Francisco Solano Trindade (1908-1974), foi um grande poeta brasileiro. Artista negro nascido no Recife, ele também atuou como folclorista, pintor, ator, teatrólogo, cineasta e militante do Movimento Negro e do Partido Comunista. Apesar de ter abalado as estruturas em várias áreas, nas cidades onde morou – Recife, Rio de Janeiro, São Paulo – ele não é devidamente conhecido e valorizado. Isso se deve, em parte, ao racismo estrutural da sociedade brasileira.
Combater o racismo, a discriminação, o colonialismo e explorar o protagonismo do artista negro nas mais diversas linguagens são propostas do Festival Luz Negra — O negro em estado de representação, que chega à quarta edição e abre justamente com o espetáculo Negra Palavra – Solano Trindade.
O 4º Festival Luz Negra é executado com incentivos do edital de Festivais da Lei Aldir Blanc Pernambuco. O programa totalmente online, conta com oito espetáculos teatrais de Pernambuco, das quatro macrorregiões de Pernambuco (Sertão, Agreste, Mata e Região Metropolitana do Recife), sendo seis para o público adulto e dois para a infância e a juventude; dois espetáculos de fora do estado; quatro espetáculos de dança, um deles com mulheres trans e outro com jovens da comunidade de Peixinhos; um solo de ópera, uma palestra sobre a história do negro em Pernambuco e uma oficina teatral.
O homenageado desta edição é Guitinho da Xambá, cantor e compositor do grupo Bongar, que morreu em fevereiro.
Realizado desde 2017 pelo grupo O Poste Soluções Luminosas, coletivo formado pelos artistas negros Agrinez Melo, Naná Sodré e Samuel Santos.
“A ação potencializa a construção de identidades e territórios dinâmicos, ambivalentes e de negociação. Queremos com o projeto o rompimento de paradigmas de preconceito através da própria representação negra nos palcos”, afirma Agrinez Melo, atriz, figurinista e integrante d’O Poste.
ENTREVISTA – Grupo O Poste Soluções Luminosas
Qual a importância do festival na descolonização dos sentidos para as artes cênicas de Pernambuco?
Na realidade, queremos trazer um novo sentido ou dar mais um outro sentido à cena pernambucana. O teatro historicamente seja do ponto de vista estrutural e no seu fazer sempre negou o direito dos sentidos, do sentir, do fazer, do ser, do ter, do artístico e da poética negra. Até o direito de ser plateia foi negado!
As histórias pernambucana e brasileira, como um todo, excluíram a nossa cultura, religião, os nossos ancestrais. Todo esse processo colonizador, que perdurou por séculos, afetou consecutivamente o teatro feito em Pernambuco, direcionando o olhar apenas para uma cultura, um teatro eurocêntrico ou “eurocentralizado”. São poucos os registros de uma cena afrocentrada aqui no estado. No período do Brasil império, república, democracia, ditadura, democracia, a presença do artista preto na cena era quase inexistente. Isso só vem a melhorar um pouco no final da década de setenta e foi evoluindo nas décadas seguintes, mas sem muitas projeções, pois a cena continuava na sua totalidade com o mesmo tom de pele, e a mesma cultura do colonizador.
Aí entra a importância de descolonizar e decolonizar, no sentido de colocar também o nosso trabalho nessa estrutura excludente. E o festival Luz Negra entra nesse vago histórico e com essa proposta.
Aí entra a importância de
descolonizar e decolonizar, no
sentido de colocar também o
nosso trabalho nessa estrutura,
que ainda se mostra excludente.
Que conquistas vocês identificam ao longo desses quase cinco anos que o Luz Negra é realizado?
Primeiramente é importante afirmar que a realização do festival já é uma conquista. Se levarmos em consideração a construção da história do estado, que foi o último a abolir a escravidão. Realizar um festival desse porte já traz novos horizontes em relação a outro olhar para a arte negra daqui e que reverbera em todo país.
Fora isso, o festival é transdisciplinar, entra não só nas esferas artísticas, mas educacional, filosófica, sociológica, antropológica… E os espetáculos abordam temas que ampliam o discurso do negro e sua representatividade de forma positiva. O festival também circula por muitos lugares, evidenciando artistas negres das várias regiões do estado, abrindo espaço para os jovens que moram nas periferias mostrar seus trabalhos, mulheres pretas evidenciando suas conquistas e ampliando discursos, oferece formação e abre espaço de construção desse discurso com o público. Além de ocupar espaços que são nossos por direito. A cada realização nos fortalecemos e ampliamos nossa autonomia. O festival independente de seu formato vem se agigantando e nós do grupo e enquanto indivíduos vamos crescendo com ele.
Realizar um festival desse porte já
traz novos horizontes em relação
a outro olhar para a arte negra
daqui e que reverbera em todo país.
Como vocês analisam a situação das cênicas em Pernambuco no contexto da pandemia. Ou como vocês atravessam esse período?
A nossa pandemia começou bem antes do coronavírus. E não falo do período colonial. Não dá para falar do tempo presente, sem falar do tempo antes. A pandemia arrematou algo que já vinha pandêmico para as artes cênicas. Incentivo, apoio, patrocínio, política pública para as artes cênicas em algumas esferas do poder executivo simplesmente dificultou a fruição, a formação, o intercâmbio e sobrevivência dos artistas cênicos. imagina para o povo preto?
Houve uma mudança de gestão, que particularmente achamos positiva e nos enche de esperança. Mas essa esperança precisa mexer nas estruturas para buscar uma equidade nas artes. O que fizemos nesse período pandêmico foram cursos, oficinas online, criamos o projeto Terças Pretas , onde exibimos no formato live pelo Instagram cerca de dez cenas com dramaturgias autorais de artistas pretos e que virou audiovisual e está sendo comercializado, criamos o festival Pretação Online com mulheres negras, fizemos campanha de financiamento colaborativo para manter o Espaço O Poste, escrevemos em editais online nossos espetáculos, nossos cursos, oficinas. Costuramos, bordamos, chuleamos, cavamos, plantamos…
A curadoria do Luz Negra foi feita em que bases?
Dentro da base emergencial. Pouco tempo para tudo. Não dava para criar um conceito único ou basilar. Mas tínhamos e temos um objetivo que era a da valorização das produções pernambucanas, pois edital do LAB é local e teríamos que salvaguardar as nossas produções, os nossos artistas. Não deu para nacionalizar o festival como gostaríamos, mas trouxemos dois espetáculos bem significativos. Negra Palavra- Solano Trindade e Luz Gama ambos do Rio de Janeiro e de poéticas distintas. Temos também a valorização de jovens e produções periféricas, onde suscitamos o fomento para que artistas de Peixinhos criasse um espetáculo para o festival. Temos espetáculo com mulheres trans. Temos na programação espetáculo de canto lírico, dança contemporânea, dança popular, dança-teatro. Temos uma palestra com historiador, oficina. O público vai acompanhar um festival de várias poéticas distintas.
O que vocês querem dizer que eu não perguntei?
O que é ancestralidade para vocês ?
Vocês vão responder?
Na verdade, nós perguntamos. É uma pergunta que a gente faz. Porque a gente vem falando o tempo inteiro dentro do nosso festival o que é ancestralidade e aí a gente resolve perguntar para o público e para Satisfeita, enfim, para quem quiser responder. O que é ancestralidade? Essa pergunta é tem um cunho reflexivo, para entender a importância real do nosso festival.
PROGRAMAÇÃO
4º Festival Luz Negra — O negro em estado de representação
Dia 18/03 (quinta) — Abertura
19h — Espetáculo gravado Negra Palavra – Solano Trindade – Coletivo Preto e Companhia de Teatro Íntimo (RJ)
20h — O mesmo espetáculo ao vivo, em novo formato e com audiodescrição.
Corpo, música e poesia são tramadas para refletir a história Solano em seu tempo e a dos homens negros contemporâneos.
Ficha técnica:
Poesias: Solano Trindade
Direção Geral: Orlando Caldeira e Renato Farias
Roteiro: Renato Farias
Elenco: Adriano Torres, André Américo, Breno Ferreira, Drayson Menezzes, Eudes
Veloso, Jorge Oliveira, Leandro Cunha, Lucas Sampaio, Orlando Caldeira, Rodrigo
Átila e Thiago Hypólito
Direção Musical: André Muato
Direção de Movimento: Orlando Caldeira
Direção de Atores: Drayson Menezzes
Assistente de Direção: Thati Moreira
Direção de Arte: Raphael Elias
Assistente de Arte: Julia Marques
Figurino: Julia Marques
Idealização: Renato Farias
Produção: Saideira Produções
Realização: Coletivo Preto e Companhia de Teatro Íntimo
Classificação etária: 12 anos.
Dia 19/03 (sexta)
20h — Espetáculo Meia-noite – Orum Santana (PE)
A relação do bailarino Orun Santana com seu pai Mestre Meia Noite, nome artístico de Gilson Santana, movimenta o espetáculo Meia-Noite a partir da capoeira. Das memórias dos corpos, Orun foi buscar na performance solo do pai e mestre artístico, feita para o espetáculo Nordeste, do Balé Popular do Recife, a inspiração para a prática indentitária dos corpos políticos, ousados, buliçosos e inconformados.
Ficha técnica
Intérprete-criador e diretor: Orun Santana
Consultoria artística: Gabriela Santana e Janaina Gomes
Trilha Sonora: Vitor Maia
Iluminação: Natalie Revorêdo
Produção: Danilo Carias/Criativo Soluções
Cenografia: Victor Lima
Classificação etária: 10 anos
Dia 20/11 (sábado)
20h — Espetáculo Cordel do Amor sem fim – O Poste Soluções Luminosas (PE)
Na cidade de Carinhanha, sertão baiano, às margens do rio São Francisco, três irmãs convivem com suas diferenças – a misteriosa Madalena, a dissimulada Carminha e a jovem Tereza – por quem José é apaixonado. Mas a vida não é tão simples assim. Carminha sonha com José, que ama Tereza que nutre esperança da volta de Antônio, um viajante forasteiro. Nesse compasso de espera, a vida testa a paciência de cada um dos personagens.
Ficha técnica:
Texto: Claudia Barral
Encenação e Cenografia: Samuel Santos
Produção: O Poste Soluções Luminosas
Atrizes e ator: Agrinez Melo, Roberta Marcina, Naná Sodré e Madson de Paula
Preparadora Vocal: Naná Sodré
Preparador de Canto: Diogo Lopes
Concepção de Figurino: Agrinez Melo
Diretor de Arte: Fernando Kehrle
Design de Luz: Samuel Santos
Operação de Luz: Samuel Santos
Sonoplastia, violão, Efeitos, instrumentos de bambu Didgeridoo: Diogo Lopes
Efeitos Percussivos: O elenco
Classificação etária: 12 anos
Dia 21/03 (domingo)
10h — Espetáculo infantil Ester – Odília Nunes (PE)
* Com intérprete de libras.
A peça Ester é curtinha, mas chega como um afago aos nossos sentidos tão cansados. A boneca Ester tem apenas 18 centímetros de altura e o sentimento do mundo. Manipulada pela atriz Odília Nunes, a intervenção teatral se derrama em poesia. Do seu teatro portátil – uma caixa-teatro-realejo, Ester semeia esperanças, faz chover e colhe flor.
Ficha técnica:
Criação geral: Odília Nunes
Confecção da boneca: Genifer Guerard
Câmera: Fran Marinho
Classificação: livre.
18h — Espetáculo Mi madre – Jhanaina Gomes (PE)
A artista Jhanaina Gomes foi buscar nas imagens e histórias narradas durante sua infância o material para o espetáculo solo de dança teatro. Dessa memória ancestral ela constrói uma partitura de mulheres fortes, mas feridas no percurso em tensão com a presença masculina e retraça uma convergência com seus próprios passos
Ficha técnica:
Produção executiva: Jhanaina Gomes, Arnaldo Rodrigues e Maria da Conceição
Direção, concepção, dramaturgia, cenografia e coreografia: Jhanaina Gomes
Intérprete: Jhanaina Gomes
Comunicação visual: Júnior Melo
Fotos: Morgana Narjara
Figurino: Aline Lohou
Iluminação: Dado Sodi
Classificação etária: 18 anos
Dia 22/03 (segunda)
9h — Oficina teatral – O Poste Soluções Luminosas (PE).
Atividade de formação artística que tem como objetivo inserir o participante no universo teatral, utilizando sua presença física e mental em estado de representação artística, buscando desenvolver técnicas e vivências para os atores/intérpretes dentro de uma dimensão transcultural.
Oficineiros: Agrinez Melo, Naná Sodré e Samuel Santos
Carga Horária: 3 horas
Público-alvo: pessoas a partir dos 14 anos
Local: Plataforma digital
Vagas: 20
Inscrições: oposte.oposte@gmail.com
20h — Espetáculo de dança Sem Carnaval – Guerreiros do Passo (PE)
* Contará com intérprete de libras.
Concebido para homenagear foliões e foliãs que passaram este 2021 sem os festejos de Momo, o vídeo Sem Carnaval mostra uma reportagem sobre as ações desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisas e Ações em Frevo Guerreiros do Passo. O coletivo atua há 15 anos no Recife, mantendo a metodologia do Mestre Nascimento do Passo.
Ficha técnica:
Passistas: Lucélia Albuquerque, Carlos Mascena (Limão), Laércio Olímpio, Valdemiro Neto e Jamerson Júnior.
Roteirização: Eduardo Araújo e Lucélia Albuquerque
Direção, captação de imagens e fotografia: Eduardo Araújo
Música: Suíte Nordestina (Maestro Duda)
*Reportagem da TV Globo exibida no carnaval de 2018, no programa Carnaval de Pernambuco.
Classificação: Livre
Dia 23/03 (terça)
19h — Espetáculo Faca – Grupo O tabuleiro de Teatro (PE)
Faca é um monólogo de Ingrid Martins, com relatos verídicos de mulheres que sofreram violência, psicológicas, sexuais, físicas, morais. É o primeiro espetáculo do grupo O Tabuleiro de Teatro
Ficha técnica:
Texto: Ingrid Martins
Atriz: Rizo Silva
Sonoridade: Carlinhos Aril
Iluminação: Leo Batista
Direção: Felipe Vidal
Produção: Grupo O tabuleiro de teatro
Classificação: 18 anos
20h — Espetáculo Histórias bordadas em mim – Doce Agri (PE)
sentada em um baú, a atriz conta histórias que viveu. Inspirada em uma pesquisa no griot (povo ancestral africano que passava conhecimento através da oralidade), ela alicerça sua narrativa em técnicas do teatro físico, valorizando a matriz ancestral africana através da energia do Orixás.
Ficha técnica:
Dramaturgia, direção e atuação: Agrinez Melo
Assessoria em Dramaturgia: Ana Paula Sá
Assessoria em Direção: Naná Sodré, Quiercles Santana e Samuel Santos
Concepção Musical: Talles Ribeiro
Execução da Sonoplastia: Talles Ribeiro
Assessoria em toadas: Maria Helena Sampaio (YaKêkêrê do Terreiro Ilê Oba Aganju Okoloyá)
Concepção Maquiagem: Vinicius Vieira
Concepção Figurino: Agrinez Melo
Execução Figurino: Agrinez Melo e Vilma Uchôa
Aderecista: Álcio Lins
Cenotécnico: Felipe Lopes
Designer: Talles Ribeiro
Filmagem do espetáculo na integra: I Pele Ti Odun
Classificação: 12 anos
24/11 (quarta)
18h30 — Palestra Ó pretos, nada de negócios de brancos!: sociabilidades, cultura e participação dos homens de cor no processo de fundação do Estado e da Nação. – Flávio Cabral (PE)
Flavio Cabral é historiador, doutor em História pela UFPE, professor de História da Graduação e do Programa de Pós-Graduação na Unicap. Dedica-se à História de Pernambuco e aos temas ligados à Formação do Estado Nacional. Publicou vários livros e artigos em revistas científicas nacionais e internacionais.
Classificação: Livre
25/03 (quinta)
18h30 — Oferenda — Recital de canto lírico – Anastácia Rodrigues (PE)
O recital é fruto de pesquisa, vivência e estudo que norteiam o trabalho da mezzosoprano recifense Anastácia Rodrigues. Um olhar de profundo respeito e pertencimento aos povos originários e africanos que deixaram um acervo vivo inestimável e que de alguma forma foi registrado, ou lembrado em partituras. A performance contará com a instrumentação inédita para este formato: Emerson Rodrigues no vibrafone, Sônia Guimarães no ilú.
Ficha técnica:
Canto, agbê: Anastácia Rodrigues
Xilofone, vibrafone: Emerson Rodrigues
Tambor de fala, ilú, motor d´água, maracá: Sonia Guimarães
Classificação: Livre
19h — Espetáculo A Receita – O Poste Soluções Luminosas (PE)
Uma mulher num processo de libertação. A anônima confessa como passou a maior parte do tempo temperando suas ilusões com sal, alho e coentro com cebolinha… Morte, violência, loucura e a intolerância de uma maneira peculiar são narradas nesse solo explorando diversos pontos de vistas.
Ficha técnica:
Atuação e maquiagem: Nazaré Sodré
Autor, diretor, figurinista, sonoplasta e iluminador: Samuel Santos
Técnica em artes marciais: Mestre Sifu Manoel Ramos
Classificação: 18 anos
26/03 (sexta)
20h — Espetáculo Ombela – O Poste Soluções Luminosas (PE)
Ombela (a chuva) após cair resolve deixar duas gotas que se transformam em duas entidades. Essas Ombelas inventam rios e desdobram-se ao som do vento e a cada gota faz nascer ou morrer coisas, gente e sentimentos. A peça além de ser interpretada em português tem partes faladas e cantadas na língua africana de Angola, Umbundo.
Ficha técnica:
Texto: Manuel Rui
Encenação, cenografia e plano de luz : Samuel Santos
Desenho de cenografia. Douglas Duan
Atrizes: Agrinez Melo e Naná Sodré
Consultoria/Estudos em Antropologia: Daniele Perin Rocha Pitta
Composição de trilha sonora: Isaar França
Preparação musical: Surama Ramos
Preparação Dança do Jarro: Sylvya Olyveyra
Concepção de figurino e execução: Agrinez Melo
Contra- regra e Video Maker: Talles Ribeiro
Identidade Visual: Curinga Comuniquê e Vicente Simas
Plano de Maquiagem: Naná Sodré
Produção: O Poste Soluções Luminosas
Classificação: 18 anos
27/03 (sábado)
17h — Espetáculo Periferia quebra tudo – Jovens de Peixinhos (PE)
O espetáculo de dança Periferia Quebra Tudo é pautado pela experiência de quatro jovens pretos, periféricos, participantes de movimentos culturais desenvolvidas na comunidade de Peixinhos. Com coreografias de afro, afoxé, coco, passinho e brega funk, eles querem mostrar o que acontece na comunidade. As cenas foram gravadas no Nascedouro de Peixinhos.
Ficha técnica:
Bailarinos e coreógrafos: Fabilio Silva, Luana Vitória, Nandis Vasconcelos e Victor Vicente
Edição musical: Fabilio Silva
Agradecimentos: Balé Afro Raízes, Festival Luz Negra, Ioneide da Silva, Marcos Júnior, Paulo Queiroz e Projeto Artes da Gente -PJMP –JCC
Classificação: Livre
20h — Espetáculo Luiz Gama: uma voz pela liberdade – MS Eventos (RJ)
Jornalista, poeta e advogado abolicionista, Luiz Gama libertou mais 500 escravos do cativeiro ilegal. É a sua biografia que é encenada na peça Luiz Gama: uma voz pela liberdade, que traça um paralelo entre as lutas de ontem e hoje contra as desigualdades.
Ficha técnica:
Dramaturgia: Deo Garcez
Direção, figurino e cenografia: Ricardo Torres
Elenco: Deo Garcez e Soraia Arnoni
Áudio de apresentação (voz): Milton Gonçalves
Trilha sonora: Deo Garcez e Ricardo Torres
Iluminador: Mário Seixas, Vinícius Gaspar e Alan Leite
Operador de luz: André Calazans
Técnico de som: Tom Rocha
Operador de som: Ricardo Torres
Produção: MS Events
Produção executiva: Alan de Jesus e Mário Seixas
Coprodução: Olhos D´Água e Nova Criativa
Programação Visual: Mário Seixas
Caracterização [barba]: Márcia Elias
Assessoria de imprensa: Alan de Jesus e Márcia Araújo
Fotos: Jean Yoshii, Vivian Fernández, Maurício Code e Valmyr Ferreira
Classificação indicativa: 12 anos
28/03 (domingo)
10h — Espetáculo Ubuntu: uma linda aventura na floresta afrobrasilândia infantil – São Gens Produções, Palafittas Produções e Ya Orun Produções (PE)
A criação do mundo a partir do olhar africano. Entoada pelos sons, ritmos, cores, músicas e muito axé, a montagem apresenta duas lindas flores pretas, que vivem num colorido jardim na floresta Afrobrasilândia, mas que se questionam todos os dias porque suas cores não estão representadas no arco íris. E elas decidem desbravar toda floresta em busca da resposta.
Ficha técnica:
Inspirado na obra de Raul Loudy
Dramaturgia: Coletiva
Encenação: Anderson Leite.
Direção Musical: Helio Machado
Elenco: André Lourenço, Brunna Martins, Clau Barros, Halberys Morais e Monique Sampaio.
Músicos: Dinho Dumonte e Helio Machado.
Cenário: Anderson Leite
Figurino: André Lourenço
Mascareiro/Bonequeiro: Alex Apolônio
Iluminação: Anderson Leite
Adereços: Anderson Leite, André Lourenço.
Produção Cultural: Anderson Leite e Halberys Morais.
Produtora Executiva: Elis Hellen
Realização: São Gens Produções, Palafittas Produções e Ya Orun Produções.
Classificação: Livre
18h — Espetáculo Transpassar | Coletivo Agridoce (PE)
Um conto sobre sonhos perdidos por causa da violência e do preconceito, sobre a solidão da mulher trans, e sobre os problemas sociais passados por esse corpo em transição, como ele é visto e marginalizado pela sociedade. Tudo pela perspectiva de uma garota que tem o sonho de ser tirada para dançar.
Ficha técnica:
Dramaturgia e direção: Sophia William
Colaboração dramatúrgica: Aurora Jamelo
Direção artística: Sophia William e Aurora Jamelo
Sonoplastia: Flávio Moraes
Desenho de luz: Natalie Revorêdo
Execução de luz: Nilo Pedrosa
Figurinos: Sophia William e Aurora Jamelo
Preparação de elenco: Sophia William
Preparação de voz: Flávio Moraes
Argumento: Sophia William
Visagismo: Aurora Jamelo
Social media: Nilo Pedrosa
Produtor técnico: Igor Cavalcante Moura
Fotos: Any Stone
Realização: Coletivo de dança-teatro Agridoce
Classificação: 12 anos