Francisco Carlos apresentou repertório no Recife, mas até agora não recebeu pagamento
Recebemos a seguinte carta por e-mail, assinada pelo diretor de teatro Francisco Carlos e sua equipe:
“Caro Coordenador do descoordenado Festival Recife do Teatro Nacional, Vavá Paulino.
Esta nossa correspondência tem duas finalidades: cobrança e denúncia.
Pois se tornou insuportável a espera do pagamento referente a nossa apresentação no desrespeitoso Festival de Recife no final de novembro de 2011, com a peça JAGUAR CIBERNÉTICO no Teatro Marco Camarotti do SESC-Recife. Nos apresentamos no XIV Festival Recife do Teatro Nacioal, em novembro com a promessa de que receberíamos em dezembro (um mês depois no máximo) e até a presente data, mais de 6 meses após não fomos pagos. Já não sabemos o que fazer para que que a Secretária Municipal de Cultura de Recife pague o que nós deve. Nos próximos dias estarei dando uma entrevista num programa de televisão, de grande repercussão nacional, e aproveitarei com toda a raiva teatral consciente, para denunciar pública e nacionalmente a Secretaria Municipal de Cultura de Recife e seu vergonhoso e caloteiro Festival de Recife do Teatro Nacional, o Brasil inteiro vai ficar sabendo do qual desrespeitoso é o festival de Recife com os artistas, dignos, reconhecidos e grandemente respeitados que ele(o indigno Festival) convida, fecha contrato e não paga.
Gostaríamos que o Sr. Coordenador do Festival que ficou por meses sumido e que há dois meses reapareceu com desculpas telefônicas esfarrapadas e mentirosas se pronunciasse publicamente a respeito de nosso pagamento, pois essa carta que lhe envio já está sendo tornada pública, através da internet, imprensa escrita falada e televisada. Inclusive já estamos promovendo uma campanha contra a Secretaria Municipal de Cultura do Recife e seu horrendo Festival, aconselhando os artistas de teatro a não participarem desse desrespeitoso Festival. Em todos os meus discursos públicos inclusive nos que fiz no RJ durante a nossa programação na Rio+20, do qual participamos, disparei essa denuncia. Não dá mais, passou dos limites.
E o pior de tudo é que temos que passar por humilhações. Há três semanas atrás o Sr. Sérgio Farias, se dizendo Assessor da Secretaria Municipal de Cultura do Recife, entrou em contato com nossa produção pedindo documentação que provasse a nossa participação no festival. Só o que nos faltava Sr. Sérgio Farias, o SR. invertendo a situação. Quem tem que provar alguma coisa é o SR. e sua Secretaria Municipal de Cultura, provar e pagar já e urgente. Se o Sr. tivesse o mínimo de trabalho daria uma olhada no site de seu Festival.
Num país como o nosso em que as verbas para a cultura são irrisórias, mínimas e miseráveis, os órgãos oficiais de cultura ainda ficam com o pouco que de direito é nosso. Assalto público.
Sabemos que o secretário de Cultura da época do Festival saiu para se candidatar a alguma vaga nas próximas eleições municipais de Recife. Quem vai votar nesse Sr.? Ele vai defender que cultura e que forma de gerencia publica da Cultura caso por infelicidade coletiva seja eleito? E a Sra. que assumiu no lugar dele, o que anda fazendo que faz vistas grossas as dividas absurdas da Secretaria.
Então a nossa pergunta é muito simples. VÃO PAGAR? NÃO VÃO PAGAR? QUAL O MOTIVO REAL DE NÃO PAGAREM? PARA ONDE FOI A VERBA QUE PARA O NOSSO PAGAMENTO ESTAVA DESTINADO?
Sr. Vavá Paulino nos pague, não nos venha com desculpas esfarrapadas que somos artistas mas não somos tontos, e nos pague mais que imediatamente que já estamos cansados de tanto desrespeito vosso e de sua Secretaria-de-calotes-e-mentiras. Sejam corretos, como fomos artisticamente com vocês.
E MAIS VERBAS PARA A CULTURA, PARA A ARTE E PARA O TEATRO NO BRASIL. VERBAS, RESPEITO, ÉTICA, DEVERES E DIREITO, DIGNIDADE E DECÊNCIA.
Em protesto.
Francisco Carlos, equipe, elenco, parceiros, publico e simpatizantes.“