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Semana Hermilo apresenta sete espetáculos

Espetáculo O Estopim Dourado, Foto: Ivana Moura.

O espetáculo O Estopim Dourado, encenado pelas atrizes pernambucanas Anny Rafaella Ferli, Gardênia Fontes e Taína Veríssimo, propõe uma releitura crítica e feminina do texto João Sem Terra de Hermilo Borba Filho. Baseando-se no conceito de Corpo-território, inspirado nos estudos de Sandra Benites (Guarani Nhandeva), a peça transpõe a narrativa masculina da obra original para uma perspectiva feminina, explorando a relação íntima entre as mulheres e a terra. O

A peça combina diferentes linguagens teatrais, como o uso de máscaras, mamulengo, corporeidade e música ao vivo, dialogando com a cultura indígena e a cosmologia Guarani, associada à Terra e à natureza. Esta produção faz parte da programação da Semana Hermilo, um evento que celebra a vida e obra de um dos maiores expoentes da dramaturgia nordestina.

A Semana Hermilo, que acontece de 6 a 14 de julho no Teatro Hermilo Borba Filho, no Recife Antigo, é uma homenagem ao legado de Hermilo Borba Filho. Dramaturgo, encenador, professor, crítico e ensaísta, Hermilo foi fundamental para a cultura nordestina. Sua obra, marcada pelo realismo fantástico, bebe na fonte das tradições populares e do imaginário coletivo do Nordeste brasileiro.

Através de suas peças, Hermilo buscava retratar a vida e os dilemas do homem nordestino, utilizando elementos como o cordel, o bumba-meu-boi e o mamulengo para criar uma linguagem teatral singular.

História de um Pano de Roda, com Bóris Trindade Júnior (Borica) e André Ramos. Foto: Divulgação

A programação da Semana Hermilo inclui outros espetáculos. No domingo, 7 de julho, a Cia. Brincantes de Circo apresenta História de um Pano de Roda, um espetáculo documental que narra a relação entre um velho palhaço e seu jovem aprendiz em um circo de lona furada nos rincões de Pernambuco. A peça destaca a transmissão de conhecimentos e a paixão pela arte circense, enquanto denuncia as condições precárias e a marginalização enfrentadas pelos artistas de circo. A peça é costurada com depoimentos de artistas circenses, expondo os bastidores de sua luta contra o preconceito, o descaso e a exploração. No elenco estão André Ramos e Bóris Trindade Júnior (Borica). E a direção é assinada por Ceronha Pontes.

Na segunda-feira, Marcondes Lima, do Mão Molenga Teatro de Bonecos, traz Babau, Pancadaria e Morte ou Com Quantos Paus se Faz uma Canoa para o Além. Na quarta-feira, João Lira apresenta Terreiro Trajetória, enquanto na sexta-feira, Claudio Lira e a Luz Criativa encenam Noite. No sábado, a Subitus Company da UFPE apresenta Matilda, dirigida por Neves da Senna.

Encerrando a semana, no domingo, 14 de julho, a Cênicas Cia de Repertório apresenta Baba Yaga, primeiro solo da atriz Sônia Carvalho. Com texto de Álcio Lins e direção de Antônio Rodrigues, o trabalho traz à cena a trajetória da terrível bruxa eslava homônima. Ambientado em sua cabana, o monólogo coloca o público como confidente da bruxa enquanto ela busca por seu filho, Olaf, explorando a dualidade entre amor e ódio, culpa e desejo de posse.

A Semana Hermilo é promovida pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. Todos os eventos acontecem no Teatro Hermilo Borba Filho, no Recife Antigo, com entrada gratuita.

Sônia Carvalho em Baba Yaga. Foto Divulgação

Programação da Semana Hermilo:

  • Dia 6 (sábado): 19h15: Abertura da exposição Luiz Marinho, um resgate do autor que veio da mata. 20h: Espetáculo O Estopim Dourado
  • Dia 7 (domingo): 19h: História de um Pano de Roda
  • Dia 8 (segunda-feira): 19h: Babau, Pancadaria e Morte ou Com Quantos Paus se Faz uma Canoa para o Além
  • Dia 10 (quarta-feira): 16h e 19h: Terreiro Trajetória
  • Dia 12 (sexta-feira): 20h: Noite
  • Dia 13 (sábado): 19h: Matilda
  • Dia 14 (domingo): 19h: Baba Yaga

 

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Coletivo Angu pergunta: “Onde está todo mundo?”

Integrantes do Coletivo Angu de Teatro: Hermila Guedes, Gheuza Sena, Lilli Rocha, Ninive Caldas, Ivo Barreto, Arilson Lopes e André Brasileiro. Foto: Tadeu Gondim

A parceria entre Marcelino Freire e o Coletivo Angu de Teatro, do Recife, rende frutos há quase 20 anos. Neste domingo, 10 de outubro, o grupo mostra ao vivo, pelo Zoom, o trabalho Onde Está Todo Mundo?, quando joga com o universo das lives e da comunicação on-line.  A peça integra a programação Palco Virtual, do Itaú Cultural.

Estão no elenco desse experimento virtual os atores André Brasileiro, Gheuza Sena, Ivo Barreto, Lilli Rocha, Luís Cao, Ninive Caldas e do diretor Marcondes Lima.

Nessa “live farsesca” nem o autor – Marcelino Freire – nem as personagens criadas por ele durante a pandemia comparecem para participar do programa.

A peça foi criada no ano passado para o Festival Arte como Respiro: Múltiplos Editais de Emergência – Edição Cênicas, do Itaú Cultural, primeira seleção de auxílio a artistas no começo da pandemia. 

Quando a presencialidade, tão cara à cena teatral, começou a afastar-se, Marcelino Freire perguntou “Onde Está Todo Mundo?” E ofereceu ao Coletivo Angu um balaio repleto de humor corrosivo, doses de poesia e personagens absurdamente palpáveis nesse tempo cada vez mais surreal, de fronteiras difusas entre o ser e o não ser.

Com humor, o Coletivo ergue uma metacena que atravessa questões como a perda, o espaço vazio, o desaparecimento de pessoas e a dor.

Primeiro grupo a levar à cena a prosa de Freire, o Angu foi criado em 2003, do encontro entre os atores André Brasileiro, Fábio Caio, Gheuza Sena, Hermila Guedes, Ivo Barreto e do diretor Marcondes Lima para a montagem do espetáculo Angu de sangue.

Desde então, criou os espetáculos Ópera (2007), com texto de Newton Moreno, Rasif – mar que arrebenta (2008) e Ossos (2016) , com textos de Marcelino Freire, todas com direção de Marcondes Lima e Essa febre que não passa (2011) texto de Luce Pereira e direção de André Brasileiro e Marcondes Lima.

Nínive Caldas e Luís Cao em Onde está todo mundo?. Foto: Divulgação

SERVIÇO
Onde está todo mundo? [com interpretação em Libras]
Palco Virtual do Itaú Cultural
Quando: Domingo 10 de outubro de 2021, às 19h
[duração aproximada: 120 minutos]
Onde: Plataforma Zoom.
Ingresso: Gratuito, via Sympla
Mais informações: www.itaucultural.org.br​

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Precisamos repensar o sentido de existir
Crítica de Yorick e os Coveiros do Campo Santo de Elsinor (Parte 1)

Andrezza Alves e Marcondes Lima em Portugal e Enne Marx, no Recife. Foto Captação de tela

* A ação Satisfeita, Yolanda? no Reside Lab – Plataforma PE tem apoio do Sesc Pernambuco

Yorick e os Coveiros do Campo Santo de Elsinor (Parte 1) se apresenta como um experimento cênico virtual, uma abertura de processo, um work in progress. No material de divulgação, os artistas afirmam que, – diante do quadro em que o Brasil se encontra, com as mortes pela Covid-19, pela Polícia Militar, por feminicídio e por fome – “precisamos repensar, mais que nunca, o sentido de existir, resistir, persistir. Yorick … é um dos frutos dessa reflexão”.

Exibido em duas sessões ao vivo durante o Festival Reside – Lab, com debate na sequência, o espetáculo em construção toca ou aproxima-se de questões nevrálgicas nesses dias de peste e da peste. Aponto algumas que consegui captar: valorização do ser humano, autoimagem, Lei Aldir Blanc e sua implantação em Pernambuco, direito ao trabalho e valorização do conhecimento de todos, empatia seletiva, direito ao luto, imigração, como lidar com o contato à distância, etiqueta no online, como produzir humor, como sobreviver sem atropelar o outro e sem perder a ternura.

Inspirado no Ato V, Cena I d’A Tragédia de Hamlet: Príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare, a peça junta seis artistas: Andrezza Alves; Daniel Machado, Enne Marx, Geraldo Monteiro, Marcondes Lima e Quiercles Santana, que assina a direção. Os três que performam – Andrezza, Enne e Marcondes – foram estudar e morar em Portugal e passam – ou passaram, no caso de Enne, pela experiência da imigração no país europeu, nosso colonizador, e sentiram na pele a desconfiança que recai sobre estrangeiros. As performances deles estão carregadas dos atritos gerados por esses sentimentos de ressalvas no acolhimento pleno aos brasileiros em Portugal.

Andrezza e Marcondes. Foto captação de tela

Como sabemos, a cena dos Coveiros (Ato V, Cena I) de Hamlet, de Shakespeare está impregnada das marcas culturais do tempo em que foi escrita/encenada pelo bardo inglês. As milhares de versões dessa peça atualizam as marcas históricas de cada período. Na cena específica, dois coveiros, que ostentam a sabedoria do povo, chegam ao Cemitério de Elsinor, carregando pás e outras ferramentas.

No texto shakespeariano, as personagens citam as Escrituras, debatem a origem da nobreza, o julgamento de Ofélia, que tem como veredito o direito dela ganhar um enterro cristão, subvertem termos lógicos, produzem humor e podem instalar o riso pelo tom ambíguo, irônico e sarcástico. Hamlet e Horácio também entram na cena e o príncipe da Dinamarca filosofa sobre de quem seria um dos crânios desenterrados pelos coveiros. “Pode ser a cachola de um politiqueiro […] que acreditou ser mais que Deus”, na versão de Millôr Fernandes.

Fernandes indica inclusive que, no trato do humor, o tradutor não deve explicitar o que o autor busca deixar implícito, elucidar aquilo que ele quer deixar secreto, encorpar o humor que é fino ou tornar sutil o humor que é denso.

É uma sintonia fina. Penso que seja justamente esse o ponto mais susceptível do experimento. 

Traçar uma ligação entre a cena dos Coveiros e a realidade da pandemia que vivemos é um ideia interessante e pode-se seguir milhares de caminhos. Em Yorick há texto shakespeariano adaptado e a performance dos atores repleta de suas impressões, seus corpos atravessados pelas dores das centenas de milhares de vidas perdidas para a Covid-19. Em Hamlet, o humor funciona como um respiro da tensão trágica. 

Sabemos, como já nos ensinou o filósofo francês Henri Bergson, de que só há comicidade naquilo que é propriamente humano. Os mecanismos que provocam o riso são buscas constantes.

A literatura canonizada de Shakespeare foi escrita para ser encenada. Como prescreveria Hamlet à trupe de atores: – Adaptem a ação à palavra, a palavra à ação!

Rolhas de garrafas de vinho representam túmulos

O experimento utiliza um fundo de terra e sobre ele os quadrados se alternam, ocupam a tela inteira, dividem a tela, sem inovações no formato. E insistem na queda da conexão com a internet. Uma interação entre artistas e plateia executada durante a sessão é materializada nas perguntas feita aos espectadores. “Que figura pública você gostaria de ver enterrada?”; “O que te abate no dia a dia? O que te derruba? O que destrói fácil tua alegria”; “Que golpes, que traições, que rasteiras te arrasam?”…. Com direito a resposta do público pelo chat, que é visualizado na tela. São trocas que traçam vínculos de cumplicidade, mesmo que provisórios.

Todas as pontuações de sarcasmo e ironia com a imagem, a reputação e posicionamentos dos malditos políticos brasileiros são bem-vindas e elevam a temperatura. Muitas rolhas de garrafas de vinho são apresentadas como túmulos, que aumentam durante a conversa.

O trabalho começa com Andrezza batendo no teto. Depois olha para a câmera e pergunta: “A morte, a merda, a miséria, a pústula, a praga, a peste, a fome, a infâmia, a febre podem gerar uma boa dramaturgia?”.

Depois muda de registro – da live, abertura de processo, demonstração de trabalho, experimento cênico ou que seja – com o contraponto de Enne, que diz que soa um pouco arrogante o começo. A outra rebate que essa “simpatia sintética tem dado nos nervos, da afabilidade forçada…” E vira a chave, no tom de falsete de simpatia criticando quem é simpático no online. Pareceu-me afetado. E se a intenção era estabelecer a hilaridade da cena, para mim não funcionou.

É difícil sincronizar intenção, fala dos atores, tempo, sonoridade teatral e a função do clown contemporâneo de traçar papel social e político, ter tiradas aprofundadas, com enigmas, comentários de verdades profundas com humor.

Ou assumir a função de bobo da corte, daquele que com sagacidade conta para o rei aquilo que os outros não tem coragem de dizer, como já fez Yorick do título, de dizer as verdades brincando, como lembra Hamlet ao pegar no crânio de Yorick.

O experimento encerra com duas cenas gravadas, muito bonitas. A sequência em que Andrezza se maquila  e, vestida de Ofélia, entra no rio, quer dizer na banheira, e a passagem de Enne com uma ficha no pé em um local que lembra um necrotério. Isso ao som de La Llorona, uma canção popular mexicana de domínio público, com música de Andres Henestrosa, interpretada à capela por Marcondes Lima.

Andrezza, vestida de Ofélia

Para concluir, provisoriamente, minha reflexão sobre o experimento, traço uma linha da preocupação dos artistas com o sentido de existir e recorro a um ensaio, do qual gosto muito, da filósofa Judith Butler: Pode-Se Levar Uma Vida Boa Em Uma Vida Ruim?, na tradução de Aléxia Cruz Bretas.

Não há um caminho fácil de resposta. A vida de cada pessoa é única e o mundo é constituído de desigualdades, opressões, e cada vez mais formas de apagamento.

O texto de Judith Butler foi proferido durante a cerimônia de entrega do Prêmio Adorno, em Frankfurt, em 11 de setembro de 2012. Moral e política a partir das reflexões adornianas ganharam outros argumentos para discutir limites da ética na contemporaneidade. É possível levar uma “vida boa” frente aos dispositivos de desumanização, precarização da vida e partilha desigual da vulnerabilidade?

“A conduta ética ou a conduta moral e imoral é sempre um fenômeno social – em outras palavras, não faz absolutamente qualquer sentido falar em conduta ética e moral separadamente das relações entre os seres humanos, e um indivíduo que existe puramente para si mesmo é uma abstração vazia”.
Theodor W. Adorno,
Problems of Moral Philosophy, trans. Rodney Livingstone, Polity Press, Cambridge, 2000, p. 19, citado no ensaio de Judith Butler

Butler aponta que parece que a moralidade, desde o início, está ligada à biopolítica. “Por biopolítica entendo aqueles poderes que organizam a vida, inclusive os poderes que diferenciadamente descartam vidas à condição precária como parte de uma gestão mais ampla das populações através de meios governamentais e não governamentais, e que estabelecem um conjunto de medidas para a avaliação diferencial da vida em si”.

É uma negociação constante com essas formas de poder. Mas é desigual. E até a pergunta dói. “As vidas de quem importam? As vidas de quem não importam como vidas, não são reconhecidas como vivas, ou contam apenas ambiguamente como vivas?”
E ela então discorre que nos mecanismos políticos nem todos os seres humanos vivos têm o status de um sujeito que é digno de direitos e proteções, com liberdade e um sentimento de pertença política; ao contrário. As vidas de quem são passíveis de luto, e as de quem não são?

No Brasil comandado por Bolsonaro, a política de morte foi fortalecida, muito antes da pandemia da Covid-19. Não avistamos no horizonte um futuro seguro e vivemos com a sensação de vida danificada como experiência cotidiana.

É a necropolítica, um conceito concebido pelo filósofo, historiador, teórico político e professor universitário camaronense Achille Mbembe, que trata da soberania do Estado que dita quem pode viver e quem deve morrer.
Isso é inaceitável. Nossos corpos defendem vida digna para todos seres viventes.

Ficha técnica:

Yorick e os Coveiros do Campo Santo de Elsinor
Criação cênica e dramaturgia: Andrezza Alves, Enne Marx, Daniel Machado, Geraldo Monteiro, Marcondes Lima e Quiercles Santana
Dramaturgia: Quiercles Santana e William Shakespeare
Performance: Andrezza Alves, Enne Marx e Marcondes Lima
Direção de arte: Marcondes Lima
Assistência de direção, foto, vídeo e edição: Daniel Machado e Geraldo Monteiro
Designer e direção musical: Daniel Machado
Criação em arte-tecnologia e plataformas digitais: Geraldo Monteiro
Produção: Andrezza Alves
Direção geral: Quiercles Santana

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a_ponte: cena do teatro universitário, do Itaú Cultural, prorroga o prazo até 5 de outubro

 

Sandra Vargas vai ministrar oficina Quem tem medo de teatro para criança? O artista, o Teatro e as Infâncias, junto com Brenda Campos; uma das cinco salas virtuais oferecidas. Foto: Marco Aurélio Olimpio 

Atenção estudantes de artes cênicas de todo o país! O Itaú Cultural prorrogou mais uma vez o prazo para as inscrições da convocatória a_ponte: cena do teatro universitário. Agora vai até o dia 5 de outubro, às 23h59, o prazo final, que devem ser feitas pelo site da instituição (www.itaucultural.org.br ).

A proposta busca manter o caráter pulsante das edições presenciais anteriores – da diluição de fronteiras e aproximando estudantes – desta vez em formato digital, como requer os protocolos de isolamento social devido a Covid-19.

São dois eixos oferecidos pelo programa: o primeiro, conta com aulas virtuais abordando pluralidade de dramaturgias, cena queer, figurino e maquiagem, problematização do corpo e teatro para criança. Já o segundo é direcionado a teses de conclusão de cursos práticos ou teóricos, que terão publicação posterior.

A Jornada de Aprendizagem Expandida oferece cinco opções de salas de aulas online temáticas, conduzidas por especialistas nas áreas, a serem escolhidas pelo candidato. São elas:

Sala 1Dramaturgias, palavra plural?, com a dramaturga Dione Carlos, orientadora artística do Núcleo de Dramaturgia da Escola Livre de Santo André, e Marcos Barbosa, dramaturgo formado pelo Instituto Dragão do Mar, do Ceará, e professor da Escola Superior de Artes Célia Helena, em São Paulo. A proposta é praticar a escrita dramatúrgica e analisar textos de vozes significativas do teatro contemporâneo brasileiro, para ir além dos cânones tradicionais de referência e chegar à narrativa pluriversal.

 Sala 2Discurso e práxis para uma cena Queer – É possível falar de cena Queer? Além da contextualização da presença e da memória LGBTQI+ nas artes performativas do Brasil, os encontros debatem sobre as subjetividades e identidades queer, a partir de referências artísticas e teóricas que observem os procedimentos dissidentes de criação estética. As aulas têm como orientadores a dramaturga, poeta, diretora, atriz e professora Ave Terrena e Rodrigo Dourado, professor do Curso de Teatro do Departamento de Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador das áreas de Performatividade e Teatro Contemporâneo, Identidades de Gênero, Sexualidade e Teatro e Estudos Queer.

Sala 3, PoÉticas das materialidades da cena – O figurino e a maquiagem são marginais na criação? com Marcondes Lima, professor do Departamento de Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutorando em Artes Performativas e da Imagem em Movimento pela Universidade de Lisboa, além da participação do pernambucano Fábio Soares, figurinista, bailarino e brincante de cavalo-marinho, e de Cyntia Carla, professora da Universidade de Brasília (UnB), além de figurinista, diretora, professora, circense, atriz, cenógrafa e maquiadora. Esta classe apresenta um panorama sobre princípios e práticas da caracterização visual, enquanto linguagem nas artes da cena, especificamente no que diz respeito ao figurino e à maquiagem.

Sala 4Existe corpo na virtualidade? Dimensões pessoais e políticas do corpo: a cena como plataforma, comandada pelas atrizes e encenadoras Luciana Lyra e Tânia Farias, Aqui, a problematização do corpo, em tempos pandêmicos de inevitável virtualidade, é o ponto de partida para o desdobramento de estudos sobre a história do corpo, seus padrões e suas práticas, resultantes de múltiplas relações biológicas, biopolíticas, estéticas, culturais e ambientais.

Sala 5 aborda o tema Quem tem medo de teatro para criança? O artista, o Teatro e as Infâncias. Orientadas pela artista de teatro, pedagoga e pesquisadora Brenda Campos, e Sandra Vargas, atriz, diretora, dramaturga e uma das fundadoras do grupo SOBREVENTO, as aulas são realizadas por meio de exercícios práticos e reflexivos sobre o fazer teatral para as infâncias, provocando os participantes a perceberem caminhos possíveis para a criação de um espetáculo teatral voltado para crianças. 

Serão selecionados até 40 estudantes para cada sala virtual, para cumprirem uma carga horária de 20 horas em 10 encontros realizados de 9 de novembro a 15 de dezembro. Os selecionados serão divulgados no dia 26 de outubro pelo site do Itaú Cultural.

O outro eixo é a Seleção de Trabalhos de Conclusão de Cursos (práticos ou teóricos), que destaca a produção acadêmica de teses sobre as artes cênicas realizadas no período 2019-2020.

Podem concorrer trabalhos de iniciação científica ou iniciação à docência. Serão selecionados até 20 trabalhos, com divulgação dos resultados a partir do dia 14 de janeiro de 2021, no site do Itaú Cultural. Posteriormente integrarão uma publicação digital.

SERVIÇO:
Convocatória a_ponte: cena do teatro universitário
Inscrições até 5 de outubro (segunda-feira), às 23h59
Pelo site do Itaú Cultural ( www.itaucultural.org.br )

Eixo 1: Jornada de Aprendizagem Expandida:
Divulgação dos selecionados: 26 de outubro de 2020 (segunda-feira)
Eixo 2: Seleção de trabalhos de conclusão de cursos de 2019/2020
Pelo site do Itaú Cultural ( www.itaucultural.org.br )
Divulgação dos selecionados: 14 de janeiro de 2021 (quinta-feira)

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Ciclo “a_ponte : cena do teatro universitário”, do Itaú Cultural, investe na expansão de intercâmbios
PRAZO PRORROGADO

Ave Terrena (foto Luciana Bati), Brenda Campos (foto Natália Campos), Dione Carlos (foto Malcolm Lima),  Marcondes Lima (foto Rogério Alves), no meio, Luciana Lyra (foto Fábio Gark/Estúdio Mudrah); Cyntia Carla (foto Luana Proença), Sandra Vargas (foto Marco Aurélio Olímpo), Tânia Farias (foto Mariana Rotilli) e Rodrigo Dourado (foto Ricardo Maciel) são alguns dos condutores da Jornada de Aprendizagem Expandida

A terceira convocatória de a_ponte: cena do teatro universitário, do Itaú Cultural, está com inscrições abertas nos dois eixos desta edição: Jornada de Aprendizagem Expandida (aulas virtuais sobre conteúdos pouco explorados nos currículos oficiais) e Seleção de Trabalhos de Conclusão de Cursos (teses de conclusão de cursos práticos ou teóricos, que terão publicação posterior). O programa – que ocorre em formato reformulado, digital e ampliado -, reforça o compromisso de renovação da cena teatral, dissolvendo fronteiras e congraçando estudantes.

Os interessados devem acessar o site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br) para fazer a inscrição. Para o primeiro eixo, até às 23h59 desta sexta-feira, dia 25 de setembro de segunda-feira, dia 28 de setembro (prazo prorrogado, anunciou o Itaú, na manhã desta sexta-feira). Para o segundo núcleo, a data de acesso vai até 2 de outubro (a outra sexta-feira), no mesmo horário. 

a_ponte é norteada a estudantes maiores de 18 anos, vinculados a uma instituição de ensino de cursos técnicos e universitários de artes cênicas de todo o país.

A gerente do Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural, Galiana Brasil, ressalta que (a mostra) a_ponte propõe um mergulho em saberes, dissidências e na recuperação de ausências curriculares há muito reclamadas, “com o intuito de agregar vozes, ligar interesses, e contribuir com o processo de formação que deve reverberar nos processos cênicos Brasil adentro”.

As duas primeiras edições de a_ponte: cena do teatro universitário foram realizadas presencialmente. Neste ano, o programa conecta-se ao virtual.

Fábio Soares participa da Sala que enfoca figurino e a maquiagem. Foto Panamérica Filmes

No eixo 1, Jornada de Aprendizagem Expandida, são oferecidas para inscrição cinco diferentes salas de aulas virtuais temáticas, conduzidas por especialistas nas áreas. A instituição oferece interpretação em Libras para os selecionados que o indiquem no ato da inscrição

Sala 1, Dramaturgias, palavra plural?, com a dramaturga Dione Carlos, orientadora artística do Núcleo de Dramaturgia da Escola Livre de Santo André, e Marcos Barbosa, dramaturgo formado pelo Instituto Dragão do Mar, do Ceará, e professor da Escola Superior de Artes Célia Helena, em São Paulo. A proposta é praticar a escrita dramatúrgica e analisar textos de vozes significativas do teatro contemporâneo brasileiro, para ir além dos cânones tradicionais de referência e chegar à narrativa pluriversal.

 Sala 2, Discurso e práxis para uma cena Queer – É possível falar de cena Queer? Além da contextualização da presença e da memória LGBTQI+ nas artes performativas do Brasil, os encontros debatem sobre as subjetividades e identidades queer, a partir de referências artísticas e teóricas que observem os procedimentos dissidentes de criação estética. As aulas têm como orientadores a dramaturga, poeta, diretora, atriz e professora Ave Terrena e Rodrigo Dourado, professor do Curso de Teatro do Departamento de Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador das áreas de Performatividade e Teatro Contemporâneo, Identidades de Gênero, Sexualidade e Teatro e Estudos Queer.

Sala 3, PoÉticas das materialidades da cena – O figurino e a maquiagem são marginais na criação? com Marcondes Lima, professor do Departamento de Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutorando em Artes Performativas e da Imagem em Movimento pela Universidade de Lisboa, além da participação do pernambucano Fábio Soares, figurinista, bailarino e brincante de cavalo-marinho, e de Cyntia Carla, professora da Universidade de Brasília (UnB), além de figurinista, diretora, professora, circense, atriz, cenógrafa e maquiadora. Esta classe apresenta um panorama sobre princípios e práticas da caracterização visual, enquanto linguagem nas artes da cena, especificamente no que diz respeito ao figurino e à maquiagem.

Sala 4, Existe corpo na virtualidade? Dimensões pessoais e políticas do corpo: a cena como plataforma, comandada pelas atrizes e encenadoras Luciana Lyra e Tânia Farias, Aqui, a problematização do corpo, em tempos pandêmicos de inevitável virtualidade, é o ponto de partida para o desdobramento de estudos sobre a história do corpo, seus padrões e suas práticas, resultantes de múltiplas relações biológicas, biopolíticas, estéticas, culturais e ambientais.

Sala 5 aborda o tema Quem tem medo de teatro para criança? O artista, o Teatro e as Infâncias. Orientadas pela artista de teatro, pedagoga e pesquisadora Brenda Campos, e Sandra Vargas, atriz, diretora, dramaturga e uma das fundadoras do grupo SOBREVENTO, as aulas são realizadas por meio de exercícios práticos e reflexivos sobre o fazer teatral para as infâncias, provocando os participantes a perceberem caminhos possíveis para a criação de um espetáculo teatral voltado para crianças.

Serão selecionados até 40 estudantes para cada uma das cinco salas virtuais, para cumprirem uma carga horária prevista de 20 horas. As aulas acontecerão por meio da plataforma crossknowledge em 10 encontros realizados de 9 de novembro a 15 de dezembro. Os selecionados serão divulgados no dia 26 de outubro pelo site do Itaú Cultural.

No Eixo 2 a_ponte: cena do teatro universitário busca valorizar a pesquisa com uma Seleção de Trabalhos de Conclusão de Curso (práticos ou teóricos), resultados de estudos concluídas nos anos de 2019 e/ou 2020. Podem se candidatar autores de trabalhos de iniciação científica ou iniciação à docência. A iniciativa visa atestar a necessidade dos programas de financiamento à pesquisa continuada nos bacharelados, nas licenciaturas e nos cursos técnicos nas áreas de artes e humanidades. Até 20 trabalhos inscritos serão selecionados, divulgados a partir do dia 14 de janeiro de 2021, no site do Itaú Cultural. Esse material fará arte, posteriormente, de uma publicação digital.

 

SERVIÇO:
Convocatória a_ponte: cena do teatro universitário
Inscrições:
Eixo 1: Jornada de Aprendizagem Expandida:
Até 25 de setembro (sexta-feira), NOVO PRAZO dia 28 de setembro (segunda-feira),  às 23h59
Pelo site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br)
Divulgação dos selecionados: 28 de outubro de 2020 (segunda-feira)

Eixo 2: Seleção de trabalhos de conclusão de cursos de 2019/2020
Até 2 de outubro (sexta-feira), às 23h59
Pelo site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br)
Divulgação dos selecionados: 14 de janeiro de 2021 (quinta-feira)

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