O diretor Paulo de Moraes, da Armazém Companhia de Teatro, deu uma entrevisa esta manhã sobre a peça Antes da coisa toda começar, que será apresentada a partir de amanhã, aqui no Festival de Curitina. Com 22 anos de companhia, ele contou que a ideia era partir das primeiras sensações: “daquele momento em que você pensa que é imortal, que pode tudo”. Contou que, no processo de pesquisa e depois ensaio, que começou no início do ano passado, um filme importante foi O equilibrista, documentário que conta a história de Philippe Petit em sua travessia através de um cabo de aço suspenso entre as torres do World Trade Center, em 1974.
Na peça, três personagens surgem a partir das lembranças de um homem. Mas, em se tratando da Armazém, isso não se daria de forma comum. Então não é cronológico, histórico. E sim memórias de sensações. Apesar de não ser uma intenção explícita do projeto, o diretor acredita que toda a trajetória da companhia foi revista nessa montagem. “É porque esse momento em que nos sentimos imortais, podendo tudo, foi no tearo. E isso começou a reverberar”, explica. A dramaturgia, que foi construída ao longo dos ensaios, é assinada por Paulo de Moraes e Maurício Arruda Mendonça.
O grupo já fez uma temporada no Rio e outra em São Paulo. A última vez que a Armazém esteve no Recife foi para apresentar Inveja dos anjos. Um espetáculo lindo, que também falava de memória, tempo. “Bom, se o festival (Recife do Teatro Nacional) nos levar este ano, nós vamos! Se não, só ano que vem”, adiantou o diretor.
Vejo a peça amanhã e depois conto tudo por aqui!