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Macbeth mexicano
Crítica do espetáculo Mendoza

Plateia participa na cena dos fantasmas. Foto: Cultura UDG / Divulgação

Rosario e Mendoza. Foto: Fernanda Luz / Divulgação

Mendoza, peça do grupo mexicano Los Colochos Teatro, é uma adaptação ousada de Macbeth de William Shakespeare, transposta para o contexto da Revolução Mexicana. Dirigida por Juan Carrillo, com dramaturgia de Antonio Zúñiga e Carrilo, a obra integrou a programação do 7º MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos, após uma década de sucesso em temporadas e festivais internacionais. Estreada em 2014, Mendoza faz parte de uma pentalogia shakespeariana desenvolvida pelos Los Colochos, que inclui adaptações de Romeu e Julieta, Otelo, Rei Lear e Tito Andrônico

O grande trunfo dessa montagem é a intimidade criada com o público, que fica sentado ao redor do palco em quatro bancadas. A disposição cênica e o jogo dos atores permitem que a plateia se sinta testemunha ou até parte da história, com momentos de interação direta, como segurar utensílios ou usar máscaras para encarnar fantasmas.

Assim como Macbeth, José Mendoza, inicialmente um leal escudeiro do Comandante Montaño (análogo ao Rei Duncan), encontra-se com uma santera enigmática, que incorpora as três bruxas originais. Nessa reimaginação, Lady Macbeth reencarna em Rosario Mendoza, Banquo transforma-se em Aguirre, e Macduff assume a identidade de García.

O espetáculo seduz pelo impacto visual e pela força interpretativa do elenco. O cenário minimalista, composto por mesas e cadeiras desmontáveis com logotipo da cerveja Corona e outros artefatos, é utilizado criativamente para criar diversos ambientes.

Marco Vidal interpreta Mendoza com energia e vigor; Mónica del Carmen, por sua vez, brilha nos papéis de Rosario e da santera. O elenco, formado por Erandeni Durán, Leonardo Zamudio, Martín Becerra, Germán Villarreal, Ulises Martínez, Alfredo Monsivais, Roam León e Yadira Pérez, demonstra uma sinergia extraordinária, com cada intérprete complementando o trabalho do outro de forma estratégica. Suas interpretações são marcadas por uma grande entrega emocional.

A peça é permeada por uma energia masculina intensa, com violência e brutalidade palpáveis em cada cena. A ação física é manifestada através de movimentos bruscos e confrontos intensos, coreografados com precisão. A proximidade do público amplifica essa experiência, permitindo que os espectadores vejam de perto o suor, o esforço e a dor nos rostos dos atores.

Mesas e cadeiras desmontáveis com logotipo de cerveja compõem o cenário. Foto: Fernanda Luz / Divulgação

Ao analisar a peça sob uma perspectiva feminista, emergem problematizações sobre a representação de gênero, poder e violência.

Duas cenas específicas chamaram minha atenção por sua aparente demonstração de machismo, desnecessário e equivocado no contexto. A primeira ocorre quando Rosario insiste na trama da ambição, e Mendoza, perdendo a paciência, desafivela o cinto e ameaça agredi-la. Embora não concretize o ato, o gesto em si é bastante perturbador. A segunda, que se segue imediatamente, mostra Rosario abraçando Mendoza para acalmá-lo após o ápice da tensão, uma ação que parece normalizar o comportamento agressivo anterior.

Penso na Lady Macbeth, uma figura emblemática do século 16, que encapsula as tensões e contradições da sociedade elisabetana, projetando as complexidades do reinado de Elizabeth I. Elizabeth, uma monarca poderosa em uma sociedade patriarcal, adotou a imagem de “Rainha Virgem” e se declarou “casada com a nação”, utilizando retórica masculina em seus discursos públicos para afirmar sua autoridade. Esse paradoxo ressoava em uma era onde as normas de gênero eram rígidas e as mulheres geralmente subordinadas aos homens. Lady Macbeth, com sua ambição desmedida e manipulação astuta, desafia essas expectativas femininas. Através dela, Shakespeare oferece uma crítica às limitações impostas às mulheres, analisando indiretamente o reinado de Elizabeth I. Assim, Lady Macbeth materializa as contradições de seu tempo, explorando as nuances do poder feminino e as consequências de desafiar as expectativas sociais.

Então, não reclamo que a personagem de Lady Macbeth/Rosario em Mendoza não esteja atualizada à altura das demandas do século 21. No entanto, é importante notar que houve mudanças consideráveis na representação do feminino no teatro e nas artes em geral nos últimos dez anos. Desde a estreia da peça em 2014, testemunhamos mudanças significativas, entre outras coisas, uma perspectiva mais crítica dos estereótipos de gênero. Essas transformações traduzem movimentos sociais importantes e uma crescente conscientização sobre questões de gênero nas artes vivas. Embora Mendoza não incorpore essas tendências mais recentes, sua interpretação pode ser compreendida dentro do contexto histórico que retrata e do momento em que foi criada.

Mónica del Carmen no papel da santera. Foto: Fernanda Luz / Divulgação

Yadira Pérez e Mónica del Carmen (deitada). Foto: Fernanda Luz / Divulgação

Há, pelo menos, dois momentos que apontam para a perenidade da violência na manutenção do poder: uma referência ao desaparecimento dos 43 estudantes no México em 2013, e a celebração final que tematiza a história oficial com ironia.

O desfecho apresenta uma variação culturalmente relevante: García (Macduff) opta por um método institucionalizado de justiça, ordenando a execução de Mendoza por fuzilamento. A cena final se transforma em uma celebração vibrante, com os personagens sobreviventes entoando uma ranchera ao redor da mesa de Corona. O elenco distribui cervejas ao público. Mas me vem uma inquietação: o que exatamente estamos comemorando? Sabemos? Essa celebração parece refletir as complexas dinâmicas de poder e as trocas de mãos na liderança, um aspecto preocupante nas estratégias de manipulação de massas.

 

 

A jornalista Ivana Moura viajou a convite do Sesc São Paulo

 

 

O Satisfeita, Yolanda? faz parte do projeto arquipélago de fomento à crítica,  apoiado pela produtora Corpo Rastreado, junto às seguintes casas : CENA ABERTA, Guia OFF, Farofa Crítica, Horizonte da Cena, Ruína Acesa e Tudo menos uma crítica

 

 

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Macbeth para crianças

Bruxas da Escócia, uma livre tradução de Macbeth para crianças.Foto: João Caldas Filho

Bruxas da Escócia, uma livre tradução de Macbeth para crianças. Foto: João Caldas Filho

Catapultar significa arremessar por meio de catapulta. Mas o que é essa coisa que quase faz enrolar a língua? Catapulta é uma “máquina de guerra que se destinava a lançar, sobre o inimigo, pedras, dardos ou outros projéteis de grande tamanho”, ensina o Dicionário Houaiss. Numa rápida pesquisa pelo Google encontramos que as “catapultas são mecanismos de cerco que utilizam uma espécie de braço para lançar um objeto (pedras e outros) a uma grande distância, evitando assim possíveis obstáculos como muralhas e fossos”.

Esses equipamentos apareceram em épocas gregas tardias (400 a.C. – 300 a.C.), adotadas por Dionísio de Siracusa e Onomarchus da Fócida. Alexandre, o Grande utilizou no campo de batalha durante as guerras. E foram desenvolvidas nos domínios romanos e medievais, até o aparecimento da pólvora e do canhão. Então, elas se tornaram obsoletas.

Encontramos essa primitiva máquina de guerra em filmes antigos ou desenhos animados, quando grandes pedras são arremessadas contra as fileiras inimigas. Mas a a palavra atualmente é mais uada em seu sentido figurativo, quando as competências são questionadas. Consta no Dicionário Informal: “Quando alguém é alçado a um posto muito além de sua capacidade, em detrimento de outros, merecedores do cargo, diz-se que esta pessoa foi “catapultada”.

Soluções divertidas na lógica do palhaço

Soluções divertidas na lógica do palhaço

A ação de catapultar e a máquina que catapulta são centrais no espetáculo infantil Bruxas da Escócia. É um achado de criatividade e solução cênica para a história de Macbeth, uma das tragédias mais sanguinolentas de William Shakespeare (1554-1616). A ambição é um verme que contamina corpo e mente do general do exército escocês, que de defensor leal do rei e de sua pátria se transforma em cobiçador da coroa, traidor e assassino.

Ao voltar de uma batalha, o general Macbeth encontra três bruxas que lançam uma profecia: ele se tornará rei. Aquilo mexeu com a cabeça do “plebeu” militar, despertou suas aspirações mais secretas. E lógico contou com os desejos sem limites de Lady Macbeth, essa uma verdadeira estrategista na série de crimes.

Macbeth já foi montada de diversas formas. Com todas as nuances de densidade. A Cia. Vagalum Tum Tum encara o desafio de levar peça para o universo infanto-juvenil. Utilizando para isso as técnicas do palhaço, da Comedia Dell´arte e dos Bobos. E eles vencem essa difícil batalha.

As mortes e maldades na encenação entram na lógica do palhaço, onde os defeitos são ampliados em gestos largos, em repetições, em gags. O jogo de corpo explora as deformações morais e inabilidade de alguns personagens. O elenco – formado por Tereza Gontijo, Christiane Galvan, Anderson Spada, Val Pires, Layla Ruiz, Erickson Almeida – domina plenamente o métier.

Bruxas da Escócia

Cia Vagalum Tum Tum montou vários peças de Shakespeare para pequenos espectadores e seus acompanhantes

As batalhas são apresentadas com bofetadas e escorregões, sempre na perspectiva engraçada. A montagem é ágil e as cenas coreografadas trazem a riqueza técnica do palhaço. Muitos truques encantadores. Os artifícios na maquilagem, figurinos e máscara corporal diminuem a gravidade da trama original.

A ousadia do grupo transpõe a tragédia para um ambiente mais divertido e brincalhão simplifica essa corrente de maldade que povoa Macbeth. O diretor Ângelo Brandini amenizou as cenas mais pesadas. O sangue, por exemplo, é substituído por graxa. Os assassinatos e suicídios do texto original ganham a solução dos arremessos de catapultas em direção à floresta. Solução criativa.

Bruxas da Escócia é a quarta adaptação de Shakespeare da Cia Vagalum Tum Tum para crianças e seus acompanhantes. O grupo já verteu Otelo em Othelito, Rei Lear em O Bobo do Rei e Hamlet em O Príncipe da Dinamarca.

As músicas originais do espetáculo em clima de opereta, compostas pelo diretor musical Fernando Escrich, são executadas ao vivo pelo elenco. A encenação começa com uma coreografia de luta, como um esquente para os diálogos que se seguem.

Macbeth é um homem meio atrapalhado e irresoluto diante da mulher determinada. E os atores exploram bem essa ideia.  Essa dupla face do protagonista: corajoso e medroso; sedento por poder, mas hesitante em praticar o mal. De melhor amigo do rei (o título é ótimo) a monarca, o general passa por situações, algumas vexatórias, que são as mais divertidas.

A floresta se moverá em direção ao castelo de Macbeth, formada por seus inimigos mal disfarçados de árvores, para cumprir a profecia das bruxas de que o general só seria derrotado no dia em que a floresta se movesse.

Mas a peça Bruxas da Escócia preserva o tônus do original. Da ambição pelo poder que deixa os homens insensíveis, da cobiça que passa por cima das pessoas, do juiz da própria consciência que aciona tumultos mentais. Não é uma peça para rir muito, embora haja momentos engraçados. O território de Macbeth é sombrio, apesar do colorido dos figurinos e do cenário. E é muito boa essa iniciativa da cia de levar Shakespeare para crianças. Com a tradução facilitadora que me parece necessária.

Eu adoraria ter tido essa oportunidade na infância. Melhor para os filhos e netos.

Ficha Técnica
Texto e Direção: Angelo Brandini.
Elenco:
Tereza Gontijo – Macbeth
Christiane Galvan – Lady Macbeth
Anderson Spada – Bruxa e mensageiro
Val Pires – Bruxa e Rei
Layla Ruiz – Bruxa e filho 1
Erickson Almeida – Filho 2 e Músico
Direção Musical: Fernando Escrich
Assistente de Direção: Val Pires
Figurinos: Christiane Galvan.
Assistente de Figurino: Mariana Lima
Cenário: Bira Nogueira
Iluminação: Wagner Freire
Confecção de Cenário e Adereços cenicos: Bira Nogueira
Produção geral: Cia. Vagalum Tum Tum
Stand-ins: Layla Ruiz, Rodrigo Freitas, Suzana Aragão
Assistente de Produção: Marina Mioni

SERVIÇO
Bruxas da Escócia
Onde: CAIXA Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE)
Quando: 27, 28, 29/10 e 03, 04 e 05/11. Quintas e Sextas, às 19h; Sábados, às 17h.
Ingresso: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia)
Classificação indicativa: Livre
Duração: 60 minutos
Informações: (81) 3425-1915

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Reinado sanguinolento na linguagem do palhaço

Bruxas da Escócia é uma livre adaptação do clássico Macbeth, de Shakespeare. Foto: João Caldas / Divulgação

Bruxas da Escócia é uma livre adaptação do clássico Macbeth, de Shakespeare. Fotos: João Caldas / Divulgação

Macbeth é uma história sobre cobiça, poder e loucura do dramaturgo William Shakespeare. Acompanhamos a ascensão do general Macbeth ao trono da Escócia. No início ele é leal e corajoso. Mas encontra três bruxas, que revelam uma profecia de grandeza: em breve ele será barão de Cawdor, e em seguida rei; e isso alimenta sua ambição, inflamada por sua mulher, Lady Macbeth.

A obra escrita provavelmente entre 1603 e 1607, já recebeu centenas de montagens e inspirou ópera e muitos filmes. Bruxas da Escócia é uma livre adaptação do clássico do bardo inglês para crianças, assinada pela Cia Vagalum Tum Tum e dirigida por Angelo Brandini.

A montagem faz temporada de 27 de outubro a 5 de novembro, de quinta a sábado, na Caixa Cultural Recife e tem classificação livre. As sessões ocorrem às 19h nas quintas e sextas e às 17h nos sábados. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 (meia) e serão vendidos a partir das 10h do dia 26 de outubro, para as sessões da primeira semana – 27 a 29/10, e no dia 2 de novembro, para as apresentações de 3 a 5/11.

Bruxas da Escócia é a quarta adaptação de um clássico shakespeariano para a infância produzida pela Cia Vagalum Tum Tum. O grupo já fez de Otelo, Othelito; Rei Lear virou O Bobo do Rei e Hamlet foi transformado em O Príncipe da Dinamarca. A montagem estreou em 2014 e conquistou alguns prêmios como o APCA de Melhor Espetáculo com Texto adaptado.

A trupe lança mão da linguagem do palhaço para contar essa trama trágica e densa de uma maneira engraçada, com músicas em clima de opereta e truques de mágica. O diretor adianta que as batalhas estão recheadas de bofetadas e escorregões.

Montagem da Cia Vagalum Tum Tum tem direção de Angelo Brandini, que é integrante dos Doutores da Alegria

Montagem da Cia Vagalum Tum Tum tem direção de Angelo Brandini, que é integrante dos Doutores da Alegria

Para chegar ao poder, Macbeth elimina várias pessoas: de guardas palacianos, passando por seu amigo Banquo ao rei Duncan para usurpar seu trono. Em Bruxas da Escócia os personagens somem por meio de truques de mágica.

Além desses recursos, o grupo aposta nas canções de Fernando Escrich, que criou músicas para as personagens. A vilã Lady Macbeth, mentora dos assassinatos cometidos por Macbeth, – uma mulher que usa da sedução e artimanhas para conseguir o que quer – é apresentada no infantil com uma música divertida, que a define como a “dona da bola”, que consegue tudo na base do beliscão.

As tradicionais saias masculinas escocesas – kilt – são destaque dos figurinos, criados por Christiane Galvan. A figurinista lembra que os homens usavam saias nas batalhas na Escócia durante as guerras para facilitar na hora de fazer xixi, sem precisar descer do cavalo. O cenário assinado por Bira Nogueira é cheio de transparências e a coxia – aquele lugar do teatro onde funcionam os bastidores da encenação – fica visível ao público.

Com adaptação e direção assinadas por Angelo Brandini, a peça tem no elenco as atrizes Christiane Galvan, Layla Ruiz, Tereza Gontijo e os atores Anderson Spada, Erickson Almeida, e Val Pires. A trupe executa, também ao vivo, as músicas originais do espetáculo.

A companhia surgiu em 2001 com o espetáculo homônimo Vagalum Tum Tum que focava na saga de um palhaço atrás de um vagalume. O diretor Angelo Brandini faz parte dos Doutores da Alegria desde 1994, onde é coordenador nacional de criação.

FICHA TÉCNICA
Texto e Direção: Angelo Brandini
Elenco: Anderson Spada: Bruxa, Mensageiro e Rebelde; Christiane Galvan: Lady Macbeth e Soldado; Erickson Almeida: Músico, Filho 2 e Rebelde; Layla Ruiz: Bruxa, Filho 1 e Rebelde; Tereza Gontijo: Macbeth; Val Pires: Bruxa, Rei e Soldado; Stand in:

Direção Musical: Fernando Escrich;
Preparação Corporal: Vivien Buckup;
Cenografia: Bira Nogueira;
Iluminação: Wagner Freire;
Figurinos: Christiane Galvan;
Assistente de Figurinos: Mariana Lima;
Técnico de som: Vitor Osório;
Técnica de Luz: Giuliana Cerchiari;
Costureira: Cleide MezzacapaHissa;
Fotografia: João Caldas;
Produção geral: Cia.Vagalum Tum Tum;
Produção: Marina Mioni.

SERVIÇO
Bruxas da Escócia
Onde: CAIXA Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife/PE)
Quando: 27, 28, 29/10 e 03, 04 e 05/11. Quintas e Sextas, às 19h; Sábados, às 17h.
Ingresso: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia)
Bilheteira: Vendas a partir das 10h do dia 26/10 (para sessões de 27 a 29/10) e a partir das 10h do dia 02/11 (para sessões de 3 a 5/11)
Classificação indicativa: Livre
Duração: 60 minutos
Informações: (81) 3425-1915

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O caráter traça destino de Macbeth

6D ©Joao Caldas Fº

Thiago Lacerda no papel de Macbeth. Foto: João Caldas Filho

Uma das características da montagem de Ron Daniels com Thiago Lacerda no papel de Macbeth é a clareza, a transparência do processo de contaminação do mal por uma figura até então aclamada como virtuosa.  Os poderes sombrios rondam e o protagonista debate-se para cometer o monstruoso crime. Essa falha humana atravessa o palco na danação desse homem que vendeu sua alma. Com mais maturidade do que em Hamlet, também dirigido por Daniels, Thiago Lacerda, ergue um general que retorna da guerra atiçado em sua ambição perversa de se tornar rei. Sua atuação vai num cromatismo do grande homem ao diabólico. A tradução e adaptação feitas por Daniels e Marcus Daud, mais coloquial, foca no protagonista.

O espetáculo integra o  Repertório Shakespeare, composto pelas encenações de Macbeth e Medida por Medida, de William Shakespeare, em cartaz no Teatro RioMar. O projeto dá sequência à parceria entre o diretor Ron Daniels e o ator Thiago Lacerda após a montagem de Hamlet. Montar Shakespeare – uma tragédia e uma comédia – já é um arrojo de produção. E viajar com as montagens – com uma equipe de 25 pessoas – uma demonstração de paixão pelo teatro.

Ao voltar da guerra, os generais Macbeth e Banquo (Marcos Suchara) ouvem de três criaturas uma profecia: o primeiro se tornará rei e o segundo será pai de muitos reis. Banquo reconheceu o mal em si mesmo e resistiu. Os sentimentos de ambição inflamam Macbeth, que até pensa em desistir da ideia de matar o rei da Escócia, mas é incitado a seguir em frente por Lady Macbeth. Um série de assassinatos são cometidos para encobrir o crime inicial.

A maquiavélica Lady Macbeth destila crueldade; vai do controle da falsidade ao descontrole. A atriz desliza com elegância pelos humores da personagem que se torna sonâmbula e passa a lavar incessantemente as mãos para tirar manchas imaginárias de sangue. Lady Macbeth se suicida sem que ninguém se importe.

O abuso de poder em Macbeth leva ao delírio e à alucinação, destacado em cenas como a da visão do espectro de Banquo.

É bom ouvir a clareza com que Lacerda diz suas falas, cada significado. Seus solilóquios revelam a natureza do combate interno que enfrenta. Ele mostra a degradação total do ser humano, que se deixa influenciar por forças sinistras e decide, com seu livre arbítrio, pelo mal. Lady Macbeth também expressa seu texto com força. Mas algumas frases, das bruxas e de outros personagens não eram bem entendidas da plateia alta, e não sei se por uma opção da direção de criar distorções e ruídos.

A cenografia de André Cortez, com os painéis de Alexandre Orion – inspirada no quadro Operários (Tarcila do Amaral) – e  cortinas de tiras transparentes, ganha impacto no decorrer da peça, ao virar um mural com caveiras. O efeito está vinculado à luz de Fábio Retti.

O figurino é escuro e acinzentado, mas é reservado para Lady Macbeth um vestido vermelho, anúncio do trono de sangue, da paixão.

O caráter é o destino de Macbeth.

É um espetáculo forte, intenso. Que tem um bom ritmo, mas dilata em algumas cenas.

FICHA TÉCNICA

Com Ana Kutner, André Hendges, Fábio Takeo,  Felipe Martins, Lourival Prudêncio, Lui  Vizotto, Luisa Thiré, Marco Antônio Pâmio, Marcos Suchara, Rafael Losso, Stella de Paula, Sylvio Zilber, Thiago Lacerda

Texto: William Shakespeare
Tradução: Marcos Daud e Ron Daniels
Concepção e Direção: Ron Daniels
Curadoria Artística: Ruy Cortez
Instalação cênica – Painéis: Alexandre Orion
Instalação cênica – Cenografia: André Cortez
Figurinos: Bia Salgado
Desenho de Luz: Fábio Retti
Composição e trilha original: Gregory Slivar
Diretor assistente: Gustavo Wabner
Preparação corporal e direção de movimento: Sueli Guerra
Coordenador de ação: Dirceu Souza
Visagismo: Westerley Dornellas
Preparação vocal: Lui Vizotto
Preparação de luta: Rafael Losso
Cenotécnica: Fernando Brettas | Onozone Studio
Figurinistas assistentes: Alice Salgado e Paulo Barbosa
Indumentária e adereços: Alex Grilli e Ivete Dibo
Costureiras: Francisca Lima Gomes e Marenice Candido de Alcantara
Camareiras: Conceição Telles e Regina Sacramento
Projeto de sonorização: Kako Guirado
Operador de som: Renato Garcia
Operadora de luz: Kuka Batista
Diretor de palco: Ricardo Bessa
Edição de texto: Valmir Santos
Foto de cena: João Caldas
Foto do processo – Still: Adriano Fagundes
Design Gráfico: 6D
Assessoria de Imprensa | SP: Adriana Monteiro
Assessoria de Imprensa | RJ: Vanessa Cardoso
Relações institucionais: Guilherme Marques e Rafael Steinhauser
Administração: Flandia Mattar
Assistente administrativa: Mara Lincoln
Assistência de produção: Claudia Burbulhan, Diego Bittencourt, Marcele Nogueira e
Paulo Franco
Produção Executiva: Luísa Barros
Direção de Produção: Érica Teodoro
Produção: CIT-Ecum, TRL e Pentâmetro
Realização: Sesc, CIT-Ecum, TRL e Pentâmetro

ELENCO – PERSONAGENS

Thiago Lacerda: Angelo (Medida por Medida), Macbeth (Macbeth)

Marco Antônio Pâmio: Duque (Medida por Medida), Macduff (Macbeth)

Luisa Thiré: Isabella (Medida por Medida), Lady Macbeth (Macbeth)

Sylvio Zilber: Éscalo (Medida por Medida), Duncan e Velho Seward (Macbeth)

Marcos Suchara: Lucio (Medida por Medida), Banquo (Macbeth)

Lourival Prudêncio: Pompeu (Medida por Medida), Sargento, Porteiro e Doutor (Macbeth)

Felipe Martins: Cotovelo e Barnabé (Medida por Medida), Feiticeira, Mensageiro, Assassino (Macbeth)

Ana Kutner: Mariana, Freira (Medida por Medida), Feiticeira, Lady Macduff, Enfermeira (Macbeth)

Rafael Losso: Claudio (Medida por Medida), Malcolm (Macbeth)

André Hendges: Superintendente (Medida por Medida), Ross e Oficial (Macbeth)

Fabio Takeo: Frei Thomas, Guarda + Franchão (Medida por Medida), Lennox (Macbeth)

Stella de Paula: Julieta, A Sra. Bem-passada (Medida por Medida), Feiticeira, Fleance e Mensageiro Branquela (Macbeth)

Lui Vizotto: Lelé, Guarda, Frei Pedro (Medida por Medida), Donalbain, Assassinos, filho de Macduff (Macbeth)

Lei Federal de Incentivo à Cultura
Realização: Opus Promoções e Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, Ordem e Progresso

SERVIÇO
Macbeth: dia 8 de julho (sexta), às 21h30 e 9 de julho (sábado), às 18h
Duração: 1h40
Classificação: 14 anos
Gênero: tragédia
Medida por Medida: dia 9 de julho (sábado), às 21h
Duração: 1h50
Classificação: 14 anos
Gênero: comédia

Teatro RioMar Recife: Av. República do Líbano, 251, 4º piso – RioMar Shopping
www.teatroriomarrecife.com.br

Ingressos:
Balcão Nobre: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
Plateia Alta: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Plateia Baixa: R$ 110 (inteira) e R$ 55 (meia)

Canais de vendas oficiais: bilheteria do Teatro RioMar Recife (terça a sábado, das 12h às 21h, e domingos e feriados, das 14h às 20h)
Vendas online: www.ingressorapido.com.br
Televendas: 4003-1212

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Duas facetas do poder em Shakespeare

Thiago Lacerda interpreta o usurpador Macbeth, na tragédia do bardo inglês. Foto: João Caldas Filho

Thiago Lacerda interpreta o usurpador Macbeth, na tragédia do bardo inglês. Foto: João Caldas Filho

O personagem Duque, da comédia Medida por medida, de William Shakespeare, desafia: “Vamos ver se o poder muda com os homens ou os homens com o poder”. Na volta triunfante da guerra, o general Macbeth se depara com três criaturas misteriosas, videntes, que profetizam que Macbeth será rei. Ao saber do vaticínio, a ambiciosa Lady Macbeth atiça seu marido a matar o rei Duncan, da Escócia. Com a descoberta do crime, os filhos de Duncan, Malcolm e Donalbain, sentindo-se ameaçados, fogem e Macbeth é coroado.

“O tempo está fora dos eixos (The time is out of the joint)”, detecta Hamlet, o príncipe da Dinamarca. Essa ruptura na regra no caso de Macbeth pelo golpe, pela usurpação do poder produz instabilidade. A política pode adquirir uma ação devastadora no mundo. O poder se torna uma armadilha. O poder aciona uma força descomunal, de dimensão trágica. Na tirânica gestão de Macbeth, a política se transforma no reino do horror.

O projeto Repertório Shakespeare chega ao Recife para duas apresentações da tragédia Macbeth na sexta (8), às 21h30, e no sábado (9), às 18h. E da comédia Medida por Medida, no sábado (9), às 21h, no Teatro RioMar Recife.

O programa é assinado pelo brasileiro Ron Daniels, (nascido Ronaldo Daniel) diretor honorário da Royal Shakespeare Company, e que carrega no currículo mais de 40 montagens do dramaturgo inglês, na Europa, Japão e Estados Unidos. Daniels é um dos fundadores do Teatro Oficina. Em 2012, encenou Hamlet, com Thiago Lacerda no papel principal.

O mesmo elenco, de 13 atores, se reveza nas duas peças. As montagens também usam o mesmo cenário, assinado por André Cortez, e que contam com um painel no fundo do palco composto por caras de pessoas, criado por Alexandre Orion.

Escritas no século XVI, as peças parecem que falam do Brasil de hoje. Ela expõe sentimentos e questões que atravessam os tempos e as geografias. Traição, luta pelo poder, ambição, amor, ódio, corrupção, dilemas éticos e morais nas esferas pública e privada, afetos ao extremo.

Macbeth, o tirano temido e cruel, vive atormentado por fantasmas de arrependimento, assustado e vigilante contra possíveis ataques. O enigma da maldade ganha escala altíssima e o ser humano se debate com pulsões violentas e selvagens. As traduções são assinadas pelo diretor em parceria com Marcos Daud e imprimem um tom mais coloquial ao texto.

Medida por medida. Foto: Joao Caldas Fº

Medida por medida. Foto: Joao Caldas Fº

Já em Medida por medida o território é de paz, mas mergulhado em corrupção e imoralidades. O Duque resgata uma antiga lei para punir os abusos. Mas transfere a missão para seu vice, o conselheiro moralista Angelo, interpretado por Thiago Lacerda. O Duque se afasta do poder, mas se disfarça de frei para fiscalizar tudo à distância.

Com Luisa Thiré e Marco Antônio Pâmio nos papéis principais, a obra começa com fantasias carnavalescas e balões de festa e depois de percorrer bordeis e as entranhas políticas sinaliza com esperança no final.

FICHA TÉCNICA

Com Ana Kutner, André Hendges, Fábio Takeo,  Felipe Martins, Lourival Prudêncio, Lui  Vizotto, Luisa Thiré, Marco Antônio Pâmio, Marcos Suchara, Rafael Losso, Stella de Paula, Sylvio Zilber, Thiago Lacerda

Texto: William Shakespeare
Tradução: Marcos Daud e Ron Daniels
Concepção e Direção: Ron Daniels
Curadoria Artística: Ruy Cortez
Instalação cênica – Painéis: Alexandre Orion
Instalação cênica – Cenografia: André Cortez
Figurinos: Bia Salgado
Desenho de Luz: Fábio Retti
Composição e trilha original: Gregory Slivar
Diretor assistente: Gustavo Wabner
Preparação corporal e direção de movimento: Sueli Guerra
Coordenador de ação: Dirceu Souza
Visagismo: Westerley Dornellas
Preparação vocal: Lui Vizotto
Preparação de luta: Rafael Losso
Cenotécnica: Fernando Brettas | Onozone Studio
Figurinistas assistentes: Alice Salgado e Paulo Barbosa
Indumentária e adereços: Alex Grilli e Ivete Dibo
Costureiras: Francisca Lima Gomes e Marenice Candido de Alcantara
Camareiras: Conceição Telles e Regina Sacramento
Projeto de sonorização: Kako Guirado
Operador de som: Renato Garcia
Operadora de luz: Kuka Batista
Diretor de palco: Ricardo Bessa
Edição de texto: Valmir Santos
Foto de cena: João Caldas
Foto do processo – Still: Adriano Fagundes
Design Gráfico: 6D
Assessoria de Imprensa | SP: Adriana Monteiro
Assessoria de Imprensa | RJ: Vanessa Cardoso
Relações institucionais: Guilherme Marques e Rafael Steinhauser
Administração: Flandia Mattar
Assistente administrativa: Mara Lincoln
Assistência de produção: Claudia Burbulhan, Diego Bittencourt, Marcele Nogueira e
Paulo Franco
Produção Executiva: Luísa Barros
Direção de Produção: Érica Teodoro
Produção: CIT-Ecum, TRL e Pentâmetro
Realização: Sesc, CIT-Ecum, TRL e Pentâmetro

ELENCO – PERSONAGENS

Thiago Lacerda: Angelo (Medida por Medida), Macbeth (Macbeth)

Marco Antônio Pâmio: Duque (Medida por Medida), Macduff (Macbeth)

Luisa Thiré: Isabella (Medida por Medida), Lady Macbeth (Macbeth)

Sylvio Zilber: Éscalo (Medida por Medida), Duncan e Velho Seward (Macbeth)

Marcos Suchara: Lucio (Medida por Medida), Banquo (Macbeth)

Lourival Prudêncio: Pompeu (Medida por Medida), Sargento, Porteiro e Doutor (Macbeth)

Felipe Martins: Cotovelo e Barnabé (Medida por Medida), Feiticeira, Mensageiro, Assassino (Macbeth)

Ana Kutner: Mariana, Freira (Medida por Medida), Feiticeira, Lady Macduff, Enfermeira (Macbeth)

Rafael Losso: Claudio (Medida por Medida), Malcolm (Macbeth)

André Hendges: Superintendente (Medida por Medida), Ross e Oficial (Macbeth)

Fabio Takeo: Frei Thomas, Guarda + Franchão (Medida por Medida), Lennox (Macbeth)

Stella de Paula: Julieta, A Sra. Bem-passada (Medida por Medida), Feiticeira, Fleance e Mensageiro Branquela (Macbeth)

Lui Vizotto: Lelé, Guarda, Frei Pedro (Medida por Medida), Donalbain, Assassinos, filho de Macduff (Macbeth)

Lei Federal de Incentivo à Cultura
Realização: Opus Promoções e Ministério da Cultura, Governo Federal – Brasil, Ordem e Progresso

SERVIÇO
Macbeth: dia 8 de julho (sexta), às 21h30 e 9 de julho (sábado), às 18h
Duração: 1h40
Classificação: 14 anos
Gênero: tragédia
Medida por Medida: dia 9 de julho (sábado), às 21h
Duração: 1h50
Classificação: 14 anos
Gênero: comédia

Teatro RioMar Recife: Av. República do Líbano, 251, 4º piso – RioMar Shopping
www.teatroriomarrecife.com.br

Ingressos:
Balcão Nobre: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
Plateia Alta: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Plateia Baixa: R$ 110 (inteira) e R$ 55 (meia)

Canais de vendas oficiais: bilheteria do Teatro RioMar Recife (terça a sábado, das 12h às 21h, e domingos e feriados, das 14h às 20h)
Vendas online: www.ingressorapido.com.br
Televendas: 4003-1212

Promoção
Na compra de um ingresso inteiro para qualquer um dos espetáculos, adquirido apenas na bilheteria do teatro, ganhe 50% de desconto na compra do outro – limitado a 100 ingressos.
– 50% de desconto para titulares do Cartão Alelo Cultura, na compra de um ingresso, pago com o Cartão Alelo Cultura (vale-cultura), adquirido somente na bilheteria do Teatro RioMar Recife – limitado a 100 ingressos;
– 50% de desconto para titular e acompanhante do jornal do Comercio nos primeiros 100 ingressos.

*Descontos não cumulativos a demais promoções e/ou descontos;
** Política de venda de ingressos com desconto: as compras poderão ser realizadas nos canais de vendas oficiais físicos, mediante apresentação de documentos que comprovem a condição de beneficiário. Nas compras realizadas pelo site e/ou call center, a comprovação deverá ser feita no ato da retirada do ingresso na bilheteria e no acesso à casa de espetáculo.
***A lei da meia-entrada mudou: agora o benefício é destinado a 40% dos ingressos disponíveis para venda por apresentação. Veja abaixo quem têm direito a meia-entrada e os tipos de comprovações oficiais em Pernambuco:
– IDOSOS (com idade igual ou superior a 60 anos) mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.
– ESTUDANTES mediante apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) nacionalmente padronizada, em modelo único, emitida pela ANPG, UNE, UBES, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos. Mais informações: www.documentodoestudante.com.br
– PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACOMPANHANTES mediante apresentação do cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto.
– JOVENS COM ATÉ 15 ANOS mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.
– JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA (com idades entre 15 e 29 anos) mediante apresentação da Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto.
– PROFESSORES E SERVIDORES DO SISTEMA ESTADUAL DE ENSINO mediante apresentação de carteira funcional emitida pela Secretaria Estadual de Educação, Carteira Profissional, documento de comprovação de filiação à instituição representativa de professores ou servidores de instituições de ensino. Estão aptos ao benefício os servidores lotados na Secretaria de Educação, Universidade de Pernambuco – UPE, Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – FUNDARPE, Conservatório Pernambuco de Música e os servidores lotados nos centros profissionalizantes SECTMA – Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente.
**** Caso os documentos necessários não sejam apresentados ou não comprovem a condição
do beneficiário no momento da compra e retirada dos ingressos ou acesso ao teatro, será exigido o pagamento do complemento do valor do ingresso.

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