As imagens, a musicalidade clamam pelo sensorial. Há uma religiosidade no ar. A diretora Heloisa Duque quer ressaltar na cena o imaginário que aponta para Dorival Caymmi. A praia, as mulheres de saia, o gingado da Bahia, as mandingas e os cantos de roda entram no espetáculo Dorival Obá a partir de vários elementos e relações. A peça de dança faz uma apresentação na 12ª Mostra Brasileira de Dança, hoje às 19h, no Teatro Hermilo Borba Filho.
O compositor Dorival Caymmi nasceu e viveu em Salvador até os 24 anos de idade. Seu vocabulário poético foi composto dentro de um terreiro de candomblé, onde as “mulheres de saia” o aprontaram para ser o obá (um tipo de coordenador do terreiro).
Esse filho de Xangô, que foi abandonado ao lado de três irmãos, por sua mãe quando contava 3 anos, é celebrado pelo grupo Vias da Dança, do Recife, na montagem Dorival Obá.
Na encenação, a companhia utiliza depoimentos de Dorival em áudio, a partir de entrevistas que ele concedeu, além de músicas e trechos de percussão. A trilha sonora é assinada por Henrique Macedo.
A coreografia é do bailarino e ator Juan Guimarães. No elenco estão Thomas de Aquino Leal, Júlia Franca, Natália Brito, Rayssa Carvalho e Simone Carvalho.
SERVIÇO
Espetáculo Dorival Obá
Quando: hoje, 13/08, às 19h
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho
Ingresso: R$ 20 e R$ 10
Indicação: a partir de 12 anos
Ficha Técnica
Coreografia e direção: Juan Guimarães
Preparação corporal: Heloísa Duque
Trilha sonora: Henrique Macedo
Figurino: Juan Guimarães e Thomás de Aquino Leal
Iluminação: Martiniano Almeida
Produção: Thomás de Aquino Leal e Fernanda Alves
Elenco: Natália Brito, Rayssa Carvalho, Júlia Franca, Simone Carvalho e Thomás de Aquino Leal
A Cia Eliane Fetzer de Dança Contemporânea apresenta o espetáculo Naipi e Tarobá – A Lenda das Cataratas do Iguaçu, no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu). A montagem é inspirada numa antiga lenda indígena que alimenta o imaginário dos paranaenses.
A música de William Samper conduz a trama, marcada pela tensão entre dois extremos: a crença em um Deus que domina a existência de uma tribo, e o amor entre os dois índios: Naipi e Tarobá.
Segundo essa mitologia, o mundo é governado por M’Boy, um Deus em forma de serpente. A índia Naipi é dedicada a ele, por se a mais bela da tribo. Mas o jovem Tarobá se apaixona por Naipi desafia essa decisão. Quando descobre a fuga do casal, M’Boy resolve se vingar e abre uma enorme fenda na terra, provocando o desaparecimento dos índios. Naipi é transformada em uma das rochas centrais das cataratas. E Tarobá, uma palmeira à beira do abismo.
As exuberantes Cataratas são captadas pelos movimentos dos 11 bailarinos da companhia. No corpo de cada um e nas composições coreográficas estão estruturadas as ações religiosas e sociais, de caça, do homem, da mulher, e do cotidiano que cerca a lenda da tribo caingangue.
Ficha Técnica
Direção geral: Eliane Fetzer
Direção de produção: Jorge Schneider
Maitre: Jair Moraes
Ensaiadora: Priscila Rocha
Figurino: Cássio Brasil
Cenografia: Cleverson Cavalheiro
Iluminação: Cleverson Cavalheiro e Diego Bertazzo
Música: Willian San’per
Sonoplastia: Bruno Gomes
Elenco: Alexandra Delgado, Alexandre Calera, André Oliveira, Andressa Machado, Bruno Rocha, Cícero Adolfo, Erickson Oliveira, Isabel Munhoz, Juliano Peçanha, Malki Pinsag e Nalu da Rocha
Serviço
Espetáculo Naipí & Tarobá – A Lenda das Cataratas do Iguaçu
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Quando: Quinta, 13/08, às 20h
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia)