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Brasil Cena Aberta Ato 2020 pulsa “porque somos fortes e vingativos como o jabuti”

(IN)JUSTIÇA, Companhia de Teatro Heliópolis, mira os meandros do sistema judiciário brasileiro

(IN)JUSTIÇA. Foto: Rick Barneschi / Divulgação

Espetáculo Still Reich, da Focus Cia de Dança. Foto Paula Kossatz / Divulgação

O chão em que se pisa, a possibilidade de ir mais longe é ponto de reflexão de Wood Steps, inspirado na vida nômade, das pessoas que moram no “mundo” e fazem de seus pés as suas casas. Wood Steps é uma das quatro coreografias do espetáculo Still Reich, da Focus Cia de Dança. O trabalho, criado a partir de músicas do compositor norte-americano Steve Reich, com direção de Alex Neoral, está na programação desta terça-feira do Brasil Cena Aberta Ato 2020, que tem versão online transmitida diretamente do Teatro Cacilda Becker.

Também nesta terça-feira, a Companhia de Teatro Heliópolis, com direção de direção de Miguel Rocha, chega forte questionando ‘o que os veredictos não revelam?’, no ensaio cênico, (In)justiça, que mira o sistema jurídico brasileiro. Na peça, o jovem Cerol pratica um crime sem querer. A partir disso, a justiça vira um caleidoscópio, de avaliações praticadas pelo judiciário ou sentenciada pela sociedade.

Essa edição especial está intensa com espetáculos de teatro e dança, encontros entre artistas e curadores internacionais, bate-papos, workshops, apresentação de novos projetos e técnicos de palco e coxia. Além de uma feira de livros online, Página Aberta, com lançamento de livros de artes cênicas e afins. Já está rolando desde hoje até sexta-feira.

O ato tem como slogan a frase “Porque somos fortes e vingativos como o jabuti”, para demonstrar o desejo de toda a cadeia produtiva das artes cênicas de continuar produzindo mesmo depois da parada por conta da pandemia de Covid-19. “Nós, profissionais das artes cênicas, seguimos tateando o desconhecido e engatinhando em modo remoto. Os últimos setes meses aceleraram o processo de imersão virtual do setor, passamos por uma espécie de batismo de choque”, diz Andrea Caruso Saturnino, a idealizadora do Brasil Cena Aberta.

Uma das principais atrações do festival são os encontros entre artistas e programadores internacionais. E um ciclo sobre técnica e tecnologia na construção da cena, workshops, apresentação de novos projetos e outros bate-papos. Todas as atrações que envolvem convidados internacionais terão tradução simultânea.

Quanto aos espetáculos, está agendada a estreia do inédito Ôma, um ex-petáculo, da companhia ultraVioleta_s, que mistura teatro com o universo dos games.

Ao todo são dez espetáculos de dança e sete de teatro, com transmissão online do vídeo via streaming seguida por bate-papos com os artistas. As montagens de dança são: Dilúvio, de Joana Ferraz (o único espetáculo que se apresenta no formato live streaming); R.A.L.E. – Realidade Apropriada Libera Evidência, de Jessé Batista; O QUE MANCHA, de Beatriz Sano e Eduardo Fukushima; Still Reich, da Focus Cia de Dança; Paradoxo, de Zanzibar Vicentino; Desvios tático-estratégicos para sobreviver à vida urbana, do Grupo Três em Cena;  Filhxs – da – Po##@! TODA, do Coletivo Calcâneos; d o l o r e s, de Loretta Pelosi; Titiksha, de Nalini Cia de Dança; e Ägô, de Cristina Moura.

As peças de teatro são: Refúgio, de Alexandre Dal Farra; (In)justiça, da Companhia de Teatro Heliópolis; Manifesto Traspofágico, de Renata Carvalho; Outros, do Grupo Galpão; Desmonte, de Girino; Ôma, um ex-petáculo”, de ultraVioleta_s; e Os uns e os outros, da Cia. Livre de Teatro.

Confira a programação completa em http://www.brasil-cenaaberta.org/

Brasil Cena Aberta Ato 2020
Quando: 2, 3 e 4 de dezembro
Quanto
Para profissionais da área: encontros e apresentação de novos projetos: ): R$35 Inscrição pelos site http://www.brasil-cenaaberta.org/

Workshops profissionais (Gratuitos para profissionais inscritos no evento)
Para público em geral: peças apresentadas online com conversas entre público e artistas custam entre R$10 e R$40 (cada um paga quanto quiser).
Espetáculo Dilúvio (via streaming ao vivo); gratuito no canal de Youtube do Brasil Cena Aberta
Palestras e mesas redondas: aberta a todos no canal de Youtube do Brasil Cena Aberta (gratuito)

Onde: Encontros profissionais, apresentação de novos projetos e workshops: Por streaming (via Zoom).
Espetáculo Dilúvio (no Teatro Cacilda Becker, via streaming ao vivo); gratuito no canal de Youtube do Brasil Cena Aberta
Espetáculos: Por streaming (via Zoom) (de R$ 10 a R$ 40).
Mesas redondas e palestras: canal de YouTube do Brasil Cena Aberta (programação gratuita)
Encontros e lançamentos de livros (programação da feira Página Aberta): canal de YouTube do Brasil Cena Aberta (programação gratuita)

 

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Dramas de gente comum

Saudade de mim" da Focus cia. de dança. dirigida e coreografada por Alex Neoral. Foto: Paula Kossatz/ Divulgação

Saudade de mim, da Focus cia de dança é dirigida e coreografada por Alex Neoral. Foto: Paula Kossatz

mbd-22233As pinturas de Cândido Portinari e a música de Chico Buarque estão interligadas através da dança no espetáculo Saudade de Mim, da Focus Cia. de Dança. Os dramáticos personagens do compositor carioca – Pedro, Maria, Bárbara, Juca, Nina, entre outros – cruzam suas vidas nem tão desiguais, entre dores, amores e triângulos sentimentais e família. Entre imagens oníricas essas figuras habitam telas e ambientes criados por Portinari.

A encenação carioca participa da 12ª Mostra Brasileira de Dança, com sessão hoje, às 21h, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu

“Paulo tropeçou no ar como se fosse pássaro e, talvez daí, se pôs a observar as dores, amores e tragédias em sua família. Amigo de Juca e filho de Bárbara, uma mulher submissa, e de um pai opressor, foi testemunha do amor de Pedro por Maria, sua irmã mais velha. O romance acarretaria nas tragédias pessoais de suas irmãs gêmeas Nina e Teresinha, por quem Paulo nutria um carinho especial. Como num sonho, todos apresentam suas fragilidades, forças e desejos possíveis aos seus destinos. Esperando a festa, esperando a sorte, esperando a morte, esperando o norte. Como num sonho, a hora de acordar pode ser a qualquer momento”. Essa é a sinopse da montagem.

Dirigida e coreografada por Alex Neoral, oito bailarinos, quatro homens e quatro mulheres – Alex Neoral, Carol Pires, Clarice Silva, Cosme Gregory, Felipe Padilha, Gabriela Leite, Marcio Jahú e Mônica Burity – dividem o chão branco do palco e deslizam sob a luz azul. Eles vestem figurinos com cor de terra, que remetem aos personagens de Portinari, mas se desenvolvem com as canções de Chico Buarque.

“Amou daquela vez como se fosse a última”. O elenco dança Construção e Paulo cai “na contramão atrapalhando o tráfego, atrapalhando o público, atrapalhando o sábado”. Ele será observador de outras dores dessa narrativa.

FICHA TÉCNICA
Direção, concepção e coreografia: Alex Neoral
Direção de produção: Tatiana Garcias
Consultoria de projeto: Aline Cardoso
Produção executiva: Náshara Silveira e Nathalia Atayde
Estagiária | assistente de produção: Marcella Alves
Curadoria de Obras [Candido Portinari]: Maria Duarte
Iluminação: Binho Schaefer
Operação de Luz: Bruno Barreto
Figurinos e visagismo: André Vital
Confecção de figurinos: Jacira Garcias
Direção Musical e Trilha original: Felipe Habib
Músicas: Chico Buarque
Preparação Vocal: Felipe Habib
Arranjos, Piano e Acordeon: Felipe Habib e João Bittencourt
Mixagem: Davi Mello
Preparação de interpretação cênica: Reiner Tenente
Ambientação cenográfica: Márcio Jahú
Contrarregra: Gilberto Kalkmann
Assistente de direção e ensaiadora: Eleonore Guisnet
Assistente de coreografia e roteiro: Carol Pires
Assistente de ensaio: Ana Formighieri
Fotos de divulgação: Bel Acosta
Fotos de cena: Cristina Granato e Paula Kossatz
Comunicação Visual: Infinitamente Estudio de Criação
Dançado e criado com: Alex Neoral, Carol Pires, Clarice Silva, Cosme Gregory, Felipe Padilha, Gabriela Leite, Márcio Jahú e Mônica Burity
Realização: Neoral Garcias Produções Artísticas LTDA

SERVIÇO
Saudades de Mim, da Focus Cia de Dança
Quando: Hoje, às 21h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Duração: 90 min
Classificação: 14 anos

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FIG muito além da música

Os gigantes da montanha, do Grupo Galpão. Foto: Guto Muniz/divulgação

Os gigantes da montanha, do Grupo Galpão. Foto: Guto Muniz/divulgação

A gente já sabe que o Festival de Inverno de Garanhuns este ano terá Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Daniela Mercury, Zeca Baleiro, Arlindo Cruz. Mas nem só de música vive o FIG. E, pelo que andamos conversando com as pessoas, a programação de artes cênicas está incrementada.

Só para adiantar, os grupos Galpão (MG), Espanca! (MG) e Bagaceira (CE) estão na programação de teatro do festival, que vai de 18 a 27 de julho. O Galpão trará Os gigantes da montanha, montagem que estreou no dia 30 de Maio, na praça do Papa, em Belo Horizonte, mesmo local em que a companhia já tinha estreado a primeira e a segunda versões de Romeu e Julieta, Um Moliére imaginário e Till, a saga de um herói torto.

A peça, texto de Luigi Pirandello, é mais uma parceria do Galpão com o diretor Gabriel Villela, que dirigiu o grupo em Romeu e Julieta (1992) e A rua da amargura (1994). O texto conta a chegada de uma companhia teatral a uma vila mágica, governada por um mago.

Uma curiosidade é que Pirandello ditou o último ato da montagem (são três no total) ao filho, já no leito de morte. Ele faleceu em 1936, vítima de pneumonia. A dramaturgia, que respeita esse aspecto “inacabado” do texto de Pirandello é assinada por Eduardo Moreira e Gabriel Villela. A tradução foi de Beti Rabetti.

A coletiva de imprensa do Festival de Inverno é só amanhã, mas confira o que já estamos sabendo:

19/07: Os gigantes da montanha (Grupo Galpão / MG)
19/07: Por Elise (Grupo Espanca! / MG)
20/07: Tá namorando! Tá namorando! (Grupo Bagaceira de Teatro / CE)
20/07: Show Dama Indigna, com Cida Moreira (SP)
26/07: Luiz Lua Gonzaga (Magiluth / PE)
26/07: As canções que você dançou para mim (Focus Cia de Dança/ RJ)
27/07: Viúva, porém honesta (Magiluth / PE)

Por Elise, do Espanca!. Foto: Guto Muniz/divulgação

Por Elise, do Espanca!. Foto: Guto Muniz/divulgação

Tá namorando! Tá namorando!, do Bagaceira. Foto: Ivana Moura

Tá namorando! Tá namorando!, do Bagaceira. Foto: Ivana Moura

Luiz Lua Gonzaga, do Magiluth. Foto: Ivana Moura

Luiz Lua Gonzaga, do Magiluth. Foto: Ivana Moura

Viúva, porém honesta, do Magiluth. Foto: Pollyanna Diniz

Viúva, porém honesta, do Magiluth. Foto: Pollyanna Diniz

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