porém honesta, do grupo Magiluth. Foto: Pollyanna Diniz

Saiu a lista dos espetáculos pernambucanos que vão participar do Janeiro de Grandes Espetáculos, que será de 9 a 27 de janeiro.

Dança:

ENCONTRO OPOSTO – TRÊS MOVIMENTOS EM UM ATO (IVALDO MENDONÇA EM GRUPO)
PARA JOSEFINA (GRUPO ACASO)
TU SOIS DE ONDE? (GRUPO PELEJA)

COMISSÃO DE SELEÇÃO: Anderson Henry, Rogério Alves, Saulo Uchôa e Will Robson.
REPRESENTANTE DO FESTIVAL: Paula de Renor

Teatro Adulto:

AUTO DO SALÃO DO AUTOMÓVEL (PAGINA 21)
AUTO DA COMPADECIDA (TEATRO EXPERIMENTAL- TEA)
A PENA E A LEI (TEATRO POPULAR DE ARTE- TPA)
CINEMA (CLARA MUDA- INTERCÂMBIO RECIFE/BH)
DAQUILO QUE MOVE O MUNDO (PEDRO DE CASTRO E VISÍVEL NÚCLEO DE CRIAÇÃO)

Daquilo que move o mundo traz no elenco Kleber Lourenço, Jorge de Paula e Tay Lopez. Foto: Ivana Moura

DUAS MULHERES EM PRETO E BRANCO (REMO PRODUÇÕES ARTISTICAS)
MARÉMUNDO (COLETIVO Á VIDA PRODUÇÕES)
OLIVIER E LILI: UMA HISTÓRIA DE AMOR EM 900 FRASES (TEATRO DE FRONTEIRA)
O BEIJO NO ASFALTO (ANDREZZA ALVES)
VIÚVA, PORÉM HONESTA (GRUPO MAGILUTH).
VESTÍGIOS (CARLOS LIRA)

Vestígios tem direção de Antonio Edson Cadengue. Foto: Pollyanna Diniz

COMISSÃO DE SELEÇÃO: Augusta Ferraz, Fábio Pascoal, Júnior Aguiar e Sebastião Simão Filho.
REPRESENTANTE DO FESTIVAL: Carla Valença

Teatro para Infância:

– PALHAÇADAS- HISTÓRIAS DE UM CIRCO SEM LONA (CIA. 2 EM CENA DE TEATRO, CIRCO E DANÇA).
CANTARIM DE CANTARÁ (GRUPO DRAMART PRODUÇÕES)
AS LEVIANINHAS EM POCKET SHOW PARA CRIANÇAS (CIA. ANIMÉE).

A Companhia Animée apresenta a versão infantil de As levianas. Foto: Luciana Dantas

COMISSÃO DE SELEÇÃO: André Filho, Carlos Amorim, Samuel Santos e Sandra Possani.
REPRESENTANTE DO FESTIVAL: Paulo de Castro

Carla Valença, Paulo de Castro e Paula de Renor, produtores do Janeiro de Grandes Espetáculos. Foto: Pollyanna Diniz

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Ainda restam vestígios de humanidade?

Roberto Brandão e Carlos Lira em cena de Vestigios. Foto: Américo Nunes

Ele tinha ensaiado com o elenco até às 3h da madrugada. Por isso quando cheguei à casa de Antonio Edson Cadengue, no fim da manhã de ontem, o diretor ainda estava com cara de sono. E pediu desculpas… cansado é sempre mais difícil fazer sínteses. Principalmente para perguntas que trazem muitas pessoas, referências, histórias à cabeça – como: “quando você conheceu Aimar Labaki?”. Foi ao Festival Recife do Teatro Nacional, na época em que chamou Labaki para compor uma espécie de curadores consultores, à São Pauo e a uma amiga muito querida que tinham em comum, aos tempos de orientando de Sábato Magaldi. É, realmente. Esse encenador carrega muitas histórias dentro de si. Porque querer a síntese? E é lindo ver a dedicação dele a mais um projeto – o entusiamo, o brilho do olhar. É nesse clima – e ele diz que os ensaios correram maravilhosamente bem – que Cadengue estreia hoje à noite o espetáculo Vestígios.

Apesar da amabilidade de todo o discurso e processo, não foi nada fácil. Até porque o texto faz com que nos deparemos com as atrocidades que o humano é capaz de cometer. Que eu e você somos capazes de cometer. Porque violência, afinal, não é só o que aconteceu na época da escravidão, da Ditadura Militar, do Estado Novo…a violência está dentro de nós mesmos. Lugar comum, eu sei.

No elenco da montagem, que tem texto de Aimar Labak, estão Carlos Lira, Marcelino Dias (que fazem dois investigadores-torturadores) e Roberto Brandão, um professor de história. Pela manhã, o professor acorda com a cabeça de uma mulher na cama; não lembra o que aconteceu; deixa aquela cabeça no IML, mas termina preso e precisa revelar mais do que supostamente sabe.

Cadengue e Carlos Lira, idealizador do projeto, já tinham trabalhado juntos em 1988, quando Cadengue o dirigiu em O burguês fidalgo, de Molière. Nunca mais se encontraram nos palcos depois disso. Já era o momento do reencontro e de aparar arestas mesmo. Já com Roberto Brandão, Cadengue trabalhou em A morte do artista popular. Roberto foi aluno de Cadengue no Sesc Piedade e é com lágrimas no olhos que o diretor nos conta uma linda experiência – em que Roberto finalmente perdeu quaisquer pudores que poderia ter no palco, numa encenação de um conto de Dalton Trevisan.

Na ficha técnica de Vestígios estão Rudimar Constâncio (assistente de direção), Doris Rollemberg (cenografia), Anibal Santiago (figurinos), Eli-Eri Moura (trilha sonora original), Luciana Raposo Saulo Uchôa(iluminação e operação) – desculpas, Saulo! Foi a ficha técnica que recebemos da assessoria de imprensa da peça! -, Paulo Henrique Ferreira (direção de movimentos e preparação corporal), Flávia Layme (prepação vocal), Claudio Lira (programação visual), Kleber Macedo, Rafael Firmino e Fábio Fonseca (assistência de cenotécnica), Marinho Falcão (operação de som), Elias Vilar (assistência de produção/contrarregragem).

Vestígios
Quando: sábados e domingos, às 20h, até o fim de setembro
Onde: Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina)
Quanto: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada)

Diretor Antonio Edson Cadengue trabalha com texto de Aimar Labak pela primeira vez

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