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Para que pode servir uma poética identitária? Ou sobre o beco-sem-saída de uma contracultura atual*
Crítica do espetáculo Res Publica 2023

Res Publica 2023 está em cartaz no CCSP até 10 de novembro. Foto: Priscila Prade

*Crítica escrita por Stephan Baumgartel, professor da Universidade do Estado de Santa Catarina/Programa de Pós-Graduação em Teatro. Colaboração especial para o Satisfeita, Yolanda?

Há uma vertente de mestres espirituais conhecida no mundo oriental como os malamati, os mestres do caminho da culpa e da humilhação. São mestres que assumem quase que teatralmente a culpa de outras pessoas, com a intenção de criar situações que servem como oportunidade de ensinamento do caminho do amadurecimento da consciência humana.

Talvez seja esse caminho uma ideia que atravessa mais ou menos, (in)conscientemente, a construção do espetáculo RES PVBLICA 2023, da companhia A Motosserra Perfumada, que assisti no Centro Cultural São Paulo (CCSP), no sábado do dia 26 de outubro de 2019. Seis personagens instalados num apartamento que mais parece um bunker do que um lugar de convivências. Personagens apresentados numa espécie de prólogo como figuras dotadas de clichês e contradições fixas. Estão juntos, mas não sabemos ou entendemos se eles de fato convivem. Cada um em seu mundo e juntos no mesmo espaço. Vivem seus dramas e conflitos afetivos, sexuais, musicais, morais ou amorais – todos declarados pelas figuras ficcionais como problemas existenciais, num contexto em que, lá fora, patrulham os neofascistas de plantão. Ou seja, nesse momento, o paroxismo do mundo privado deve ser visto como força política.

Na tentativa de descrever a poética da cena, quem viveu uma São Paulo dos anos 80 talvez pense no clube Madame Satã, no início da new wave e do pós-punk brasileiro. A comparação não me parece errada, se não fosse a insistência forte do texto na ameaça de uma caça aos amorais, às minorias desviantes da moralidade normatizada. Uma ameaça que paira implacavelmente sobre o mundo ficcional da montagem e até motiva, de certa maneira, o tom ora desesperador, ora niilista, ora quase paranoico presente nas ações e interações das figuras. Uma ameaça, entretanto, que existe concretamente em muitos lugares do país, com consequências nefastas e destruidoras para as pessoas que pertencem a esses grupos. Contra esse fundo, a montagem afirma sua vitalidade, sobretudo pela música pulsante, mas também por meio de atuações vibrantes, que buscam uma teatralidade claramente maior que a vida empírica ou ostensivamente menor, quase minimalista.

Um tom de deboche perante a moralidade normatizada não falta, como também não falta, para que possa desenvolver sua eficácia, a provocação simbólica de colocar o público ora como cúmplice da cena ficcional, ora como representante da maioria silenciosa que apoia, com sua inércia, o espetáculo neofascista. Os tempos, contudo, são mais difíceis do que aqueles anos 80, pois são mais abertamente brutais e intolerantes hoje. Nessa situação, todos nós estamos tentados a nos blindarmos em discursos identitários.

Nisso reside o maior desafio da montagem e, talvez, o beco-sem-saída da abordagem denominada por mim de “malamati”: como mostrar ao público que sua cumplicidade não é só com os gestos revoltados de uma contracultura (que, aliás, há tempo perdeu seu horizonte utópico), mas também com os desdobramentos monológicos de suas vertentes identitárias? Como apresentar a sintomática desse mal-estar a partir de uma posição implicada no sintoma, e ao mesmo tempo provocar uma reflexão crítica? Mas, crítica a partir de que horizonte? Apenas a partir da insustentabilidade dessa contracultura como alternativa à moralidade normatizada? Como lidar com o problema de que (quase) todos no público sabemos dessa ameaça e concordamos sobre o nome do inimigo? Como tornar esse (quase) submundo identitário interessante para além do primeiro reconhecimento de seus impasses? Nesse sentido, a montagem precisa lutar constantemente contra a absoluta ausência de desdobramentos e conflitos produtivos que esse cenário identitário, de moralistas e amoralistas, pode gerar. A atuação cênica, às vezes um tanto histérica, ganha sua justificativa aqui: de ser não apenas sintoma de um desespero temático, mas também da falta de um embate dinâmico e dialético que acredite na possibilidade de sua transformação qualitativa. Não há horizonte de superação, mas a exposição do beco-sem-saída atual, criado também por certa contracultura ensimesmada.

Espetáculo tem texto e encenação assinados por Biagio Pecorelli. Foto: Priscila Prade

Se a montagem investe durante boa parte de sua apresentação na cumplicidade do público com essa contracultura, tentando sutilmente fazer-nos aceitar o monologismo dos personagens por meio de uma vitalidade visceral da apresentação, ela muda de tom no final. Primeiro, por nos lembrar em forma de projeções gravadas de alguns incidentes de perseguição brutal às minorias presentes na ficção da cena, sobretudo a transexuais. Se essa tentativa de certa maneira introduz quase uma moral da história que talvez duvide do gesto crítico anterior e busque forçadamente acusar o público de manter-se inerte perante o tamanho do problema, o mesmo não posso dizer da última cena do espetáculo, quando a atriz Camila Rios chama ao palco o cachorrinho que foi comentado no mundo ficcional como pertencente aos moradores. O cachorro aparece vestido de uma capa de couro sobre a qual foi costurada uma suástica. Nesse gesto, o espetáculo me parece tentar estabelecer um horizonte autocrítico também: esse mundo ficcional da cena não é um contra-mundo, mas compartilha a lógica monológica dos neofascistas?

Dessa maneira, o beco-sem-saída se completa e o caminho de assumir a culpa de todos se abre para que encontremos uma solução fora das condições colocadas pelas estratégias que motivam o mundo ficcional e empírico apresentados na peça. Para tal, talvez deva-se perguntar quais são os grupos ausentes nesse mundo do bunker? Os trabalhadores formais e informais, o “precariado” novo, a pequena burguesia instavelmente ocupada em suas atividades econômicas – em outras palavras, aquela parcela de um possível público que não ganha nada concretamente ao adotar posições moralistas e identitárias, pois essas posições não resolvem nem atenuam a pressão econômica que a leva para o campo dos “perdedores” da sociedade. Em outras palavras, a saída que a peça não sugere diretamente, apenas por meio da criação do beco-sem-saída de uma política moralista, teria que ser uma ponte crítica para o imaginário desses grupos. Uma ponte para a qual uma abordagem crítica focada na política identitária não pode ser outra coisa que uma armadilha bem-intencionada.

Serviço: 
Res Publica 2023, d’A Motoserra Perfumada
Quando: De quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 20h. Até 10 de novembro
Onde: Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000, Paraíso)
Quanto: R$40 e R$20 (meia-entrada). Os ingressos são vendidos pela internet no site Ingresso Rápido e na bilheteria do teatro duas horas antes do início da peça
Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Capacidade: 100 pessoas

Ficha técnica:  
Texto e direção artística: Biagio Pecorelli
Elenco: Biagio Pecorelli, Bruno Caetano, Camila Rios, Edson Van Gogh, Jonnata
Doll e Leonarda Glück
Diretora de produção: Danielle Cabral
Desenho de luz: Cesar Pivetti
Assistente de iluminação e operador de luz: Rodrigo Pivetti.
Preparação Viewpoints: Guilherme Yazbek
Assistente de direção: Dugg Monteiro
Cenário e figurinos: Rafael Bicudo e Coko
Design de som/sonoplastia/trilha sonora: Dugg Monteiro
Produtoras de operações: Victória Martinez e Jessica Rodrigues
Arte de divulgação: Bruno Caetano
Fotos de divulgação: Priscila Prade
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Realização: A MOTOSSERRA PERFUMADA
Produção geral: DCARTE E CONTORNO

 

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Artistas realizam ato contra censura

Abrazo terá apresentação gratuita, contra a censura. Foto: Rafael Telles

A temporada do espetáculo Abrazo, da companhia potiguar Clowns de Shakespeare, na Caixa Cultural Recife, ainda foi divulgada por um anúncio no Jornal do Commercio desta sexta-feira (13). O grupo deveria cumprir a última semana de apresentações da peça, com mais quatro sessões, mas a temporada foi cancelada no sábado passado, sem explicações, já com o público aguardando na fila para ver a segunda apresentação do dia. (Confira nossa matéria anterior)

Como resposta à atitude da Caixa Cultural Recife, os artistas do Clowns de Shakespeare e do Recife se mobilizaram. O resultado é uma apresentação única no Teatro Apolo, no bairro do Recife, que vai acontecer neste sábado (14). Todos vão se encontrar na Praça do Arsenal, às 15h, mesmo horário em que deveria começar a primeira sessão na Caixa. De lá, haverá uma caminhada até a instituição, onde será lido um manifesto, e depois o grupo segue para o Apolo. A entrada no teatro municipal será gratuita.

O ato em protesto contra a censura foi uma iniciativa dos movimentos Batendo o Texto na Coxia e Virada Cultural do Teatro do Parque, mas artistas de diversos grupos da cidade, movimentos sociais, e a sociedade em geral devem participar da manifestação. O festival Reside, inclusive, mudou o horário e o local da palestra Festivais e a Economia Criativa, com Márcia Dias, “Para que todos possam estar presentes na manifestação contra a censura e em solidariedade ao grupo Clowns de Shakespeare”, diz a chamada do facebook da Remo Produções. A palestra que seria às 14h, no Sesc Casa Amarela, será às 18h, no Apolo mesmo.

Ontem (13), o Clowns de Shakespeare divulgou uma nota oficial, informando que “foi aberto um processo judicial apresentando um pedido de tutela antecipada em caráter antecedente, junto à 2a Vara Federal da Justiça Federal/PE”.

Confira a nota oficial do grupo:

Este sábado marcará uma semana desde o cancelamento da segunda sessão da obra Abrazo, na Caixa Cultural Recife.

Desde então, as tentativas de comunicação com a Caixa tiveram retornos inconsistentes, resumindo-se a alegar que havíamos infringido o inciso VII da Cláusula Quarta, que prevê que a contratada seja obrigada a “zelar pela boa imagem dos patrocinadores, não fazendo referências públicas de caráter negativo ou pejorativo”, e que isso teria ocorrido no bate-papo realizado após a primeira sessão.

Ainda sem ideia do que poderia ser alegado, uma vez que não reconhecemos nada que pudesse gerar esse tipo de reação, e diante da ausência de informações adicionais, não conseguimos imaginar outra razão para essa recisão que não seja censura ao nosso trabalho e pensamento.

Dessa forma, nesta quinta, 12/09, foi aberto um processo judicial apresentando um pedido de tutela antecipada em caráter antecedente, junto à 2a Vara Federal da Justiça Federal/PE.

Paralelamente, com muita alegria e comoção tomamos conhecimento da criação de uma ação em protesto contra a censura numa iniciativa dos movimentos “Batendo o Texto na Coxia” e “Virada Cultural do Teatro Parque”, que rapidamente ganhou adesão de inúmeros grupos, movimentos sociais, artistas e da população em geral.

Agregando força a esse ato, e graças ao apoio de muitos parceiros, conseguimos uma pauta no Teatro Apolo, e lá faremos uma apresentação do espetáculo ao final do ato, que terá como concentração a Praça do Arsenal, às 15h (horário que iniciaria a primeira sessão), de lá seguiremos para a frente da Caixa Cultural, e então partiremos ao Teatro Apolo, onde faremos a apresentação, com acesso gratuito, mediante a limitação de lugares da casa.

Assim, acreditamos que fecharemos a primeira etapa dessa jornada tão intensa, difícil, mas ao mesmo tempo repleta de suporte e carinho de tanta gente, novos e antigos parceiros, instituições e pessoas que acreditam nos mesmos princípios que nós, e que lutam por um país livre e democrático.

Convocamos todos a juntarem-se a esse movimento neste sábado, 14 de setembro, às 15h, na Praça do Arsenal, Recife, com todos de camisas e bexigas brancas!

Abrazos a todas e todos!

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Caixa Cultural Recife: agente da censura?

 

Abrazo, peça suspensa de se apresentar na Caixa Cultural Recife

Pergunta que martela os miolos: O que vamos fazer diante do avanço do autoritarismo? Os artistas estão preparados para reagir ao alastramento da censura no Brasil? Como armar estratégias de sobrevivência nesses tempos? O episódio do cancelamento do espetáculo infantil Abrazo, do grupo teatral Clowns de Shakespeare, de Natal, capital do Rio Grande do Norte, pela Caixa Cultural Recife, vem na esteira de recentes censuras a montagens teatrais. A Caixa alegou genericamente que a trupe havia descumprido o contrato. A peça expõe um país em que demonstrações de afeto estão proibidas e explora temas da ditadura, censura e repressão.

A montagem foi barrada no sábado, 7 de setembro. A primeira sessão foi apresentada às 15h. Logo depois, foi realizado um debate com a plateia. Poucos minutos antes da sessão das 18h, o público – que já estava na fila – foi avisado da suspensão da peça sem maiores explicações. Próximo das 20h, funcionários da CEF chamaram um representante do grupo para uma reunião. Foi Fernando Yamamoto, que ainda tentou levar o produtor Rafael Telles, mas a senhora disse que só se reuniria com apenas um. Eram três representantes da CEF. Táticas de intimidação usam do expediente de deixar o oponente em menor número.

Vinte minutos depois, Yamamoto retorna ao teatro da Caixa Cultural Recife, onde estão os integrantes do grupo, além dos produtores locais Tadeu Gondim e André Brasileiro. Disse que iria conversar com o grupo para tomar alguma decisão.

O grupo não se pronunciou oficialmente nas primeiras horas depois do cancelamento, mas nas na internet as demonstrações de solidariedade e de indignação contra a ação arbitrária da Caixa começaram a circular. O diretor do espetáculo Marco França, que atualmente mora em São Paulo, divulgou em suas redes sociais que a Caixa Cultural censurou as sessões. “Uma censura travestida com argumentos jurídicos. Vivemos um momento de barbárie no país, onde a verba pública para pesquisa e educação são cortadas, onde livros são censurados, onde artistas estão sendo perseguidos e tendo suas obras censuradas. Não nos calarão! Enquanto houver espaço para falar, estaremos aqui denunciando.”

A Caixa Cultural não assume a pecha de censura e atesta ter cancelado as sessões de Abrazo por um “descumprimento contratual”. Mas não especifica qual ou quais as cláusulas desrespeitadas pelo grupo Clowns de Shakespeare. A trupe teatral, que ficou perplexa com a suspensão do contrato, classifica a justificativa da instituição de “genérica”.  “Não reconhecemos qualquer indício de infração que pudesse ter sido eventualmente cometida, pois cumprimos com tudo que estava contratualmente previsto”, divulgou o Clowns de Shakespeare em nota oficial.

Abrazo é inspirado em O Livro dos Abraços, do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015), e o contrato para apresentações na Caixa Cultural Recife estava firmado para os fins de semana 7, 8 e 14 e 15 de setembro. A narrativa mostra um país onde não é permitido às pessoas se abraçar ou demonstrar qualquer tipo de afeto.

Sem uma palavra falada sequer – porque também é proibido falar, a fábula infantil, expõe o efeito das guerras e proibições na vida das pessoas através de mímicas, desenhos e projeções. Com roteiro dramatúrgico de César Ferrario e direção de Marco França, a peça tem no elenco os atores Dudu Galvão, Camille Carvalho e Paula Queiroz, que se revezam entre os personagens do rapaz, da florista, do soldado, do índio, da avó, de um general e do menino.

Cena da peça Arena Conta Zumbi

Na década de 1960, uma das respostas do Teatro de Arena à feroz censura da representação de peças brasileiras realistas foi a estreia em 1965 e temporada de dois anos do espetáculo Arena Conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, com música de Edu Lobo. A peça narrava a saga dos quilombolas no Brasil-Colônia, em resistência ao domínio português. Defendia a construção de uma outra realidade, mais justa e igualitária.

Eu vivo num tempo de guerra
Eu vivo num tempo sem sol
Só quem não sabe das coisas
É um homem capaz de rir

Ah, triste tempo presente
em que falar de amor, de flor
é esquecer que tanta gente
está sofrendo tanta dor

Tempo de Guerra é um dos momentos mais emblemáticos do musical Arena Conta Zumbi, um desafio à ditadura militar. A canção de Augusto Boal, Edu Lobo, Gianfrancesco Guarnieri é inspirada no poema Aos que virão depois de nós, de Brecht, música posteriormente gravada por Maria Bethânia.

É um tempo de guerra
é um tempo sem sol
É um tempo de guerra
é um tempo sem sol

Veja bem que preparando
o caminho da amizade
não podemos ser amigos ao mal
ao mal vamos dar maldade!

Desde o golpe de 2016 que a cultura brasileira vem sendo alvo de perseguições políticas, veladas ou escancaradas. O governo e seus asseclas nas instâncias federal, estadual e municipal e outras figuras situadas em pontos estratégicos buscam desestabilizar todo e qualquer pensamento crítico com cortes de verbas, de editais, com a divulgação de fake news. A principal estratégia é atacar pelo lado econômico, minando as condições de sobrevivência.

Montagem do combatente grupo Clowns de Shakespeare, de Natal, Rio Grande do Norte

Nota da Caixa Cultural Recife / Caixa Econômica Federal

A Caixa informa que por descumprimento contratual cancelou o espetáculo Abrazo, com apresentações programadas no espaço cultural do banco. O contrato com o Clowns de Shakespeare foi rescindido, conforme comunicado ao grupo nesta data

Nota do grupo Clowns de Shakespeare

No último sábado, dia 7 de setembro de 2019, após haver realizado a primeira apresentação do espetáculo Abrazo na Caixa Cultural Recife, fomos surpreendidos com o cancelamento da segunda sessão do dia, assim como das demais apresentações que seriam realizadas no dia seguinte.

Nesta segunda-feira recebemos um comunicado oficial da Caixa Econômica Federal informando a rescisão do contrato relativo ao restante desta temporada, que se estenderia até o próximo domingo, 15 de setembro, sob a genérica alegação de descumprimento contratual.

Nenhum esclarecimento adicional nos foi dado, o que nos moveu a solicitar da Caixa o parecer jurídico e a decisão administrativa relativos a essa rescisão, com detalhamento para que possamos analisar e nos posicionar apropriadamente sobre o caso.

Até o momento estamos perplexos diante dessa atitude, uma vez que não reconhecemos qualquer indício de infração que pudesse ter sido eventualmente cometida, pois cumprimos com tudo que estava contratualmente previsto.

O contrato de patrocínio celebrado com a Caixa decorreu de edital no qual se habilitou e foi selecionado o Grupo Clowns de Shakespeare, dentro das normas legais de seleção de projetos.

Esperamos que essa justificativa, genérica e lacônica, seja esclarecida pela Caixa, de forma a possibilitar ao grupo defender-se de tal alegação.

Agradecemos o apoio maciço que estamos recebendo de diversos setores da sociedade, e voltaremos a nos pronunciar tão logo a nossa solicitação de esclarecimentos seja atendida pela Caixa.

 

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