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Festival Palco Giratório
Um Panorama das Artes Cênicas no Recife

Zaratustra: uma transvaloração dos valores, uma adaptação da obra de Nietzsche. Foto: Divulgação.

Nuvem de Pássaros, do grupo grupo Movidos Dança (RN)

O Festival Palco Giratório, maior projeto de artes cênicas em circulação no país, retorna ao calendário cultural do Recife após uma década de ausência. De 16 de maio a 1º de junho, a capital pernambucana será palco de 46 montagens, vindas de diversos estados e do Distrito Federal, Com média de três apresentações por dia,  a programação abrange teatro, dança e circo, além de oficinas, debates e lançamentos de livros.

Ao analisar as sinopses dos espetáculos e a programação completa dessa sua 26ª edição é possível identificar uma série de vertentes temáticas que permeiam o festival.

As manifestações da cultura popular pernambucana ganham espaço no festival, com trabalhos como o do Mamulengo Novo Milênio, do Mestre Miro dos Bonecos, que apresenta a tradicional arte do teatro de bonecos; o Cavalo Marinho Boi Matuto Família Salustiano, uma manifestação da Zona da Mata Norte do estado; e o Caboclinho Canidé de Goiana, eleito Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2023.

Problemas sociais e políticas são enfrentadas em espetáculos como Alguém pra Fugir Comigo, do Resta1 Coletivo de Teatro, que discute a crise ética e social através de uma narrativa não linear; Se Eu Fosse Malcolm?, dos multiartistas Eron Villar e ViBra, que traz uma performance inspirada no ativista Malcolm X, tocando em temas como racismo e desigualdade; e O Irôko, a Pedra e o Sol, do Grupo O Poste Soluções Luminosas, que conta a história de amor entre dois adolescentes quilombolas, tratando de questões como homofobia e HIV.

A ancestralidade e a identidade negra são questões pulsantes em diversos espetáculos, como Abebé, do Grupo NegraÔ (ES), que celebra os 30 anos da trupe e reflete sobre a multiplicidade do corpo preto; Adobe, solo da intérprete Luciana Caetano (GO), que parte de símbolos e elementos da cultura negra; Herança, da Cia Burlantins (MG), que busca o resgate da herança cultural afro-brasileira; e Zenaide Bezerra – Um Espetáculo para Eternizar, da Cia Fazendo Arte (PE), que homenageia a passista de frevo Zenaide Bezerra.

No âmbito do teatro para as infâncias, destacam-se espetáculos como Quatro Luas, do grupo pernambucano O Bando Coletivo de Teatro, que se inspira no universo de Federico Garcia Lorca para criar uma narrativa sobre sonhos e emoções; Mundos, do Grupo Maria Cutia (MG), que propõe uma viagem musical pela infância dos cinco continentes; e O Pequeno Príncipe, da Cênicas Cia de Repertório, que reconta o clássico de Antoine de Saint-Exupéry focando na busca pela criança interior. Esses espetáculos exploram de maneira lúdica e acessível princípios como imaginação, autoconhecimento e diversidade cultural para o público infantil.

Outros destaques da programação incluem Caosmose, do Grupo Experimental, que através da dança explora questões como a existência de corpos dissidentes e a resistência às estruturas opressoras; Circo Sciense – Do Mangue ao Picadeiro, da Trupe Circus da Escola Pernambucana de Circo, que homenageia o artista Chico Science e o Movimento Manguebeat, unindo números circenses a questões sociais; e Yerma Atemporal, da Simone Figueiredo Produções e Roda Produção Cultural, que apresenta uma versão do clássico de Federico García Lorca, discutindo temas como liberdade e desejo. Já Nuvem de Pássaros, do grupo Movidos Dança (RN), explora o comportamento social e a importância da coletividade através de uma obra coreográfica inspirada na migração dos pássaros. O espetáculo reflete sobre a sociedade e seus conflitos, buscando compreender a coletividade humana a partir da relação entre as revoadas e a convivência de diferentes espécies.

Yerma Atemporal, uma versão do clássico de Federico García Lorca, Foto: Divulgação

Caosmose, do Grupo Experimental. Foto: Rogério Alves / Divulgação

Quatro Luas. Foto: Morgana Narjara / Divulgação

Circo Science. Foto: Rogerio Alves / Divulgação

Chama a atenção a presença significativa de artistas e companhias locais, com 30 montagens de Pernambuco, das 46 do festival . Esse número pode ser interpretado como um aceno do Palco Giratório em direção à valorização da produção artística local. Essa proporção significativa de trabalhos da região sugere, à primeira vista, uma intenção de dar visibilidade e espaço para os artistas e companhias do estado.

No entanto, é importante lembrar que a representatividade numérica não é o único fator a ser considerado quando se fala em fomento e apoio à cena cultural. A curadoria e seleção dos espetáculos, por si só, não garantem necessariamente um impacto duradouro no desenvolvimento da arte local.

Além da visibilidade proporcionada pelo festival, para além dos escolhidos para circular pelo país, seria interessante observar se o Palco Giratório também se propõe a oferecer oportunidades concretas de intercâmbio, formação e crescimento para os artistas pernambucanos. Iniciativas como residências criativas, oficinas e parcerias de longo prazo, caso sejam implementadas, podem ser indicativos mais consistentes de um compromisso efetivo com a valorização da produção regional.

Pensar em ações complementares à programação principal do festival têm o potencial de fomentar o desenvolvimento da cena artística local de maneira mais profunda e duradoura.

Debates críticos sobre os espetáculos e uma oficina de dança estão previstos na programação. Além do seminário Teatro para Infâncias, estão agendadas as Rodas de Diálogos: “Estratégias de Curadoria, Intercâmbio e Difusão Cultural no Palco Giratório” e “Práticas de Desenvolvimento da Cena Local”. Essas rodas de conversa podem ser um momento de entender e estabelecer compromissos para pensar em caminhos que fortaleçam ainda mais a relação do festival com a cena artística de Pernambuco, para além da importante vitrine já proporcionada pela programação do evento.

As Rodas de Diálogos têm o potencial de aprofundar questões estratégicas para o desenvolvimento e a sustentabilidade da cena artística local. Ao discutir curadoria, intercâmbio e difusão cultural, os participantes podem trocar experiências e pensar em formas de ampliar a circulação e o alcance das produções pernambucanas para além do estado.

Assim, a presença majoritária de trabalhos locais no Palco Giratório pode ser vista como um um ponto de partida interessante, mas não deve ser tomada como prova definitiva de um apoio sólido e transformador à cena artística pernambucana. É preciso observar, para além dos números e da programação, se o festival de fato estabelece mecanismos e políticas que fomentam e fortalecem a produção local de maneira contínua e sustentável. Somente o tempo e uma análise mais aprofundada das ações e desdobramentos do evento poderão revelar esses resultados.

Amir Haddad, homenageado do festival. Foto: Divulgação

Maurício Tizumba, homenageado do Palco Giratório. Foto: Divulgação

O festival presta homenagem a dois grandes nomes das artes cênicas: Amir Haddad, renomado diretor e ator, que apresenta o espetáculo Zaratustra: uma transvaloração dos valores, uma adaptação da obra de Nietzsche; e Maurício Tizumba, cantor e diretor musical, com a peça Herança, que celebra seus 50 anos de carreira.

Os espetáculos serão apresentados em diversos espaços culturais da cidade, como o Teatro Marco Camarotti, o Teatro Capiba, o Teatro Apolo, o Teatro Hermilo Borba Filho, o Teatro Luiz Mendonça e o Teatro Santa Isabel. Algumas apresentações também acontecerão em praças públicas, como a Praça do Campo Santo.

O encerramento do Palco Giratório será no dia 1º de junho, com a apresentação do espetáculo A fábrica dos ventos, no Teatro Santa Isabel, seguido do lançamento de livros e exposição do Festival e Escola Pernambucana de Circo, no Sesc Santa Rita.

Enfim, o retorno do Palco Giratório ao Recife, após uma década, é motivo de celebração. Espera-se que o evento fortaleça a cena cultural pernambucana, que promova o intercâmbio entre artistas locais e visitantes de todo o país e que seja de fato uma ação que democratize o acesso à arte.

Programação

– 16/05 – 16h30 – Abertura – Grande encontro de Grupos de Cultura Popular – Cortejo saindo da Rua Imperatriz Teresa Cristina para Rua do Hospício até o Teatro do Parque – Gratuito 

– 16/05 – 18h30 – Mamulengo Novo Milênio do Mestre Miro dos Bonecos – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – R$ 15 a R$ 30

– 16/05 – 20h – Leci Brandão – Na Palma da Mão – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – R$ 15 a R$ 30 –

– 17/05 – 9h – Debate crítico: Mamulengo Novo Milênio e Leci Brandão – Na palma da Mão

– 17/05 – 15h – Quatro Luas – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – R$ 15 a R$ 30 

– 17/05 – 16h – Cavalo Marinho Boi Matuto Família Salustiano – Praça do Campo Santo – Santo Amaro – Gratuito 

– 17/05 – 20h – Nordeste, dança e música irresistível – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – R$ 15 a R$ 30 

– 18/05 – 9h – Debate crítico Quatro Luas e Cavalo Marinho Boi Matuto Família Salustiano e Nordeste, dança e música irresistível  – Sesc Santo Amaro

– 18/05 – 16h – Circo de Lois Pies – Teatro Marco Camarotti

– 18/05 – 18h – Maria Firmina dos Reis, uma voz além do tempo – Teatro Capiba

– 18/05 – 20h – Yerma Atemporal – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – – – R$ 15 a R$ 30

– 19/05 – 9h – Debate crítico “Circo de Lois Pies”, “Maria Firmina dos Reis, uma voz além do tempo” e “Yerma Atemporal” – Sesc Santo Amaro

– 19/05 – 16h – Mar Acá – Mitologia Latino–Americana – Teatro Marco Camarotti

– 19/05 – 18h – O Peru do Cão Coxo – Galpão das Artes – Limoeiro – R$ 15 a R$ 30

– 19/05 – 19h – Procedimento#6 – Teatro do Parque –

– 20/05 – 9h – Debate crítico “Mar Acá”, “O Peru do Cão Coxo” e “Procedimento#6” – Livraria do Jardim – – – – –

– 20/05 – 14h – Mundos – Uma viagem musical pela infância dos cinco continentes – Teatro Marco Camarotti – 

– 20/05 – 16h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac – –

– 20/05 – 20h – Miró: Estudo n°2 – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – R$ 15 a R$ 30 –

– 21/05 – 9h – Debate crítico Mundos e Miró: estudo nº2 – Livraria Jardim

– 21/05 – 14h – Hélio, o balão que não consegue voar – Teatro Marco Camarotti

– 21/05 – 15h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac

– 21/05 – 20h – Alegria dos Náufragos – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 50 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 22/05 – 9h – Debate crítico sobre “Hélio, o balão que não consegue voar” e “Alegria dos Náufragos” – Livraria do Jardim

– 22/05 – 14h – Mundo – em busca do coração da terra – Teatro Marco Camarotti –

– 22/05 – 15h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac

– 22/05 – 20h – Nuvem de Pássaro – Teatro Luiz Mendonça

– 23/05 – 9h – Debate crítico sobre “Mundo” e “Nuvens de Pássaros” – Livraria do Jardim

– 23/05 – 14h – Seu Sol, Dona Lua – Uma História de Amor – Teatro Marco Camarotti

– 23/05 – 15h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac – – – – –

– 23/05 – 20h – O Irôko, a pedra e o sol – Teatro do Parque – – – – –

– 24/05 – 9h – Debate crítico “Seu Sol, Dona Lua – Uma História de Amor” e “O Irôko, a pedra e o sol” – Livraria do Jardim – – – – –

– 24/05 – 14h – Vento forte para água e sabão – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 55 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 24/05 – 15h – Roda de Diálogos: Estratégias de Curadoria, intercâmbio, e difusão cultural no Palco Giratório – Teatro Marco Camarotti – – – – –

– 24/05 – 15h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac – – – – –

– 24/05 – 20h – Herança – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – 70 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 25/05 – 9h – Debates Críticos sobre “Vento forte para água e sabão” e “Herança” – Livraria do Jardim – – – – –

– 25/05 – 14h – Cantigas de Fiar – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 50 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 25/05 – 14h – Feirinha Criativa – Praça de Campo Santo – – – – –

– 25/05 – 15h – Caboclinho Canidé de Goiana – Praça de Campo Santo – 25 min – Gratuito

– 25/05 – 16h – Pensamento Giratório com Amir Haddad – Praça do Campo Santo –

– 25/05 – 19h – Riso interior – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 50 min – R$ 15 a R$ 30

– 25/05 – 20h – Alguém pra fugir comigo – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – 90 min – R$ 15 a R$ 30

– 26/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Alguém para fugir comigo”, “Cantigas de fiar” e “Riso Interior” – Sesc Santo Amaro

– 26/05 – 15h – Debate sobre os Festivais de Artes Cênicas no Brasil: práticas de desenvolvimento e desenvolvimento da cena local – Sesc Santo Amaro

– 26/05 – 16h – Zenaide Bezerra – um espetáculo para eternizar – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – 50 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 26/05 – 16h – Cabelos arrepiados – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 50 min – R$ 15 a R$ 30

– 26/05 – 18h – Zaratustra – uma transvaloração dos valores – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 90 min – R$ 15 a R$ 30

– 27/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Cabelos Arrepiados”, “Zaratustra”, “Zenaide Bezerra: um espetáculo para eternizar” – Livraria do Jardim

– 27/05 – 14h – Oficina de Dança com o Grupo NegraÔ – Sesc Santo Amaro

– 27/05 – 16h – Aldeias – Espaço O Poste – Rua do Riachuelo, 641 – Boa Vista – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 27/05 – 19h – Enquanto Godot não vem – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 45 min – R$ 15 a R$ 30

– 27/05 – 20h – Adobe – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 28/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Adobe”, “Aldeias”, “Enquanto Godot não vem” – Livraria do Jardim

– 28/05 – 16h – Ne Rope – a fertilidade da nossa origem – Teatro André Filho (Fiandeiros) – Rua da Saudade, 240 – Boa Vista – 70 min – R$ 15 a R$ 30

– 28/05 – 18h – Se eu fosse Malcolm? – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 28/05 – 20h – Abebé – O reflexo do corpo preto nos trinta anos do Grupo de Dança Afro NegraÔ – Teatro Apolo – R. do Apolo, 121 – 52 min – R$ 15 a R$ 30

– 29/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Abebé”, “Në Rope– a fertilidade da nossa origem – Grão comum” e “Se eu fosse Malcolm?” – Sesc Santo Amaro

– 29/05 – 18h – Histórias de um Pano de Roda – Teatro Hermilo Borba Filho – Cais do Apolo, 142 – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 29/05 – 20h – Dama da noite – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 55 min – R$ 15 a R$ 30

– 29/05 – 20h – O equilibrista – Teatro Apolo – R. do Apolo, 121 – 70 min – R$ 15 a R$ 30

– 30/05 – 9h – Debate Crítico sobre “A Dama da Noite”, “Desvio”, “Histórias de um pano de roda” e “O equilibrista” – Sesc Santo Amaro

– 30/05 – 14h – Circo Sciense – do Mangue ao Picadeiro – Teatro Luiz Mendonça

– 30/05 – 16h – Arreia – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – R$ 15 a R$ 30

– 30/05 – 20h – Eu vim da ilha – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 45 min – R$ 15 a R$ 30

– 31/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Arreia”, “Circo Scienc – do mangue ao picadeiro” e “Eu vim da ilha” – Sesc Santo Amaro

– 31/05 – 14h – O Pequeno Príncipe – Teatro Luiz Mendonça – Av. Boa Viagem, S/N – Boa Viagem – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 31/05 – 16h – Os Títeres de Porrete: tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 31/05 – 18h – Caosmose – Espaço Rede Moinho da Ilha – Rua do Brum, 166 – 60 min – R$ 15 a R$ 30

–  31/05 – 20h – Um minuto para dizer que te amo – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 80 min – R$ 15 a R$ 30

– 01/06 – 9h – Debate Crítico sobre O Pequeno Príncipe, Os Títeres de Porrete, Caosmose e Um minuto para dizer que te amo – Sesc Santo Amaro

– 01/06 – 19h – A fábrica dos ventos – Teatro Santa Isabel

– 01/06 – 21h – Lançamento de livros e exposição do Festival e Escola Pernambucana de Circo – Sesc Santa Rita

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Mirada leva produção ibero-americana a Santos

Espetáculo de Rodrigo Garcia abre Mirada nesta quinta. Foto: Marc Ginot

Espetáculo de Rodrigo Garcia abre Mirada nesta quinta. Foto: Marc Ginot

O Sesc São Paulo contraria todos os discursos da tão propagada crise, que abala fortemente a cultura e, especificamente, os festivais, ao encabeçar a quarta edição do Mirada – Festival Ibero Americano de Artes Cênicas de Santos desta quinta-feira (8) e até o dia 18. Vale lembrar que no próximo dia 13, no meio do festival, o Sesc comemora 70 anos de atuação no país.

A programação, que homenageia a Espanha, possui pluralidade estética e temática, mas algumas linhas já podem ser traçadas, como o potencial político de muitas obras e o engajamento de vários criadores. São 43 espetáculos de 10 países da América Latina, Portugal e Espanha.

A abertura será com o espetáculo 4, texto, espaço cênico e encenação assinadas por Rodrigo Garcia, diretor e dramaturgo argentino radicado em Madri. O último espetáculo de Garcia visto no Brasil foi Gólgota Picnic, durante a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp) em 2014. Só para se ter uma ideia, naquele espetáculo, o palco era coberto por 25 mil pães de hambúrguer. Os atores se moviam em cima dos pães numa profusão de imagens e sentidos que incluía a performance de um pianista nu.

Ainda da Espanha, há espetáculos como Brickman Brando Bubble Boom – BBBB e Birdie, ambos do coletivo Agrupación Señor Serrano, criado em 2006 em Barcelona; Que haré yo com esta espada? (Aproximación a la ley y al problema de la beleza), texto, direção, cenografia e figurinos da artista catalã Angélica Lidell, que estreou em julho deste ano no Festival d’Avignon, inspirada em dois crimes, entre eles a série de ataques terroristas que aconteceram na França na noite de 15 de novembro de 2015; e Please Continue, Hamlet, de Roger Bernat e Yan Duyvendak, que já foi visto no Recife, em duas sessões na Faculdade de Direito, na programação do Janeiro de Grandes Espetáculos.

Há também espetáculos, por exemplo, da Argentina, como Dínamo, o mais recente do Teatro Timbre 4; dois espetáculos de Ana Borralho & João Galante, de Portugal: Untitled, Still Life e World of interiors; e La Ira de Narciso, do Uruguai, da Complot – Compañia de Artes Escénicas Contemporáneas.

La Ira de Narciso. Foto: Nairi Aharonian

La Ira de Narciso. Foto: Nairi Aharonian

O ano em que sonhamos perigosamente. Foto: Renata Pires

O ano em que sonhamos perigosamente. Foto: Renata Pires

Do Brasil, há estreias como Leite Derramado, da Club Noir, e A Comédia Latino-Americana, de Felipe Hirsch; espetáculos recentes como O avesso do claustro, sobre o bispo Dom Helder Câmara, da Cia do Tijolo; Blanche, montagem mais recente de Antunes Filho; e O ano em que sonhamos perigosamente, do Magiluth. Mas existe espaço para espetáculos que estão em repertório há mais tempo, como Sua Incelença, Ricardo III, do Clowns de Shakespeare; e Viúvas – Performance sobre a ausência, da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz.

No lançamento da programação, Danilo Santos de Miranda, diretor geral do Sesc São Paulo reforçou ainda a importância das atividades de diálogo, discussão e ampliação das possibilidades de aproximação com as obras. “Não se trata apenas de apresentar espetáculos, trata-se também de discutir o teatro, de debater questões relativas às artes cênicas, trabalhar na formação, ver outras experiências, aprofundar isso de uma forma bastante completa”, afirmou.

O Satisfeita, Yolanda?, através de Ivana Moura e Pollyanna Diniz, estará no Mirada acompanhando toda a programação, escrevendo críticas diárias.

[dropdown_box expand_text=”CONFIRA AQUI A PROGRAMAÇÃO DO MIRADA POR PAÍS” show_more=”” show_less=”” start=”hide”]

ARGENTINA

DÍNAMO
TEATRO TIMBRE 4 – Local: GINÁSIO SESC SANTOS
AUDIODESCRIÇÃO/ 70 min/ Livre/ R$40/ R$20/ R$10
16/09, Sex, às 20H/ 17/09, Sáb, às 21H

Ficha Técnica: TEXTO E DIREÇÃO CLAUDIO TOLCACHIR, LAUTARO PEROTTI E MELISA HERMIDA COM DANIELA PAL, MARTA LUBOS E PAULA RANSENBERG MÚSICA AO VIVO JOAQUIN SEGADE DESENHO DE LUZ RICARDO SICA DESENHO DE CENOGRAFIA GONZALO CÓRDOBA ESTÉVEZ ASSISTENTE DE DIREÇÃO MARÍA GARCÍA DE OTEYZA PRODUÇÃO TEATROTIMBRE4, MAXIME SEUGÉ, JONATHAN ZAK

Acompanhamos o inusitado contexto de três mulheres que compartilham um trailer perdido em alguma estrada qualquer. Em princípio, elas não sabem da presença das demais. A peça expõe como tanta solidão e estranhamento podem gerar novas energias à vida.

LAS IDEAS [AS IDEIAS]
FEDERICO LEÓN – Local: C.A.I.S. VILA MATHIAS
60 min/ 16 anos/ R$40/ R$20/ R$10
9.09 SEX 20H / 10.09 SÁB 20h

Ficha Técnica: TEXTO E DIREÇÃO FEDERICO LEÓN COM JULIÁN TELLO E FEDERICO LEÓN DESENHO DE CENOGRAFIA ARIEL VACCARO DESENHO DE SOM E VÍDEO DIEGO VAINER DESENHO DE LUZ ALEJANDRO LE ROUX PRODUÇÃO E ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO RODRIGO PÉREZ E ROCÍO GÓMEZ CANTERO

Uma mesa de pingue-pongue não é apenas o eixo cenográfico, mas a metáfora para a conversa de dois personagens. Postados nas extremidades, em pé ou sentados, ambos vestem bermuda e jogam com desenvoltura no campo dos insights criativos. Manejam raquetes e bolinhas com a mesma agilidade que operam um dispositivo portátil, no controle de som e luz, ou o laptop por meio do qual dão a ver suas ideias traduzidas em sons e imagens projetadas numa tela ampla (a terceira personagem?).

O espectador é estimulado a entrar na cabeça de um artista inquieto e confrontar os modos dele erguer ou destruir possibilidades. Como nos atos de escrever, apagar, corrigir e navegar na internet enquanto dialoga com o interlocutor, deslizando realidade e ficção. Las Ideas (2015) replica a situação de dois criadores no embate da concepção. Não se sabe se são eles mesmos ou seus personagens em busca de inspiração.

BOLÍVIA

TRILOGÍA BOLIVIANA [TRILOGIA BOLIVIANA]
KIKNTEATR – Local: AUDITÓRIO SESC SANTOS
16 anos/ R$40/ R$20/ R$10
UKHUPACHA – MORTALES [MORTAIS]
13.09 TER 18h/ 14.09 QUA 18H/ Duração:60 min
KAIPI – MORALES
13.09 TER 20H/ 14.09 QUA 20H/ Duração: 95 min
HEJAREI – INMORTALES [IMORTAIS]
13.09 TER 22H/ 14.09 QUA 22H – Duração: 50 min

Ficha Técnica: CRIAÇÃO DIEGO ARAMBURO / KIKNTEATR CONCEITO, DIREÇÃO E ENCENAÇÃO DIEGO ARAMBURO COM CAMILA ROCHA, JORGE ALANIZ, ABIGAIL VILLAFÁN, WINNER ZEBALLOS, ROCÍO CANELAS E CONVIDADOS

O projeto especial composto de três peças apresentadas no mesmo dia – elas são independentes, o espectador decide se as vê em sequência ou não – ambiciona transmitir uma percepção crua, contemporânea e menos romântica do país onde cerca de 70% da população é de origem indígena. O Brasil faz com a Bolívia o mais extensivo trecho de fronteira: 3.126 km rente aos estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A reflexão estética sobre o território vizinho é simbolizada pelos planos celestial, terreno e subterrâneo, tríade comum às culturas daquele povo e evocada em cena por meio de cabaré, teatro e dança.

BRASIL

A TRAGÉDIA LATINO-AMERICANA E A COMÉDIA LATINO-AMERICANA. SEGUNDA PARTE: A COMÉDIA LATINO-AMERICANA
ULTRALÍRICOS – SP | RJ – Local: TEATRO COLISEU
240 min/ 18 anos/ R$40/ R$20/ R$10
12.09 SEG 19H/ 13.09 TER 19H

Ficha Técnica: DIREÇÃO GERAL FELIPE HIRSCH COM CACO CIOCLER, CAIO BLAT, GEORGETTE FADEL, ISABEL TEIXEIRA, JAVIER DROLAS, JULIA LEMMERTZ E MAGALI BIFF DIREÇÃO DE ARTE DANIELA THOMAS E FELIPE TASSARA ILUMINAÇÃO BETO BRUEL DIREÇÃO MUSICAL, MÚSICA ESCRITA E ARRANJOS ARTHUR DE FARIA MÚSICOS ULTRALÍRICOS ARKESTRA

O MIRADA acolhe a estreia nacional da segunda parte desse projeto do diretor Felipe Hirsch (ele transita por Rio, São Paulo e Curitiba) e do coletivo Ultralíricos, com o qual vem trabalhando desde o pontapé da série Puzzle, em 2013, a convite da Feira do Livro de Frankfurt. São três anos de convicção mais experimental e política a reboque de questões como educação, violência, consumo desenfreado e até os recentes protestos pelo país.

ÃRRÃ
EMPÓRIO DE TEATRO SORTIDO – SP – Local: GINÁSIO SESC SANTOS
75 min/ 12 anos/ R$40/ R$20/ R$10
14.09 QUA 21H/ 15.09 QUI 20H

Ficha Técnica: TEXTO E DIREÇÃO VINICIUS CALDERONI COM LUCIANA PAES E THIAGO AMARAL CENOGRAFIA VALENTINA SOARES E WAGNER ANTÔNIO FIGURINO VALENTINA SOARES ILUMINAÇÃO WAGNER ANTÔNIO MÚSICA ORIGINAL E SONOPLASTIA MIGUEL CALDAS DIREÇÃO DE MOVIMENTO FABRÍCIO LICURSI ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO GUILHERME MAGON DIREÇÃO DE PRODUÇÃO CÉSAR RAMOS E GUSTAVO SANNA

Nem sempre o pensamento condiz com o lugar em que se está fisicamente. A suspensão de tempo no espaço é um parâmetro que Vinicius Calderoni gosta de perseguir na dramaturgia, ofício a que se dedica desde 2010 em carreira endereçada ainda ao audiovisual e à música, integrante da banda 5 a Seco. Toda interjeição ou onomatopeia, como a do título, têm a ver com o brincar com a língua. É por aí que caminha a peça, num jogo de vozes para dois atores em que a escrita/fala soa como se não fosse da jurisdição do que é um texto dramático, num moto-contínuo de diálogos e narrações feéricos.

BLANCHE
GRUPO MACUNAÍMA E CPT – CENTRO DE PESQUISA TEATRAL SESC – SP – Local: PRÉDIO DE PREVENÇÃO SABESP (CASA ROSADA)
120 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
12.09 SEG 20H/ 13.09 TER 20H

Ficha Técnica: PREPARAÇÃO DE CORPO E VOZ E DIREÇÃO GERAL ANTUNES FILHO COM MARCOS DE ANDRADE, ANDRESSA CABRAL, FELIPE HOFSTATTER, ALEXANDRE FERREIRA, LUIS FERNANDO DELALIBERA, BRUNO DI TRENTO, STELLA PRATA, VÂNIA BOWÊ, ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA CAMPOS E GUTA MAGNANI ASSISTENTE DE DIREÇÃO FRANCIELI FISCHER FIGURINOS TELUMI HELLEN AMBIENTAÇÃO JOSÉ DE ANCHIETA

Blanche. Foto: Evelson de Freitas

Blanche. Foto: Evelson de Freitas

Com mais de seis décadas de ofício, o diretor Antunes Filho monta Um Bonde Chamado Desejo, do americano Tennessee Williams, como “uma viagem em fonemol”, referência à língua inventada e improvisada emitida pelos atores (lembra o russo). Um atalho para o inconsciente individual e coletivo, convidando o espectador a processar sua própria narrativa. Levado à cena pela primeira vez em Nova Velha Estória (1991), o recurso aperfeiçoa a técnica vocal e é fonte de insights na criação.

CABRAS – CABEÇAS QUE VOAM, CABEÇAS QUE ROLAM
CIA. TEATRO BALAGAN – SP – Local: CASA DA FRONTARIA AZULEJADA
120 min/ 12 anos/ R$40/ R$20/ R$10
12.09 SEG 20H/ 13.09 TER 20H

Ficha Técnica: TEXTO LUÍS ALBERTO DE ABREU DRAMATURGIA LUÍS ALBERTO DE ABREU E MARIA THAÍS DIREÇÃO MARIA THAÍS ASSISTENTE DE DIREÇÃO MURILO DE PAULA COM ANDRÉ MOREIRA, DEBORAH PENAFIEL, FLÁVIA TEIXEIRA, GISELE PETTY, GUSTAVO XELLA, JHONNY MUÑOZ, MAURÍCIO SCHNEIDER, NATACHA DIAS, VAL RIBEIRO E WELLINGTON CAMPOS CENOGRAFIA E FIGURINO MÁRCIO MEDINA DIREÇÃO MUSICAL DR MORRIS PREPARAÇÃO MUSICAL (RABECAS) ALÍCIO AMARAL ILUMINAÇÃO ALINE SANTINI PRODUÇÃO GÉSSICA ARJONA.

O espetáculo é dividido em quatro partes que abordam a relação entre guerra, festa e fé, cerne da pesquisa criativa do novo trabalho da Cia. Teatro Balagan, nome definido há 16 anos e que em variados idiomas pode significar feira, baderna, bagunça ou confusão, aludindo ainda à coexistência de múltiplas vozes, invariavelmente em fricção. Nas vinte crônicas independentes a vingança, o modo de ser guerreiro, o inimigo, os conflitos parentais e o nomadismo são narrados e cantados por vozes humanas, de animais e, ainda, de seres (da natureza, objetos). Uma ode à polifonia.

CARANGUEJO OVERDRIVE
AQUELA COMPANHIA – RJ – Local: C.A.I.S. VILA MATHIAS
60 min/ 16 anos/ R$40/ R$20/ R$10
13.09 TER 20H / 14.09 QUA 20H

Ficha Técnica: TEXTO PEDRO KOSOVSKI DIREÇÃO MARCO ANDRÉ NUNES COM CAROLINA VIRGUEZ, ALEX NADER, EDUARDO SPERONI, FELLIPE MARQUES, MATHEUS MACENA E RAVEL ANDRADE MÚSICOS EM CENA FELIPE STORINO, MAURÍCIO CHIARI E SAMUEL VIEIRA ILUMINAÇÃO RENATO MACHADO IDEIA ORIGINAL MAURÍCIO CHIARI PRODUÇÃO NÚCLEO CORPO RASTREADO

Caranguejo Overdrive. Foto: João Júlio Mello

Caranguejo Overdrive. Foto: João Júlio Mello

Dois pernambucanos, o geógrafo Josué de Castro, autor de Geografia da Fome (1946), e o cantor e compositor Chico Science, da banda Nação Zumbi, projetados com o álbum Da Lama ao Caos (1994), são algumas das referências da carioca Aquela Cia. de Teatro no bem-sucedido espetáculo que comemorou sua primeira década, em 2015, e radiografou flagelos contemporâneos das grandes cidades brasileiras sob o prisma do Rio de Janeiro.

HAMLET – PROCESSO DE REVELAÇÃO
IRMÃOS GUIMARÃES – DF – Local: TEATRO GUARANY
120 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
13.09 TER 21H/ 14.09 QUA 21H

Ficha Técnica: DIREÇÃO ADRIANO GUIMARÃES E FERNANDO GUIMARÃES DRAMATURGIA E ELENCO EMANUEL ARAGÃO COLABORAÇÃO NA DIREÇÃO E FIGURINO LILIANE ROVARIS ILUMINAÇÃO DALTON CAMARGOS E SARAH SALGADO CENOGRAFIA ADRIANO GUIMARÃES, FERNANDO GUIMARÃES E ISMAEL MONTICELLI PROJETO GRÁFICO, WEBSITE E FOTOGRAFIA ISMAEL MONTICELLI ADMINISTRAÇÃO VERÔNICA PRATES – QUINTAL PRODUÇÕES DIREÇÃO TÉCNICA JOSENILDO DE SOUSA ASSISTÊNCIA GERAL EDUARDO JAIME

Para a tragédia das mais cultuadas nos palcos do mundo e repleta de perguntas saídas da cabeça do príncipe de Shakespeare, o Coletivo Irmãos Guimarães – do DF, 26 anos de história – e o ator e dramaturgo Emanuel Aragão – da Cia. das Inutilezas, do RJ – não fecham questão: “É melhor aguentar na sua cabeça as pedradas e flechadas do azar que se apresenta pra você ou pegar em armas contra um mar de problemas, enfrentá-los e acabar com eles?”. O enredo do filho que vinga a morte do pai pelo tio, assassino do rei-pai e doravante nos braços da rainha-mãe, transforma-se em pretexto para o solo balizado pelos conceitos da performance art.

LEITE DERRAMADO
CLUB NOIR – SP – Local: TEATRO SESC SANTOS
80 min/ 16 anos/ R$40/ R$20  / R$10
15.09 QUI 21H/ 16.09 SEX 21H

Ficha Técnica: TEXTO CHICO BUARQUE ADAPTAÇÃO, DIREÇÃO, CENOGRAFIA E CONCEPÇÃO GERAL ROBERTO ALVIM COM JULIANA GALDINO, RENATO FORNER, TAYNÃ MARQUEZONE, CAIO ROCHA, HELENA IGNEZ, LUIZ PÄETOW E DIEGO MACHADO ILUMINAÇÃO DOMINGOS QUINTILIANO FIGURINOS JOÃO PIMENTA TRILHA SONORA ORIGINAL VLADIMIR SAFATLE CENOTECNIA E ADEREÇOS FERNANDO BRETAS FOTOS EDSON KUMASAKA

A cia. Club Noir faz a estreia nacional da adaptação cênica do premiado romance homônimo de Chico Buarque. O livro de 2009 concebe uma visão panorâmica de séculos da história do país, apontando a necessidade urgente de reconstruirmos procedimentos éticos em direção a novas possibilidades de ação política.

MONOTONIA DE APROXIMAÇÃO E FUGA PARA SETE CORPOS
GRUPO CENA 11 CIA. DE DANÇA – SC – Local: TEATRO BRÁS CUBAS
50 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
13.09 TER 22H / 14.09 QUA 22H

Ficha Técnica: CRIAÇÃO, DIREÇÃO E COREOGRAFIA ALEJANDRO AHMED DIREÇÃO DE TRILHA SONORA, ILUMINAÇÃO E DIREÇÃO DE MONTAGEM HEDRA ROCKENBACH CRIAÇÃO, PESQUISA E PERFORMANCE ALINE BLASIUS, EDÚ REIS, JUSSARA BELCHIOR, KARIN SERAFIN, MARCOS KLANN, MARIANA ROMAGNANI, NATASCHA ZACHEO PIANO (J. S. BACH, FUGA Nº 22) ALBERTO HELLER ASSISTÊNCIA E ENSAIO MALÚ RABELO ASSISTÊNCIA DE CRIAÇÃO E DIREÇÃO MARIANA ROMAGNANI ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO, ENSAIO E FIGURINO KARIN SERAFIN

Interligações, contrapontos, modulações e polifonias são nuanças da forma de composição musical denominada fuga. À semelhança da peça instrumental ou vocal, a dança e o mover instauram uma instância na qual para se afirmar o mesmo é preciso ser sempre outro. Sendas para o espetáculo de 2014 da companhia catarinense que há 22 anos desenvolve pesquisa e formação continuadas.

O ANO EM QUE SONHAMOS PERIGOSAMENTE
GRUPO MAGILUTH – PE – Local: GINÁSIO SESC SANTOS
TRADUÇÃO EM LIBRAS/ 75 min/ 16 anos/ R$40 / R$20/ R$10
12.09 SEG 21H/ 13.09 TER 21H

Ficha Técnica: DIREÇÃO PEDRO WAGNER DRAMATURGIA GIORDANO CASTRO E PEDRO WAGNER COM ERIVALDO OLIVEIRA, GIORDANO CASTRO, MÁRIO SERGIO CABRAL, PEDRO WAGNER E OS ATORES STAND IN LUCAS TORRES E BRUNO PARMERA PREPARAÇÃO CORPORAL FLÁVIA PINHEIRO DESENHO DE SOM LEANDRO OLIVÁN DESENHO DE LUZ PEDRO VILELA

O oitavo trabalho do grupo do Recife reflete acumulações de 11 anos de trajetória – agora 12 – e a parabólica do momento político, as ocupações, os movimentos e a natureza das coisas. A cena pode ser entendida como uma plataforma de ações performativas que se deixam ocupar/contaminar pela dança, pelo teatro, pela obra cinematográfica do grego Yorgos Lanthimos, pelo pensamento filosófico do esloveno Slavoj Žižek e do francês Gilles Deleuze, entre outras variantes.

O AVESSO DO CLAUSTRO
CIA. DO TIJOLO – SP – Local: GINÁSIO SESC SANTOS
TRADUÇÃO EM LIBRAS/ 150 min/ 12 anos/ R$40/ R$20/ R$10
11.09 DOM 18H/ 12.09 SEG 18H

Ficha Técnica: DRAMATURGIA CIA. DO TIJOLO DIREÇÃO DINHO LIMA FLOR E RODRIGO MERCADANTE COM LILIAN DE LIMA, KAREN MENATTI, DINHO LIMA FLOR, RODRIGO MERCADANTE E FLÁVIO BAROLLO DIREÇÃO MUSICAL WILLIAM GUEDES ORIENTAÇÃO TEÓRICA FREI BETTO MÚSICOS MAURÍCIO DAMASCENO, WILLIAM GUEDES, CLARA KOK MARTINS, EVA FIGUEIREDO E LEANDRO GOULART

Personagem fundamental nas históricas lutas de resistência política durante a ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985) e na construção do ideário das comunidades eclesiais de base, sempre engajadas nos movimentos sociais, o arcebispo de Recife e Olinda, o cearense Dom Helder Câmara (1909-1999), tem sua memória posta no coração da dramaturgia suscitada enquanto missa profana e poema, celebração da utopia e da canção, no dizer dos criadores da Cia. do Tijolo, que tem 8 anos.

O SOM DAS CORES
CATIBRUM TEATRO DE BONECOS – MG – Local: TEATRO SESC SANTOS
ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS/ 50 min/ Livre/ R$40/ R$20/ R$10
17.09 SÁB 17H30/ 18.09 DOM 17H30

Ficha Técnica: DRAMATURGIA E DIREÇÃO LELO SILVA COM LEANDRO MARRA, ROONEY TUAREG, CAMILLA MELO E DANIELA PERUCCI (ATORES-MANIPULADORES) TRILHA SONORA BANDA GRAVEOLA E O LIXO POLIFÔNICO DESENHO DE LUZ LELO SILVA, LEANDRO MARRA E TIM SANTOS SONOPLASTIA TIM SANTOS

Uma menina cega sai de casa em busca de seu cão. Lúcia acredita que ele levou seus olhos. Em jornada pela cidade, ela explora os demais sentidos, a audição, a escuta e o tato, como que num labirinto de fantasia e imaginação. A adolescente adentra o subterrâneo das estações do metrô e deambula na superfície. Na tentativa de recuperar a visão, enfrenta perigos e derrota inimigos.

SUA INCELENÇA, RICARDO III
CLOWNS DE SHAKESPEARE – RN – Local: PARQUE ROBERTO MÁRIO SANTINI (EMISSÁRIO)
ESPETÁCULO DE RUA/ 90 min/ 14 anos/ Grátis
10.09 SÁB 17H30/ 11.09 DOM 17H30

Ficha Técnica: TEXTO ORIGINAL WILLIAM SHAKESPEARE ADAPTAÇÃO DRAMATÚRGICA FERNANDO YAMAMOTO DIREÇÃO GERAL GABRIEL VILLELA DIRETORES ASSISTENTES FERNANDO YAMAMOTO E IVAN ANDRADE COM CAMILLE CARVALHO, DUDU GALVÃO, CÉSAR FERRARIO, JOEL MONTEIRO, MARCO FRANÇA, NARA KELLY, PAULA QUEIROZ E RENATA KAISER FIGURINOS GABRIEL VILLELA CENÁRIO RONALDO COSTA DIREÇÃO MUSICAL MARCO FRANÇA, ERNANI MALETTA E BABAYA

Espetáculo dos Clowns de Shakespeare estreou em 2011. Foto: Daniel Isolani

Espetáculo dos Clowns de Shakespeare estreou em 2011. Foto: Daniel Isolani

O espetáculo ocupa o espaço público, fundindo e friccionando, poeticamente, a sangria desatada na peça de William Shakespeare e as referências da cultura popular do interior brasileiro, sobretudo mineira e potiguar, fruto da parceria do diretor Gabriel Villela com o Grupo Clowns de Shakespeare.

A fábula sobre o duque que ascendeu a rei usurpando o trono na Inglaterra de mais de cinco séculos atrás vem atrelada à tradição do circo mambembe e das carroças ciganas. O plano de fundo é a Guerra das Rosas, entre os clãs Lancaster (rosa vermelha) e York (rosa branca, de Ricardo).

TEATRO DOS SERES IMAGINÁRIOS
CIA. SERES IMAGINÁRIOS – RS – Local: ÁREA DE CONVIVÊNCIA SESC SANTOS
ESPETÁCULO DE RUA/ Sessões de 10 min/ Livre/ Grátis
13.09 TER 17H/ 14.09 QUA 17H
BERTIOGA – 9.09 SEX 20H
PRAIA GRANDE – 11.09 DOM 16H

Ficha Técnica: ROTEIRO E DIREÇÃO DE CENA JACKSON ZAMBELLI CRIAÇÃO E DIREÇÃO GERAL CACÁ SENA MANIPULAÇÃO CACÁ SENA, CHARLES KRAY, ELAINE REGINA E SILVIA REGINA FERRARE ILUMINAÇÃO CAROL ZIMMER TÉCNICO DE MONTAGEM DANIEL FETTER PRODUÇÃO EXECUTIVA ÉVERTON KNIPHOFF E VINICIUS CORRÊA DESENHO E CONSTRUÇÃO DOS SERES OBA – OFICINA DE BONECOS ANIMADOS (HELOISA DILE, RENATO SPINELLI E DUDA SPINELLI) MÚSICA SÉRGIO OLIVE

A fantasia voa longe no espetáculo de manipulação de bonecos cuja forma narrativa é estruturada a partir do espaço comum em que o espectador acompanha a sessão, de cerca de dez minutos, postando-se em pé e colocando a cabeça num dos buracos de uma caixa de tecido suspensa a 1,5 metro do chão. A relação intimista com as figuras que brotam lá dentro ocorre a poucos centímetros do rosto das pessoas – na altura de olhos, nariz e ouvidos – e no plano aéreo.

VIÚVAS – PERFORMANCE SOBRE AUSÊNCIA
TRIBO DE ATUADORES ÓI NÓIS AQUI TRAVEIZ – RS – Local: MUSEU HISTÓRICO FORTALEZA DE SANTO AMARO DA BARRA GRANDE (Ponto de encontro na Ponte Edgard Perdigão. Av. Saldanha da Gama, em frente ao nº 63. Não acessível para pessoas com mobilidade reduzida)
60 min/16 anos/ R$40/ R$20/ R$10 – Venda de ingressos limitada a um par por pessoa
15.09 QUI 17H/ 16.09 SEX 17H/ 17.09 SÁB 17H

Ficha Técnica: CRIAÇÃO COLETIVA A PARTIR DO TEXTO DE ARIEL DORFMAN DRAMATURGIA, ILUMINAÇÃO, FIGURINOS E DIREÇÃO DA TRIBO COM PAULO FLORES, TÂNIA FARIAS, CLÉLIO CARDOSO, MARTA HAAS, PAULA CARVALHO, EUGÊNIO BARBOZA, JANA FARIAS, LUCAS GHELLER, ROBERTO CORBO, LETÍCIA VIRTUOSO, JÚLIO KACZAM, MAYURA MATOS, KETER VELHO, LUANA ROCHA, ALEX DOS SANTOS, PASCAL BERTEN, PEDRO ISAÍAS LUCAS, DALVANA VANSO, ALINE FERRAZ, ALESSANDRO MULLER, EDUARDO ARRUDA, DANIEL STEIL E MÁRCIO LEANDRO OPERAÇÃO DE LUZ E SOM DANIEL STEIL E CLÉLIO CARDOSO MÚSICA JOHANN ALEX DE SOUZA E TRIBO

Viuvas - Performance-sobre a ausência. Foto Pedro Isaias Lucas

Viuvas – Performance-sobre a ausência. Foto Pedro Isaias Lucas

Mulheres de um povoado às margens de um rio lutam pelo direito de saber onde estão os pais, maridos ou filhos mortos pela ditadura civil-militar no país. Nessa alegoria dos processos históricos da América Latina, a personagem Sophia rompe com a indeterminação quanto aos desaparecidos. Ela se senta numa rocha à beira do rio e espera – afinal, as águas hão de devolver os corpos ali atirados. Não vacila ante a arrogância e arbitrariedade do poder.

ZONA!
O COLETIVO – SP – Local: BACIA DO MERCADO (Ponto de encontro no Sesc Santos. Espetáculo itinerante. Não acessível para pessoas com mobilidade reduzida)
80 min/ 18 anos/ R$40/ R$20/ R$10
9.09 a 12.09 21H30
14.09 e 15.09 21H30

Ficha Técnica: DIREÇÃO KADU VERÍSSIMO TEXTO E DRAMATURGIA CRIAÇÃO COLETIVA COM JUNIOR BRASSALOTTI, CAIO MARTINEZ PACHECO, RENATA CARVALHO, PRISCILA RIBEIRO, MALVINA COSTA, LÉO BACARINI, THAYS BRATS, RAQUEL ROLLO, MARIO ACENJO E KADU VERÍSSIMO FIGURINOS E ILUSTRAÇÕES KADU VERÍSSIMO ILUMINAÇÃO O COLETIVO TÉCNICA FERNANDO HENRIQUE DE GOIS, RAFAEL RUANO, WENDELL MEDEIROS E REBECCA ALBA

Crime, fuga e mágoas afogadas em mesa de bar. A sequência a seco não dá conta da experiência repleta de camadas. Designação de pequenos barcos ou prostitutas, conforme o dicionário, as catraias são determinantes no itinerário cênico pela zona portuária santista. No primeiro episódio, em alto mar, personagens perdidos, em busca de ou fugindo de, conduzem o público pela rota perto dos navios. No segundo, fantasmas do bairro do Paquetá cortejam o espectador pelas ruas e contornos do Mercado Municipal, área outrora de luxo e hoje abandonada. Por fim, o ato em ponte com os cabarés, à la teatrólogo alemão Bertolt Brecht, numa ocupação de moradia.

CHILE

ACAPELA
JAVIERA PEÓN-VEIGA – Local: GINÁSIO SESC SANTOS
70 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
17.09 SÁB 18H/ 18.09 DOM 18H

Ficha Técnica: DIREÇÃO JAVIERA PEÓN-VEIGA CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO MACARENA CAMPBELL, CAROLINA CIFRAS, ANGÉLICA VIAL, ARIEL HERMOSILLA, EMILIO EDWARDS, CLAUDIO MUÑOZ DESENHO CÊNICO ANTONIA PEÓN-VEIGA, CLAUDIA YOLÍN DESENHO SONORO ANGÉLICA VIAL PRODUÇÃO GERAL SUSANA TELLO PROJETO FINANCIADO PELO FONDO NACIONAL DE DESARROLLO CULTURAL Y LAS ARTES DE CHILE (APOIO, INTERCÂMBIO E DIFUSÃO CULTURAL 2016), FONDART NACIONAL CONCURSO 2014. PROJETO ACOLHIDO PELA LEY DE DONACIONES CULTURALES DE CHILE

Um globo inflado abriga público e bailarinos na experiência artística destinada a ressignificar os sentidos da respiração. A ação vital para qualquer ser vivo é a razão de ser da obra em dança, disposta a estimular o sujeito a perceber sua maneira de estar no mundo e, às vezes, reinventá-la. O espaço silencioso, sensorial, pode ser ilustrado como uma instalação-pulmão e seu movimento duplo e contínuo de inspiração e expiração. A sonoridade do fôlego é sutil, um sopro permanente.

LA CONTADORA DE PELÍCULAS [A CONTADORA DE FILMES]
TEATROCINEMA – Local: TEATRO BRÁS CUBAS
90 min/ 10 anos/ R$40/ R$20/ R$10
16.09 SEX 22H/ 17.09 SÁB 22H

Ficha Técnica: DIREÇÃO GERAL SOFÍA ZAGAL ADAPTAÇÃO LAURA PIZARRO, DAUNO TOTORO, JULIÁN MARRAS, MONTSERRAT QUEZADA E SOFÍA ZAGAL COM LAURA PIZARRO, SOFÍA ZAGAL, CHRISTIAN AGUILERA, DANIEL GALLO E FERNANDO OVIEDO
Não é difícil imaginar as dificuldades de quem vive e trabalha na região das minas de salitre no deserto de Atacama, no norte chileno. Foi lá que o escritor Hernán Rivera Letelier, de 66 anos, passou a infância e, por isso, escolheu a geografia isolada para ambientar a história de María Margarita no livro lançado em 2009 e adaptado sob mesmo título pela Cia. Teatrocinema, em 2015.

COLÔMBIA

CAMARGO
LA CONGREGACIÓN TEATRO – Local: AUDITÓRIO SESC SANTOS
70 min/ 18 anos/ R$40/ R$20/ R$10 (Venda de ingressos limitada a um par por pessoa)
16.09 SEX 19H/ 17.09 SÁB 19H

Ficha Técnica: TEXTO E DIREÇÃO JOHAN VELANDIA COM ANA MARÍA SÁNCHEZ, JUANITA CETINA, DIANA BELMONTE, NELSON CAMAYO E JOHAN VELANDIA TÉCNICO DE LUZ MAICOL MEDINA ASSISTENTE DE DIREÇÃO RICHARD EVANS

Como a arte pode abordar a mente de um psicopata que matou mais de 150 mulheres, entre 8 e 20 anos, por considerá-las virgens? A companhia La Congregación Teatro transpõe para o espaço cênico as terríveis alegações e práticas reais de Daniel Camargo Barbosa (1930-1994), confrontadas ao ponto de vista das vítimas. O colombiano que se dizia evangélico e soava amável em sua debilidade transitou ainda por Brasil e Equador, sendo este o país onde cometeu a maioria dos crimes na década de 1980.

REBÚ [REBU]
TEATRO DEL EMBUSTE & ESPACIO ODEÓN – Local: CASA DA FRONTARIA AZULEJADA
90 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
16.09 SEX 20H/ 17.09 SÁB 20H

Ficha Técnica: DIREÇÃO E ADAPTAÇÃO MATÍAS MALDONADO COM HERNÁN CABIATIVA, NATALIA HELO, JAVIERA VALENZUELA E JAVIER GARDEAZÁBAL DIREÇÃO DE ARTE LUCAS MALDONADO

Rara oportunidade para conferir como um dramaturgo brasileiro é lido por artistas de outro país. A tragicomédia do carioca Jô Bilac foi montada em 2009 pela Cia. Teatro Independente (RJ) e estreou no ano passado em Bogotá, uma iniciativa do coletivo Teatro del Embuste.

A ação se passa no inverno de 1894, num gélido golfo no oeste da Noruega. Torvaldo e Bianca são recém-casados e vivem apartados do mundo. Eles recebem a visita da irmã do marido, Vladín, que supostamente passará ali seus últimos dias. Ela traz consigo aquele que considera seu bem mais precioso, Nataniel, enigmático personagem tratado como filho. A convivência desse quarteto vai aflorar segredos terríveis e inconfessáveis de cada um.

CUBA

ANTIGONÓN, UM CONTINGENTE ÉPICO [ANTIGONÓN, UM CONTINGENTE ÉPICO]
TEATRO EL PÚBLICO – Local: TEATRO COLISEU
80 min/ 18 anos/ R$40/ R$20/ R$10
15.09 QUI 22H/ 16.09 SEX 22H

Ficha Técnica: DRAMATURGIA ROGELIO ORIZONDO DIREÇÃO CARLOS DI DÍAZ COM GISELDA CALERO, DAYSI FORCADES, LUIS MANUEL ÁLVAREZ, ABEL BERENGUER, LINNET HERÁNDEZ, YAIKENIS ROJAS E YORDANKA ARIOSA

Uma profunda reflexão sobre Cuba e os cubanos segundo um dos grupos mais ativos de Havana, o Teatro El Público, que desde sua fundação, em 1992, é dirigido por Carlos Díaz. Mas o contraponto está no diálogo geracional com dramaturgo e atores na casa dos 20 e 30 anos, ávidos por cultivar a arte no presente e perceber o passado sem mitificação.

EQUADOR

BARRIO CALEIDOSCOPIO [BAIRRO CALEIDOSCÓPIO]
TEATRO DE LA VUELTA – Local: PRÉDIO DE PREVENÇÃO SABESP (CASA ROSADA)
60 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
14.09 QUA 20H/ 15.09 QUI 20H

Ficha Técnica: TEXTO, ATUAÇÃO E DIREÇÃO-GERAL CARLOS GALLEGOS DIREÇÃO DE ATORES GONZALO GONZALO CENOGRAFIA E FIGURINOS VIRGINIA CORDERO A. MÚSICA ORIGINAL MIGUEL SEVILLA

Com um mote próximo do imponderável, o solo do ator, pedagogo, dramaturgo e diretor Carlos Gallegos pretende surpreender o público com as peripécias de Afonsito. O personagem (uma criança, um adolescente, um adulto?) amanhece com vontade de ir ao armazém e comprar pão, talvez dois, dependendo do preço. Mas seu maior obstáculo será encarar, finalmente, o sentimento que costuma paralisá-lo: o medo.

ESPANHA

4
RODRIGO GARCÍA – Local: TEATRO SESC SANTOS
75 min/ 18 anos/ R$40/ R$20/ R$10
8.9 QUI 20H/ 9.9 SEX 21H

Ficha Técnica: TEXTO, ESPAÇO CÊNICO E ENCENAÇÃO RODRIGO GARCÍA COM GONZALO CUNILL, NÚRIA LLOANSI, JUAN LORIENTE E JUAN NAVARR CENOGRAFIA E LUZ SYLVIE MÉLIS CRIAÇÃO DE VÍDEO SERGE MONSÉGU, DANIEL ROMERO E RAMÓN DIAGO CRIAÇÃO DE SOM DANIEL ROMERO, SERGE MONSÉGU E JUAN NAVARRO

Desista de encontrar um tema a priori em peça de Rodrigo García, o diretor e dramaturgo argentino radicado em Madri, onde fundou o coletivo La Carnicería Teatro, em 1989. Para ele, é tarefa do espectador detectar o que lhe pareça essencial. A forma costuma ser radical e flerta com a cultura de massa. Mesmo ao criticar o triunfo do consumismo, como nesta criação de 2015.

ANDANTE
MARKELIÑE
ESPETÁCULO DE RUA/ 50 min/ Livre/ Grátis
15.09 QUI 12H30 – SÃO VICENTE
17.09 SÁB 19H – SANTOS – FONTE DO SAPO
18.09 DOM 16H – CUBATÃO

Ficha Técnica: AUTORIA E DIREÇÃO COLETIVA MARKELIÑE COM JON KEPA ZUMALDE, ITZIAR FRAGUA, FERNANDO BARADO E ROBERTO CASTRO COORDENAÇÃO IÑAKI EGUILUZ DIREÇÃO TÉCNICA PACO TRUJILLO DESENHO E REALIZAÇÃO CENOGRÁFICA PAKO RUIZ

Antes que surjam os atores, o caminho ao ar livre recebe cinco instalações em diferentes pontos, distantes cerca de 30 metros entre si. São nichos artísticos. Sugerem imagens visuais por meio de sapatos, botas, malas, velas, um espelho trincado, uma cadeira quebrada, um microfone antigo, areia, cacos de telha, etc. Quem passa pelo local público se pergunta do significado.

BIRDIE
AGRUPACIÓN SEÑOR SERRANO – Local: TEATRO GUARANY
60 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
12.09 SEG 18H e 21H30

Ficha Técnica: CRIAÇÃO ÀLEX SERRANO, PAU PALACIOS E FERNANDO DORDAL COM ALBERTO BARBERÁ, ÀLEX ERRANO E PAU PALACIOS VOZ SIMONE MILSDOCHTER DESENHO DE LUZ ALBERTO BARBERÁ DESENHO DE SOM ROGER COSTA VENDRELL

A expressão em inglês designa tanto o passarinho como o lance de golfe em que o jogador acerta a bola no buraco com uma tacada. O espetáculo da Agrupación Señor Serrano (vencedora do Leão de Prata da Bienal de Veneza 2015) estreou em julho deste ano e discute o fenômeno da miragem. Aquilo que é falso e se faz passar por verdadeiro. A performatividade põe em xeque a imagem.

BRICKMAN BRANDO BUBBLE BOOM – BBBB
AGRUPACIÓN SEÑOR SERRANO – Local: SANTOS – CENTRO HISTÓRICO (Ponto de encontro no Centro de Pesquisa das Narrativas Visuais do Valongo. Espetáculo itinerante. Não recomendado para menores de 7 anos e pessoas com mobilidade reduzida)
60 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
15.09 QUI 19H/ 16.09 SEX 15H e 19H

Ficha Técnica: IDEIA ORIGINAL ÀLEX SERRANO Y PAU PALACIOS CRIAÇÃO E PERFORMANCE DIEGO ANIDO, ÀLEX SERRANO, PAU PALACIOS E JORDI SOLER CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO MARTÍ SÁNCHEZ-FIBLA ASSESSOR DRAMATÚRGICO FERRAN DORDAL DESENHO DE SOM ROGER COSTA VENDRELL E DIEGO ANIDO

BBBB, um dos espetáculos da Agrupación Señor Serrano. Foto: Alfred Mauve

BBBB, um dos espetáculos da Agrupación Señor Serrano. Foto: Alfred Mauve

O que pode haver em comum entre John Brickman, construtor do século XIX, pioneiro no sistema de hipotecas, e o ator Marlon Brando, ícone do cinema no século XX? Como a maioria dos seres humanos, ambos ambicionavam carinho, reconhecimento e casa. O teto, ironicamente, eles não conseguiram, no sentido de ter um ninho para chamar de seu. Essa estranha aproximação atemporal faz parte da narrativa original que a Agrupación Señor Serrano adota ao expor os reflexos da especulação imobiliária em seu país e disseminados a outras artérias do capitalismo global.

FUGIT [FUGIDO]
CIA. KAMCHÀTKA – Local: SANTOS – CENTRO HISTÓRICO (Ponto de encontro no Centro de Pesquisa das Narrativas Visuais do Valongo. Espetáculo itinerante. Não recomendado para menores de 7 anos e pessoas com mobilidade reduzida)
ESPETÁCULO DE RUA/ 90 min/ Livre/ R$40/ R$20/ R$10
15.09 QUI 19H/ 16.09 SEX 15H e 19H

Ficha Técnica: DIRETOR ARTÍSTICO E COCRIADOR ADRIAN SCHVARZSTEIN COM OS COCRIADORES CRISTINA AGUIRRE, MAÏKA EGGERICX, CLAUDIO LEVATI, ANDREA LORENZETTI, JUDIT ORTIZ, LLUÍS PETIT, JOSEP ROCA, EDU RODILLA, SANTI ROVIRA, GARY SHOCHAT, PRISCA VILLA E JORDI SOLÉ RESPONSÁVEL TÉCNICO LAURENT DRISS APOIO À CRIAÇÃO DERRIÈRE LE HUBLOT, FRANÇA; PRONOMADE(S) EN HAUTE-GARONNE – CENTRE NATIONAL DES ARTS DE LA RUE, FRANÇA; FESTIVAL SCÈNES DE RUE MULHOUSE, FRANÇA; FIRA TÀRREGA – TEATRE AL CARRER, CATALUNHA, ESPANHA; CENTRO DE PESQUISA DAS NARRATIVAS VISUAIS DO VALONGO

A Compañía Kamchàtka, da comunidade autônoma da Catalunha, propõe um pacto de imersão. Deixar-se ir pelas mãos de performers e pisar ruínas, terrenos abertos e ambientes fechados. Inscrever-se em outras espacialidades. Em suma, ser transportado às sensações dos refugiados que têm a coragem de abandonar o conhecido, muitas vezes impingidos pela guerra, e dirigir-se à esperança de um mundo melhor. Um percurso poético e literalmente acidental – sem fala, mas ações corais – pela história daqueles que partiram ou ainda irão fazê-lo em algum lugar do mundo.

LIBERTINO
MARCOS VARGAS & CHLOÉ BRÛLÉ – Local: TEATRO BRÁS CUBAS
60 min/14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
9.09 SEX 22H/ 10.09 SÁB 22H

Ficha Técnica: DIREÇÃO, COREOGRAFIA E BAILE MARCO VARGAS E CHLOÉ BRÛLÉ DIREÇÃO ADJUNTA EVARISTO ROMERO TEXTO E INTERPRETAÇÃO FERNANDO MANSILLA CANTOR JUAN JOSÉ AMADOR COMPOSIÇÃO MUSICAL GABRIEL VARGAS DESENHO DE LUZ CARMEN MORI CENOGRAFIA ANTONIO GODOY FIGURINOS LA AGUJA EN EL DEDO

O flamenco está no coração do espetáculo. Sintetizado em música e dança de raízes ciganas da Andaluzia, acompanhado por palmas, sapateado e violão, é o baile que garante a voltagem dramática no novo trabalho da Compañía Marco Vargas & Chloé Brûlé, de 2015, marco dos dez anos de estrada. Baile na acepção espanhola da evolução coreográfica, no caso, a dupla que dá nome à companhia e contracena com um ator e um cantor.

PLEASE CONTINUE, HAMLET
ROGER BERNAT & YAN DUYVENDAK – Local: SALA PRINCESA ISABEL
140 min/14 anos/ R$40/ R$20/ R$10 (Venda de ingressos limitada a um par por pessoa)
11.09 DOM 15H/ 12.09 SEG 15H/ 14.09 QUA 15H

Ficha Técnica: CONCEPÇÃO E DIREÇÃO ROGER BERNAT E YAN DUYVENDAK COM MATHEUS MACENA, ILÉA FERRAZ E MARIANA NUNES DIREÇÃO TÉCNICA TXALO TOLOZA PRODUÇÃO EXECUTIVA HELENA FEBRÉS FRAYLICH PROJETO APOIADO PELO INSTITUT RAMON LLULL

Hamlet no banco de réus, Ofélia e Laertes como testemunhos e Polônio, a vítima de um golpe de espada desferido pelo Príncipe da Dinamarca. Todos eles são interpretados por atores, mas o juiz, o fiscal e os advogados são profissionais que atuam em tribunais da região, enquanto o júri é integrado por espectadores sorteados durante a sessão, ou melhor, a audiência. Eis o palco do direito arquitetado pelos criadores Roger Bernat e Yan Duyvendak para refletir sobre o papel da justiça no cotidiano dos cidadãos – que o diga o Brasil em tempos de transmissões ao vivo de julgamentos do STF.

¿QUE HARÉ YO COM ESTA ESPADA? (APROXIMACIÓN A LA LEY Y AL PROBLEMA DE LA BELLEZA) [O QUE EU FAREI COM ESTA ESPADA? (APROXIMAÇÃO À LEI E AO PROBLEMA DA BELEZA)]
ANGÉLICA LIDDELL – Local: TEATRO SESC SANTOS
270 min/18 anos/ R$40/ R$20/ R$10
12.09 SEG 19H/ 13.09 TER 19H

Ficha Técnica: TEXTO, DIREÇÃO, CENOGRAFIA E FIGURINOS ANGÉLICA LIDDELL COM VICTORIA AIME, LOUISE ARCANGIOLI, PAOLA CABELLO SCHOENMAKERS, SARAH CABELLO SCHOENMAKERS, LOLA CORDÓN, MARIE DELGADO TRUJILLO, GRETA GARCÍA, MASANORI KIKUZAWA, ANGÉLICA LIDDELL, GUMERSINDO PUCHE, ESTÍBALIZ RACIONERO BALSERA, ICHIRO SUGAE, KAZAN TACHIMOTO, IRIE TAIRA E LUCÍA YENES DESENHO DE LUZ CARLOS MARQUERIE DESENHO DE SOM ANTONIO NAVARRO

O trabalho que estreou no Festival d’Avignon, em julho, parte de dois crimes transcorridos em Paris, em diferentes épocas: o canibalismo do universitário japonês Issei Sagawa, que esquartejou a namorada e declarou tê-lo feito por amor, em 1981, e o terrorismo dos ataques em série que deixaram 130 mortos na noite de 15 de novembro de 2015.

Apesar de macabros, a artista catalã Angélica Liddell prospecta em cena uma tomada de consciência da própria existência, uma rebelião contra o racionalismo. Fala em nostalgia do infinito, do inapreensível, do sagrado.
E cita Nietzsche: “Como transformar a violência real em poética para nos colocar em contato com a verdadeira natureza, mediante atos contra a natureza?”.

MÉXICO

CUANDO TODOS PENSABAN QUE HABÍAMOS DESAPARECIDO –GASTRONOMIAESCÉNICA [QUANDO TODOS ACHAVAM QUE TÍNHAMOS SUMIDO – GASTRONOMIACÊNICA]
VACA 35 TEATRO EN GRUPO – Local: CASA DA FRONTARIA AZULEJADA
90 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
9.09 SEX 20H/ 10.09 SÁB 20H

Ficha Técnica: CRIAÇÃO E DRAMATURGIA COLETIVA DIREÇÃO E DESENHO DE ESPAÇO DAMIÁN CERVANTES COM DIANA MAGALLÓN, MARI CARMEN RUIZ, JOSÉ RAFAEL FLORES, MAITE URRUTIA E IRENE CAJA MÚSICO ALEJANDRO GÓNZALEZ PRODUÇÃO EXECUTIVA VANIA SAUER

O subtítulo dessa criação coletiva fornece outras pistas para o que virá: gastronomia cênica e teatro documental baseado na comida e na festa dos mortos. Ao contrário do tabu ocidental, na cultura mexicana o Dia de Finados é celebrado com as casas enfeitadas e os familiares e amigos preparando os pratos favoritos daqueles que não se encontram mais fisicamente entre eles.

PSICO / EMBUTIDOS, CARNICERÍA ESCÉNICA [PSICO/EMBUTIDOS, AÇOUGUE CÊNICO]
COMPAÑÍA TITULAR DE TEATRO DE LA UNIVERSIDAD VERACRUZANA – Local: ÁREA DE CONVIVÊNCIA SESC SANTOS
120 min/ 18 anos/ R$40 / R$20  / R$10
9.09 SEX 22H30
10.09 SÁB e 11.09 DOM 20H30
14.09 QUA a 17.09 SÁB 22H30
18.09 DOM 19H30

Ficha Técnica: AUTOR E DIRETOR RICHARD VIQUEIRA COM MARISOL OSEGUEDA, GUSTAVO SCHAAR PROM, BENJAMÍN CASTRO, KARLA CAMARILLO, KARINA MENESES, FREDDY PALOMEC, MARCO ROJAS, GEMA MUÑOZ, ALBA DOMINGUEZ, ROGERIO BARUCH, FÉLIZ LOZANO, JOSÉ PALACIOS, RAUL SANTAMARÍA, HECTOR MORAZ, CARLOS ORTEGA, JUANA MARIA GARZA, HOSMÉ ISRAEL, JORGE CASTILLO LUZ MARIA ORDIALES CENOGRAFIA E ILUMINAÇÃO JESÚS HERNÁNDEZ CONCEITO DE ESPAÇO JESÚS HERNÁNDEZ E RICHARD VIQUEIRA DESENHO SONORO E MÚSICA ORIGINAL JOAQUÍN LÓPEZ CHAS (A PARTIR DE TEMA E VARIAÇÕES DE WIM MERTENS) DIRETOR ARTÍSTICO LUIS MARIO MONCADA GIL ASSISTENTE DE DIREÇÃO DAVID IKE PRODUTOR EXECUTIVO YORUBA ROMERO

Psico/Embutidos. Foto: Samuel Padilla Adorno

Psico/Embutidos. Foto: Samuel Padilla Adorno

Essa instalação cênica replica o aparelho digestivo e propõe uma vivência sensorial. A obra deglute os espectadores, estimulados a transitar pela estrutura em diferentes níveis, no limite de oito metros, contornando obstáculos até a etapa em que todos são, simbolicamente, expulsos do mecanismo. O objetivo do autor e diretor Richard Viqueira é transmitir a sensação de cumprir essa travessia dentro do organismo vivo. O itinerário é feito de encontros com os 19 atores, um a um, cujas idades variam na casa dos 20 aos 80.

PERU

CRUZAR LA CALLE [ATRAVESSAR A RUA]
DANIEL AMARU SILVA – Local: GINÁSIO SESC SANTOS
130 min/ 16 anos/ R$40/ R$20/ R$10
9.09 SEX 18H/ 10.09 SÁB 18H

Ficha Técnica: TEXTO DANIEL AMARU SILVA DIREÇÃO, CENOGRAFIA, DESENHO DE LUZ E SONOPLASTIA CARLOS TOLENTINO COM STEPHANIE ENRÍQUEZ, ELSA OLIVERO, ROLANDO REAÑO E ALAÍN SALINAS FIGURINOS ALEJANDRA VIEIRA ASSISTENTE DE DIREÇÃO LEO CUBAS PRODUÇÃO GERAL MINISTERIO DE CULTURA DEL PERÚ

Cruzar la calle. Foto: Julio-Zuniganet

Cruzar la calle. Foto: Julio-Zuniganet

Em luta contra o tempo no serviço de entrega em domicílio, um motoboy atropela um cachorro que consegue se desvencilhar das rodas, num átimo, e desaparece no horizonte. O dramaturgo Daniel Amaru Silva testemunhou esse episódio numa esquina de Lima, onde vive, semanas antes de iniciar a escrita da peça alinhavada a partir dessa imagem.

SIMÓN, EL TOPO [SIMÓN, A TOPEIRA]
TEATRO LA PLAZA – Local: AUDITÓRIO SESC SANTOS
ESPETÁCULO PARA CRIANÇAS/ 50 min/ Livre/ R$40 / R$20  / R$10
10.09 SÁB 17H30/ 11.09 DOM 17H30

Ficha Técnica: AUTORA DO CONTO CARMEN DE MANUEL DIREÇÃO E ADAPTAÇÃO ALEJANDRO CLAVIER COM EMANUEL SORIANO, ANAI PADILLA, LUCCIA MENDÉZ E DUSAN FUNG MÚSICA MAGALI LUQUE DESIGN DE LUZ JESUS REYEES DIREÇÃO DE ARTE VLADIMIR SÁNCHEZ
Homofobia vem do berço? Os criadores ousam desconstruir o preconceito sob a delicada perspectiva da criança, público preferencial do espetáculo de bonecos com potencial para cair na graça, também, de pais, responsáveis ou educadores.

PORTUGAL

UNTITLED, STILL LIFE [SEM TÍTULO, NATUREZA MORTA]
ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE – Local: CADEIA VELHA (Venda de ingressos limitada a um par por pessoa)
80 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
12.09 SEG 19H

Ficha Técnica: CONCEITO ANA BORRALHO, JOÃO GALANTE E RUI CATALÃO DIREÇÃO ARTÍSTICA ANA BORRALHO E JOÃO GALANTE DRAMATURGIA RUI CATALÃO COCRIAÇÃO ANA BORRALHO, CLÁUDIO DA SILVA, JOÃO GALANTE, RUI CATALÃO E YINGMEI DUAN COLABORADORES ANTONIA BURESI E CLAUDIO DA SILVA

Ao entrar no espaço que lembra um estúdio fotográfico, o público avista um sofá. A maioria se dirige a ele. Senta ou sonda o entorno. À frente, há uma máquina fotográfica afixada em tripé e ladeada por dois refletores. O dispositivo capitaneia a narrativa despida de palavras e apoiada nos corpos que ocupam a paisagem da comunidade provisória ali constituída, inclusive de performers.

WORLD OF INTERIORS [MUNDO DE INTERIORES]
ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE – Local: CADEIA VELHA (Venda de ingressos limitada a um par por pessoa)
120 min/12 anos/ R$40/ R$20/ R$10
11.09 DOM 19H

Ficha Técnica: CONCEITO, DIREÇÃO ARTÍSTICA, ESPAÇO CÊNICO E LUZ ANA BORRALHO E JOÃO GALANTE TEXTO RODRIGO GARCÍA (FRAGMENTOS DA OBRA TEATRAL) TRADUÇÃO E COLABORAÇÃO DRAMATÚRGICA TIAGO RODRIGUES COM PERFORMERS LOCAIS QUE PARTICIPAM DE WORKSHOP

Como em Untitled, Still Life, (Sem Título, Natureza-Morta), criação também presente no MIRADA, faz parte da inquietude da dupla portuguesa Ana Borralho e João Galante refletir sobre o lugar do público na experiência com a arte. Nesse trabalho de 2010, o conceito de performance vem colado ao de instalação, assumindo o hibridismo estético com as artes visuais. Logo de cara, é desmontada a expectativa de relação palco e plateia. O espectador se depara com pessoas deitadas no piso do espaço alternativo, de olhos fechados e sem movimento aparente. São cerca de 15 performers, atores ou bailarinos locais incorporados à proposta.

ZULULUZU
TEATRO PRAGA – Local: TEATRO COLISEU
75 min/ 12 anos/ R$40/ R$20/ R$10
9.09 SEX 22H/ 10.09 SÁB 22H

Ficha Técnica: TEXTO E DIREÇÃO PEDRO ZERE PENIM, JOSÉ MARIA VIEIRA MENDES E ANDRÉ E. TEODÓSIO COM ANDRÉ E.TEODÓSIO, CLÁUDIA JARDIM, DIOGO BENTO, JENNY LARRUE, JOANA BARRIOS, MARYNE LANARO, GONÇALO PEREIRA VALVES E PEDRO ZEGRE PENIM CENÁRIO JOÃO PEDRO VALE & NUNO ALEXANDRE FERREIRA FIGURINOS JOANA BARRIOS MÚSICA ORIGINAL XINOBI

“As viagens são os viajantes”. Fernando Pessoa viveu parte de sua juventude em Durban, na África do Sul (1896-1905). Pouco escreveu sobre aquele período em terras colonizadas, normalmente encarado como de pouca influência em sua obra. A Companhia Teatro de Praga, sediada em Lisboa há 11 anos, lê com outros olhos a historiografia em torno do seu poeta-mor. O espetáculo abdica de buscar nas entrelinhas de Pessoa interpretações exóticas sobre aquele continente complexo e com história própria.

URUGUAI

LA IRA DE NARCISO [A IRA DE NARCISO]
COMPLOT – COMPAÑIA DE ARTES ESCÉNICAS CONTEMPORÁNEAS – Local: C.A.I.S. VILA MATHIAS
100 min/ 16 anos/ R$40/ R$20/ R$10
17.09 SÁB 20H/ 18.09 DOM 20H

Ficha Técnica: TEXTO E DIREÇÃO SERGIO BLANCO COM GABRIEL CALDERÓN CENOGRAFIA, FIGURINOS E DESENHO DE LUZ LAURA LEIFERT E SEBASTIÁN MARRERO VIDEOARTE MIGUEL GROMPONE ASSISTENTE DE DIREÇÃO INÉS CRUCES PRODUÇÃO IGNACIO FUMERO E MATILDE LÓPEZ APOIO INSTITUTO NACIONAL DE ARTES ESCÉNICAS (INAE) URUGUAY

A sublimação da beleza e do orgulho à luz da autoficção, procedimento criativo dileto do autor e diretor franco-uruguaio Sergio Blanco que mescla conteúdos vividos e inventados. Hospedado em um hotel em Liubliana, na Eslovênia, convidado a ministrar uma conferência sobre o mito grego, o personagem do monólogo relata situações inusitadas da estadia e da vida. Um labirinto feito de linguagem, tempo, solidão, morte, sexualidade, dependência, separação, desesperança…

NO DARÉ HIJOS, DARÉ VERSOS [NÃO DAREI FILHOS, DAREI VERSOS]
MARIANELLA MORENA – Local: TEATRO GUARANY
75 min/ 14 anos/ R$40/ R$20/ R$10
16.09 SEX 21H/ 17.09 SÁB 21H

Ficha Técnica: TEXTO, DIREÇÃO, LETRAS E CANÇÕES MARIANELLA MORENA COM LUCÍA TRENTINI, AGUSTÍN URRUTIA, MANÉ PÉREZ, LEONARDO NODA, LAURA BÁEZ E DOMINGO MILESI CENOGRAFIA E FIGURINOS JOHANNA BRESQUE DESENHO DE LUZ CLAUDIA SÁNCHEZ MÚSICA LUCÍA TRENTINI E NICOLÁS RODRIGUEZ MIERES PRODUÇÃO LUCÍA ETCHEVERRY APOIO INSTITUTO NACIONAL DE ARTES ESCÉNICAS (INAE) URUGUAY

O drama intercala prosa e canções a partir da vida e da obra da poeta Delmira Agustini (1886-1914), cuja memória e arte andavam relegadas até ganhar novo alento nos últimos anos. Ela morreu assassinada a tiros pelo ex-marido. E assim é evocada pelo escritor Eduardo Galeano: “Tinha cantado as febres do amor sem disfarces pacatos, e tinha sido condenada pelos que castigam nas mulheres o que nos homens aplaudem, porque a castidade é dever feminino, e o desejo, como a razão, um privilégio masculino”.

Confira ainda a programação de performances, mesas, debates, leituras.

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Vamos ao Palco Giratório!

Divinas, da Duas Companhias, abre o festival. Foto: Pollyanna Diniz

Divinas, da Duas Companhias, abre o festival. Foto: Pollyanna Diniz

Os números do Festival Palco Giratório sempre impressionam. É o maior projeto de artes cênicas do país – para fazer jus a quem diz que o Sesc é o verdadeiro Ministério da Cultura do Brasil. São 16 grupos circulando, 732 apresentações, 133 cidades. No Recife, esse circuito nacional ganha muitos reforços: ações específicas, programação local, outros grupos convidados, parcerias. “É uma equipe nacional que se reúne no ano anterior, com 80 projetos, para discutir quais serão selecionados; momento também de firmar algumas parcerias”, explica Galiana Brasil, coordenadora geral do Palco Giratório em Pernambuco.

Este ano há pelo menos três: com Alagoas (Cena Alagoana, que trará o espetáculo Baldroca, da Associação Teatral Joana Gajuru), Rio Grande do Sul (Rec-Poa, que acontece desde o ano passado; por aqui veremos Coração Randevú, do grupo Independente) e Espírito Santo (Diálogos Capixabas, com os espetáculos A Terra Prometida, do Grupo Quintal; Sonata para Despertar, do Repertório Artes Cênicas e Cia.; Benjamin, do Coletivo Moinho; e A Saga Amorosa dos Amantes Píramo e Tisbe, do Grupo Teatral Gota, Pó e Poeira).

A peça que abre o festival no dia 3 de Maio, no Barreto Júnior, às 19h30, é Divinas, da Duas Companhias. Não é um espetáculo inédito; há dois anos, quando ainda não tinha nem estreado, as atrizes Lívia Falcão, Fabiana Pirro e Odília Nunes fizeram uma demonstração de trabalho no Teatro Marco Camarotti; ano passado, elas participaram da programação com a peça pronta. “Geralmente escolhemos um espetáculo local para abrir. E este ano a Duas Companhias é o nosso representante na circulação nacional. Não temos problema com o fato de ser um espetáculo que já fez temporadas, participou de festivais. Ainda há um público grande para ser conquistado, que ainda não viu”, diz Galiana. A Duas Companhias fará quase 60 apresentações em 2013 em todo o país; já começaram, inclusive, por Fortaleza.

A grade traz duas estreias. A primeira é De Íris ao Arco-Íris, que conta a história de uma lagarta muito curioda chamada Íris. O texto foi uma criação coletiva a partir da obra homônima de Jorge de Paula, que também assina a encenação. A segunda é Mariano, irmão meu, direção de Eron Villar, texto de Alexsandro Souto Maior, que conta a história de dois irmãos que sofrem com a ausência da mãe.

Entre os espetáculos que estão na seleção nacional do Palco, ao menos dois já estiveram no Recife: Luis Antonio – Gabriela, da Cia Mungunzá (SP), direção de Nelson Baskerville; e O filho eterno, da Cia Atores de Laura (RJ), direção de Daniel Herz a partir do texto de Cristovão Tezza. Os dois espetáculos, aliás, são significativos quando tentamos delinear “tendências” que, de alguma forma, unam os espetáculos do Palco este ano. “Temos muitas montagens que discutem a questão de gênero, apropriação da literatura e solos e monólogos”, evidencia Galiana Brasil.

O filho eterno. Foto: Pollyanna Diniz

O filho eterno. Foto: Pollyanna Diniz

Entre as ações especiais, a Cena Gastrô, com seis restaurantes que criaram menus exclusivos a partir do título de algumas peças; e a Cena Bacante, que este ano será concentrada no CASA (Centro de Articulação de Saberes Artísticos), espaço na Tamarineira, sempre às sextas-feiras, a partir das 23h. Além disso, o festival terá um jornal chamado Ponte Giratória, que terá edição do jornalista Valmir Santos e colaboração do blog!

O festival vai de 3 a 31 de Maio e os ingressos custam R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada).

Confira a programação:

03/05 (sexta-feira)
Divinas (Duas Companhias/PE)
Teatro Barreto Júnior, às 19h30

04/05 (sábado)

Júlia (Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado/SC)
Parque Dona Lindu (área externa), às 16h

São Manuel Bueno, Martir (Cia Sobrevento/SP)
Teatro Marco Camarotti, às 19h e às 21h

05/05 (domingo)

O circo de Lampezão e Maria Botina (Caravana Tapioca/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Amor por Anexins (Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado/SC)
Parque Dona Lindu (área externa), às 16h

Objeto Gritante (Mauricio de Oliveira & Siameses/SP)
Teatro Barreto Júnior, às 19h

07/05 (terça-feira)

Pingos & Pigmentos (intervenção urbana, Coletivo Construções Compartilhadas/BA)
Praça do Carmo, às 12h

La Perseguida (Teatro Vagamundo/RS)
Praça Campo Santo, Santo Amaro, às 16h

O alfaite de livro e vestido de noiva (Otávio Bastos/PE)
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela), às 19h

08/05 (quarta-feira)

Pingos & Pigmentos (intervenção urbana, Coletivo Construções Compartilhadas/BA)
Praça do Carmo, às 12h

Propriedade Condenada (Érico José/BA)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

Propriedade Condenada tem direção de Érico José. Foto: Pollyanna Diniz

Propriedade Condenada tem direção de Érico José. Foto: Pollyanna Diniz

O homem vermelho (Marcelo Braga/RJ)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

09/05 (quinta-feira)

A Pereira da Tia Miséria(Grupo Ás de paus/PR)
Praça do Carmo, às 16h

O homem vermelho (Marcelo Braga/RJ)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

O filho eterno (Cia Atores de Laura/RJ)
Teatro Apolo, às 20h

10/05 (sexta-feira)

O filho eterno (Cia Atores de Laura/RJ)
Teatro Apolo, às 20h

11/05 (sábado)

O pássaro do sol (A roda/BA)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Luis Antonio – Gabriela (Cia Munguzá de Teatro/SP)
Teatro de Santa Isabel, às 20h

12/05 (domingo)

O pássaro de sol (A roda/BA)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Luis Antonio – Gabriela (Cia Munguzá de Teatro/SP)
Teatro de Santa Isabel, às 20h

Luis Antonio - Gabriela será apresentada no Santa Isabel. Foto: Ivana Moura

Luis Antonio – Gabriela será apresentada no Santa Isabel. Foto: Ivana Moura

14/05 (terça-feira)

O grande circo ínfimo (Grupo Z de Teatro/ES)
Praça Campo Santo, Santo Amaro, às 16h

Fantástico Circo-Teatro de um homem só (Cia Rústica/RS)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

A terra prometida (Grupo Quintal/ES/ Diálogos Capixabas)
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela), às 20h

15/05 (quarta-feira)

Insone (Grupo Z de teatro/ES)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Sonata para despertar (Cia Repertório/ES/Diálogos Capixabas)
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela), às 20h

16/05 (quinta-feira)

Insone (Grupo Z de teatro/ES)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Benjamim (Coletivo Moinho/ES/Diálogos Capixabas)
Teatro Capiba, às 20h

17/05 (sexta-feira)

A saga amorosa dos amantes Píramo e Tisbe (Grupo Gota, Pó e Poeira/ES/Diálogos Capixabas)
Praça Campo Santo, Santo Amaro, às 16h

Boi (SerTão Teatro Infinito Cia/GO)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Coração Randevú (Independente/RS/REC-POA)
Teatro Apolo, às 20h

18/05 (sábado)

De Íris ao Arco-Íris (PE)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Tempostepegoque Delícia e Bundaflor, Bundamor (Eduardo Severino Companhia de Dança/RS)
Teatro Capiba, às 20h

19/05 (domingo)

As aventuras de uma viúva alucinada (Grupo Mamelungo/SE)
Parque Dona Lindu (área externa), às 16h

De Íris ao Arco-Íris (PE)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Olivier e Lili: Uma história de amor em 900 frases (Teatro de Fronteira/PE)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h

Tempostepegoque Delícia e Bundaflor, Bundamor (Eduardo Severino Companhia de Dança/RS)
Teatro Capiba, às 20h

21/05 (terça-feira)

Baldroca (Associação Teatral Joana Gajuru/AL/Cena Alagoana)
Praça Campo Santo, Santo Amaro, às 16h

Compartilhados (Grupo Experimental/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

Amor Confesso (Cia Falácia/RJ)
Teatro Apolo, às 20h

Amor confesso, com Cláudia Ventura e Alexandre Dantas. Foto: Silvana Marques

Amor confesso, com Cláudia Ventura e Alexandre Dantas. Foto: Silvana Marques

22/05 (quarta-feira)

No caminho das alimentadeiras (Coletivo Trippe/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

Amor Confesso (Cia Falácia/RJ)
Teatro Apolo, às 20h

23/05 (quinta-feira)

A Pereira da Tia Miséria (Grupo Ás de Paus/PR)
Praça do Carmo, às 16h

Tu sois de onde? (Grupo Peleja/PE)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h

O miolo da estória (Santa Ignorância Cia de Artes/MA)
Teatro Marco Camarotti, às 20h

24/05 (sexta-feira)

Gaiola das Moscas(Grupo Peleja/PE)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h

Gaiola de moscas, do Grupo Peleja. Foto: Pollyanna Diniz

Gaiola de moscas, do Grupo Peleja. Foto: Pollyanna Diniz

Tombé (Dimenti/BA)
Teatro Apolo, às 20h

25/05 (sábado)

Simbá, o Marujo (Trupe de Truões/MG)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

O beijo no asfalto (Andrezza Alves e Renata Phaelante/PE)
Teatro Barreto Júnior, às 20h

O beijo no asfalto, direção de Cláudio Lira. Foto: Pollyanna Diniz

O beijo no asfalto, direção de Cláudio Lira. Foto: Pollyanna Diniz

26/05 (domingo)

Simbá, o Marujo (Trupe de Truões/MG)
Teatro Marco Camarotti, às 16h

Sacos vermelhos (Coletivo Passarinho/PE)
Teatro Capiba (Sesc Casa Amarela), às 20h

O beijo no asfalto (Andrezza Alves e Renata Phaelante/PE)
Teatro Barreto Júnior, às 20h

28/05 (terça-feira)

Um inimigo do povo (Grupo de Teatro Cena Aberta/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 19h

Duas mulheres em preto e branco (Remo Produções/PE)
Teatro Apolo, às 21h

Duas mulheres em pretoe  branco, com Paula de Renor e Sandra Possani. Foto: Pollyanna Diniz

Duas mulheres em pretoe branco, com Paula de Renor e Sandra Possani. Foto: Pollyanna Diniz

29/05 (quarta-feira)

O malefício da mariposa (Ave Lola Espaço de Criação/PR)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Duas mulheres em preto e branco (Remo Produções/PE)
Teatro Apolo, às 21h

30/05 (quinta-feira)

O malefício da mariposa (Ave Lola Espaço de Criação/PR)
Teatro Hermilo Borba Filho, às 20h

Mariano, Irmão meu (Grupo Engenho de Teatro/PE)
Teatro Marco Camarotti, às 20h

31/05 (sexta-feira)

Viúva, porém honesta (Grupo Magiluth/PE)
Teatro de Santa Isabel, às 20h

Viúva, porém honesta, do Magiluth, encerra festival. Foto: Pollyanna Diniz

Viúva, porém honesta, do Magiluth, encerra festival. Foto: Pollyanna Diniz

FESTAFESTIVAL
Cantor Rubi/SP e DJ Pepe/PE
Sede Coletivo Angu de Teatro, às 23h

OFICINAS

Oficina de Pernas-de-Pau para Iniciante, com Grupo de Teatro Cirquinho
do Revirado – Reveraldo Joaquim e Yonara Marques
2 e 3/05 9h às 13h – 9h às 13h – c/h 8h – Local: Sesc Piedade
Para artistas ou estudantes de teatro. Número máximo de participantes: 20.

Voz e(m) Movimento, com Coletivo Lugar Comum – Conrado Falbo e Renata Muniz
2 e 3/05 14h às 17h – c/h 6h – Local: Instituto dos Cegos
Para jovens e adultos, a partir de 18 anos, com ou sem deficiência visual. Não precisa ter experiência prévia em dança.

Teatro de Objetos e Identidade, com Grupo Sobrevento – Sandra Vargas
3 e 4/05 14h às 17h – c/h 6h – Local: Sesc de Santo Amaro
Para atores.

Oficina Poéticas de Multidão: {pingos&pigmentos}, com Coletivo
Construções Compartilhadas – Rita Aquino
4 e 5/05 9h às 13h – c/h 8h – Local: Salão de Festas do Sesc de Santo Amaro
Para artistas ou estudantes de teatro. Número máximo de participantes: 50.

Pensamento Giratório, com Cia Mungunzá de Teatro
10/05 16h às 18h – c/h 2h – Local: Teatro Marco Camarotti
Livre.

Introdução ao Teatro de Sombras, com Grupo A Roda – Olga Gómez
12/05 8h30 às 12h30 – c/h 4h – Local: Banco de Texto do Sesc de Santo Amaro
Não há necessidade de ter experiência prévia com bonecos.

Oficina Poéticas Festivas, com Cia Rústica – Heinz Limaverde
12 e 13/05 dia 12 – 9h às 13h e dia 13 – 14h às 18h – c/h 8h – Local: Sala de Dança do Sesc de
Santo Amaro
Para artistas ou estudantes de teatro, a partir de 16 anos. Número máximo de participantes: 20 .

Fotografia de Espetáculo Instituto Candela, com Ivan Alecrim
27 e 28/04 14h às 18h – c/h 8h – Local: Espaço C.A.S.A.
Para pessoas que tenham o objetivo de aprofundar o conhecimento fotográfico
voltado para a fotografia de espetáculos e que tenham equipamento fotográfico.

Do Chão ao Voo, Da Palavra ao Corpo, com Grupo Z de Teatro –
Carla Van Den Bergen ou Fernando Marques
13/05 9h às 13h e 14h às 16h – c/h 6h – Local: Sesc Casa Amarela
Faixa etária: acima de 16 anos. Atores e bailarinos ou estudantes de artes cênicas.

Palhaço e Comicidade Física, com Grupo Laminima – Fernando Sampaio
14, 15 e 16/05 15h às 18h – c/h 9h – Local: Escola Pernambucana de Circo
Para profissionais ou estudantes de artes cênicas, interessados nas artes circenses e do palhaço. Número
máximo de participantes: 20.

Corpo e poesia, com Coletivo Lugar Comum – Maria Agrelli e Silvia Góes
16 e 17/05 14h às 17h – c/h 6h – Local: Instituto dos Cegos
Jovens e adultos, a partir de 18 anos, com ou sem deficiência visual. Não precisa ter experiência prévia em dança.

Exercício Prático de Elaboração de Projetos, com Eduardo Severino Cia de Dança – Luka Ibarra
18/05 14h às 16h – c/h 4h – Local: Sesc Casa Amarela
Interessados em aprimorar a escrita de projetos.

Criação e exploração do movimento, com Eduardo Severino Cia de Dança – Eduardo Severino
18 e 19/05 10h às 12h – c/h 2h – Local: Teatro Capiba
Bailarinos e público em geral.

Oficina O Corpo Individual e Coletivo no Espaço, com Núcleo Ás de Paus – Adalberto Pereira, Bruna Stépanhie, Camila Feoli, Guilherme Kirchheim, Luan Valero, Rogério Costa e Thunay Tartari
22/05 14h às 18h – c/h 4h – Local: Sala de Dança do Sesc de Santo Amaro
A partir de 14 anos. Número máximo de participantes: 30.

Técnicas para o teatro infanto-juvenil: contação de histórias por meio de objetos e sombras, com Trupe de Tuões – Ronan Vaz e Thiago Di Guerra
24/05 13h às 19h – c/h 6h – Local: Sesc de Santo Amaro
Estudantes de teatro, atores e comunidade em geral. Número máximo de participantes: 20.

Oficina de Interpretação, com Ave Lola Espaço de Criação – Ana Rosa Genari Tezza
31/05 9h às 13h e 14h às 16h – c/h 6h – Local: Teatro Capiba
Número máximo de participantes: 30.

Ainda há uma programação de performances no Espaço de Convivência do Centro Apolo-Hermilo e a programação da Cena Bacante, além da Cena Gastrô.

Pingos e Pigmentos vai alterar a paisagem do Recife. Foto: Tiago Lima

Pingos e Pigmentos vai alterar a paisagem do Recife. Foto: Tiago Lima

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Uma celebração para Cadengue

Noite de autógrafos de Antonio Cadengue

Noite de lua cheia. 10 de novembro de 2011. Na faustosa sede da Academia Pernambucana de Letras uma injustiça histórica era corrigida. Um livro, um estudo fundamental para o conhecimento e o reconhecimento de parte importante das artes cênicas brasileiras era lançado. Vinte anos depois de ter sido escrito.

Seu autor, Antonio Edson Cadengue se disse feliz e comentou que talvez aquele fosse o momento em que a cidade mais o levou a sério.

Reinaldo, Antonio Edson, Geninha e Leda

Cadengue entregou seu livro, em dois tomos, TAP Sua Cena e Sua Sombra (1941-1991) e recebeu o carinho de muitos. Foi exaltado pelo SESC e pela presidente da CEPE, Leda Alves, pelo diretor do Teatro de Amadores de Pernambuco, Reinaldo de Oliveira e pela atriz Geninha da Rosa Borges.

“Recife, cruel cidade”, como canta Carlos Pena Filho também tem sua outra face e de vez em quando afaga os seus talentos. Assim foi.

Foi uma festa bonita, mas havia no ar “esse dito não dito”. Coisas da trajetória da vida que promove seus encontros e desencontros, entendimentos e desentendimentos, bem-querer e desgastes. Faltou mais gente de teatro nesse lançamento. Talvez porque Cadengue tenha se afastado da classe, como comentou alguém.

Mas um estudo “perfeccionista” como comentou Reinaldo de Oliveira, de uma extensão que soma cerca de mil páginas, em dois volumes, é mais que um bom motivo para essa (re)aproximação.

Abaixo, vídeo com trechos das saudações e discurso do autor.

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Palhaços – O reverso do espelho em imagens

Estreia de Palhaços – O reverso do espelho. Sexta-feira, 13 de maio de 2011.

Sóstenes Vidal e Williams Sant`Anna

Palhaços foi escrito em 1974 pelo dramaturgo paulista Timochenco Wehbi.

A direção é de Célio Pontes e a produção de Socorro Raposo

Palhaços faz questionamentos sobre o que é ser artista

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