Arquivo da tag: As Levianinhas em pocket show para crianças

Festival Recife de teatro – tempo de editais

Galpão apresenta Os Gigantes da Montanha no Sítio Trindade, dia 22, na abertura do festival

A programação do Festival Recife do Teatro Nacional – FRTN foi anunciada nesta quinta-feira. A curadoria, que atuou nos últimos anos com recortes para a formação de sentidos, ficou para trás. A 16º edição é norteada por editais – instrumento defendido pela atual gestão como a forma mais democrática de formatar os eventos promovidos pela Prefeitura do Recife.

A grade da programação inclui 18 espetáculos em dez dias de apresentações – do dia 22 deste mês a 1º de dezembro. O mineiro Galpão abre o festival, às 20h, no Sítio da Trindade, com a peça Os gigantes da montanha, participação que o Satisfeita, Yolanda? anunciou ainda em julho. A secretária Leda Alves assistiu à peça no Festival de Inverno de Garanhuns e após a sessão fez o convite à trupe.

Os outros grupos foram garimpados de 150 projetos inscritos, segundo informou o gerente do Centro Apolo- Hermilo, Carlos Carvalho, que coordena o FRTN. Trinta e seis passaram na peneira e uma comissão formada pelo ator Paulo Mafe, representante do Conselho Municipal de Política Cultural do Recife; o diretor do Teatro Williams Santanna; e a diretora e pesquisadora Clara Camarotti, fechou os grupos.

Gustavo Catalano, Carlos Carvalho e Leda Alves durante coletiva do festival

“Fizemos um edital para dar a possibilidade de as pessoas se oferecerem para vir ao Recife. Isso despertou o interesse dos grupos”, disse Carlos Carvalho.

Bem, dessas companhias, algumas ainda não passaram pelo Recife com os espetáculos que trazem. O próprio Galpão, a carioca Armazém Cia. de Teatro com A Marca da Água; a gaúcha Casa de Madeira com As Bufa; as catarinenses Traço Cia de Teatro/Companhia Zero com As Três Irmãs, o grupo paulista Clariô de Teatro, com Hospital da Gente; a mineira Cia. Pierrot Lunar com Acontecimento em Vila Feliz. Além da outra mineira, Cortejo Cia de Teatro, com Uma História Oficial.

O Coletivo Cênico Joanas Incendeiam, de São Paulo, apresentou recentemente Homens e Caranguejos na cidade. E Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços da Paraíba vem com um espetáculo de repertório, Como Nasce um Cabra da Peste, que esteve no Recife há muitos anos.

Das montagens locais para o público adulto, todas já fizeram temporada ou foram vistas algumas vezes na cidade. São elas Vestígios (Relicário/PE), com texto de Aimar Labaki e direção de Antonio Cadengue; Luiz Lua Gonzaga, do Grupo Magiluth; O Beijo no Asfalto, com texto de Nelson Rodrigues e direção de Claudio Lira; As Confrarias, da Companhia Teatro de Seraphins, com texto de Jorge Andrade e Antonio Cadengue. E Cafuringa, com o Grupo Cafuringa.

As peças infanto-juvenis também já estiveram em cartaz no Recife. São elas As Levianinhas em Pocket Show para Crianças, da Cia Animée; De Íris ao Arco-Íris, de Produtores Independentes e O Menino da Gaiola, Bureau de Cultura e Turismo.

O espetáculo Coisas do Mar, do Grupo Teatral Ariano Suassuna e Escola Estadual Santos Cosme e Damião, de Igarassu, ganhou visibilidade ao conquistar vários prêmios no 11º Festival Estudantil de Teatro e Dança, realizado em setembro, na categoria Teatro Para Crianças. A encenação levou para casa os troféus de melhor espetáculo, direção (Albanita Almeida e André Ramos), ator (Elton Daniel), cenário (André Ramos), figurino (Kattianny Torres) e texto inédito (o grupo).

O orçamento desta edição encolheu em R$ 400 mil em relação ao do ano passado. Ficou em R$ 700 mil – sendo R$ 50 mil da Caixa Econômica Federal e o restante dos cofres da Prefeitura. A Prefeitura não conseguiu renovar o Pronac – Lei Rouanet, nem a prestação de contas da Funarte e por isso não pode concorrer a esses incentivos.

O teatrólogo Samuel Campelo é o homenageado desta edição

O homenageado deste ano é o diretor Samuel Campelo, fundador do Grupo Gente Nossa no Recife dos anos 1930. A pesquisadora Ana Carolina Miranda da Silva vai lançar um livro sobre Campelo e também vai fazer palestra sobre O Grupo Gente Nossa e o Movimento Teatral no Recife.

“Vamos ter um grande festival, que oportuniza espetáculos que não teriam oportunidade de estar aqui. A gente tem grupos que nunca vieram ao Recife e tem grupos que já vieram como a Cia. Armazém ou o Galpão. E ter a possibilidade de ter os que já vieram com aqueles que nunca vieram isso nos enriquece. Isso abre pra gente uma felicidade de dizer nos estamos abrindo o FRTN para o Brasil, pelo meio mais democrático, que é o edital”, entusiasma-se Carvalho.

16º Festival Recife do Teatro Nacional

Programação

Sexta-feira (22)
Os Gigantes da Montanha (Grupo Galpão/MG)
Local: Sítio da Trindade, às 20h
Duração: 80 minutos

Sábado (23)

As Bufa (Casa de Madeira/RS)
Local: Teatro de Santa Isabel, às 21h
Duração: 55 minutos

As bufa. Foto: Mariana Rocha

As Levianinhas em Pocket Show para Crianças (Cia Animée/PE)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h
Duração: 60 minutos

Banda de palhaças mostram repertório para crianças. Foto: Lana Pinho

Marca da Água (Armazém Cia de Teatro/RJ)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 75 minutos

Montagem comemora 25 anos da Armazém Companhia de Teatro

De Íris ao Arco-Íris (Produtores Independentes/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 16h
Duração: 50 minutos

História da curiosa lagarta, que quer chegar ao reino encantado. Foto: Angélica Gouveia

Domingo (24)

As Bufa (Casa de Madeira/RS)
Local: Teatro de Santa Isabel, às 21h
Duração: 55 minutos

As Levianinhas em Pocket Show para Crianças (Cia Animée/PE)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h
Duração: 60 minutos

A Marca da Água (Armazém Cia de Teatro/RJ)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 75 minutos

De Íris ao Arco-Íris (Produtores Independentes/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 16h
Duração: 50 minutos

Vestígios (Relicário/PE)
Local: Teatro Apolo, às 19h
Duração: 55 minutos

Dois policiais e um professor de história numa peça sobre a tortura. Foto: Américo Nunes

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 50 minutos

Homenagem do Grupo Magiluth ao rei do baião

Segunda-feira (25)

Vestígios (Relicário/PE)
Local: Teatro Apolo, às 19h
Duração: 55 minutos

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 50 minutos

As Três Irmãs (Traço Cia de Teatro/Companhia Zero/SC)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 80 minutos

Obra do dramaturgo Anton Tchékhov a partir da técnica do clown. Foto: Nassau Souza

Hospital da Gente (Grupo Clariô de Teatro/SP)
Local: Espaço Fiandeiros, às 20h
Duração: 90 minutos

A partir dos contos de Marcelino Freire, Grupo Clariô de Teatro/SP mostra a vida dura de vários personagens

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 55 minutos

Versão teatral da Cia. Pierrot Lunar para o conto homônimo de Aníbal Machado

Terça-feira (26)

As Três Irmãs (Traço Cia de Teatro/Companhia Zero/SC)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 80 minutos

Hospital da Gente (Grupo Clariô de Teatro/SP)
Local: Espaço Fiandeiros, às 20h
Duração: 90 minutos

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 55 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Sítio da Trindade, às 16h
Duração: 60 minutos

Conhecido como Homem da Cobra, o mestre Cafuringa é acompanhado por vários bonecos

Quarta-feira (27)

Acontecimento em Vila Feliz (Cia. Pierrot Lunar/MG)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 55 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Bomba do Hemetério, às 16h
Duração: 60 minutos

O Menino da Gaiola (Bureau de Cultura e Turismo/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 16h
Duração: 50 minutos

O Beijo no Asfalto (Claudio Lira/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 20h
Duração: 90 minutos

Quinta-feira (28)

Luiz Lua Gonzaga (Grupo Magiluth/PE)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 50 minutos

O Menino da Gaiola (Bureau de Cultura e Turismo/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 16h
Duração: 50 minutos

O protagonista, o garoto Vito, de 9 anos, quer libertar o sonho das pessoas

O Beijo no Asfalto (Claudio Lira/PE)
Local: Teatro Marco Camarotti (SESC Santo Amaro), às 20h
Duração: 90 minutos

Como Nasce um Cabra da Peste (Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços/PB)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 60 minutos

Sexta-feira (29)

Como Nasce um Cabra da Peste (Agitada Gang – Trupe de Atores e Palhaços/PB)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 60 minutos

Cafuringa (Grupo Cafuringa/PE)
Local: Coque/Joana Bezerra, às 16h
Duração: 60 minutos

Sábado (30)

Uma História Oficial (Cortejo Cia de Teatro/MG)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 70 minutos

Espetáculo de estreia da Cortejo Cia de Teatro reflete sobre os autoritarismos

Coisas do Mar (Grupo Teatral Ariano Suassuna/PE)
Local: Teatro Apolo, às 16h
Duração: 50 minutos

Homens e Caranguejos (Coletivo Cênico Joanas Incendeiam/SP)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 90 minutos

Família foge da seca e chega à cidade e aos mangues do Recife

As Confrarias (Companhia Teatro de Seraphins/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 70 minutos

A Conspiração Mineira por um ângulo incomum, com texto de Jorge Andrade e direção de Antonio Cadengue.

Domingo (1)

Uma História Oficial (Cortejo Cia de Teatro/MG)
Local: Teatro Luiz Mendonça, às 20h
Duração: 70 minutos

Coisas do Mar (Grupo Teatral Ariano Suassuna/PE)
Local: Teatro Apolo, às 16h
Duração: 50 minutos

Homens e Caranguejos (Coletivo Cênico Joanas Incendeiam/SP)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 21h
Duração: 90 minutos

As Confrarias (Companhia Teatro de Seraphins/PE)
Local: Teatro Barreto Junior, às 20h
Duração: 70 minutos

Oficinas:

Por uma Metodologia da Encenação Teatral
Ministrante: Antonio Edson Cadengue
Local: Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (a confirmar)
Data: De 25 a 29 de novembro, das 13h às 17h

Oficina de Teatro de Rua
Ministrante: Lindolfo Amaral
Local: Escola Pernambucana de Circo (a confirmar)
Data: De 25 a 29 de novembro, das 13h às 17h

Exercícios para uma Cena Dialética
Ministrante: Márcio Marciano
Local: Museu Murilo La Greca (a confirmar)
Data: De 25 a 27 de novembro, das 13h às 17h

Palestras:

A Experiência do Cooperativismo em São Paulo
Palestrante: Ney Piacentini
Data: 26 (terça-feira)
Local: Espaço Fiandeiros, às 18h0

O Grupo Gente Nossa e Movimento Teatral no Recife
Palestrante: Ana Carolina Miranda da Silva
Data: 26 (terça-feira)
Local: Salão Nobre do Teatro de Santa Isabel, às 18h

Tecendo Redes – A Redemoinho no Recife
Palestrante: Fernando Yamamoto e Ney Piacentini
Data: 28 (quinta-feira)
Local: Teatro Hermilo Borba Filho, às 18h

Serviço
Ingressos espetáculos nos teatros: R$ 10 e R$ 5 (meia entrada).
Os espetáculos de rua são gratuitos

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Lugar de criança é no teatro!

Babau abre a Mostra Marco Camarotti de Teatro para a Infância e Juventude. Foto: Pollyanna Diniz

Babau abre a Mostra Marco Camarotti de Teatro para a Infância e Juventude. Foto: Pollyanna Diniz

No fim de 2009, o Sesc inaugurava o Teatro Marco Camarotti, uma homenagem ao professor, diretor, ator, encenador, escritor e arte-educador falecido em 2004. Desde então já havia um foco para o espaço: abrigar e tentar difundir a produção para a infância e juventude. Uma das ações nesse sentido é a Mostra Marco Camarotti de Teatro para a Infância e Juventude que está em sua 3ª edição e começa neste domingo (3).

A escolha dos espetáculos não é tarefa fácil – e não é só pela curadoria em si, pelas escolhas estéticas ou afins. Mas por conta da produção pouco numerosa mesmo. Problema enfrentado, aliás, pelo Janeiro de Grandes Espetáculos este ano. “Acho que ano passado tivemos uma produção forte no teatro adulto, mas sentimentos falta de mais espetáculos infantis”, explica Rodrigo Cunha, coordenador pedagógico do curso de interpretação para teatro do Sesc Santo Amaro.

“São muitos fatores. Mas uma das coisas que percebemos é que a produção está muito amarrada ao Funcultura (Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura). Os projetos só são realizados quando aprovados. Mas existem sim vários grupos interessados no teatro para a infância”, complementa Ailma Andrade, supervisora de Cultura do Sesc Santo Amaro. “Não seria possível, por exemplo, fazer uma mostra seguindo alguma temática, por exemplo. Mas geralmente são grupos com um trabalho continuado neste segmento”, finaliza Ailma.

Olhando a programação, o que disse a supervisora de Cultura do Sesc se confirma. Este ano, a mostra presta homenagem, por exemplo, ao grupo Mão Molenga Teatro de Bonecos, que tem 27 anos de trajetória. Será uma ótima oportunidade para rever ou conhecer de forma mais ampla o grupo – só do repertório do Mão Molenga serão cinco montagens: Babau ou a vida desembestada do homem que tentou engabelar a morte (3), Fio mágico (10), Era uma vez (12), A cartola encantada (19) e Algodão doce (17 e 24).

E a mostra tem ainda Seu rei mandou… (7), da Cia Meias Palavras (leia aqui as críticas ao espetáculo); Pindorama, caravela e malungo (9), do Quadro de Cena; Baú encantado: Conta daí que eu conto de cá (14), com Adriano Cabral e Hilda Torres; As Levianinhas em pocket show para crianças (16), da Cia Animé (também já escrevemos sobre o espetáculo); Passaredo (21), do grupo Proscênio; e a estreia Le Petit Grandezas do Ser (23), da Companhia Circo Godot de Teatro.

Seu Rei Mandou..., espetáculo da Cia Meias Palavras

Seu Rei Mandou…, espetáculo da Cia Meias Palavras

Os ingressos para os espetáculos da mostra custam R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada), mas escolas públicas com prévio agendamento não pagam. O agendamento pode ser feito através do telefone (81) 3216-1728.

Confira a programação:

03/3, às 16h
Babau ou a vida desembestada do homem que tentou engabelar a morte, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: Babau é um espetáculo que ilustra o processo de criação dos mamulengueiros de Pernambuco. Mostra como esses artistas desenvolvem suas práticas e técnicas, a importância e a graça da arte do mamulengo e a difícil realidade na qual os mestres populares estão inseridos. O universo do espetáculo é baseado na vida e obra de bonequeiros reconhecidamente virtuosos, misturando informações obtidas em conversas com mestres Zé Lopes e Zé Divina. O elo entre vários mamulengueiros é Babau, um boneco que passa de geração em geração pelas mãos dos mestres. Ele é o personagem que sempre consegue enganar a morte, numa situação inversa a de seus manipuladores e criadores, muitos dos quais morrem esquecidos e miseráveis.
*O ESPETÁCULO CONTARÁ COM OS RECURSOS DE ÁUDIODESCRIÇÃO E TRADUÇÃO EM LIBRAS.
Faixa etária indicativa: 8 anos

07/3, às 10h
Seu Rei Mandou…, da Cia Meias Palavras
Sinopse:Inspirado pela tradição oral, o espetáculo narra, com música ao vivo, humor e poesia, a trajetória de tirania, bravura, esperteza e bonanças de três reis através das histórias: A Lavadeira Real, O Rato que roeu a Roupa do Rei de Roma e O Rei chinês Reinaldo Reis. Todas recontadas e criadas pelo escritor, ator, palhaço, bonequeiro e contador de histórias Luciano Pontes, pesquisador desse ofício desde 2005, acompanhado pela flauta e tambor do músico Gustavo Vilar.
Faixa etária indicativa: 06 anos

09/3, às 16h
Pindorama, caravela e malungo, do Grupo Quadro de Cena
Sinopse: Pindorama, caravela e malungo é uma história sobre uma expedição às águas profundas da formação do povo brasileiro. História cheia de bichos, de coisas de mar, de índio, de negro e de branco, de heróis, de bonecos, de verdade verdadeira e de mentira que virou verdade, que se aninham ao universo infanto-juvenil para lembrar da poesia da origem do Brasil.
*O ESPETÁCULO CONTARÁ COM OS RECURSOS DE ÁUDIODESCRIÇÃO E TRADUÇÃO EM LIBRAS.
Faixa etária indicativa: Livre

Fio mágico conta a história de um garoto que descobre que pode adiantar o tempo. Foto: Mão Molenga

Fio mágico conta a história de um garoto que descobre que pode adiantar o tempo. Foto: Mão Molenga

10/3, às 16h
Fio mágico, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: A peça é uma parábola sobre o tempo e a importância de se viver e aprender com cada experiência vivida. Conta a história de um menino impaciente, que recebe o dom de adiantar o tempo manipulando o fio de sua própria vida. Esta montagem foi contemplada com o Prêmio Funarte Myriam Muniz 2007.
Faixa etária indicativa: 6 anos

12/3, às 15h
Era uma vez, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: Um grupo de bonecos resolve encenar uma adaptação do tradicional conto de fadas Rapunzel. Acontece que a bruxa, orgulhosa da sua beleza, decide inverter os papeis. Tenta de todas as formas ser a princesa da história e provoca um rebuliço geral na Companhia de Bonecos. A verdadeira princesa, indignada, decide defender seu posto. Trava-se uma disputa bem humorada pelo papel de princesa. Entre mágicas, números musicais, aparições fantasmagóricas e brincadeiras a história toma rumos inesperados.
Público alvo – Crianças a partir dos quatro anos de idade.
Faixa etária indicativa: Livre

14/3, às 10h
Baú Encantado: conta daí que eu conto de cá, com Adriano Cabral e Hilda Torres
Sinopse: Traz a história de dois idosos que nunca largaram o “faz de conta” e para tanto quando se encontram transformam-se em duas crianças: Aninho e Didinha (processo que resgata a infância dos próprios atores). Toda história será contada com muita ludicidade: o texto das Sete Saias da Lua será norteador; em paralelo serão contadas histórias de autores pernambucanos e a última intervenção será das crianças que também contarão estórias.
Faixa etária indicativa: Livre

Palhaças-cantoras-divertidíssimas! As Levianinhas em pocket show para crianças. Foto: Pollyanna Diniz

Palhaças-cantoras-divertidíssimas! As Levianinhas em pocket show para crianças. Foto: Pollyanna Diniz

16/3, às 16h
As Levianinhas em pocket show para crianças, da Cia Animé
Sinopse: Além do repertório infantil, a banda de palhaças apresenta algumas canções que agradam a todas as idades, a exemplo de Biquíni de bolinhas amarelinho. Com histórico de sucesso com seu pocket show para adultos, agora a Companhia apresenta a versão para crianças do espetáculo.
*O ESPETÁCULO CONTARÁ COM TRADUÇÃO EM LIBRAS.
Faixa etária indicativa: Livre

19/3, às 16h
A Cartola Encantada, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: A peça começa com o Sapinho que decide realizar um show de mágicas com sua cartola encantada. Apesar de todos os seus esforços, algo sai errado e ao invés de coelhos, o que sai da cartola é um rato vilão que vem sabotar o show. Personagens como a macaca Heleninha, flores, abelhas e uma cobra dançarina conduzem a história.
Faixa etária – Crianças a partir dos quatro anos de idade.

21/3, às 10h
Passaredo, do Grupo Proscênio (Sesc Surubim)
Sinopse: Utilizando o universo do diálogo entre o humano e aves, Passaredo conta de forma lúdica uma ‘história de gente e pássaro’ – as mais lindas (ou não) relações que estabelecemos com a natureza. Além da poesia e vida de Luiz Gonzaga, o espetáculo se apropria de elementos trágicos para contar a saga fictícia de um pequeno “herói”, que por causa da sua amada, aventura-se no sertão em busca do seu amor.
Faixa etária indicativa: 10 anos

23/3, às 16h
Le Petit – Grandezas do Ser, da Cia Circo Godot de Teatro
Sinopse: Livremente inspirado na mais famosa personagem de Antoine de Saint-Exupéry, Le Petit Grandezas do Ser apresenta um universo fabular em que a corrida contra o relógio, a fidelidade a um amigo doente e o medo da solidão são os princípios dramatúrgicos para ações que fundam uma narrativa lúdica e poética, a qual, abolindo por completo o uso da palavra, como um filme mudo, propõe uma diversidade de imagens, sonoridades e situações.
Faixa etária indicativa: 8 anos

17/3 e 24/3, às 16h
Algodão Doce, do Mão Molenga Teatro de Bonecos
Sinopse: A peça marca os 25 anos de trabalho da companhia pernambucana Mão Molenga Teatro de Bonecos. É um espetáculo infanto-juvenil de teatro-dança e de formas animadas, onde atores-manipuladores, bailarinos, bonecos e objetos ilustram o processo de construção da chamada Civilização de Açúcar. As situações dramáticas e as criações coreográficas baseiam-se nesse rico imaginário. Sua concepção foi criada a partir de dados históricos, das narrativas populares e de elementos presentes em manifestações espetaculares genuinamente nordestinas como o Mamulengo e o Cavalo-Marinho.
*O ESPETÁCULO CONTARÁ COM TRADUÇÃO EM LIBRAS.
Faixa etária indicativa: 8 anos

Algodão doce tem bonecos com textura de algodão doce e ainda bonecos maiores do que os manipuladores. Foto: Ivana Moura

Algodão doce tem bonecos com textura de algodão doce e ainda bonecos maiores do que os manipuladores. Foto: Ivana Moura

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Música de palhaças!

Com a banda de palhaças As Levianinhas é um “problema” atrás do outro. Mas como para o clown o “erro” é a magia da criação, tudo certo. Enne Marx (Mary En), Juliana de Almeida (Baju), Nara Menezes (Aurhelia) e Tâmara Floriano (Tan Tan) são um quarteto fantástico em As Levianinhas em pocket show para crianças, espetáculo apresentado durante o Janeiro de Grandes Espetáculos. O entrosamento, as gags, o humor na medida exata. Humor sem subestimar a capacidade e a inteligência da criança.

E cada uma das atrizes consegue delinear muito bem o seu clown, tem o seu personagem. Fica claro para as crianças a mandona, a chefa que é Mary En; ou a criança grande que é Tan Tan com a voz gasguita. Quem tem a referência anterior do espetáculo adulto, sabe que esse era um dos desafios da Cia Animè ao decidir montar a versão para crianças: trazer essas palhaças para um universo infantil. Como tirar de Mary En a bebida? Da dramática e sentimental Baju os seus comprimidinhos? E ainda assim conseguir estabelecer a mesma identidade para esse clown?

As escolhas musicais tornam o espetáculo um passeio muito divertido. É um repertório cheio de referências afetivas e ao mesmo tempo completamente adequado ao espetáculo. Como na cena com Aurhelia de bíquini amarelinho; e todas as suas trapalhadas.

A participação do público na montagem é de fato muito orgânica; não é só pra estar na moda do “teatro interativo para crianças hiperativas”. Faz sentido, cabe. E as crianças são a prova disso. Se divertem horrores na hora de trocar as palavras da música ou ao verem seu nome dizendo que elas não lavam o pé! Podem ajudar a alavancar de forma surpreendente o espetáculo; mas são sempre um risco – porque não sabemos a reação da criança. E nessa hora o trabalho consistente e a experiência gritam! Para estar muito atenta à criança pequena que não vai saber cantar a música toda ou para aproveitar aquele pequeno inquieto que faz questão de participar.

Como o espetáculo adulto é uma referência ainda muito pulsante para mim (e a gente inclusive teve a honra de tê-las se apresentando no primeiro aniversário do Yolanda ano passado!), ainda acho que o adulto tem mais ritmo, é mais dinâmico, tem uma velocidade maior. É como se As levianinhas me parecesse mais arrastado, lento. Também tenho recordações da utilização dos elementos sonoros por Mary En no adulto de forma mais interessante e engraçada. E olhe que elementos não faltam para que ela utilize todos os brinquedos, sonoros ou não.

É um espetáculo que provavelmente muda o tempo inteiro; se teatro é a construção constante, aqui mais ainda. Pela possibilidade de alterar o repertório, de testar o que funciona ou não com as crianças e fazer mudanças, pelo encontro sempre criativo dessas palhaças em cena.

Note
É preciso registrar a maestria com que a Cia Animé conduziu a cerimônia de encerramento do Janeiro de Grandes Espetáculos, no Teatro Apolo. As Levianas arrasaram! Uma cerimônia que todo ano é tão difícil, porque é longa, com aquele número enorme de categorias, esse ano foi divertida, elétrica. E, claro, muito merecido os prêmios que vocês ganharam. Para quem ainda não sabe, elas levaram: melhor espetáculo infantil pela comissão julgadora, melhor atriz (para Juliana de Almeida e Tâmara Floriano), cenografia e trilha sonora.

As Levianinhas em pocket show para crianças. Foto: Pollyanna Diniz

As Levianinhas em pocket show para crianças. Foto: Pollyanna Diniz

Aurhelia, Tan Tan, Mary En e Baju

Aurhelia, Tan Tan, Mary En e Baju

Baju recebendo carinho

Baju recebendo carinho

Mary En

Mary En

Fernando Limoeiro participou da brincadeira

Fernando Limoeiro participou da brincadeira

Crianças e adultos fazendo pose para foto

Crianças e adultos fazendo pose para foto

Palhaças

Palhaças

Tan Tan

Tan Tan

Aproveitando o ensejo…É Carnaval! 🙂

As Levianinhas se apresentam no Recbitinho, no dia 11, às 17h:

As Levianinhas

As Levianinhas

E amanhã, quinta-feira, às 18h, tem o Miolo Mole, dos Doutores da Alegria, saindo da Rua da Moeda, no Bairro do Recife.

Doutores da Alegria

Doutores da Alegria

Postado com as tags: , , , , , , , ,

Premiados Apacepe – Teatro Infantil

Tam Tam e Baju dividiram prêmio de melhor atriz. As outras ficaram com ciumes!

Tam Tam e Baju dividiram prêmio de melhor atriz. As outras ficaram com ciumes!

Melhor Espetáculo Pela Comissão Julgadora:
Indicados:
As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças (Cia. Animée)
Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona (Cia. 2 Em Cena de Teatro, Circo e Dança)
Seu Rei Mandou… (Cia. Meias Palavras)
Vencedor: As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças (Cia. Animée)

Melhor Espetáculo Pelo Júri Popular: Seu Rei Mandou… (Cia. Meias Palavras)

Melhor Diretor:
Indicados:
Alexsandro Silva (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)
Cia. Animée (As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)
Luciano Pontes (Seu Rei Mandou…)
Vencedor: Luciano Pontes (Seu Rei Mandou…)

Mary Enn toda assanhada agarrando Luciano Pontes. Foto: Pollyanna Diniz

Mary En toda assanhada agarrando Luciano Pontes. Foto: Pollyanna Diniz

Melhor Ator:
Indicados:
Alexsandro Silva (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)
Luciano Pontes (Seu Rei Mandou…)
Vencedor: Alexsandro Silva (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)

Melhor Ator Coadjuvante:
Indicados:
Arnaldo Rodrigues (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)
Ewerson Luiz (Cantarim de Cantará)
Flávio Santana (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)
Sóstenes Vidal (Cantarim de Cantará)
Vencedor: Arnaldo Rodrigues (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)

Melhor Atriz:
Indicados:
Enne Marx, Juliana de Almeida, Nara Menezes e Tâmara Floriano ( todas de As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)
Vencedores: Juliana de Almeida empatada com Tâmara Floriano (As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)

Melhor Maquiagem:
Indicados:
Cia. Animée (As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)
Cia. 2 Em Cena de Teatro, Circo e Dança (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)
Vencedor: Cia. 2 Em Cena de Teatro, Circo e Dança (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)

Arnaldo Rodrigues e Alexsandro Silva, de Palhaçadas - Histórias de um circo sem lona

Arnaldo Rodrigues e Alexsandro Silva, de Palhaçadas – Histórias de um circo sem lona

Melhor Figurino:
Indicados:
Cia. Animée (As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)
Eri Moreira (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)
Luciano Pontes (Seu Rei Mandou…)
Sérgio Ricardo (Cantarim de Cantará)
Vencedor: Luciano Pontes (Seu Rei Mandou…)

Melhor Cenografia:
Indicados:
Alexsandro Silva e Arnaldo Rodrigues (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)
Cia. Animée (As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)
Vencedor: Cia. Animée (As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)

Melhor Trilha Sonora:
Indicados:
Cia. Animée (As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)
Flávio Santana e Deivson Wesley (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)
Luciano Pontes e Gustavo Silvestre (Seu Rei Mandou…)
Vencedor: Cia. Animée (As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)

Melhor Iluminação:
Indicados:
Cindy Fragoso (Palhaçadas – História de Um Circo Sem Lona)
Luciana Raposo (Seu Rei Mandou…)
Saulo Uchôa (As Levianinhas em Pocket Show Para Crianças)
Vencedor: Luciana Raposo (Seu Rei Mandou…)

Não houve indicação para as categorias de: Ator e Atriz Revelação e Melhor Atriz Coadjuvante.

Comissão Julgadora Dança: Cláudio Lacerda, Íris Campos, Marisa Queiroga, Míriam Asfóra e Paulo Henrique Ferreira

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

Janeiro de Grandes Espetáculos divulga montagens locais

Viúva, porém honesta, do grupo Magiluth. Foto: Pollyanna Diniz

Saiu a lista dos espetáculos pernambucanos que vão participar do Janeiro de Grandes Espetáculos, que será de 9 a 27 de janeiro.

Dança:

ENCONTRO OPOSTO – TRÊS MOVIMENTOS EM UM ATO (IVALDO MENDONÇA EM GRUPO)
PARA JOSEFINA (GRUPO ACASO)
TU SOIS DE ONDE? (GRUPO PELEJA)

COMISSÃO DE SELEÇÃO: Anderson Henry, Rogério Alves, Saulo Uchôa e Will Robson.
REPRESENTANTE DO FESTIVAL: Paula de Renor

Teatro Adulto:

AUTO DO SALÃO DO AUTOMÓVEL (PAGINA 21)
AUTO DA COMPADECIDA (TEATRO EXPERIMENTAL- TEA)
A PENA E A LEI (TEATRO POPULAR DE ARTE- TPA)
CINEMA (CLARA MUDA- INTERCÂMBIO RECIFE/BH)
DAQUILO QUE MOVE O MUNDO (PEDRO DE CASTRO E VISÍVEL NÚCLEO DE CRIAÇÃO)

Daquilo que move o mundo traz no elenco Kleber Lourenço, Jorge de Paula e Tay Lopez. Foto: Ivana Moura

DUAS MULHERES EM PRETO E BRANCO (REMO PRODUÇÕES ARTISTICAS)
MARÉMUNDO (COLETIVO Á VIDA PRODUÇÕES)
OLIVIER E LILI: UMA HISTÓRIA DE AMOR EM 900 FRASES (TEATRO DE FRONTEIRA)
O BEIJO NO ASFALTO (ANDREZZA ALVES)
VIÚVA, PORÉM HONESTA (GRUPO MAGILUTH).
VESTÍGIOS (CARLOS LIRA)

Vestígios tem direção de Antonio Edson Cadengue. Foto: Pollyanna Diniz

COMISSÃO DE SELEÇÃO: Augusta Ferraz, Fábio Pascoal, Júnior Aguiar e Sebastião Simão Filho.
REPRESENTANTE DO FESTIVAL: Carla Valença

Teatro para Infância:

– PALHAÇADAS- HISTÓRIAS DE UM CIRCO SEM LONA (CIA. 2 EM CENA DE TEATRO, CIRCO E DANÇA).
CANTARIM DE CANTARÁ (GRUPO DRAMART PRODUÇÕES)
AS LEVIANINHAS EM POCKET SHOW PARA CRIANÇAS (CIA. ANIMÉE).

A Companhia Animée apresenta a versão infantil de As levianas. Foto: Luciana Dantas

COMISSÃO DE SELEÇÃO: André Filho, Carlos Amorim, Samuel Santos e Sandra Possani.
REPRESENTANTE DO FESTIVAL: Paulo de Castro

Carla Valença, Paulo de Castro e Paula de Renor, produtores do Janeiro de Grandes Espetáculos. Foto: Pollyanna Diniz

Postado com as tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,