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Festival Palco Giratório
Um Panorama das Artes Cênicas no Recife

Zaratustra: uma transvaloração dos valores, uma adaptação da obra de Nietzsche. Foto: Divulgação.

Nuvem de Pássaros, do grupo grupo Movidos Dança (RN)

O Festival Palco Giratório, maior projeto de artes cênicas em circulação no país, retorna ao calendário cultural do Recife após uma década de ausência. De 16 de maio a 1º de junho, a capital pernambucana será palco de 46 montagens, vindas de diversos estados e do Distrito Federal, Com média de três apresentações por dia,  a programação abrange teatro, dança e circo, além de oficinas, debates e lançamentos de livros.

Ao analisar as sinopses dos espetáculos e a programação completa dessa sua 26ª edição é possível identificar uma série de vertentes temáticas que permeiam o festival.

As manifestações da cultura popular pernambucana ganham espaço no festival, com trabalhos como o do Mamulengo Novo Milênio, do Mestre Miro dos Bonecos, que apresenta a tradicional arte do teatro de bonecos; o Cavalo Marinho Boi Matuto Família Salustiano, uma manifestação da Zona da Mata Norte do estado; e o Caboclinho Canidé de Goiana, eleito Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2023.

Problemas sociais e políticas são enfrentadas em espetáculos como Alguém pra Fugir Comigo, do Resta1 Coletivo de Teatro, que discute a crise ética e social através de uma narrativa não linear; Se Eu Fosse Malcolm?, dos multiartistas Eron Villar e ViBra, que traz uma performance inspirada no ativista Malcolm X, tocando em temas como racismo e desigualdade; e O Irôko, a Pedra e o Sol, do Grupo O Poste Soluções Luminosas, que conta a história de amor entre dois adolescentes quilombolas, tratando de questões como homofobia e HIV.

A ancestralidade e a identidade negra são questões pulsantes em diversos espetáculos, como Abebé, do Grupo NegraÔ (ES), que celebra os 30 anos da trupe e reflete sobre a multiplicidade do corpo preto; Adobe, solo da intérprete Luciana Caetano (GO), que parte de símbolos e elementos da cultura negra; Herança, da Cia Burlantins (MG), que busca o resgate da herança cultural afro-brasileira; e Zenaide Bezerra – Um Espetáculo para Eternizar, da Cia Fazendo Arte (PE), que homenageia a passista de frevo Zenaide Bezerra.

No âmbito do teatro para as infâncias, destacam-se espetáculos como Quatro Luas, do grupo pernambucano O Bando Coletivo de Teatro, que se inspira no universo de Federico Garcia Lorca para criar uma narrativa sobre sonhos e emoções; Mundos, do Grupo Maria Cutia (MG), que propõe uma viagem musical pela infância dos cinco continentes; e O Pequeno Príncipe, da Cênicas Cia de Repertório, que reconta o clássico de Antoine de Saint-Exupéry focando na busca pela criança interior. Esses espetáculos exploram de maneira lúdica e acessível princípios como imaginação, autoconhecimento e diversidade cultural para o público infantil.

Outros destaques da programação incluem Caosmose, do Grupo Experimental, que através da dança explora questões como a existência de corpos dissidentes e a resistência às estruturas opressoras; Circo Sciense – Do Mangue ao Picadeiro, da Trupe Circus da Escola Pernambucana de Circo, que homenageia o artista Chico Science e o Movimento Manguebeat, unindo números circenses a questões sociais; e Yerma Atemporal, da Simone Figueiredo Produções e Roda Produção Cultural, que apresenta uma versão do clássico de Federico García Lorca, discutindo temas como liberdade e desejo. Já Nuvem de Pássaros, do grupo Movidos Dança (RN), explora o comportamento social e a importância da coletividade através de uma obra coreográfica inspirada na migração dos pássaros. O espetáculo reflete sobre a sociedade e seus conflitos, buscando compreender a coletividade humana a partir da relação entre as revoadas e a convivência de diferentes espécies.

Yerma Atemporal, uma versão do clássico de Federico García Lorca, Foto: Divulgação

Caosmose, do Grupo Experimental. Foto: Rogério Alves / Divulgação

Quatro Luas. Foto: Morgana Narjara / Divulgação

Circo Science. Foto: Rogerio Alves / Divulgação

Chama a atenção a presença significativa de artistas e companhias locais, com 30 montagens de Pernambuco, das 46 do festival . Esse número pode ser interpretado como um aceno do Palco Giratório em direção à valorização da produção artística local. Essa proporção significativa de trabalhos da região sugere, à primeira vista, uma intenção de dar visibilidade e espaço para os artistas e companhias do estado.

No entanto, é importante lembrar que a representatividade numérica não é o único fator a ser considerado quando se fala em fomento e apoio à cena cultural. A curadoria e seleção dos espetáculos, por si só, não garantem necessariamente um impacto duradouro no desenvolvimento da arte local.

Além da visibilidade proporcionada pelo festival, para além dos escolhidos para circular pelo país, seria interessante observar se o Palco Giratório também se propõe a oferecer oportunidades concretas de intercâmbio, formação e crescimento para os artistas pernambucanos. Iniciativas como residências criativas, oficinas e parcerias de longo prazo, caso sejam implementadas, podem ser indicativos mais consistentes de um compromisso efetivo com a valorização da produção regional.

Pensar em ações complementares à programação principal do festival têm o potencial de fomentar o desenvolvimento da cena artística local de maneira mais profunda e duradoura.

Debates críticos sobre os espetáculos e uma oficina de dança estão previstos na programação. Além do seminário Teatro para Infâncias, estão agendadas as Rodas de Diálogos: “Estratégias de Curadoria, Intercâmbio e Difusão Cultural no Palco Giratório” e “Práticas de Desenvolvimento da Cena Local”. Essas rodas de conversa podem ser um momento de entender e estabelecer compromissos para pensar em caminhos que fortaleçam ainda mais a relação do festival com a cena artística de Pernambuco, para além da importante vitrine já proporcionada pela programação do evento.

As Rodas de Diálogos têm o potencial de aprofundar questões estratégicas para o desenvolvimento e a sustentabilidade da cena artística local. Ao discutir curadoria, intercâmbio e difusão cultural, os participantes podem trocar experiências e pensar em formas de ampliar a circulação e o alcance das produções pernambucanas para além do estado.

Assim, a presença majoritária de trabalhos locais no Palco Giratório pode ser vista como um um ponto de partida interessante, mas não deve ser tomada como prova definitiva de um apoio sólido e transformador à cena artística pernambucana. É preciso observar, para além dos números e da programação, se o festival de fato estabelece mecanismos e políticas que fomentam e fortalecem a produção local de maneira contínua e sustentável. Somente o tempo e uma análise mais aprofundada das ações e desdobramentos do evento poderão revelar esses resultados.

Amir Haddad, homenageado do festival. Foto: Divulgação

Maurício Tizumba, homenageado do Palco Giratório. Foto: Divulgação

O festival presta homenagem a dois grandes nomes das artes cênicas: Amir Haddad, renomado diretor e ator, que apresenta o espetáculo Zaratustra: uma transvaloração dos valores, uma adaptação da obra de Nietzsche; e Maurício Tizumba, cantor e diretor musical, com a peça Herança, que celebra seus 50 anos de carreira.

Os espetáculos serão apresentados em diversos espaços culturais da cidade, como o Teatro Marco Camarotti, o Teatro Capiba, o Teatro Apolo, o Teatro Hermilo Borba Filho, o Teatro Luiz Mendonça e o Teatro Santa Isabel. Algumas apresentações também acontecerão em praças públicas, como a Praça do Campo Santo.

O encerramento do Palco Giratório será no dia 1º de junho, com a apresentação do espetáculo A fábrica dos ventos, no Teatro Santa Isabel, seguido do lançamento de livros e exposição do Festival e Escola Pernambucana de Circo, no Sesc Santa Rita.

Enfim, o retorno do Palco Giratório ao Recife, após uma década, é motivo de celebração. Espera-se que o evento fortaleça a cena cultural pernambucana, que promova o intercâmbio entre artistas locais e visitantes de todo o país e que seja de fato uma ação que democratize o acesso à arte.

Programação

– 16/05 – 16h30 – Abertura – Grande encontro de Grupos de Cultura Popular – Cortejo saindo da Rua Imperatriz Teresa Cristina para Rua do Hospício até o Teatro do Parque – Gratuito 

– 16/05 – 18h30 – Mamulengo Novo Milênio do Mestre Miro dos Bonecos – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – R$ 15 a R$ 30

– 16/05 – 20h – Leci Brandão – Na Palma da Mão – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – R$ 15 a R$ 30 –

– 17/05 – 9h – Debate crítico: Mamulengo Novo Milênio e Leci Brandão – Na palma da Mão

– 17/05 – 15h – Quatro Luas – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – R$ 15 a R$ 30 

– 17/05 – 16h – Cavalo Marinho Boi Matuto Família Salustiano – Praça do Campo Santo – Santo Amaro – Gratuito 

– 17/05 – 20h – Nordeste, dança e música irresistível – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – R$ 15 a R$ 30 

– 18/05 – 9h – Debate crítico Quatro Luas e Cavalo Marinho Boi Matuto Família Salustiano e Nordeste, dança e música irresistível  – Sesc Santo Amaro

– 18/05 – 16h – Circo de Lois Pies – Teatro Marco Camarotti

– 18/05 – 18h – Maria Firmina dos Reis, uma voz além do tempo – Teatro Capiba

– 18/05 – 20h – Yerma Atemporal – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – – – R$ 15 a R$ 30

– 19/05 – 9h – Debate crítico “Circo de Lois Pies”, “Maria Firmina dos Reis, uma voz além do tempo” e “Yerma Atemporal” – Sesc Santo Amaro

– 19/05 – 16h – Mar Acá – Mitologia Latino–Americana – Teatro Marco Camarotti

– 19/05 – 18h – O Peru do Cão Coxo – Galpão das Artes – Limoeiro – R$ 15 a R$ 30

– 19/05 – 19h – Procedimento#6 – Teatro do Parque –

– 20/05 – 9h – Debate crítico “Mar Acá”, “O Peru do Cão Coxo” e “Procedimento#6” – Livraria do Jardim – – – – –

– 20/05 – 14h – Mundos – Uma viagem musical pela infância dos cinco continentes – Teatro Marco Camarotti – 

– 20/05 – 16h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac – –

– 20/05 – 20h – Miró: Estudo n°2 – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – R$ 15 a R$ 30 –

– 21/05 – 9h – Debate crítico Mundos e Miró: estudo nº2 – Livraria Jardim

– 21/05 – 14h – Hélio, o balão que não consegue voar – Teatro Marco Camarotti

– 21/05 – 15h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac

– 21/05 – 20h – Alegria dos Náufragos – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 50 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 22/05 – 9h – Debate crítico sobre “Hélio, o balão que não consegue voar” e “Alegria dos Náufragos” – Livraria do Jardim

– 22/05 – 14h – Mundo – em busca do coração da terra – Teatro Marco Camarotti –

– 22/05 – 15h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac

– 22/05 – 20h – Nuvem de Pássaro – Teatro Luiz Mendonça

– 23/05 – 9h – Debate crítico sobre “Mundo” e “Nuvens de Pássaros” – Livraria do Jardim

– 23/05 – 14h – Seu Sol, Dona Lua – Uma História de Amor – Teatro Marco Camarotti

– 23/05 – 15h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac – – – – –

– 23/05 – 20h – O Irôko, a pedra e o sol – Teatro do Parque – – – – –

– 24/05 – 9h – Debate crítico “Seu Sol, Dona Lua – Uma História de Amor” e “O Irôko, a pedra e o sol” – Livraria do Jardim – – – – –

– 24/05 – 14h – Vento forte para água e sabão – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 55 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 24/05 – 15h – Roda de Diálogos: Estratégias de Curadoria, intercâmbio, e difusão cultural no Palco Giratório – Teatro Marco Camarotti – – – – –

– 24/05 – 15h30 – Seminário Teatro para as Infâncias – Faculdade Senac – – – – –

– 24/05 – 20h – Herança – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – 70 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 25/05 – 9h – Debates Críticos sobre “Vento forte para água e sabão” e “Herança” – Livraria do Jardim – – – – –

– 25/05 – 14h – Cantigas de Fiar – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 50 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 25/05 – 14h – Feirinha Criativa – Praça de Campo Santo – – – – –

– 25/05 – 15h – Caboclinho Canidé de Goiana – Praça de Campo Santo – 25 min – Gratuito

– 25/05 – 16h – Pensamento Giratório com Amir Haddad – Praça do Campo Santo –

– 25/05 – 19h – Riso interior – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 50 min – R$ 15 a R$ 30

– 25/05 – 20h – Alguém pra fugir comigo – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – 90 min – R$ 15 a R$ 30

– 26/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Alguém para fugir comigo”, “Cantigas de fiar” e “Riso Interior” – Sesc Santo Amaro

– 26/05 – 15h – Debate sobre os Festivais de Artes Cênicas no Brasil: práticas de desenvolvimento e desenvolvimento da cena local – Sesc Santo Amaro

– 26/05 – 16h – Zenaide Bezerra – um espetáculo para eternizar – Teatro do Parque – Rua do Hospício, 81 – Boa Vista – 50 min – R$ 15 a R$ 30 –

– 26/05 – 16h – Cabelos arrepiados – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 50 min – R$ 15 a R$ 30

– 26/05 – 18h – Zaratustra – uma transvaloração dos valores – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 90 min – R$ 15 a R$ 30

– 27/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Cabelos Arrepiados”, “Zaratustra”, “Zenaide Bezerra: um espetáculo para eternizar” – Livraria do Jardim

– 27/05 – 14h – Oficina de Dança com o Grupo NegraÔ – Sesc Santo Amaro

– 27/05 – 16h – Aldeias – Espaço O Poste – Rua do Riachuelo, 641 – Boa Vista – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 27/05 – 19h – Enquanto Godot não vem – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 45 min – R$ 15 a R$ 30

– 27/05 – 20h – Adobe – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 28/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Adobe”, “Aldeias”, “Enquanto Godot não vem” – Livraria do Jardim

– 28/05 – 16h – Ne Rope – a fertilidade da nossa origem – Teatro André Filho (Fiandeiros) – Rua da Saudade, 240 – Boa Vista – 70 min – R$ 15 a R$ 30

– 28/05 – 18h – Se eu fosse Malcolm? – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 28/05 – 20h – Abebé – O reflexo do corpo preto nos trinta anos do Grupo de Dança Afro NegraÔ – Teatro Apolo – R. do Apolo, 121 – 52 min – R$ 15 a R$ 30

– 29/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Abebé”, “Në Rope– a fertilidade da nossa origem – Grão comum” e “Se eu fosse Malcolm?” – Sesc Santo Amaro

– 29/05 – 18h – Histórias de um Pano de Roda – Teatro Hermilo Borba Filho – Cais do Apolo, 142 – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 29/05 – 20h – Dama da noite – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 55 min – R$ 15 a R$ 30

– 29/05 – 20h – O equilibrista – Teatro Apolo – R. do Apolo, 121 – 70 min – R$ 15 a R$ 30

– 30/05 – 9h – Debate Crítico sobre “A Dama da Noite”, “Desvio”, “Histórias de um pano de roda” e “O equilibrista” – Sesc Santo Amaro

– 30/05 – 14h – Circo Sciense – do Mangue ao Picadeiro – Teatro Luiz Mendonça

– 30/05 – 16h – Arreia – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – R$ 15 a R$ 30

– 30/05 – 20h – Eu vim da ilha – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 45 min – R$ 15 a R$ 30

– 31/05 – 9h – Debate Crítico sobre “Arreia”, “Circo Scienc – do mangue ao picadeiro” e “Eu vim da ilha” – Sesc Santo Amaro

– 31/05 – 14h – O Pequeno Príncipe – Teatro Luiz Mendonça – Av. Boa Viagem, S/N – Boa Viagem – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 31/05 – 16h – Os Títeres de Porrete: tragicomédia de Dom Cristóvão e Sinhá Rosinha – Teatro Capiba – Av. Norte, Rod. Gov. Miguel Arraes de Alencar, 1190 – 60 min – R$ 15 a R$ 30

– 31/05 – 18h – Caosmose – Espaço Rede Moinho da Ilha – Rua do Brum, 166 – 60 min – R$ 15 a R$ 30

–  31/05 – 20h – Um minuto para dizer que te amo – Teatro Marco Camarotti – R. Treze de Maio, 455 – Santo Amaro – 80 min – R$ 15 a R$ 30

– 01/06 – 9h – Debate Crítico sobre O Pequeno Príncipe, Os Títeres de Porrete, Caosmose e Um minuto para dizer que te amo – Sesc Santo Amaro

– 01/06 – 19h – A fábrica dos ventos – Teatro Santa Isabel

– 01/06 – 21h – Lançamento de livros e exposição do Festival e Escola Pernambucana de Circo – Sesc Santa Rita

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Recife mostra sua dança

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Balé Popular do Recife com Nordeste. Foto: Philip Moura / Divulgação

O 21º Festival de Dança do Recife começa neste sábado (22) com um Campeonato de Breaking e Popping, com grupos de hip hop, a partir das 9h, na Torre Malakoff. Durante todo o dia acontecem os confrontos artísticos individuais. A categoria breaking masculino mostra o talento e versatilidade com a palavra das 9h às 12h. Os duelos de de popping estão marcados para o período das 14h às 17h. O breaking feminino ocupa espaço das 18h às 21h. Cada categoria conta com 28 participantes.

A abertura oficial ocorre às 20h no Teatro de Santa Isabel, com o espetáculo Nordeste, a Dança do Brasil, do Balé Popular do Recife, que comemora seus 40 anos. O grupo leva ao palco os quatro ciclos festivos. As coreografias tratam das manifestações culturais e artísticas do Carnaval, de São João, do Natal, com seus autos e folguedos populares. Além de expressões de origem afro-ameríndia, entre eles Quilombiana, Afro Primitivo, Caboclos de Lança e Maracatu Nação. A direção de Ângela Fisher, com direção artística e coreografias de André Madureira.

A edição deste do festival ocorre entre os dias 22 e 29 de outubro. São 18 sessões nos palcos dos Teatros de Santa Isabel, Apolo, Hermilo Borba Filho, Barreto Junior e Luiz Mendonça. O Paço do Frevo, a Torre Malakoff e a Praça do Arsenal também recebem encenações.

O Campeonato de Batalhas de Breaking e Popping prossegue no domingo (23), com as batalhas em grupo. As 32 crews (tripulações) se enfrentam em trios das 9h às 12h. As eliminatórias continuam das 14h às 22h, até que o grupo campeão seja eleito. O campeonato acontece dentro da Mostra de Danças Urbanas, evento organizado pela Associação Metropolitana de Hip Hop, e que há 11 anos integra a programação do Festival. Um júri formado por integrantes da cena hip hop local, de São Paulo e Brasília processa as seleções.

A montagem Chetuá – a transição entre o universo do vaqueiro do sertão e o boiadeiro da jurema sagrada, da Cia Riacho de Pedra, de Olinda/PE, é a atração do domingo, no Teatro Hermilo Borba Filho, às 19h. A peça coreográfica investiga as vivências, crenças e histórias do povo. A figura do vaqueiro é focalizada no seu universo do Sertão e sua religião da Jurema Sagrada. É uma coautoria dos artistas Aldene Ferreira, Emerson Dias e Mestre Ulisses Cangaia.

Dùvido faz questionamentos existenciais

Dùvido faz questionamentos existenciais

O espetáculo Dùvido, da Cia. Sopro de Zéfiro & Aria Social, leva ao palco movimentos que exploram os conflitos existenciais. O espetáculo questiona a concepção de um outro universo, impalpável, abstrato e transcendente. Um mundo muito além do mundo conhecido, em outra dimensão. A apresentação é no domingo, às 20h, no Teatro de Santa Isabel.

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Um dos destaques nacionais é Saudade de Mim, que usa referencias de Portinari a Chico Buarque. A montagem celebra os 15 anos da Focus Cia. de Dança, do Rio de Janeiro, que se apresenta na terça-feira, 25, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu.

Como parte da ação formativa, Saudade de mim, também tem apresentações gratuitas nos dias 25 e 26, às 16h no Teatro Barreto Junior, e está direcionada a escolas de dança e da rede pública de ensino. Os interessados devem enviar uma lista com os nomes dos alunos para servicosdedancafccr@gmail.com ou confirmar os nomes pelo telefone (81) 3355-3137/38.

Na segunda (24), o grupo argentino Archipiélago Danza exibe Um animal dentro de um animal no Teatro Apolo, às 19h. A peça de dança-teatro e música especula a subjetividade feminina. O corpo aparece como território de indagação. E a produção adianta que a montagem propõe ao espectador ingressar em uma atmosfera de intensidades.

Processo Meia Noite, com criação e performance do bailarino Orun Santana, também indaga questões ligadas ao corpo. A montagem explora a capoeira como elemento criador e motivador do movimento dançado.

A realização do 21º Festival de Dança do Recife é da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife.

PROGRAMAÇÃO

Ginga B Boys e B Girls

Ginga B Boys e B Girls

DIA 22 – SÁBADO
Ginga B.Boys e B.Girls – Associação Metropolitana de Hip Hop Em PE.
Local: Torre Malakoff
Horário: 9h
Classificação: Livre
Entrada franca

Nordeste, a dança do Brasil – Balé Popular do Recife
Local: Teatro de Santa Isabel
Horário: 20h
Classificação: Livre

DIA 23 – DOMINGO

Ginga B.Boys e B.Girls – Associação Metropolitana de Hip Hop Em PE.
Local: Torre Malakoff
Horário: 9h
Classificação: Livre
Entrada franca

Chetuá – Riacho de Pedra
Local: Teatro Hermilo Borba Filho
Horário: 19h
Classificação: Livre

Dùvido – Cia. Sopro de ZéfIro & Aria Social
Local: Teatro de Santa Isabel
Horário: 20h
Classificação: Livre


DIA 24 – SEGUNDA

Un animal dentro de un animal – Archipiélago Danza Teatro (Argentina)
Local: Teatro Apolo
Horário: 19h
Classificação: maiores de 14 anos

Processo Meia-Noite – com Orun Santana
Local: Teatro Hermilo Borba Filho
Horário: 20h30
Classificação: Livre

DIA 25 – TERÇA

Saudade de mim – Focus Cia. de Dança (RJ)
Local: Teatro Luiz Mendonça
Horários: 16h (gratuita para escolas)
Classificação: Livre

Dupla Cômica
– Brow e Taw – & – 8°Sinfonia Fusion – Animatroonicz
Local: Área livre do Centro Apolo/Hermilo
Horário: 20h
Classificação: Livre
Entrada franca

Saudade de mim – Focus Cia. de Dança (RJ)
Local: Teatro Luiz Mendonça
Horários: 20h
Classificação: Livre

DIA 26 – QUARTA

Saudade de mim – Focus Cia. de Dança (RJ)
Local: Teatro Luiz Mendonça
Horários: 16h (gratuita para escolas)
Classificação: Livre

Saudade de mim – Focus Cia. de Dança (RJ)
Local: Teatro Luiz Mendonça
Horários: 20h
Classificação: Livre

DIA 27 – QUINTA

Tijolos do esquecimento – Acupe Grupo de Dança
Local: Teatro Barreto Júnior
Horário: 19h
Classificação: 16 anos

Majho Majhobê Olubajé – Cia. Pé-Nambuco de Dança
Local: Teatro Luiz Mendonça
Horário: 20h
Classificação:Livre

DIA 28 – SEXTA

Programa Duplo
Frevariando e Entre passos e sombrinhas – Cia. de Frevo do Recife & Studio Viégas
Local: Teatro Barreto Júnior
Horário: 19h
Classificação: 16 anos

Traz-humante – Camaleão Grupo de Dança (MG)
Local: Teatro de Santa Isabel
Horário: 20h
Classificação: maiores de 14 anos

Segunda pele – Coletivo Lugar Comum
Local: C. Lugar Comum (Rua do Lima, 210 – Sto. Amaro)
Horário: 20h30
Classificação: maiores de 14 anos

DIA 29 – SÁBADO

Palestra: Patrimônio Vivo, quem pode ser? – Com Marcelo Renan
Local: Paço do Frevo
Horário: 15h
Entrada Franca

Maracambuco: santos, rainhas e leões – Maracambuco
Local: Praça do Arsenal
Horário: 18h
Classificação: Livre
Entrada franca

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