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MITpb celebra cena pernambucana

Mostra este ano será realizada em Sousa e Cajazeiras, no Sertão da Paraíba

Mostra este ano será realizada em Sousa e Cajazeiras, no Sertão da Paraíba

A MITpb – Mostra Internacional de Teatro da Paraíba parece seguir as notas da canção de Milton Nascimento quando diz que “todo artista tem de ir aonde o povo está”. Se a primeira versão ocorreu em João Pessoa, a segunda se espalhou do litoral ao Sertão, da capital paraibana, para Campina Grande, Guarabira, Alagoa Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras. A terceira edição, mais reduzida, finca os holofotes nas cidades de Sousa e Cajazeiras, no Sertão paraibano, para celebrar a cena pernambucana, com um programa que ocorre entre 25 a 30 de abril.

O coordenador da mostra, Luciano Santiago, escolheu cinco produções para traçar um pequeno mosaico do que é feito em Pernambuco: h(EU)stória – O Tempo em Transe, sobre o cineasta Glauber Rocha, o infantil Chico e Flor Contra os Monstros na Ilha do Fogo, e os três monólogos – O Velho Diário da Insônia, A Receita e O Mascate, a Pé Rapada e os Forasteiros. O jornalista e pesquisador Leidson Ferraz irá falar sobre a história do Teatro Pernambucano. Todas as atividades são gratuitas.

A abertura e atração internacional cabe ao Bonequeiro Ernesto Franco do grupo uruguaio Títeres Del Timbó. Ele vai defender dois espetáculos : Ladrón de Lechugas, na abertura em Sousa, e Historias de Un Circo En La Lona, no encerramento, na cidade de Cajazeiras.

Daqui para frente, a MITpb pretende homenagear outros estados e também pisar em outros solos do Nordeste. A 3ª MITpb tem o patrocínio do Banco do Nordeste, através do edital de Patrocínios Culturais de 2016.

PROGRAMAÇÃO

25/04 – 19h30

Ladrón de Lechugas, espetáculo do Uruguai abre a mostra em Souza

Ladrón de Lechugas, espetáculo do Uruguai abre a mostra na cidade de Sousa

Ladrón de Lechugas (Títeres del Timbo/ Uruguai)
Espetáculo de títeres de mesa. Um velho resiste numa chácara e é ameaçado por um insólito ladrão de verduras. Realidade ou devaneio do agricultor?
Dramaturgia, direção e produção: Títeres del Timbó
Duração: 45 min
Classificação etária: Livre
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste – Sousa

26/04 – 19h30

Alessandro Moura atua, dirige e assina a dramaturgia de O Velho diário da insônia

Alessandro Moura atua, dirige e assina a dramaturgia de O Velho diário da insônia

O Velho Diário da Insônia (GITA – Grupo Independente de Teatro Alternativo/ Recife – PE)
Alessandro Moura expõe histórias de sua infância e adolescência em Goiás. Numa noite de insônia, um homem medita sobre o tempo, o abandono e a velhice.
Encenação, Texto e Interpretação: Alessandro Moura
Supervisão Cênica: Márcia Cruz
Participação especial: Talles Ribeiro
Desenho de luz: Fábio Calamy
Duração: 45 minutos
Classificação etária: 14 anos
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste – Sousa

27/04 – 19h30

Márcio Fecher e Júnior nos embates pelo pensamento de Glauber Rocha

Márcio Fecher e Júnior Aguiar nos embates pelo pensamento de Glauber Rocha

h(EU)stória – O Tempo Em Transe (Coletivo Grão Comum/ Recife – PE)
A partir das cartas trocadas entre o cineasta baiano Glauber Rocha e o poeta Jomard Muniz de Britto a peça expõe o estado febril de um artista que perscrutou o Brasil.
Elenco: Márcio Fecher e Júnior Aguiar
Encenação e roteiro: Júnior Aguiar
Operador de luz e áudio: Felipe Silva
Música original: Geraldo maia, Juliano Muta e Leonardo Villa Nova
Áudios: Glauber Rocha (programa abertura), Marisa Santanafessa (italiano) e Darcy Ribeiro (enterro de Glauber – Filme Glauber o filme – labirinto do Brasil), Trecho dos filmes Deus e o diabo na terra do Sol e Terra em Transe
Audiovisual: Gê carvalho
Desenho dos figurinos: Asaías Lira
Identidade visual: Arthur Canavarro
Diretor de produção: Márcio Fecher
Produção executiva: Andrezza Alves
Classificação etária: 18 anos
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste – Sousa

28/04 – 19h30

A Receita é um solo com Naná Sodré. Foto: Fernando Azevedo

A Receita é um solo com Naná Sodré. Foto: Fernando Azevedo

A Receita (O Poste Soluções Luminosas/ Recife – PE)
Uma mulher em processo de libertação. Depois de anos, décadas de opressão, entre a cozinha e a servidão, a protagonista se rebela.
Texto, direção, iluminação, sonoplastia e Figurino: Samuel Santos
Duração: 40 min
Atuação, Maquiagem, Figurino: Naná Sodré
Fotografias: Thaís Lima
Produção: O Poste Soluções Luminosas
Classificação etária: 15 anos
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste – Sousa

29/04 – 14h

Jornalista e pesquisador Leidson Ferraz. Foto: Ivana Moura

Jornalista e pesquisador Leidson Ferraz. Foto: Ivana Moura

PALESTRA
Leidson Ferraz (Pesquisador e jornalista)
Histórias contadas e cantadas do Teatro Pernambucano.
Classificação etária: Livre
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste – Sousa

29/04 – 16h

Chico e Flor. Foto Rubens Henrique / Divulgação

Chico e Flor, espetáculo infantil de Petrolina (PE). Foto Rubens Henrique / Divulgação

Chico E Flor Contra os Monstros Na Ilha do Fogo (Cia Biruta/ Petrolina-PE)
Esse barqueiro conhece bem o São Francisco. Ele sonha em reencontrar os pais que sumiram numa viagem de barco. E terá que enfrentar e destruir os monstros na Ilha do Fogo.
Atuação direção, texto e concepção de cenário e formas animadas: Antonio Veronaldo
Atuação e criação de figurinos: Juliene Moura
Criação de figurinos, adereços e formas animadas: Paulo Júnior
Criação de trilha sonora e efeitos de sonoplastia: Moesio Belfort e Carlos Hiury 
Criação de luz: Carlos Tiago Alves Novais 
Produção executiva e apoio técnico: Cristiane Crispim 
Concepção de cenário e arte gráfica: Uriel Bezerra  
Execução de luz: Deborah Harummy 
Contrarregra e comunicação em mídias alternativas: Camila Rodrigues
Contrarregra e apoio técnico: Letícia Rodrigues
Classificação etária: Livre
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste – Sousa

29/04 – 19h30

Diógenes D. Lima transforma Recife e Olinda em personagens

Diógenes D. Lima transforma Recife e Olinda em personagens

O Mascate, a pé rapada e os Forasteiros (Cia. De Teatro Cínicas com Objetos/ Recife – PE)
Teatro de Objetos com Diógenes D. Lima traça uma crítica/celebração à trajetória de Olinda e Recife com muito humor.
Texto e Atuação: Diógenes D. Lima
Supervisão Artística: Marcondes Lima e Jaime Santos
Coreografias: Jorge Kildery
Adereços: Triell Andrade e Bernardo Júnior
Iluminação: Jathyles Miranda
Execução de Iluminação: Rodrigo Oliveira
Execução de sonoplastia: Júnior Melo
Programação Visual: Arthur Canavarro
Fotografia: Ítalo lima, Toni Rodrigues, Sayonara Freire e Sócrates Guedes
Cenotécnico: Gustavo Oliveira
Assessoria de impressa: Cleyton Cabral
Gerente de Produção: Luciana Barbosa
Gênero: Comédia
Duração: 60 mim
Classificação etária: 16 anos
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste – Sousa

30/04 – 19h30

Historias de Un Circo En La Lona (Títeres del Timbo/ Uruguai)
Aventuras de Zipo (aspirante a palhaço) e Sopa (proprietário do circo) que tocam um circo que está sempre à beira da ruína. Homenagem ao circo e artistas de rua do continente sul-americano.
Dramaturgia, Direção e Produção: Títeres del Timbó
Bonequeiro: Ernesto Franco
Duração: 45 min
Classificação etária: Livre
Apresentação especial na Cidade de Cajazeiras

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Tempo de insônia e memórias

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Monólogo com Alessandro Moura narra sua histórias de infância e adolescência em Goiás. Foto: Divulgação

Os espetáculos erguidos a partir de material autobiográfico ganham espaço na cena contemporânea de várias formas. Ressalta uma questão bem comum nas artes, a relação, ou como prefere a teórica Erika Fischer-Lichte, a tensão entre realidade e ficção. Histórias pessoais detonam textos e encenações. É o caso do espetáculo O Velho Diário da Insônia, monólogo com texto, encenação e atuação do ator e jornalista Alessandro Moura. Ele trabalha com histórias vividas em sua infância e adolescência em Goiás.

A montagem faz única apresentação nesta terça-feira (11), às 20h, no Espaço O Poste Soluções Luminosas, dentro da programação do Outubro ou Nada – 1º Festival de teatro alternativo do Recife. Costurada com poesias e canções, a encenação experimenta a técnica da tragicomédia, segundo o artista.

Como um jogo de encaixe, o ator monta a obra com fragmentos de lembranças registrados em um diário. No limite, numa noite de insônia, o personagem estica o tempo entre arrependimento e saudade. Segundo Alessandro Moura, o espetáculo é uma celebração ao seu avô Sebastião.

Ao compartilhar histórias pessoais, de seus familiares, o artista torna-se um criador de si mesmo. E, no caso de O Velho Diário da Insônia, reflete e critica a situação de abandono das velhice e o silêncio ensurdecedor dos que ainda não chegaram lá.

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Ator também envereda pela questão da velhice. Foto: Divulgação

FICHA TÉCNICA:
Encenação, texto e interpretação: Alessandro Moura
Supervisão cênica: Márcia Cruz
Projeto gráfico: Nathan Lucas
Desenho de luz: Fábio Calamy
Fotos de divulgação: Mylena Freitas e Richard Matias
Teaser: Aratu Produções
Assessoria de imprensa: Cínthia Carvalho
Apoio: Duo Designer, Aratu Produções, Cia Maravilhas, Mel de Engenho Produções, DouxBike, Os Caras de Pau do Vestibular,
Realização: Alessandro Moura

Serviço:
O Velho Diário da Insônia
Quando: Terça-feira (11), às 20h
Onde: O Poste Soluções Luminosas (Rua da Aurora, 529, Boa Vista)
Quanto: R$ 20
Informações e reservas: ovelhodiariodainsonia@gmail.com

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De olho no retrovisor

Alessandro Moura no monólogo O Velho Diário da Insônia. Foto: Divulgação

Alessandro Moura no monólogo O Velho Diário da Insônia. Foto: Divulgação


A preocupação do espetáculo O Velho Diário da Insônia é com o inexorável tempo, que no seu rastro deixa memórias recentes e longínquas. E às vezes acende dúvidas se aquele desenho de lembrança foi a melhor escolha. A narrativa é de um velho insone, à beira da loucura de tanto pensar na vida que levou e na que poderia ter usufruído. Ele pensa nos seus três filhos, nos seus cinco netos. A peça estreia nesta quinta no espaço O Poste Soluções Luminosas, no Recife, onde fica em cartaz todas as quintas-feiras de agosto.

A tragicomédia, como é definida pelo autor, encenador e ator Alessandro Moura é costurada com poesias e canções. A supervisão artística é de Márcia Cruz. O monólogo traz as histórias vividas pelo intérprete em sua infância e adolescência e faz uma homenagem ao seu avô Sebastião.

O pano de fundo de O Velho Diário da Insônia, é o abandono, a velhice e o tempo que se esvai. Por conta da temática a peça propõe uma campanha para ajudar um asilo da cidade. Quem levar um quilo de alimento não perecível ou um pacote de fraldas geriátricas, pagará apenas R$ 10.

Ficha técnica
Encenação, texto e interpretação: Alessandro Moura
Supervisão Cênica: Márcia Cruz
Cenografia e Figurino: Toninho Miranda
Produção executiva: Raoni Velozo
Projeto Gráfico: Nathan Lucas
Desenho de luz: Fábio Calamy
Fotos de divulgação: Mylena Freitas e Richard Matias
Teaser: Aratu Produções
Assessoria de imprensa: Cínthia Carvalho
Apoio: Duo Designer, Aratu Produções, Cia Maravilhas, Mel de Engenho Produções, DouxBike, Os Caras de Pau do Vestibular
Realização: Alessandro Moura

Serviço
O Velho Diário da Insônia
Quando: Quintas-feiras de agosto (06/08, 13/08, 20/08 e 27/08), às 20h
Onde: O Poste Soluções Luminosas (Rua da Aurora, 529, Boa Vista, cruzamento com a Princesa Isabel)
Quanto: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia), R$ 10 (ingresso social: com um 1 kg de alimento não perecível ou fralda geriátrica, que serão doados para um asilo)
Informações e reservas: www.ovelhodiariodainsonia.com / ovelhodiariodainsonia@gmail.com

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