Começou hoje a temporada do Théâtre du Soleil no Brasil. São Paulo é a primeira cidade a receber o espetáculo Os náufragos da Louca Esperança, com 15 apresentações, de hoje a 23 de outubro, de quarta a domingo, às 19h, no SESC Belenzinho (Rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho, São Paulo; fone: (11) 2076-9700). Depois, a trupe francesa segue para o Rio de Janeiro e Porto Alegre.
A temporada do espetáculo é uma realização do SESC/SP em parceria com o Festival Porto Alegre em Cena, o Espaço Tom Jobim (RJ) e a Fundação Internacional Teatro a Mil (Santiago–Chile) e conta com o suporte do Consulado Geral da França em São Paulo, do Instituto Francês, da Prefeitura de Paris e da Région Ile de France.
A montagem Les naufragés du Fol Espoir (Aurores), com encenação de Ariane Mnouchkine é inspirada no romance póstumo Os náufragos do Jonathan, de Julio Verne. Ambientado em 1914, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, uma trupe fascinada pelo advento do cinematógrafo se aperta no sótão de um cabaré para rodar um filme mudo. A dramaturgia é assinada por Hélène Cixous e a trilha sonora original é executada ao vivo pelo músico e compositor Jean-Jacques Lemêtre.
O filme dentro da peça retrata a história de emigrantes que, no final do século XIX, deixam o País de Gales rumo à Austrália, mas encalham na Terra do Fogo, onde tentam forjar uma comunidade socialista.
A companhia Théâtre du Soleil, fundada em 1964, ocupa as dependências de uma antiga fábrica nos arredores de Paris. O espaço funciona como teatro, centro de pesquisa e residência artística para profissionais de diversas partes do mundo.
A encenadora Ariane Mnouchkine, que tem o processo colaborativo como base, deu entrevista coletiva sobre o Théâtre du Soleil e seu trabalho. As Yolandas não estavam lá, mas reproduzimos aqui a coletiva.