Como de costume, o festival Palco Giratório no Recife será realizado no mês de maio. A grade de programação completa – que inclui convidados de outros estados que não estão na circulação nacional e atrações locais – não está totalmente definida. Ainda assim, Galiana Brasil adianta que está dando maior foco para as estreias ou para espetáculos que não conseguiram tanta visibilidade.
Uma das novidades deste ano é a criação de um circuito gastronômico aliado ao festival, com pratos que vão fazer homenagens a espetáculos da programação. As criações serão do chef César Santos, do restaurante Oficina do sabor. “Os locais que vão participar deste circuito ainda estão sendo fechados, mas sei, por exemplo, que o restaurante do Senac já foi confirmado”, diz Galiana.
O Espaço Muda (Rua do Lima), que vem se firmando como reduto e alternativa para vários espetáculos cênicos, foi incluído no festival. Vai sediar a Cena bacante, programação que será realizada no final das noites, depois das sessões nos teatros tradicionais. “Será uma celebração com teatro e vinho”, propõe a curadora.
O recurso de audiodescrição, utilizado ano passado em alguns espetáculos locais, para facilitar o acesso às pessoas com deficiência ou dificuldades visuais, deve ser ampliado. “Queremos que tenha audiodescrição para um número maior de espetáculos. Rebú, por exemplo, da companhia Teatro Independente, do Rio de Janeiro, terá o recurso”.
A expectativa é que a grade de programação tenha entre 15 e 20 espetáculos de várias linguagens – assim como é a própria seleção do Palco nacional – com montagens de teatro adulto, infantil, dança, teatro de rua, de animação. Alguns acertos ainda precisam ser fechados. “Queríamos muito trazer o Teatro Piollin, de João Pessoa, com o espetáculo Retábulo, mas ainda não sabemos como será, porque eles precisavam de um espaço como era o Teatro Armazém, e talvez o Nascedouro de Peixinhos, que poderia ser uma alternativa, esteja em reforma”, diz.
Os espaços que vão participar da mostra, aliás, também não foram decididos. O Parque Dona Lindu, por exemplo, poderia ser uma opção. Para alguns teatros municipais, no entanto, como o Teatro Apolo e o Barreto Júnior, o festival terá que arcar com alguns custos extras, como o aluguel de iluminação. “É ruim, porque esse dinheiro poderia servir para trazer mais grupo”, finaliza Galiana.