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Prefeito de Camaragibe “ganha” título de Inimigo da Cultura

Ator exibe "título" do prefeito

O prefeito de Camaragibe não está bem mesmo com os artistas das artes cênicas. Sábado último (12), o Movimento dos Sem Palco promoveu uma panfletada para mostrar o descaso do dirigente com a cultura. A tradução mais emblemática da desconsideração é a situação do Teatro Camará. Tanto que foi feita a entrega simbólica do certificado de Prefeito Inimigo da Cultura ao prefeito João Ribeiro Lemos.

Eliz Galvão, uma das líderes do movimento, conta que o ato conseguiu mais de 1.000 assinaturas para o abaixo-assinado, um documento a mais para exigir a conclusão das obras do teatro. E chamou a atenção do povo da cidade.

Não é uma boa situação Sr. João Ribeiro Lemos. Um prefeito ser considerado inimigo da cultura é algo vergonhoso.

Dia 27 de março, Dia Mundial do Teatro, tem mais. O Movimento dos Sem Palco organiza outro ato em frente ao Camará, intitulado Luto pelo Teatro. A perspectiva é que tenha ainda mais gente, mais artistas e mais enquetes sobre a realidade das artes cênicas em Camaragibe.

Senhor prefeito, não é melhor o senhor começar a fazer alguma coisa?

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Em defesa do teatro

Os artistas pernambucanos vão tomar as ruas da cidade de Camaragibe neste sábado. O objetivo? Protestar contra o descaso dos governantes com relação ao Teatro Camará, desativado há quatro anos. Já escrevemos sobre o teatro antes e inclusive sobre essa panfletagem, mas não custa reforçar!

O Movimento dos Sem Palco marcou o encontro às 9h, no Mercado Público Municipal; depois, o grupo segue em direção à Rua Elisa Cabral, no Centro, onde será feita a entrega simbólica do certificado de “prefeito inimigo da cultura” ao prefeito João Lemos, e os artistas vão fazer intervenções. Mas o encerramento mesmo do ato só será às 20h, na Sambada da Laia, na Vila da Fábrica, que estava há dois meses sem acontecer. Lá, vai ter cineclube e o lançamento do CD de Adiel Luna e Coco Camará.

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O Teatro de Camaragibe virou lenda?

Situação do Teatro Camará, em Camaragibe

Quando (será que) vai ficar pronto? Os artistas de Camaragibe cobram uma resposta do poder público. Indignados com os encaminhamentos da prefeitura dessa cidade, na Região Metropolitana do Recife, para o “equipamento cultural”, eles iniciaram uma campanha para cobrar esclarecimentos.

O Movimento dos sem Palco marcou para o dia 12 de março, a partir das 9h, na Rua Elisa Cabral, no Centro de Camaragibe, uma “panfletada”. O manifesto pretende apresentar a situação do teatro à população e fazer a entrega simbólica de um certificado de “Prefeito Inimigo da Cultura”. Durante o ato, haverá apresentações de esquetes e discursos de artistas locais e de grupos parceiros.

E quais serão as justificativas da prefeitura?

Abaixo o documento do MSP (Movimento dos Sem Palco) de Camaragibe.

“A luta por um teatro em Camaragibe é longa, cheia de percalços, contratempos e tapeações. Inicialmente, na gestão do então prefeito sr. Paulo Santana (1997), a sociedade e a classe artística apontaram a demanda e foi conquistado um espaço onde seria instalado o teatro, o antigo Clube Peñarol. Foi uma imensa conquista, construiu-se uma bela maquete, fogos de artifícios e comemorações. E, num só cochilo, tudo foi por água a baixo.

Disseram que os órgãos fiscalizadores da burocracia não aprovaram tal espaço, por ausência de alguns itens necessários. E que aquele lugar seria transformado em um espaço cultural, o que acabou não sendo feito. Hoje, um galpão abandonado que serve pra guardar coisas em desuso, um belo e imponente elefante branco, uma lixeira de luxo.

Conquistou-se então, através da Braspérola, em negociações em troca de dívidas com o governo municipal, um enorme galpão. Que antes tinha sido o cinema municipal. Esse recinto, em 2002, depois de uma ligeiríssima reforma, tornou-se o Espaço Teatro Camará. Que foi inaugurado e bem utilizado pela classe artística, com inúmeras apresentações de teatro, espetáculos de dança, canto, cinema e outros eventos culturais, apesar de não possuir a menor estrutura para ser uma casa de espetáculo: era desprovido totalmente de iluminação cênica, só existia uma geral com refletores de jardim, as rotundas eram de TNT, sem acústica, refrigeração, camarins e nem banheiro.

No entanto, na primeira gestão do Sr. Prefeito João Lemos (2005-2008) foi iniciada uma obra orçada em torno de um milhão de reais. Pois é. Como tantas outras obras paradas atualmente no município, imaginem o que também esqueceram ou não deram conta? O teatro. Acabou-se o primeiro mandato, o segundo também está acabando e nada. Como sempre a cultura sempre é relegada a segundo plano. Será que eles sabem pra que serve um teatro? Será que já foram a um?

Todos reclamam desta demora e não há uma pessoa que possa responder esta simples pergunta. Quando o teatro vai ficar pronto? Pense numa gestão morna para cultura e cheia de descaminhos culturais. Sem nenhum projeto cultural para a cidade.

É preciso conscientizar os governantes e a população que o Teatro Camará é um bem tão necessário para Camaragibe e para o Estado quanto uma escola, um hospital, uma biblioteca ou uma praça, e levar em consideração que na cidade existem profissionais que geram renda com esta atividade e pagam seus impostos como qualquer cidadão de qualquer outra profissão.

Obs.: O Movimento dos Sem Palco formado por artistas da cidade criou uma comissão e agendou uma reunião com o Prefeito João Lemos no dia 10/02/2011 para discutir sobre as obras do teatro. O Prefeito, faltando 30 minutos para iniciar a reunião desmarcou alegando que não poderia receber a comissão, pois iria resolver problemas pessoais.

Obs.1: Foi solicitado via ofício a Fundação de Cultura de Camaragibe, no dia 14/02/2011 uma visita ao teatro por parte da classe artística local. O ofício foi negado alegando que o teatro está em obras, quando na verdade não existe ninguém trabalhando nele e em função dele.

Obs2: Está marcada a PANFLETADA do MOVIMENTO DOS SEM PALCO DE CAMARAGIBE para o dia 12/03 a partir das 9h na Rua Elisa Cabral – Centro – Camaragibe.
O evento será marcado pela distribuição de panfletos a população sobre a situação do teatro, a entrega simbólica de um certificado de Prefeito Inimigo da Cultura, apresentações de esquetes e discursos de artistas locais e de grupos parceiros.

Uma CIDADE sem TEATRO não pode ser considerada CIDADE. O TEATRO CAMARÁ ESTÁ UMA VERGONHA. VÁ VER.

Realização: MSP (Movimento dos Sem Palco)”

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