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Semana de lives com artistas transmasculines

Leo Moreira Sá e Daniel Veiga, fundadores do CATS, Coletivo de Artistas Transmasculines. Fotos: Reprodução do Instagram

Transmasculinidades, corpos e expressões: o papel político e transformador das artes transmasculinas no Brasil é uma série de atividades desenvolvidas pelo CATS – Coletivo de Artistas Transmasculines, com assuntos relevantes e urgentes. Representatividade transmasculine nas artes, empregabilidade, os novos caminhos para as muitas transmasculinidades, um panorama das lutas e conquistas do movimento social transmasculino, os afetos são alguns dos temas explorados na semana de lives. E encerra com um bate-papo que resgata o histórico da negritude como principal articuladora de movimentos sociais que impulsionaram políticas de acesso a transmasculines.

As ações ocorrem desta quarta-feira, 23, a 29 de setembro, sempre às 19h, com 12 artistas transmasculines. São ações do CATS que buscam articular visibilidade a essa população e ampliar os acessos a diversos espaços. As lives serão transmitidas pelo Instagram @cats_trans

Uma conversa sobre (In)visibilidade na vida e na arte, com ator, artivista e cofundador do CATS, Leo Moreira Sá e Coordenador Nacional do IBRAT – Instituto Brasileiro de Transmasculinidades, Lam Matos, inicia a programação do Coletivo neste 23 de setembro. Esse diálogo pretende reforçar a necessidade de romper o ciclo de invisibilidades, que retira direitos e impede o acesso ao mercado de trabalho artístico..

 

Ator Bernardo de Assis. Foto: Reprodução do Facebook

Como a arte pode ajudar a se descobrirem como pessoa trans é o tema do bate-papo ente o ator e diretor Bernardo de Assis, que interpreta o motoboy Catatau na novela Salve-se Quem Puder (fora do ar por causa da pandemia) e passou pela transição há seis anos, eo ator, performer e arte‐educador, também transgênero, Rodolpho Correa, no dia 24 de setembro.

Ariel Nobre, cineasta e ativista, autor de Preciso Dizer que Te Amo, projeto de sensibilização contra o suicídio de homens trans, e Gaê Ferraroni, roteirista são os convidados do dia 25 de setembro.

Cineasta Ariel Nobre. foto Karla Brights

Tiely. Foto: Ricardo Matsukawa.

Tiely, estimado como primeiro homem trans do rap nacional e que atua ainda como cineasta, escritor e historiador, vai trocar umas ideias com o rapper, artista visual, poeta, cantor, compositor e articulador,  All Ice sobre as violências contra LGBTIs, mulheres, direitos, gênero e cultura, na live do dia 26 de setembro.

A trajetória de Alexandre Peixe dos Santos, o Xande, pai, avô, pioneiro no movimento de homens trans no Brasil e ativista do IBRAT é o tema do encontro de segunda-feira, 28 de setembro, com Lam Matos Coordenador Nacional do IBRAT.

Luck Yemonja Banke, pesquisador trans, tradutor e educador, vocalista da banda Apocalypse Cùier, – que ele e outras pessoas trans e não-bináries fundaram – vai falar de sua experiência de voltar a cantar depois da transição e a proposta de compor música trans e decolonial para combater preconceitos. O depoimento, mediado por Daniel Veiga, encerra a primeira semana de Lives do CATS.

Luck Yemonja Banke. Reprodução do Instagram

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Festival Arte como Respiro começa nesta sexta (17)

Palhaça Zanoia abre programação de festival. Foto: Olga Ferrario

Diante do número assustador de mais de 70 mil mortos no Brasil, em quatro meses de pandemia da Covid-19, deve demorar muito até que uma sala de teatro possa estar lotada novamente. Desse cenário desolador, questões se desprendem e multiplicam – desde as práticas, que dizem respeito à sustentação da cadeia produtiva até aquelas mais conceituais, que questionam, por exemplo, se o teatro que estamos vendo, de nossas casas, nas plataformas digitais, pode ser considerado de fato teatro. Para além desse debate teórico-prático, as ações de instituições culturais e dos próprios artistas nas redes se multiplicam. O Itaú Cultural, com o edital Arte como respiro, foi um dos primeiros a incentivar a produção cênica neste momento. Entre os dias 6 e 10 de abril, o instituto recebeu mais de 7.200 propostas artísticas.

A partir desta sexta-feira (17), os trabalhos selecionados no edital participam do Festival Arte como Respiro – Edição Cênicas. Nesta primeira formatação, 26 obras serão exibidas no site do Itaú Cultural, permanecendo disponíveis ao público por 24 horas cada uma delas. O festival será realizado em dois blocos – de hoje a domingo (19) e entre os dias 22 e 26 de julho (de quarta a domingo).    

Quem abre a programação l é Lívia Falcão, com sua palhaça xamânica Zanoia. Os vídeos Rezos da Xamãe Zanoia também estão no instagram da atriz. São respiros de sensibilidade e possibilidade de mergulho, mesmo que você esteja por trás de um celular. Com uma produção simples, a índia-palhaça Zanoia faz vídeos-chamada nos deixando saberes ancestrais do seu povo, lições importantes de como sobreviver neste tempo-espaço.

Na quinta-feira (23) da semana que vem, às 20h, Hermínia Mendes apresenta o vídeo Pedaços – poesia performática, uma proposta de refletir a partir de um corpo inquieto nesta situação de caos e pandemia. Há quanto tempo mesmo estamos doentes? No dia 24, outra atração pernambucana é o Teatro de Fronteira, com uma intervenção literária, performática e audiovisual – Cenas teatrais: #Queerantena – Puro Teatro. São duas leituras-performadas, baseadas “nas vidas daqueles que escapam ao padrão, dos considerados estranhos, esquisitos”, diz a sinopse.

Batata Quente, cena da Caravana Tapioca

Para matar a saudade da Caravana Tapioca (de Anderson Machado e Giullia Cooper, que moraram no Recife por sete anos, mas voltaram para São Paulo há um tempo), tem também a cena Batata Quente, que faz parte do espetáculo Chá Comigo, mas foi adaptada para esta versão em vídeo. O público vai acompanhar a palhaça Nina fazendo uma receita deliciosa – certamente vem risada e trapalhada por aí.

Outros destaques – Um dos trabalhos pensados neste momento é Mil e uma noites século trans 21, de Ave Terrena, Aretha Sadick, Leo Moreira Sá e Verónica Valenttino, artistas transvestigêneres. Outra sugestão dentro da programação diversa do festival é o espetáculo Terror e Miséria no Terceiro Milênio – Improvisando Utopias, do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, uma ótima oportunidade para ampliar o alcance do espetáculo, que estreou com temporada no Sesc Bom Retiro no ano passado.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL NO SITE DO ITAÚ CULTURAL

Mil e Uma Noites Século Trans 21

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