O Festival de Curitiba está completando 20 anos…e pensar que a mostra que, até a edição passada já levou à cidade cerca de 2.800 espetáculos, surgiu da inquietação de dois jovens – Leandro Knopfholz, que tinha 18 anos, e Edson Bueno, 22. Iniciativa, empreendedorismo, persistência. Foi assim que o festival se consolidou e conseguiu arrematar um público estimado em 1,6 milhão de pessoas.
Este ano, entre 29 de março e 10 de abril, a mostra principal do festival traz 31 espetáculos, sendo que oito são estreias. Já no Fringe, mostra paralela que invade todos os espaços curitibanos e causa muita dúvida ao espectador (sim, é tanta coisa pra ver que é mesmo bem difícil escolher!), estão previstos 373 espetáculos.
Para começar esta viagem ao maravilhoso mundo encantado do teatro, os dois espetáculos que mais me deixaram curiosa, com vontade que o mês de fevereiro (e março!) passem bem rapidinho foram Sua Incelença, Ricardo III e Tio Vânia:
– Sua Incelença, Ricardo III – Ano passado, a mostra principal do festival não teve um espetáculo sequer do Nordeste! Então, este ano, nada melhor do que uma montagem do Rio Grande do Norte, do grupo Clowns de Shakespeare, para abrir a mostra. A peça estreou no fim do ano passado, sob direção de Gabriel Villela.
– Tio Vânia – Nesta incursão pela obra de Tchékhov, o grupo Galpão está sob a direção de Yara de Novaes (eita, ela foi minha professora de história do teatro, lá no primeiro período da faculdade de jornalismo!). Andei lendo um post de Luciana Romagnolli no Travessias Culturais. Uma conversa que ela teve com o ator Eduardo Moreira e ele confirmou que a montagem é sim uma decorrência do documentário Moscou, feito por Eduardo Coutinho com o Galpão, a partir da peça As três irmãs. “É um caminho difícil. O Galpão está, mais uma vez, saindo da sua zona de conforto – ou a mais conhecida, a que domina mais – em busca de uma interpretação realista”, disse Eduardo à Luciana.
Entre as estréias, o festival traz ainda Édipo, com direção de Elias Andreato; Trilhas sonoras de amores perdidos, da Sutil Companhia; Preferiria não?, com Denise Stoklos; Sete Por Dois (musical escrito e estrelado pela dupla Stella Miranda e Tim Rescala) ; Tathyana, da Cia. Déborah Colker; e O Último stand up, dos Satyros. Mas ainda tem muita coisa que já estreou e nós ainda não tivemos a oportunidade de ver, como Ligações perigosas, Anjo negro , Os 39 degraus e O livro, com Eduardo Moscovis, que não foi encenada no Recife no festival de novembro porque a produção não conseguiu um espaço ideal para o espetáculo.
Acabei de ver que o o site do Festival já está com a programação completa no ar. Mas é muita coisa no Fringe e não consegui checar se tem pernambucanos na mostra. Sei que o Teatro Experimental de Arte estava se organizando, mas não sei se foi confirmado! Vocês sabem dizer se mais alguém encarou? Bom, para os espectadores, é se perder no site (dá até para fazer uma agenda virtual! tá muito legal!), ver a programação, as sinopses, os dias e fazer as malas!