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Satisfeita, Yolanda? – ANO I
Estamos muito felizes! O Satisfeita, Yolanda? está comemorando o seu primeiro ano de atividades. Até parece que tem mais idade…mas essa velhinha só tem 1 aninho! E está nos fazendo muito mais felizes. Porque, mesmo sem postar todos os dias como queríamos, escrever sobre absolutamente todas as peças, acho que estamos conseguindo acompanhar e, mais do que isso, refletir e compartilhar ideias sobre o teatro feito não só aqui em Pernambuco, mas no Brasil. Temos muitos projetos, vontades, desejos com essa nova possibilidade que se abriu com o Satisfeita, Yolanda?. E temos certeza de que, aos pouquinhos, e com a ajuda de quem entra aqui diariamente, comenta, discorda, cobra que a gente vá ver aquela tal peça, eles vão se concretizando.
Mas… sem mais blablabla… queremos comemorar! E a celebração, claro, não poderia ser de outra forma: com teatro. A festa, que tem o apoio do festival Janeiro de Grandes Espetáculos, será realizada neste sábado, dia 21 de janeiro, às 21h, no novo espaço do Coletivo Angu de Teatro (Rua Tomazina, 199, Recife Antigo).
O Coletivo aproveita a festa para lançar o projeto Angu Mix, que vai reunir cenas curtas e esquetes protagonizados por seus integrantes. Nesta primeira edição, a atriz Ceronha Pontes apresenta o solo O comedor de ópio; Helijane Rocha mostra Ela sobre o silêncio; e Márcia Cruz e novamente Ceronha Pontes fazem a cena Vestido longo. Essa última cena foi idealizada durante o projeto Rumos Itaú Cultural Teatro, ano passado, em que o coletivo pernambucano fez intercâmbios e trabalhou com o cearense Bagaceira a partir do tema “abuso”. A cena é um texto de Marcelino Freire, do seu livro mais recente: Amar é crime.
A noite ainda terá a participação da atriz Sônia Bierbard, que mostra ao público um fragmento do espetáculo Aleluia Clarice, apresentado no Recife e em várias cidades do interior pernambucano entre os anos 2000 e 2005. Trata-se de uma adaptação de parte do livro Água viva, de Clarice Lispector, sob direção da própria Sônia Bierbard. O figurino recebe a assinatura de Leopoldo Nóbrega.
Germano Haiut, ator de 74 anos, um dos homenageados do Janeiro de Grandes Espetáculos, fará uma leitura de um texto de Nelson Rodrigues, pernambucano cujo centenário será comemorado este ano.
A celebração cênica contará ainda com a banda de palhaças As levianas, que faz parte da pesquisa de linguagem da Cia Animé. As atrizes/palhaças Enne Marx (Mary Em), Juliana de Almeida (Baju), Nara Menezes (Aurhelia) e Tâmara Floriano (Tan Tan) farão um pocket show com repertório baseado em grandes divas, como Nina Simone e Edith Piaf.
A noite termina com a discotecagem do DJ Pepe Jordão. E aí, curtiram? Queríamos agradecer desde já ao Janeiro de Grandes Espetáculos e ao Coletivo Angu de Teatro, que nos incentivaram a fazer essa comemoração e, mais do que isso, estão nos dando todo o apoio! Esperamos todos lá!
Serviço:Satisfeita, Yolanda? ano I
Quando: sábado (21), às 21h
Onde: Espaço Coletivo (Rua Tomazina, 199, Recife Antigo)
Entrada gratuita
Apoio: Janeiro de Grandes Espetáculos
Divas’s inspired
Não era setlist da Tribuna FM ou coletânea de CD’s de grande sucesso. O repertório das divas da música foi escolhido pelas palhaças da banda As levianas para o espetáculo As levianas em Cabaré Vaudeville, que encerrou no último sábado a V Mostra Capiba de Teatro. No espetáculo, Mary En (Enne Marx), Baju (Juliana de Almeida), Aurhelia (Nara Menezes) e Tan Tan (Tâmara Floriano) fazem uma audição, mas todas são reprovadas. Ainda assim, não desistem da missão de também se tornarem divas. O espetáculo conta ainda com a participação da musicista Rosemary Oliveira.
A dramaturgia serve como guia – e agrega as músicas que cada uma canta – para levar ao palco, na realidade, a personalidade de cada palhaça. Lembro que conversando com a atriz Adelvane Neia, que inclusive ministrou este ano uma formação de palhaça, uma parceria entre a Cia. Animé, das meninas da banda As levianas, e a Duas Companhias, de Lívia Falcão e Fabiana Pirro, ela me disse o quanto a palhaça precisava nascer naturalmente, a partir das características da sua intérprete, ressaltadas por uma espécie de lente de aumento.
Em As levianas em Cabaré Vaudeville isso fica muito claro ao público. Mary En consegue uma empatia extraordinária com o público que se diverte com a sua bebedeira no palco; Baju é dramática, se entope de remédios e é capaz de nem perceber que a banda toda já parou de tocar aquela música e ela continua lá, na vibe. Assim acontece também com Aurhelia, palhaça de coreografias muito elaboradas, e a maluquinha Tan Tan.
A direção de arte é de Marcondes Lima. E aí percebemos, uma marca de Marcondes, o cuidado em todos os detalhes. Cada figurino, maquiagem, é reflexo da identidade daquela palhaça. Complementam a projeção, que traz o old style do cinema mudo, e a iluminação de Luciana Raposo.
Como bem disse Rodrigo Dourado, é um espetáculo que tem tudo para virar moda na cidade, assim como aconteceu com O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas. Porque tem qualidade, mas ainda alia comédia, música e trata o público, mesmo diverso, de maneira igual. Não é um espetáculo só para “os iniciados no teatro”. Pelo contrário, cumpre a lacuna e a função da formação de plateia, já que encanta, surpreende e deixa todo mundo feliz quando as luzes se acendem.
Ah…e não poderia deixar de registrar que quero muito ouvir a música Donde estas, Yolanda? que faz parte do repertório da banda! 😉
Resumo da ópera deste fim de semana
O Palco Giratório começa hoje. Decidi então postar um resumo das opções “giratórias” para este fim de semana. A abertura da maratona é com a rezadeira Benta, que encomendou muitas almas aos santos, mas não estava preparada para encarar a própria morte. Essa é a sinopse da peça Caetana, que será encenada pelas atrizes Lívia Falcão e Fabiana Pirro. A apresentação única e gratuita será hoje, às 19h30, no recém-inaugurado Teatro Luiz Mendonça, que fica no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. A sessão contará com o recurso da audiodescrição, para pessoas com deficiência visual.
Depois de Caetana e da pré-estreia de Essa febre que não passa, no Hermilo (off Palco),vamos conferir a Cena bacante, no Espaço Muda. Lá, as meninas da Cia Animé apresentam As levianas. Tem ainda as comidinhas da Cena Gastrô e vinho Rio Sol.
Já no sábado, o Palco começa a sua programação com a Cia Polichinello, de São Paulo, que apresenta Frankenstein no Teatro Marco Camarotti, no Sesc Santo Amaro, reduto do teatro infantil neste festival, às 16h30. A peça será reapresentada no domingo, no mesmo horário. O grupo, que pesquisa o teatro de bonecos, traz a história do cientista Victor Frankenstein, que abandona a sua criação.
À noite, às 20h, no Hermilo Borba Filho, o Coletivo Angu de Teatro estreia o seu quarto espetáculo: Essa febre que não passa (a gente vê hoje e conta tudo por aqui amanhã. Ivana Moura esteve no ensaio ontem para tirar fotos!), baseado em contos do livro homônimo da jornalista e escritora Luce Pereira. Também no sábado, no Teatro Capiba, às 20h, no Sesc Casa Amarela, o grupo Teatro Independente apresenta Rebú. O texto de Jô Bilac mostra o sufoco de Bianca, obrigada a receber em casa a problemática cunhada Vladine e ainda um “protegido” dela. No domingo, a montagem será reapresentada às 20h, com os recursos da audiodescrição. Também no domingo, mas em São Lourenço da Mata, na Praça Senador Carlos Wilson, o grupo Grial de Dança apresenta gratuitamente o espetáculo A barca, às 17h.
No domingo, outra opção de teatro adulto é a peça A galinha degolada, da Persona Cia de Teatro & Teatro em Trâmite, de Santa Catarina. A montagem conta a história de um casal que tem quatro filhos portadores de uma doença mental incurável; a rotina é alterada quando eles têm uma menina que não sofre do mesmo mal. A encenação será no Teatro Apolo, às 19h. Os ingressos para as peças custam R$ 10 e R$ 5.
Banda de palhaças
Mulheres palhaças tocam nesta sexta-feira no Recife. Será no Espaço Muda, no bairro de Santo Amaro, a partir das 21h. Subversão e humor são ingredientes da banda As Levianas, formada pelas palhaças Aurhelia (Nara Menezes), Baju (Juliana Almeida), Mary Enn (Enne Marx) e Tan Tan (Tamara Floriano). O pocket show mescla em seu repertório desde Diana a latina Celia Cruz. A direção artística é de Marcondes Lima; a assessoria artística de Jeannick Dupont; e colaboração de Rosemary Oliveira e Adriana Milet. A realização é da Cia Animé.
SERVIÇO:
Show d’ As Levianas
Quando: Sextas 11 e 18 e sábados 12 e 19 de fevereiro, às 21h
Onde: Espaço MUDA Galeria.Artes cênicas.Moda.Bistrô (Rua do Lima, 280, Santo Amaro – Recife, PE. Fone: (81) 3032 1347)
Quanto: R$ 10