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Para pensar sobre portas trancadas

Os dois Mateus do Baile do Menino Deus procuram a casa da Família Sagrada. Foto: Ivana Moura

Os dois Mateus do Baile do Menino Deus procuram a casa da Família Sagrada. Foto: Ivana Moura

Todos os anos, a chuva e o vento atuam como vilões do espetáculo O Baile do Menino Deus, erguido no Praça do Marco Zero, no centro do Recife, a céu aberto. Na sexta-feira, 23 de dezembro, estreia da temporada de 2016 eles fizeram o seu papel. Molharam o cenário,  desequalizaram o sistema de microfones, desafinaram refletores, instalaram uma guerra de nervos e provocaram um atraso de quase uma hora. Foi uma estreia tensa. Enquanto Quiercles Santana, diretor de cena, atores e coro; Tomás Brandão, assistente de direção musical e outros integrantes da equipe tentavam resolver esses percalços técnicos, os dois Mateus – Arilson Lopes e Sóstenes Vidal buscavam acalmar o público que aguardava impaciente com seus bordões e tiradas bem-humoradas.

Esses dois personagens indômitos da trama – a chuva e o vento – chegam sem avisar. É preciso saber conviver com eles. Sofri com os atores testando o som, naqueles minutos que pareciam infindáveis, torcendo para que tudo desse certo. Deu.

E o Baile começou com toda a garra e alegria que esse elenco de atores e dançarinos e a orquestra podem transmitir. Teve início uma magia que se repete há 13 anos no Marco Zero. Em busca dessa casa onde estão Jesus, José e Maria seguem os dois Mateus.

Para quem já viu tantas vezes consegue perceber até os defeitos, as falhas, o funcionamento do jogo. Mas o espetáculo é maior que tudo isso. Ele é grande. O Baile tem aquelas belas músicas de Antonio Jose Madureira (Zoca Madureira) executadas por uma orquestra regida pelo maestro José Renato. Um coro de vozes infantis e adultas afinadas e até quando saem do tom dão conta do recado.

Os solistas quebram a narrativa e conferem relevância às músicas nas variadas modalidades. Isadora Melo e José Barbosa, que interpretam também Maria e José; Silvério Pessoa em várias canções com pleno domínio de palco; e as vozes poderosas de Jadiel Gomes, Surama Ramos e Virgínia Cavalcanti.

Depois de muitas tentativas, os Mateus conseguem permissão para fazer a festa.

Depois de muitas tentativas, os Mateus conseguem permissão para fazer a festa

O espetáculo investe na busca do ser humano pelo sagrado, traduzido de uma forma bem concreta na perseguição dos dois Mateus por encontrar Jesus, José e Maria. Eles precisam descobrir o local e depois fazer com que a porta se abra.  É interessante a metáfora que o diretor e dramaturgo Ronaldo Correia de Brito costuma usar para as portas fechadas nesse mundo capitalista, dos muros segregadores (reais ou invisíveis) que excluem pessoas aos acessos aos direitos e bem-estar e o individualismo que predomina na sociedade.

Essas coisas estão nos subtextos dos dois bufões que amenizam a gravidade das coisas com suas brincadeiras e presepadas, cenas de efeito e um talento para comandar essa brincadeira. Arilson diz que faz um Mateus lírico. Sóstenes faz um contraponto mais prosaico. Os dois comandam bem o jogo nessa peregrinação.

Coro infantil.

Coro infantil.

Mas o encanto vem da recriação dos passos e danças dos brinquedos populares do Nordeste. A coreografia assinada por Sandra Rino cria desenhos de movimentos e ressalta a combinação do povo brasileiro na sua diversidade cultural.

Esse espetáculo popular usa estratégias de demonstração, reforçando algumas imagens que são aludidas na trilha sonora ou nos diálogos, como por exemplo a aparição de um galo, uma vaca e um carneiro. 

Já assisti ao Baile do Menino Deus muitas vezes. E fico me perguntando o que me atrai para ir de novo. O encontro, o clima, a orquestração de um espetáculo popular de rua, a energia da plateia – formada por pessoas tão diferentes.

Dessa vez captei na montagem um tom melancólico, isso a partir da trilha sonora e suas músicas de andamento mais suave como Beija-Flor, Ciganinha, Acalanto, Lua e Estrela, Sol, que lembram as apresentações dos blocos líricos nos Carnavais de Olinda e Recife.  Mesmo as canções que aceleram como Boi, Jaraguá, Anjo bom, Jesus da Lapa, Cabocinhos e Zabilin carregam alguma nostalgia.

O figurinista (e também professor, encenador, cenógrafo) Marcondes Lima criou novas peças com inspiração na cultura africana e do Oriente Médio. As roupas mais coloridas causaram uma percepção mais alegre no conjunto da obra. 

O espetáculo que também incentiva uma desacelerada típica do período funciona como ritual para pensar sobre os valores de humanidades e solidariedades que o dinheiro não compra.  Assim como Um Conto de Natal, de Charles Dickens que dá as lentes para que o leitor enxergue que o Natal pode tocar a vida de cada um e desadormecer os melhores sentimentos, o Baile do Menino Deus insiste que é possível construir um mundo mais justo. É uma semente. 

SERVIÇO
Baile do Menino Deus – Uma Brincadeira de Natal
Quando: 23, 24 e 25 de dezembro de 2016, às 20h
Onde: Praça do Marco Zero, Bairro do Recife
Acesso gratuito
Classificação livre

 

 

 

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Uma opereta para alegrar o Natal

“…o baile aqui não termina,
o baile aqui principia
do mesmo jeito que o sol
se renova a cada dia,
da mesma forma que a lua
quatro vezes se recria,
do mesmo tanto que a estrela
repassa a rota e nos guia”
Baile do Menino Deus é encenado no Marco Zero, no centro do Recife há 13 anos. Foto Filipe Cavalcanti

Baile do Menino Deus é encenado no Marco Zero, no centro do Recife, há 13 anos. Foto Filipe Cavalcanti

O Baile do Menino Deus – Uma Brincadeira de Natal é um procedimento que dá certo no palco há 33 anos. Há 13 é quase um destino obrigatório do período natalino na Praça do Marco zero, no centro do Recife. O que faz esse espetáculo ser tão especial? É uma química, uma combinação certeira de elementos da cultura popular nordestina, de músicas inspiradas nos folguedos, no talento de artistas, no clima da época que juntos provocam uma alegria genuína, uma esperança na humanidade (que os céticos dirão; “tolos”). Mas talvez precisemos dessas pequenas doses de bálsamos para seguir.

O espetáculo faz três apresentações, de 23 a 25 de dezembro, ao ar livre, às 20h. Com texto de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima e trilha sonora de Antônio Madureira (que é a alma da obra) a peça integra a Trilogia das Festas Brasileiras, composta ainda por Bandeira de São João e Arlequim.

A montagem busca encorpar a já desgastada expressão espirito natalino, na dramaturgia do texto, da cenografia e figurinos, das canções, no humor das manifestações culturais do Nordeste brasileiro que se erguem no palco em passos de esplendor.

Baile do Menino Deus – Uma Brincadeira de Natal é um símbolo pernambucano . Essa opereta nordestina junta as danças populares da região, músicas incríveis e personagens que nascem de uma mistura de reisados, maracatu, cavalo-marinho e bois. Explosão de beleza.

A história é simples. Dois Mateus perseguem a casa onde estão alojados José, Maria e o recém-nascido Jesus, para fazer uma festa na entrada. A porta está trancada. Para abrir a porta eles fazem rezas, prendas, mágicas fajutas. E convocam os seres encantados – como Jaraguá e a burrinha Zabelim, além das pastoras, a Lua, a estrela e o Sol – para reforçar a empreitada.

E a festa passa diante de nossos olhos. A música de Zoca Madureira é executada ao vivo por uma orquestra regida pelo maestro José Renato Accioly, que faz desfilar frevo, maracatu, caboclinho, ciranda e bumba meu boi.

Sóstenes

Sóstenes Vidal interpreta um dos Mateus há 13 anos

Sóstenes Vidal que interpreta um dos Mateus do Baile há 13 anos (e durante dez anos fez o Mateus na montagem do Balé Basílica, do Balé Popular do Recife), garante que é uma realização profissional – pelas pessoas envolvidas e pela grandeza do espetáculo. “A parceria com Arilson Lopes , não poderia ser melhor. Considero um dos grandes atores brasileiros, um carisma maravilhoso, profissional, desde o primeiro ano, tive a certeza que estava muito bem acompanhado no palco”.

Arilson Lopes também está no Baile do Menino Deus desde o primeiro ano no Marco Zero. “São exatos 13 anos festejando o Natal com um elenco incrível de músicos, cantores, bailarinos, atores, técnicos e uma multidão de espectadores apaixonados”, comenta com indisfarçável alegria.

“Considero o Baile do Menino Deus um espetáculo extremamente importante na minha trajetória como ator, pela beleza dessa história que contamos, pela direção generosa e atenta de Ronaldo Brito, pela poesia do personagem que defendo, por compartilhar esse aprendizado com uma equipe talentosa e dedicada e por atuar na praça para milhares e milhares de pessoas. É uma alegria também estar em cena com o ator Sóstenes Vidal, que faz o Mateus 2. Ele é um grande parceiro. Estamos juntos nesse espetáculo desde o comecinho e nossa convivência sempre foi de respeito e admiração mútuos. Sempre nos ouvimos muito, discutimos cada proposta de cena e vibramos a cada nova descoberta”, conta.

Para manter acesa a chama, o Baile do Menino Deus acrescenta novidades na encenação a cada ano. A principal delas em 2016 é que o visual ganha inspiração da cultura africana e do Oriente Médio.

Com isso, são acrescidas peças de figurinos de José e Maria, dos Mateus, da orquestra, do coros adulto e infantil, de alguns solistas e das ciganas. O multiartista Marcondes Lima, que assina a direção de arte, incrementa as roupas com mais colorido, com estampas, elementos pouco explorados nas edições anteriores. “Os figurinos terão um contraste ainda maior diante do cenário que se define como um fundo neutro, com as casas quase totalmente brancas”, pensa Marcondes, que criou 50 novas peças.

“O conceito visual da arte bizantina permaneceu nos quatro primeiros anos do Baile. Depois tivemos um conceito palestino-árabe, numa perspectiva da presença dessa cultura no Nordeste. Em seguida, nos inspiramos no leste europeu; e, por fim, agora, na cultura africana e na do Oriente Médio”, explica o diretor Ronaldo Correia de Brito.

Isadora interpreta Maria

Isadora Melo interpreta Maria

Outra alteração de registro se refere à Sagrada Família, que segundo Correia de Brito recebe um tratamento de “humanização”. “José e Maria já tinham uma performance bem humana, bem popular e agora têm algo mais moderno. Queremos dessacralizar cada vez mais essas duas figuras”, pontua o diretor. Por exemplo, Maria, interpretada pela atriz e cantora Isadora Melo, não usará mais véu e os seus ombros ficarão à mostra.

Outro detalhe dessa edição é que a encenação vem com dois Reis Magos e uma Rainha, além de uma mulher também no grupo de caboclinhos, anteriormente composto apenas por homens. A bailarina Marcela Felipe defende esses novos papéis femininos.

O Baile aglutina uma equipe caudalosa. São mais de 300 pessoas envolvidas. Sendo uma orquestra com 14 músicos, coro de 26 cantores (13 adultos e 13 crianças) e seis solistas, incluindo o cantor Silvério Pessoa.

O Mateus mais lírico, Arilson Lopes, lembra que o texto original já recebeu vários tratamentos, novas palavras e novas cenas. “ Acho que o Baile do Menino Deus é um sucesso porque o público se vê, se reconhece nas brincadeiras, nas músicas, nos folguedos ressignificados, no sotaque, na nossa cultura. Já não vejo o Natal do Recife sem essa celebração que se tornou o Baile do Menino Deus, no Marco Zero”.

SERVIÇO
Baile do Menino Deus – Uma Brincadeira de Natal
Quando: 23, 24 e 25 de dezembro de 2016, às 20h
Onde: Praça do Marco Zero, Bairro do Recife
Acesso gratuito
Classificação livre

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Que o baile continue…

O Natal comemorado com o Baile do Menino Deus, no Marco Zero, no Recife, passa ao largo das fórmulas prontas que envolvem Papai Noel e afins. Nessa celebração, o nascimento de Jesus é lembrado através da cultura popular. Com texto de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima e músicas de Antônio Madureira, o Baile do Menino Deus é considerado uma ópera popular, congregando imagens diversas da tradição natalina do Nordeste como reisados, pastoris e lapinha. A curtíssima temporada do espetáculo começou ontem (com ótimo público) e segue até o dia 25, sempre às 20h.

Neste auto de Natal, dois Mateus procuram a casa em que nasceu o menino; mas quando finalmente acham, a porta não abre; e quando abre, eles precisam da autorização dos pais da criança e donos da casa para realizar o baile. Sóstenes Vidal e Arilson Lopes interpretam os dois Mateus com graça e muita poesia. Dá para perceber o quanto eles se divertem em cena e o público é agraciado com esse jogo.

Crianças e adultos são tomados pela história, pelas imagens construídas no palco e pela musicalidade do espetáculo. Um dos solistas é Silvério Pessoa, alguém que já carrega consigo – o ano inteiro – o espírito de brincadeira, celebração e cultura popular do baile. Há ainda as belas vozes de Virgínia Cavalcanti e do casal Isadora Melo, que interpreta Maria, e Zé Barbosa, que faz José. Lindo o dueto de Isadora e Zé.

A trilha sonora é executada ao vivo por 15 músicos, regidos pelo maestro José Renato Accioly. Para completar, um coro adulto com 13 cantores e um coro infantil, coordenado por Célia Oliveira, com 12 crianças cantoras; fundamental, aliás, a participação delas no espetáculo.

As coreografias são assinadas por Sandra Rino. No palco, os bailarinos Isaac Souza, Inaê Silva, Jáflis Nascimento, José Valdomiro, Juliana Siqueira, Marcela Felipe, Renan Ferreira e Rennê Cabral. O elenco tem ainda Otávio Guerra, como o Mestre Rabequeiro e a atriz Fabiana Pirro como mestre de cerimônias.

A direção de arte é de Marcondes Lima e este ano merecem destaque os figurinos (pensado em todos os detalhes e de um efeito lindo). A direção geral é do próprio Ronaldo Correia de Brito e a assistência de direção de Quiercles Santana. A produção é da Relicário, com patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco e da Prefeitura do Recife.

Baile do Menino Deus
Quando: hoje (24) e amanhã (25), às 20h
Onde: Marco Zero, Bairro do Recife

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Auto de Natal com alma brasileira

Baile do menino Deus, no Marco Zero. Foto: Ivana Moura

A ópera popular de rua Baile do Menino Deus – Uma brincadeira de Natal, como define seu dramaturgo e diretor Ronaldo Correia de Brito, é um espetáculo que agrega manifestações nordestinas. Nesta peça Papai Noel não entra não é porque se tenha algo contra o bom velhinho. Mas aqui a história é contada de forma diferente. Estamos também em volta do nascimento de Jesus, e como todos sabem, existia uma ameaça de Herodes de exterminar as crianças menores de dois anos nascidas em Belém ou cercanias. Talvez por isso, os dois Mateus da peça levem tanto tempo para encontrar a casa da santa família e organizar o baile.

A temporada deste ano, na praça do Marco Zero, no Bairro do Recife, começou na sexta-feira e terminou ontem, sempre o dia mais lotado. Mateus, multiplicado por dois – os atores Arilson Lopes e Sóstenes Vidal, comanda a brincadeira. Os dois convocam muitos personagens para ajudar a encontrar Jesus, José e Maria. Entre eles o Jaraguá, a Burrinha Zabilin, a Ciganinha e o Anjo Bom, a formosa Ciganinha, entre outros.

Montagem reúne quase 150 profissionais

Com 28 anos de estrada e oito anos no Marco Zero, o espetáculo escrito por Ronaldo Correia de Brito, Assis Lima, ambos cearenses (o primeiro radicado no Recife e o segundo em São Paulo), e o potiguar radicado em Pernambuco, Antônio Madureira, trouxe algumas novidades.

Uma delas é a entrada dos atores Jorge de Paula e da também cantora Renata Rosa, que acompanham os protagonistas na empreitada de encontrar o menino e seus pais. Para contrapor à performance mais exteriorizada dos Mateus eles são investidos da carga poética de Arlequim, entre o terreno e o celestial. Esses dois personagens não têm fala e exercem a função de guia para mostrar o caminho da casa e da celebração. São aparições pontuais, mas bem exploradas e bonitas. Ele anda com um guarda-chuva e ela tira som de uma rabeca (que desafinou algumas vezes, devido ao vento, suponho).

A montagem reúne quase 150 profissionais, inclusive crianças. A assistência de direção é de Quiercles Santana, a direção de arte de Marcondes Lima, com um figurino rico de criatividade. A iluminação de Játhyles Miranda também acrescentou novos efeitos, como personagens luminosos – o Beija Flor e a Borboleta, por exemplo. A trilha sonora é executada ao vivo por uma orquestra de 15 instrumentistas, um coro adulto de 13 cantores (com preparação de José Renato Accioly) e infantil com 12 crianças (com preparação de Célia Oliveira), tudo sob a regência do maestro José Renato Accioly.

Além dos coros, a encenação conta com as participações dos cantores solistas Silvério Pessoa, a linda voz de Virgínia Cavalcanti, Jadiel Gomes e, estreando este ano, Renata Rosa, que também toca rabeca.

O entrosamento, a garrra, o talento e o domínio de palco da dupla Arilson Lopes e Sóstenes Vidal é para se aplaudir de pé. Esses dois Mateus comadam um grupo de crianças que tentam abrir a porta para celebrar o nascimento de Jesus. Sandra Rino e Tatto Medinni, interpretam com serenidade José e Maria.

Tatto Medinni e Sandra Rino

A coreografias também merecem destaque. E os dez bailarinos (Fláira Ferro, Isaac Souza, Inaê Silva, Jáflis Nascimento, José Valdomiro, Marcela Felipe, Renan Ferreira, Rennê Cabral, Gel Lima e Juliana Siqueira), em conjunto reforçam a alegria e a esperança desse baile.

A produção é da Relicário Produções, da produtora Carla Valença, com Patrocínio do Ministério da Cultura, governo do estado de Pernambuco e Prefeitura do Recife.

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Dança contemporânea no Dona Lindu

Lua Cambará faz última sessão antes de turnê . Foto: Fernando Azevedo

Já que estamos falando em dança, vamos aproveitar para dar uma dica para esta terça-feira à noite. O Ária Social apresenta o musical Lua Cambará às 20h, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu.

O elenco é formado por 52 jovens e conta ainda com a participação da bailarina Cecília Brennand, que assina a coordenação geral da montagem. A coreografia e a direção são de Ana Emília Freire e Carla Machado e a direção musical e a regência de Rosemary Oliveira.

Lua Cambará, que estreou em agosto do ano passado, é inspirada na obra de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, com música de Antonio Madureira. A coreografia traduz em dança contemporânea a história de uma mulher apaixonada que, envolvida em assassinatos, é condenada a vagar eternamente.

Depois da apresentação no Dona Lindu, o grupo segue para a sua primeira temporada fora do Recife. O Ária Social se apresenta no Rio de Janeiro no dia 06 de julho, no Teatro Carlos Gomes; em São Paulo, nos dias 09 e 10, no Teatro Paulo Autran, no SESC Pinheiros; em São João Del Rey (MG), no dia 12 de julho, no Teatro Municipal de São João Del Rey; e em Ouro Preto (MG), no dia 14, no Teatro de Ouro Preto.

Lua Cambará
Quando: nesta terça (14), às 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu, Avenida Boa Viagem
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)
Informações: (81) 3355-9823

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