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Estreias e reestreias nos palcos paulistanos em 2022

Sem Palavras, da cia brasileira de teatro. Foto: Nana Moraes / Divulgação

Para quem estava com fome de teatro, 2022 chega como um banquete. Depois de tantos adiamentos provocados pela pandemia de Covid-19, a produção cênica refreada chega aos palcos como finos biscoitos sortidos, com toda garra e força da cultura brasileira.

Uma parceria do músico Tom Zé, do encenador Felipe Hirsch e do coletivo Ultralíricos investiga as origens do português falado no país no espetáculo Língua Brasileira, que estreia nesta quinta-feira (06/01). Em quase três horas de duração, a montagem propõe uma experiência poética, sonora e sensorial. A peça é narrada em latim, tupi, bantô, iorubá, até a linguagem trocada nas ruas atualmente.

O Grupo pernambucano Magiluth estreia Estudo n° 1: Morte e Vida (14/01, no Sesc Ipiranga) uma versão de Morte e Vida Severina, de Joao Cabral de Melo Neto, com aquela pegada de misturar referências. A busca do personagem Severino inevitavelmente levou a outras questões bem atuais, como as lutas por terras e o drama dos refugiados ao redor do mundo. O olhar inquieto do coletivo, com direção de Luiz Fernando Marques, tensiona os movimentos migratórios acendidos por adversidades climáticas, políticas e sociais.

Corpos se tocam, se encontram, com palavras ou na ausência delas, para criar fragmentos de histórias, impulsos de vida. O novo espetáculo da companhia brasileira de teatro, Sem Palavras, tem direção e texto de Marcio Abreu e estreou na França no ano passado, esteve no festival Mirada, em Santos, e chega ao Sesc Pompeia para uma temporada. Com música ao vivo executada por Felipe Storino, a peça fala da convivência das diferenças, na arte e na vida. A partir da questão de gênero, das identidades sexuais e culturais, a companhia ergue um espetáculo híbrido, uma dramaturgia carnal e potente. É inspirado em Um apartamento em Urano, uma obra que reúne as crônicas publicadas no jornal Libération, de Paul B. Preciado, filósofo trans, e nos textos de Eliane Brum. O elenco é formado por Fábio Osório Monteiro, Giovana Soar, Kauê Persona, Kenia Dias, Key Sawao, Rafael Bacelar, Viní Ventanía Xtravaganza e Vitória Jovem Xtravaganza.

A Cia. Les Commediens Tropicales e o quarteto À Deriva revisitam o mito grego de Medusa por meio do teatro e da música no espetáculo Medusa in.conSerto. A genialidade, o virtuosismo e a existência medíocre são pontos discutidos na peça O Náufrago, com direção de William Pereira, a partir da obra de Thomas Bernhard. Luiza Tomé estrela Loucas para amar, no Teatro Renaissance.

A Zózima Trupe e o CoraLeste apresentam o espetáculo Adeus, um musical operístico em homenagem às vítimas de Covid-19.

Mais um Matei Visniec chega aos palcos, com Edgar Castro e Donizeti Mazonas, em Com os bolsos cheios de pão.

Retomam temporada as peças A Pane de Friedrich Dürrenmatt; As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão, de Newton Moreno; Nossos Ossos, da Cia da Revista; A Importância de ser Prudente, da Cia London; O Vendedor de Sonhos, do best-seller de Augusto Cury; Romeu e Julieta 80, com o Teatro Promiscuo de Renato Borghi; Quarto De Despejo, com Evoé Cia de Teatro.

E estão previstos Misery para fevereiro, com Mel Lisboa, Marcello Airoldi e Alexandre Galindo, e PÓS-F, Com Maria Ribeiro, para abril , depois da temporada on-line do ano passado.

Tom Sé e Felipe Hirsch, parceiros no espetáculo Língua brasileira. Foto Juuar / Divulgação

Língua Brasileira – De 06/01 a 20/02, Teatro Anchieta, Sesc Consolação

Peça dos Ultralíricos e Tom Zé

Língua Brasileira fala da epopeia dos povos que formaram a língua que falamos, seus mitos e cosmogonias. O trabalho passeia pelas remotas origens ibéricas, por romanos, bárbaros e árabes, pela África e América Nativa. É um mergulho no inconsciente do português falado no Brasil, inspirado na canção homônima de Tom Zé. O espetáculo nasceu da colaboração entre o compositor, o encenador Felipe Hirsch e o coletivo Ultralíricos. No elenco, estão Amanda Lyra, Danilo Grangheia, Georgette Fadel, Laís Lacorte, Pascoal da Conceição e Rodrigo Bolzan e quatro músicos.

Música: Tom Zé
Direção geral: Felipe Hirsch
Elenco: Amanda Lyra, Danilo Grangheia, Georgette Fadel, Laís Lacôrte, Pascoal da Conceição,
Rodrigo Bolzan
Direção musical: Maria Beraldo
Músicos: Fábio Sá, Fernando Sagawa, Luiza Brina, Thomas Harres,
Diretora assistente: Juuar
Dramaturgia: Ultralíricos, Felipe Hirsch, Juuar, Vinícius Calderoni
Dramaturgista / consultor geral: Caetano Galindo
Direção de arte: Daniela Thomas, Felipe Tassara
Iluminação: Beto Bruel
Figurino: Cássio Brasil
Design de som: Tocko Michelazzo
Preparação vocal: Yantó
Design de vídeo: Henrique Martins
Assistente de direção e operação de vídeo: Sarah Rogieri
Assistente de pesquisa: Adriano Scandolara
Direção de palco: Nietzsche
Assistente de iluminação: Sarah Salgado
Assistente de figurino: Alice Tassara, Marcelo X
Operação de luz: Sarah Salgado, Igor Sane
Operação de som: Le Zirondi, Lúdi Lucas
Design gráfico e assistente de cenografia: Bárbara Bravo
Assessoria de imprensa: Factoria Comunicação / Vanessa Cardoso
Produção Tom Zé: Neusa Santos Martins
Produção primeira fase: Bruno Girello e Ricardo Frayha
Difusão Internacional: Ricardo Frayha
Assistente de produção primeira fase: Renata Bruel
Assistente de produção: Diogo Pasquim
Produção executiva: Arlindo Hartz
Direção de produção: Luís Henrique Luque Daltrozo

Quando: De 06/01 a 20/02, quintas, sextas e sábados, às 20h, e domingos às 18h
Onde: Teatro Anchieta, Sesc Consolação
Quanto: R$ 40 e R$ 20 (meia-enttada)
Duração: 160 minutos
Haverá intervalo de 15 minutos após 1h30 de espetáculo. Após a pausa, a peça continua por mais uma hora.

Medusa in.conSerto Foto Mariana Chama

Medusa In.conserto – De 7 a 23 de janeiro, Sesc Belenzinho

Medusa é considerada uma das figuras mais temidas da mitologia grega, de olhar petrificante e serpentes nos cabelos. Sacerdotisa do templo de Atena, Medusa teve seu corpo violado por Poseidon, o rei dos mares, e foi castigada pela própria Atena, deusa da justiça e da sabedoria. A Cia. Les Commediens Tropicales e Quarteto à Deriva inventam outra narrativa para Medusa nesta peça-show, contrariando o lugar de punição divina e lançando novos olhares (e novas pedras) à cultura de culpabilização da vítima.

Cia. Les Commediens Tropicales e Quarteto à Deriva
Concepção, encenação, elenco: Beto Sporleder, Carlos Canhameiro, Daniel Müller, Guilherme Marques, Michele Navarro, Paula Mirhan, Rodrigo Bianchini, Rui Barossi e Tetembua Dandara
Textos: Michele Navarro e Carlos Canhameiro (a partir do mito de Medusa)
Música: Quarteto à Deriva e Paula Mirhan
Pensamento visual (cenário, figurino): José Valdir e Renan Marcondes

Quando: De 7 a 23 de janeiro, sextas e sábados às 21h30, e domingos, às 18h30
Onde: Sala de Espetáculos I Sesc Belenzinho
Quanto: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)
Duração: 80 minutos

Luiza Tomé e o maestro Miguel Briamonte em Loucas para amar. Foto: Glauber Dias / Divulgação 

Louca para Amar – De 7/01 até 25/02 – Teatro Renaissance 

A cada nova paixão, a personagem Graça assume uma nova personalidade. Vira especialista em sexo tântrico, com um, mística com outro, franciscana com mais outro. Passou a fumar, tornou-se judia ortodoxa, obsessiva por limpeza, nacionalista, boêmia, esportista, tudo dependendo do parceiro, às vezes acumulando mais de uma função. A ansiedade de ser amada faz com que essa mulher incorpore os desejos, os gostos, as características e os enganos de amores, amigos, família. Protagonizada pela atriz Luiza Tomé, a peça Louca para Amar tem participação do maestro Miguel Briamonte e direção de Rogério Fabiano. O texto inédito de Claudia Tajes é inspirado no seu best-seller Louca por Homem.

Texto: Cláudia Tajes
Direção: Rogério Fabiano
Direção de produção: Gerardo Franco
Elenco: Luiza Tomé
Iluminador: César Pivetti
Cenografia: Rogério Fabiano
Figurinos: Luiza Tomé
Trilha sonora: Miguel Briamonte
Fotos: Glauber Dias 
Visagismo: Ramon de Souza 
Assessoria de imprensa: Fabio Camara 
Leis de incentivo e prestação de contas: Márcia Amaral 
Administração geral e coordenação de projeto: Gerardo Franco 
Produtores associados: Gerardo Franco, Luiza Tomé e Rogério Fabiano 

Onde: Teatro Renaissance (Alameda Santos 2233, – Jardim Paulista)
Quando: De 7/01 até 25/02, sextas, às 21h30
Quanto: R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada)
Duração: 60 minutos

Espetáculo ADEUS, com Zózima Trupe e CoraLeste. Foto: Christiane Forcinito

Adeus – Dia 09/01, Praça de Eventos do Sesc Itaquera

Mais que nunca é preciso cantar. Os cânticos da despedida, as canções de honrar a memória, a música de esperançar. A Zózima Trupe e CoraLeste apresentam um espetáculo musical operístico que homenageia às vítimas de covid-19. Dividida em 3 atos (outono – a notícia, inverno – a morte e primavera – a esperança), essa ópera urbana celebra o movimento da vida com suas histórias singulares. Adeus é uma peça que saúda a ciência e aposta na cura.

Com Zózima Trupe e CoraLeste

Direção: Anderson Maurício
Direção musical: Cristiane Mesquita e Marcello Mesquita
Dramaturgia: Cleide Amorim
Atuação: Cleide Amorim e Júlio Cesar Perrud
Cantores(as): Aylton Macedo, Carla Vitor, Carlos Fagundes, Cauã Vitor, Cláudia Vitor, Claudius Jordão, Cleide Amorim, Cleiton Cabral, Cristiane Mesquita, Dany Lyma, Jefferson Dimbarre, Ianca Cristina, Larissa Rosa, Marcello Mesquita, Maria Matteo, Rita Benedito e Silvia Bolanho.
Composições: Cleide Amorim e Dany Lima
Percussionista: Fernando Gamba
Violão: Dany Lima
Guitarra: Cauã Vitor
Violoncelo: Ianca Cristina
Preparação vocal: Cristiane Mesquita
Maestro: Marcello Mesquita
Auxiliar do coro: Larissa Rosa
Trilha sonora: Cleide Amorim e Devão Souza
Sonoplastia: Devão Souza
Cenário e figurino: Clau Carmo
Produção geral: Tatiane Lustosa
Assistência de produção: Brenda Rebeka e Jonathan Araujo

Onde: Praça de Eventos do Sesc Itaquera
Quando: 09/01, domingo, às 15h30
Quanto: Grátis
Duração: 90 minutos

Luciano Chirolli e Romis Ferreira em O Náufrago. Foto: João Maria

O Náufrago – De 13/01 a 05/02 – Sesc Bom Retiro

O náufrago (1983) é o primeiro tomo de uma trilogia sobre as artes do escritor austríaco Thomas Bernhard (1931-1989). Árvores abatidas, que teve uma montagem exibida na MITsp, infere sobre a artificialidade do meio teatral austríaco e é a segunda parte. E Alte Meister (no inglês, Old masters), o último, é sobre pintura.

O náufrago traça complexas teias entre três músicos: o narrador, Wertheimer (o náufrago do título) e o famoso pianista canadense Glenn Gould (1932 – 1982). Ainda estudante no Mozarteum de Salzburgo, ao tocar “Variações” [as “Variações Goldberg”, de Bach] Glenn Gould fere mortalmente os dois amigos-ouvintes. Os efeitos da genialidade de Gould são devastadores na vida do narrador e de Wertheimer. O Náufrago traça um retrato de obsessões – a de Gould pela arte e a de Wertheimer por não ser Gould.

A narrativa, que no romance é feita por um único personagem, no palco é realizada por dois atores. O protagonista/Narrador (Luciano Chirolli) e Wertheimer (Romis Ferreira), o personagem que é citado e é uma sombra daquele que conta a história.

Texto: Thomas Bernard
Tradução: Sérgio Tellaroli
Adaptação, encenação e direção: William Pereira
Elenco: Luciano Chirolli/narrador, Romis Ferreira/Wertheimer
Cenários e figurinos: William Pereira
Iluminação: Caetano Vilela
Direção de palco: Elisete Jeremias
Contrarregra e operador de vídeo: Henrique Pina
Produção executiva: Rafaela Penteado
Assistente de produção: Adriana Florence
Direção de produção: Leopoldo De Léo Jr
Produção: LNW Produções Artísticas Ltda

Quando: 13/01 a 05/02, de quinta a sábado, às 20h
Onde: Teatro do Sesc Bom Retiro
Quanto: R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada)
Duração: 80 minutos

Grupo Magiluth: Giordano Castro, Bruno Parmera, Mário Sergio Cabral, Erivaldo Oliveira, Lucas Torres. Foto: Pedro Escobar / Divulgação

Estudo n° 1: Morte e Vida – De 14/01 a 06/02 – Sesc Ipiranga

Morte e Vida Severina – Um Auto de Natal, de João Cabral de Melo Neto, é uma narrativa poética da trajetória do retirante Severino, que se apresenta como sujeito individual e coletivo. Na procura desse nordestino pela vida, ele se depara com várias mortes Severinas.
O Grupo Magiluth propõe um estudo cênico sobre a trajetória de imigrantes que deixam o solo nordestino na esperança de encontrar melhores condições de vida e trabalho.

Grupo Magiluth (PE)
Criação e Realização: Grupo Magiluth
Direção: Luiz Fernando Marques
Assistente de direção e direção musical: Rodrigo Mercadante
Dramaturgia: Grupo Magiluth
Elenco: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Lucas Torres e Mário Sergio Cabral
Produção: Grupo Magiluth e Amanda Dias Leite
Produção local: Roberto Brandão

Quando: 14/01 a 06/02, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 18h
Onde: Sesc Ipiranga
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada(
Duração: 120 minutos

 Edgar Castro e Donizeti Mazonas em Com os bolsos cheios de pão. Foto Keiny Andrade / Divulgação

Com os bolsos cheios de pão – De 14/01 a 06/02, Sesc Pompeia

Ao redor de um poço abandonado, dois homens: um de bengala, outro de chapéu. Eles mantêm um diálogo que desliza entre amistoso, argumentativo, absurdo, enquanto um cachorro agoniza dentro do poço. O animal sofre enquanto os dois indivíduos conjecturam sobre como o cão foi parar ali. Com falas radicalmente subjetivas, a montagem do texto do romeno Matéi Visniec compõe uma metáfora para refletir sobre o cenário social brasileiro.

Texto: Matei Visniec
Tradução: Fábio Fonseca de Melo
Direção: Vinícius Torres Machado
Elenco: Edgar Castro e Donizeti Mazonas
Trilha sonora: Pedro Canales
Cenário e figurinos: Eliseu Weide
Iluminação: Wagner Antonio
Assistente de direção: Rafael Costa e Jéssica Mancini
Produção executiva: Jota Rafaelli – MoviCena Produções

Onde: Espaço Cênico / Sesc Pompeia
Quando: De 14/01 a 06/02, sextas e sábados, às 20h, domingos, às 18h30. Sessão com tradução em libras no dia 29/01, sábado
Duração: 70 minutos
Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)

A Pane, direção de Malú Bazán para o texto de Friedrich Dürrenmatt. Foto: Rogério Alves / Divulgação

A Pane –  De 14/01 a 20/02 – Teatro FAAP

A Pane é uma comédia sobre a justiça, de Friedrich Dürrenmatt (1921-1990), um dos maiores dramaturgos de língua alemã do século 20. Escrita no formato de conto, o texto transforma um forasteiro em réu num jogo-tribunal intrigante.

O carro do executivo bem-sucedido Alfredo Traps dá defeito e ele termina hospedado na casa de um juiz aposentado, onde ocorre a “audiência”, com a presença de outros personagens jurídicos da história. Durante o jantar gastronômico / simulacro de julgamento, Traps vai se convencendo de que é um assassino.

A direção de Malú Bazán incorpora recursos épicos de narração. Estão no palco atores de várias gerações: Antonio Petrin, Oswaldo Mendes, Heitor Goldflus, Roberto Ascar, Cesar Baccan e Marcelo Ullmann. O elenco de veteranos está atravessado por muitas camadas da trajetória de interpretações cênicas, o que confere um brilho especial ao risco de estar em cena.

Texto: Friedrich Dürrenmatt
Tradução: Diego Viana
Direção: Malú Bazán
Elenco: Antonio Petrin, Cesar Baccan, Heitor Goldflus, Marcelo Ullmann, Oswaldo Mendes,
Roberto Ascar
Concepção cenográfica: Anne Cerutti e Malú Bazán
Figurino: Anne Cerutti
Assistente de figurino e cenário: Adriana Barreto
Cenotécnico: Douglas Caldas
Desenho de luz: Wagner Pinto
Música original: Dan Maia
Operador de luz: Gabriel Greghi
Operador de som: Silney Marcondes
Contrarregra: Márcio Polli
Fotos: Ronaldo Gutierrez
Visagismo: Dhiego Durso
Programador visual: Rafael Oliveira
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Assistente de produção: Rebeca Oliveira
Assistente de produção: Beatriz Nominato
Co-produção: Kavaná Produções
Produção e realização: Baccan Produções

Quando: de 14 de janeiro a 20 de fevereiro, sextas às 21h; sábados, às 20h; domingos, às 18h
Onde: Teatro FAAP (Rua Alagoas, 903 – Higienópolis)
Quanto: Sábados: R$ 80 e R$ 40. Sextas e domingos; R$ 60 e R$ 30.
Duração: 70 minutos
Vendas online: https://teatrofaap.showare.com.br/
Televendas: 11 3662-7233 / 11 3662-7234

As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão. Foto: Priscila Prade / Divulgação

As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão – De 15/01 a 20/02 – Teatro TUCA

A montagem As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão ostenta o caráter fabular na sua dramaturgia e não segue a trilha histórica e factual do Cangaço. No espetáculo, Serena (Amanda Acosta) descobre que seu filho está vivo. Ela acreditava que a criança tinha sido assassina por ordens do marido, Taturano (Marco França). Serena larga o bando chefiado por Taturano, para seguir em busca de seu bebê.

Outras mulheres aderem a essa luta, a essa rebelião contra mecanismos de opressão situados dentro do próprio Cangaço. O espetáculo reflete sobre as forças do feminino nesse espaço de libertação e sobre a ideia de cidadania e heroísmo.

As canções originais são assinadas por Fernanda Maia (música) e Newton Moreno (letras), inspiradas em ritmos da cultura nordestina.

Dramaturgia: Newton Moreno
Direção: Sergio Módena
Produção: Rodrigo Velloni
Elenco: Amanda Acosta, Marco França, Vera Zimmermann, Luciana Ramanzini, Luciana Lyra,
Rebeca Jamir, Jessé Scarpellini, Marcello Boffat, Milton Filho, Pedro Arrais, Nábia Villela, Carol Bezerra e Eduardo Leão. Músicos: Pedro Macedo (contrabaixo), Clara Bastos (contrabaixo), Daniel Warschauer (acordeon), Dicinho Areias (acordeon), Carlos Augusto (violão), Abner Paul (bateria), Pedro Henning (bateria), Felipe Parisi (violoncelo), Samuel Lopes (violoncelo)
Direção musical: Fernanda Maia
Canções Originais: Fernanda Maia e Newton Moreno
Coreografia: Erica Rodrigues
Figurino: Fabio Namatame
Cenário: Marcio Medina
Iluminação: Domingos Quintiliano
Assistente de Dramaturgia: Almir Martines
Diretor Assistente: Lurryan Nascimento
Pianista Ensaiador e Assistente de Direção Musical: Rafa Miranda
Designer Gráfico e Ilustrações: Ricardo Cammarota
Fotografia: Priscila Prade
Produção Executiva: Swan Prado
Assistente de Produção: Adriana Souza e Bruno Gonçalves
Gestão Financeira: Vanessa Velloni
Administração: Velloni Produções Artísticas
Assessoria de imprensa: Pombo Correio.
Apresenta: Atlas Schindler.
Patrocínio: Magnus e Lukscolor.
Apoio: Autoluks, Arte e Atitude, Tuca, PUC, Competition e EPA química.
Produção original do Sesi-SP, encenado em 2019, no Teatro do Sesi-SP, Centro Cultural Fiesp. Co-produção: Calla Produções Artísticas.
Realização: Velloni Produções Artísticas.
Promoção: Nova Brasil FM.

As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão
Onde: Teatro TUCA – Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes
Quando: de 15 de janeiro a 20 de fevereiro, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h
Quanto: R$ 100
Duração: 120 minutos

Nossos Ossos. Foto: Cleber Correa / Divulgação

Nossos Ossos – De 15/01 a 06/02 – Espaço Cia da Revista

Há um flerte entre amor e morte em Nossos Ossos, espetáculo da Cia. da Revista para o romance homônimo de Marcelino Freire. Com direção de Kleber Montanheiro, Nossos Ossos é a primeira parte da trilogia de peças do projeto Conexão São Paulo —> Pernambuco. A segunda encenação, Tatuagem, é uma versão teatral do filme de Hilton Lacerda, prevista para estrear ainda em 2022. O terceiro espetáculo, que celebra os 25 anos da companhia, será definido no segundo semestre deste ano.

Com dramaturgia de Daniel Veiga (paulistano) e música original de Isabela Moraes (pernambucana), a Cia. da Revista utiliza múltiplas linguagens, como a música (em forma de texto cantado), cenas visuais que potencializam o discurso da fala, o teatro gestual como dramaturgia do corpo, para contar a saga do dramaturgo premiado Heleno em sua determinação de cumprir as honras fúnebres a um garoto de programa, Cícero, brutalmente assassinado nas ruas de São Paulo. Durante o percurso até́ Poço do Boi, em Pernambuco, o protagonista relembra a própria história, da infância pobre no Sertão ao sucesso na metrópole paulistana.

Com a Cia. da Revista

Do romance de Marcelino Freire.
Adaptação: Daniel Veiga.
Direção e cenografia: Kleber Montanheiro.
Figurinos: Marcos Valadão.
Desenho de luz: Gabriele Souza.
Direção Musical e arranjos: Marco França.
Músicas Originais: Isabela Moraes.
Assistente de Direção: Gabrielle Britto.
Elenco: Vitor Vieira, Aivan, EvasCarretero, Demian Pinto, João Victor Silva e Edu Rosa.
Costureira: Salomé Abdala.
Máscara: Franklin Almeida.
Direção de Cenotecnia: EvasCarretero.
Serralheiro: Airton Lemos.
Assistente de Cenografia: Thais Boneville.
Microfonista: Eder Sousa.
Fotos: Cleber Correa.
Visagismo: Louise Helène.
Produção: MoviCena Produções.
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Quando: De 15/01 a 06/02, Sábados às 21h30 e domingos às 19h.
Onde: Espaço Cia da Revista (Alameda Nothmann, 1135, Campos Elíseos, São Paulo, SP)
Duração: 70 minutos
Quanto 40 (inteira) e 20 (meia-entrada)
Pelo Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/2-temporada-espetaculo-nossos-ossos-cia-da-revista/1406078

A Importância de ser Prudente. Foto: Divulgação

A Importância de ser Prudente – De 15/01 a 19/02, Teatro Commune

Oscar Wilde satirizou como pôde a alta sociedade vitoriana, que o prendeu e condenou por sodomia. As observações ferinas do inconsequente dândi Algernon de A importância de ser prudente tem muito de Wilde. Na peça, um grupo de pessoas mantém disfarces, utiliza nomes fictícios para fugir de uma realidade em que as aparências parecem ter maior prestígio do que a verdade. Manter uma boa reputação não está fácil para Jack, que se passa por seu irmão inventado, Prudente. Mas ele está apaixonado a para se casar precisa se livrar da mentira.

Texto original: Oscar Wilde
Tradução e Adaptação: Rafael Mallagutti
Direção geral: Rafael Mallagutti
Assistência de direção: Bárbara Trabasso
Produção executiva: CIA LONDON
Sonoplastia e Iluminação: Yumi Mandu
Elenco: Gabriel Boani, Rafael Mallagutti, Felipe Cantoni, Natália Santana, Hellen Kazan, Bárbara Trabasso, Margareth Rodrigues, Natália Santana, Vitor Colli, Carlos Alberto Neves, Fernanda Goulart e Natani Luiza

Onde: Teatro Commune (Rua da Consolação 1218) 
Quando: de 15 de janeiro a 19 de fevereiro, sábados, às 21h
Quanto: R$ 70 e R$ 35 (meia-entrada)
Ingressos antecipados: cialondon.com.br

Júlio César (Mateus Carrieri) é impedido de cometer suicídio por uma figura misteriosa, o Mestre (Luiz Amorim), que lhe vende uma vírgula, para que continue a escrever a sua história. um bêbado boa-praça chamado Bartolomeu (Adriano Merlini) se junta a dupla na função de vender sonhos para sacudir a sociedade. O espetáculo cultiva lições de compaixão e na busca do significado da vida enquanto questiona as prioridades distorcidas da nossa sociedade. 

A adaptação do best-seller para o palco é do próprio Augusto Cury com Erikah Barbin e Cristiane Natale (que também assina a direção) e o elenco é formado por Luiz Amorim, Mateus Carrieri, Adriano Merlini, Fernanda Mariano, Pedro Casali, Marcus Veríssimo e Guilherme Carrasco.

Mateus Carrieri e Luiz Amorim em O vendedor de sonhos. Foto: Divulgação

O Vendedor de Sonhos – De 15/01 a 06/03 – Teatro Gazeta 

Gênero: Comédia dramática
Adaptação: Augusto Cury, Cristiane Natale e Erikah Barbin
Direção: Cristiane Natale
Elenco: Luiz Amorim, Mateus Carrieri, Adriano Merlini, Fernanda Mariano, Pedro Casali,
Marcus Veríssimo e Guilherme Carrasco
Direção geral de produção: Luciano Cardoso
Produção executiva: Marcus Veríssimo
Comunicação: Bruna Padoan
Design gráfico: Rafael Choaire
Gestão tráfego digital: AT Marketing Digital
Design de luz: Bruno Henrique França
Técnico: Pitty Santana
Trilha sonora: Lino Colantoni
Figurino: Valentina Oliveira
Cenário: Cristiane Natale e Applaus
Assessoria jurídica: Ranzolin – Propriedade Intelectual
Promoção: Dreamsellers
Realização: Applaus

Onde: Teatro Gazeta (Avenida Paulista, 900 – São Paulo)
Quando: De 15 de janeiro a 6 de março de 2022, sábados às 20h30, e domingos, às 19h
Quanto: de R$ 45 a R$ 90
Duração: 70 min
Link para compra: https://bileto.sympla.com.br/event/70372/d/117158/s/691058

Sem Palavras, da companhia brasileira de teatro. Foto: Nana Moraes / Divulgação

Sem Palavras – De 20/01 a 20/02, no Sesc Pompeia

Com companhia brasileira de teatro

Em um dia, num apartamento posto à venda, um encadeamento de possibilidades de encontros. corpos diversos estão em trânsito. Esses deslocamentos fabricam imagens sociais, referências, histórias de vida, mundos imaginados. Pode ser uma só persona. Podem ser muitas. Ou aparências do imaginário de alguém. Uma pessoa e uma multidão.

O espetáculo Sem palavras combina teatro, dança, música e performance investigar os velozes acontecimentos contemporâneos, com histórias de amor, de violência, de consumo, entre outros temas. Reflete sobre a palavra e sua ausência, num jogo de visualidades de forte comunicação com o público.

A montagem da companhia brasileira de teatro com direção e texto de Marcio Abreu é uma ficção livremente inspirada no livro Um apartamento em Urano, do filosofo espanhol transgênero Paul B. Preciado, e nos escritos da autora e ativista brasileira Eliane Brum.

Direção e texto: Marcio Abreu
Dramaturgia: Marcio Abreu e Nadja Naira
Elenco: Fábio Osório Monteiro, Giovana Soar, Kauê Persona, Kenia Dias, Key Sawao, Rafael Bacelar, Viní Ventania Xtravaganza e Vitória Jovem Xtravaganza
Direção de produção e administração: José Maria e Cássia Damasceno
Iluminação e assistência de direção: Nadja Naira
Direção musical e trilha sonora original: Felipe Storino
Direção de movimento: Kenia Dias
Cenografia: Marcelo Alvarenga | Play Arquitetura
Figurinos: Luiz Cláudio Silva| Apartamento 03
Produção no RJ: Miriam Juvino e Valéria Luna
Vídeos – instalação “Antes de tudo”: Batman Zavareze
Captação e edição dos vídeos – instalação “Antes de tudo”: João Oliveira
Fotos: Nana Moraes
Programação visual: Pablito Kucarz
Captação de imagens do espetáculo: Clara Cavour
Teaser – criação e edição: Aristeu Araújo
Colaboração artística: Cássia Damasceno, Grace Passô, José Maria e Rodrigo Bolzan
Técnico de palco e vídeo: Ricardo Barbosa e Michelle Bezerra
Técnico de som: Chico Santarosa e Luan Casado
Assistência de produção: Luiz Renato Ferreira
Distribuição Internacional: PLAN B – Creative Agency for Performing Arts
Assessoria de imprensa: Márcia Marques | Canal Aberto
Uma produção da companhia brasileira de teatro
Em co-produção com Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt am Main/GE, Théâtre Dijon Bourgogne – Centre Dramatique National/FR, A Gente Se Fala Produções Artísticas – Rio de Janeiro/BR, Passages Transfestival Metz/FR.
Apoio cultural: Oi e Centro Cultural Oi Futuro.
Realização: Sesc SP

Onde: Sesc Pompeia
Quando: De 20/01 a 20/02, quintas, sextas e sábados às 21h, e domingos, às 18h
Quanto: R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada)
Duração: 110 minutos
Apresentação em libras: dia 19/02

Miriam Mehler, Renato Borghi, Carolina Fabri e Elcio Nogueira Seixas em Romeu e Julieta 80

Romeu e Julieta 80 – 28/01 e 29/01, Sesc Pinheiros

Com Teatro Promiscuo de Renato Borgui

A história de amor mais famosa de todos os tempos. Romeu Montecchio e Julieta Capuleto se apaixonam perdidamente, em Verona, na Itália, por volta de 1600. Mas existe um problemão: os Montecchios e os Capuletos são inimigos mortais, sentimento que se estende a toda parentada e criadagem de ambas as famílias. Os jovens revolvem se casar secretamente e o final trágico é conhecido por todos.

Nesta adaptação e direção de Marcelo Lazzarato para o clássico de Shakespeare as coisas foram diferentes. Romeu e Julieta serão interpretados pelos consagrados atores Renato Borghi e Miriam Mehler, ambos na casa dos 80 anos de idade. Os outros personagens da peça são interpretados pelos atores Elcio Nogueira Seixas e Carolina Fabri.

Texto: William Shakespeare
Concepção, adaptação, iluminação e direção: Marcelo Lazzaratto
Elenco: Renato Borghi, Miriam Mehler, Elcio Nogueira Seixas e Carolina Fabri
Direção de arte, cenografia e figurinos: Simone Mina
Trilha sonora: Daniel Maia
Produção: Pedro de Freitas / Périplo
Realização: Teatro Promíscuo

Quanto: R$ 20 e R$ 40
Onde: Teatro Paulo Autran, Sesc Pinheiros
Quando: 28/01 e 29/01, sexta e sábado, às 21h
Duração: 90 minutos

Quarto de despejo, com Evoé Cia de Teatro. Foto Gil Oliveira – Divulgação

Quarto De Despejo – 29/01 e 30/01 – Sesc Guarulhos

com Evoé Cia de Teatro

Baseado no diário de Carolina Maria de Jesus, escrito em papéis encontrados nas ruas de São Paulo, o espetáculo Quarto De Despejo narra a existência poética de uma mulher que, em meio aos excluídos, se tornou escritora. Com adaptação e direção de Rodrigo Ximarelli, o espetáculo mostra a trajetória de uma mulher negra, moradora da favela do Canindé e mãe solteira de três filhos, que não conseguia dormir sem ler um livro. A potência artística e literária da obra de Carolina expõe a leitura do mundo de uma autora marginalizada diante dos problemas da fome, das desigualdades sociais e da miséria no Brasil.

Baseado na obra Quarto de Despejo – diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus
Direção, adaptação, cenário: Rodrigo Ximarelli
Elenco: Arce Correia, Lucas Barbugiani, Luana Tonetti, Maggie Abbreu, Wesley Salatiel e Shanny Segade
Músicas e letras: Arce Correia
Produção VS: Thiago Siqueira e Gustavo Perri
Preparação para voz cantada: Roberto de Paula
Iluminação: Carlos Marroco
Operação de som: Evelyn Silva
Figurinos, fotos e visagismo: Gil Oliveira
Confecção de cartazes: Alessandro Rodrigues
Designer gráfico: Dimas Stecca
Produção executiva: Bruna Silvestre
Duração: 60min
Classificação : 12 anos

Onde: Sesc Guarulhos
Quando: 29/01 e 30/01, sábado, às 20h, domingo, às 18h
Quanto: R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada)
Duração: 60 minutos

Mel Lisboa, Marcello Airoldi  em Misery. Foto: Leekyung Kim / Divulgação

Misery – De 4 de fevereiro a 27 de março, Teatro Porto Seguro

O escritor Paul Sheldon (Marcello Airoldi) é reconhecido pela série de best-sellers protagonizados pela personagem Misery Chastain. Após sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes (Mel Lisboa). Ela, uma leitora voraz de sua obra, se autointitula principal fã do autor.

A personagem da enfermeira Annie Wilkes, obcecada pelo escritor Paul Sheldon, sempre foi retratada no teatro e no cinema de forma estereotipada, como louca e histérica, enquanto Paul ocupava sempre o papel de vítima.

O diretor Eric Lenate diz que procurou nesta montagem trazer uma Annie mais esférica, “olhar para dentro dela e ampliar as possíveis leituras desta obra para além daquela que coloca o gênero feminino no lugar da instabilidade trágica que precisa ser comandada pelo masculino”.

De Stephen King
Dramaturgia: William Goldman
Tradução/adaptação: Claudia Souto e Wendell Bendelack
Direção artística: Eric Lenate
Elenco: Mel Lisboa, Marcello Airoldi e Alexandre Galindo

Quando: De 4 de fevereiro a 27 de março, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h. As sessões de domingo contam com intérprete de Libras
Onde: Teatro Porto Seguro (Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo
Ingressos: R$ 80 plateia / R$ 60 balcão/frisas.
Vendaswww.sympla.com.br/teatroportoseguro
Duração: 120 minutos

Maria Ribeiro em PosF. Foto: Bob Wolfenson / Divulgação

PÓS-F – De 1º de abril a 29 de maio – Teatro Porto Seguro 

Pós-F, Para Além do Masculino e do Feminino, de Fernanda Young é um livro que reúne textos autobiográficos e ilustrações da própria Fernanda que provocam o debate sobre o que significa ser um homem e uma mulher nos dias de hoje. Essa primeira obra de não-ficção de Young venceu o Prêmio Jabuti 2019, mesmo depois da precoce morte da autora em agosto daquele ano.

PÓS-F é um solo é inspirado no livro, um espetáculo-relato, que busca levar para a cena a experiência da artista, baseada na visão pessoal da diretora Mika Lins e da atriz Maria Ribeiro no convívio com Fernanda .

De Fernanda Young
Com Maria Ribeiro
Direção: Mika Lins

Onde: Teatro Porto Seguro (Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo. 
Quando: De 1º de abril a 29 de maio, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h.
Ingressos: R$ 80 plateia / R$60 balcão/frisas
Classificação: 14 anos
Duração: 50 minutos

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Vamos ao teatro?
Agendo-me em São Paulo

Terror e Miséria no Terceiro Milênio, do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, (em cima, à esquerda) segue no Sesc Bom Retiro. Stabat Mater, da Janaina Leite (foto maior) , está no porão do CCSP. Yolanda já viu os dois espetáculos e ficou bem empolgada com as provocações. Oroboro, do Grupo XPTO (foto de objetos animados) em cartaz com entrada gratuita, no Sesc Interlagos, está na lista de desejos. Fotos: Divulgação

As temporadas teatrais em São Paulo estão cada vez mais aceleradas; então, a pessoa (né, Silvia Sabadell?) tem que correr. Ofertas à mancheia (como registrou Castro Alves!), para tudo que é estilo. Bem, tenho minhas prioridades e preferências. Os mais experimentais, os posicionados politicamente pela liberdade e pela luta contra a barbárie desses tempos bicudos (posso dizer isso, que tem outras camadas), os que valorizam o humor e a ironia, que move toda a estrutura da sociedade (salve, salve Angela Davis).

Então correndo para ver essa cena ofertada com tanta garra. E.L.A, da cearense Jéssica Teixeira, no Sesc Pompéia; As Mil e Uma Noites da Cia carioca Teatro Voador Não Identificado; Buraquinhos ou o Vento É Inimigo do Picumã, com direção da Naruna Costa, no Itaú Cultural (consegui!!); As Comadres, com supervisão artística de Ariane Mnouchkine, Théâtre du Soleil; O Caso Severina, com a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes no Espaço do Folias; Espaço Arcabouço, espetáculo de circo de Porto Alegre, no Centro Cultural Tendal da Lapa. E Oroboro, do Grupo XPTO, uma encenação sem palavras para seguir viagem na contundência das imagens. 

Das peças já assistidas, recomendo-me seis: Stabat Mater, da Janaína Leite, com participação da sua mãe, no porão do Centro Cultural São Paulo; Terror e Miséria no Terceiro Milênio do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, no Sesc Bom Retiro; a temporada popular do musical Elza, no Teatro Sérgio Cardoso; Mãe Coragem, com Bete Coelho no papel título e direção de Daniela Thomas, no Sesc Pompeia; Terrenal, no Teatro Raul Cortez. E As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão, com texto do Newton Moreno e um elenco de atrizes arretadas. Temporadas curtas. E potentes. E todas as montagens falam de hoje, de nossas desditas. Pode pegar numa quina aquela dor do que ainda resta de humano em nós.

Do espetáculo Stabat Mater, só sei que ninguém vai sair imune. É o espetáculo mais pedreira desta temporada paulista que eu assisti e ainda está em cartaz. Quer dizer outros foram, outros virão (espero), mas neste julho friorento de São Paulo, a cena mais soco na moleira e na alma do diacho é a da Janaina Leite. É bom avisar que é preciso ânimo para encarar uma atriz repleta de coragem que questiona as próprias certezas. É dança sensual pole dance de cérebros grávidos diante da aridez do real expandido. Um exercício potente sobre traumas e ainda no século 21 tabus sobre o feminino. A peça abriu a edição de número 5 da Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo e viva.

Olha lá o que pretendo ver

Com o espetáculo E.L.A, a atriz cearense Jéssica Teixeira instiga a aceitação das diferenças, busca driblar os clichês e padrões de beleza impostos pela mídia e encoraja um olhar mais sensível para a diversidade na construção do ser político contemporâneo. Foto: Carol Veras / Divulgação

E.L.A

A cearense Jéssica Teixeira é portadora de uma síndrome que encurtou seu tronco. O primeiro solo da atriz apresenta uma investigação cênica do seu corpo inquieto, estranho e disforme, numa tentativa de desestabilizar e potencializar outros corpos e olhares. A artista traça um histórico das representações do corpo, composição química e das noções de beleza. O espetáculo perpassa por ramos de saúde, política, feminilidade, acessibilidade e estética. Dirigida por Diego Landim, E.L.A envolve colagens e textos autobiográficos de Jéssica. A montagem de Fortaleza (Ceará) mescla dramaturgia, artes plásticas e vídeo.éssica Teixeira também investiu na leitura do livro “O Corpo Impossível”, de Eliane Robert Moraes, como disparador de dispositivos dramatúrgicos para a expansão da cena.
Ficha Técnica
Direção: Diego Landin.
Elenco: Jéssica Teixeira.
Serviço
Quando: Quinta a sábado, 21h30; domingo às 18h30. Até 14/07
Onde: Sesc Pompeia – espaço cênico
Quanto: R$ 6 até R$ 20
Classificação etária: 14 anos
Telefone: 3871-7700

Cena de As Mil e Uma Noites, adaptação do clássico da literatura encenada pelos cariocas da Cia Teatro Voador Não Identificado. Com três horas de duração, a montagem tem cinco atrizes como Sherazade: Adassa Martins, Clarisse Zarvos, Elsa Romero, Julia Bernat e Larissa Siqueira. Foto:  Renato Mangolin / Divulgação

As Mil e Uma Noites

Foi como ser fabulante que a princesa Sherazade escapou da morte. A cada noite, uma história, que deixava o rei encantado e curioso e adiava o final trágico da mocinha. O clássico da literatura As Mil e Uma Noites tem encenação carioca da Cia Teatro Voador Não Identificado, que mistura episódios inspirados nos contos de Sherazade com relatos reais de refugiados árabes colhidos em entrevistas e interpretados pelos atores. Nas narrativas há referências à Primavera Árabe, onda de manifestações ocorridas no Oriente Médio a partir do começo desta década e que levou, entre outras coisas, à queda do ditador Hosni Mubarak no Egito. E lógico que a política brasileira é lembrada.Uma especificidade da peça é que cada apresentação é única, nenhuma delas é repetida nas encenações seguintes, com exceção do prólogo. 
Ficha Técnica
Concepção e Direção: Leandro Romano
Dramaturgia: Gabriela Giffoni e Luiz Antonio Ribeiro
Elenco: Adassa Martins, Bernardo Marinho, Clarisse Zarvos, Elsa Romero, Gabriel Vaz, João Rodrigo Ostrower, Julia Bernat, Larissa Siqueira, Pedro Henrique Müller e Romulo Galvão
Duração aproximada: 180 minutos
Serviço
Quando: Quinta a sábado, 20h; domingo às 17h. Até 14/07
Onde: Sesc Avenida Paulista; Arte II (13º andar)
Quanto: R$ 6 até R$ 20
Classificação etária: 14 anos
Telefone: 3871-7700

Um jovem negro de 12 anos da periferia de São Paulo sai de casa para comprar pão. Encarado como suspeito, ele corre o mundo para não ser baleado pela polícia. Foto: Alexandra Nohvais / Divulgação. Com direção de Naruna Costa e Ailton Barros, Clayton Nascimento e Jhonny Salaberg, no elenco

Buraquinhos ou o Vento É Inimigo do Picumã

A peça ostenta com uma poética trilhada em cima do genocídio e etnocentrismo da população negra. Foi contemplada com prêmio de montagem na Mostra CCSP de Pequenos Formatos Cênicos do ano passado. Com uma narrativa em primeira pessoa, abraçado ao universo do realismo fantástico, o espetáculo apresenta um garoto negro de periferia – personagem nascido e criado em Guaianases, zona leste de São Paulo – que, no primeiro dia do ano, recebe um bascolejo de um policial quando chega à padaria. Ciente do que acontece com gente preta e pobre diante dessas autoridades, o miúdo começa a correr e sai numa viagem sem rumo certo, passando por países da América Latina e da África, buscando sempre dispositivos de sobrevivência para continuar existindo.
Ficha Técnica
Idealização, coordenação e dramaturgia: Jhonny Salaberg
Direção: Naruna Costa
Elenco: Ailton Barros, Clayton Nascimento e Jhonny Salaberg
Serviço
Quando: Quinta e sexta, 19h. Até 12/07
Onde: Itaú Cultural – sala multiuso (Avenida Paulista, 149 – Bela Vista – São Paulo)
Quanto: Grátis
Classificação etária: 14 anos
Telefone: 2168-1777

20 atrizes brasileiras revezando-se em 15 papéis — o espetáculo é uma adaptação musical de René Richard Cyr de uma peça canadense.

As Comadres
Com supervisão artística de Ariane Mnouchkine, Théâtre du Soleil, companhia francesa fundada em 1964, o musical As Comadres é uma versão Versão de uma comédia que chocou o Québec nos anos 1960. A protagonista Germana Louzan é uma dona de casa suburbana. Ao ganhar um milhão de selos promocionais, trocáveis por uma variedade de produtos, ela decide chamar 14 “comadres” para ajudá-la a colar os adesivos para mobiliar sua casa. Linda, Mariângela, Branca, Romilda, Lisa, Rosa, Ivete, Lisete, Angelina, Teresa, Pietra, Gabriela, Olivina e Ginete são as amigas, mulheres trabalhadoras, eu cuidam de maridos e filhos, e eu juntas colando selos vão desfiando um rosário de desejos, anseios, frustrações, medos, inveja. O encontro vira um angu e as mulheres passam a cobiçar a sorte da protagonista.
Ficha Técnica
Supervisão artística: Ariane Mnouchkine.
Texto original: Michel Tremblay.
Versão musical original: René Richard Cyr.
Músicas originais: Daniel Bélanger.
Direção musical: Wladimir Pinheiro.
Serviço
Quando: Quinta a sábado, 21h. Domingo: 18h. Até 28/7
Onde: Sesc Consolação – R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque
Quanto: R$ 12 a R$ 40.
Telefone: 3234-3000

Inspirada em faros reais, ocorridos no Agreste pernambucano, em 2005, a peça O Caso Severina narra a incrível história de uma agricultora, de 44 anos, que mandou matar o próprio pai. Foto: 

O caso Severina

Uma mulher, de 44 anos manda matar o próprio pai. “Por que uma agricultora, mãe de cinco filhos, contrata dois matadores de aluguel para matar o genitor, com seu próprio facão?” Essa é a pergunta que a Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes se fez ao iniciar o processo de construção da peça O Caso Severina. Inspirada em história real, ocorrida na Região do Agreste de Pernambuco, em 2005, a Fraternal realizou um extenso trabalho de pesquisa, que durou oito meses e utilizou tanto o material publicado pela mídia quanto os autos do processo, dentro de um projeto da Companhia intitulado Do Fato ao Ato. A direção é assinada por Ednaldo Freire e texto de Alex Moletta, e no elenco estão Mirtes Nogueira, Aiman Hammoud, Maria Siqueira, Giovana Arruda, Carlos Mira.
FICHA TÉCNICA
O Caso Severina

Concepção, Criação e Produção: Fraternal Companhia de Arte e Malas-Artes
Apoio: Prêmio Cleyde Yáconisda Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo
Direção: Ednaldo Freire
Dramaturgia: Alex Moletta
Elenco: Mirtes Nogueira, Aiman Hammoud , Maria Siqueira, Giovana Arruda, Carlos Mira.
Cenografia, figurinos e Adereços: Luiz Augusto dos Santos
Música: Luiz Carlos Bahia
Trilha e Direção Musical: Luiã Borges e Luiz Carlos Bahia
Iluminação e Operação de Luz: Marco Vasconcellos
Operação de Som: Ian Noppeney
Cenotécnico: Edson Freire
Design Gráfico e Audiovisual: Alex Moletta
Costureira: Célia Márcia Makarovsky
Duração:70 minutos
Recomendação etária:16 anos

Serviço
Temporada:05/07/2019 a 18/08/2019, de sexta a domingo
Horário:Sextas e sábados, 21h; domingos, 19h
Espaço do Folias: Rua Ana Cintra, 213, Santa Cecília,
telefone: (11) 3361-2223.
Capacidade:99 lugares
Ingressos:R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00
Ingressos antecipados:http://galpaodofolias.eventbrite.com
Estacionamento conveniado
Wi-Fi Público
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida
Aceita cartões de débito e crédito
Café do Folias
, no piso superior

Gabriel Martins propõe um diálogo entre o malabarismo, a dança e a performance, buscando instaurar um espaço no qual corpos e objetos se relacionam. O espetáculo trabalha com o conceito de Corpo Desvelado, no qual se coloca em vulnerabilidade e com toda a exposição dos procedimentos em cena. Foto: Rafael da Silva / Divulgação

ESPAÇO ARCABOUÇO (Circo adulto)

Espaço Arcabouço é um espetáculo de circo contemporâneo fincado principalmente no malabarismo. O trabalho é construído em diálogo com a dança e a performance, buscando instaurar, assim, um “espaço” no qual as relações entre corpo(s) e objeto(s) são mais que possibilidades. O público, disposto ao redor da cena, em arena, compartilha de perto a exposição deste “arcabouço”: o corpo exposto em estado de vulnerabilidade. A proposta é se entregar ao risco e as oposições presentes no malabarismo, oscilando entre a virtuose do malabarismo tradicional, até a mais simples tarefa de manipulação. As luzes, o som, a estrutura de malabarismo de rebote, os objetos cênicos e todas as necessidades que surgem ao longo do espetáculo, são manipulados e resolvidos pelo artista de maneira desvelada, tornando o espectador testemunha dos acontecimentos. Espaço Arcabouço foi contemplado com prêmio Açorianos de Dança de Porto Alegre – 2015 – na categoria de melhor iluminação. O projeto também foi vencedor em 2014 do Prêmio Caixa Carequinha de Estímulo ao Circo da Funarte. O espetáculo foi contemplado com o Prêmio FUNARTE para circulação de espetáculos circenses (2018).
FICHA TÉCNICA
Concepção, direção e atuação: Gabriel Martins
Orientação cênica: Paola Vasconcelos
Iluminação: Mirco Zanini
Cenário: Luís Cocolichio
Figurino: Ana Carolina Klacewicz e Thayse Martns
Produção: Consoante Cultural
Distribuição: Michele Rolim
Classificação: LIVRE

Serviço
Quando: Sexta e sábado, 20h. Até 12 e 13/7 Após a sessão de sábado haverá bate papo com o artista.
Onde: Centro Cultural Tendal da Lapa (R. Constança, 72 – Lapa, São Paulo).
Quanto: R$ 20/ R$ 10 .
Telefone: 3862-1837 / (51) 98145-8419
Duração: 50 minutos

a atriz trans cubana Phedra D. Córdoba (1938-2016), que viveu no Brasil por mais de 40 anos. Márcia Dailyn é a protagonista, que faz confissões e relembra sua trajetória pessoal e profissional para o repórter, representado por Raphael Garcia. Foto: Aannelize Tozetto/ Divulgação

Entrevista com Phedra

O escritor João Silvério Trevisan definiu a atriz trans cubana Phedra D. Córdoba (1938-2016), como “uma muralha de resistência ao preconceito”. A diva da praça Roosevelt, de sotaque carregado e artista multifacetada viveu no Brasil por mais de 40 anos. Atuou na companhia de teatro Os Satyros, em muitas criações do diretor Rodolfo García Vázquez. Integrou o elenco de peças como  A Filosofia na Alcova, A Vida na Praça Roosevelt, Transex, Divinas Palavras, Liz, Hipóteses para o Amor e a Verdade e Cabaret Stravaganza. Foi personagem do documentário Cuba Libre”, primeira produção cinematográfica da companhia Os Satyros. A atriz Márcia Dailyn, primeira bailarina trans do Theatro Municipal de São Paulo, interpreta Phedra, na peça que o jornalista Miguel Arcanjo escreveu. Entrevista com Phedra é a primeira incursão de Arcanjo na dramaturgia. Na peça a atriz relembra seu percurso pelos palcos do teatro de revista da América Latina. O cenário que reproduz a sala de seu apartamento na praça Roosevelt, em que é entrevistada por Raphael Garcia, que faz o papel do jornalista.

Texto: Miguel Arcanjo Prado.
Direção: Juan Manuel Tellategui e Robson Catalunha.
Elenco: Márcia Dailyn e Raphael Garcia.
Direção de produção: Gustavo Ferreira.
Realização: Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez – Os Satyros.
Figurino e visagismo: Walério Araújo.
Cenografia: Robson Catalunha.
Iluminação: Diego Ribeiro e Rodolfo García Vázquez.
Sonoplastia: Juan Manuel Tellategui.
Arte visual: Henrique Mello.
Cenotécnico: Carlos Orelha.
Acessórios: Lavish by Tricia Milaneze.
Perucas: Divina Núbia.
Castanholas: Sissy Girl e Bene Reis.
Palco dos Bonecos: Luís Maurício.
Fotografia: Annelize Tozetto, Bob Sousa, Bruno Poletti, Edson Lopes Jr. e Felipe Margarido.
Vídeo: Laysa Alencar.
Operadores: Dennys Leite e Laysa Alencar.
Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes.
Apoio: A Casa do Porco, Bar da Dona Onça e Hot Pork – Janaina Rueda e Jeerson Rueda; Frango com Tudo – Rede Biroska – Lilian Gonçalves, Consulado General de Cuba em São Paulo e Consulado General de Argentina em São Paulo e Translúdica.
Agradecimentos: Livia La Gatto, Ferdinando Martins, Guttervil Guttervil, Lauanda Varone, Neiva Varone e Irlane Galvão.

Serviço
Onde: Espaço dos Satyros I Praça Franklin Roosevelt, 214 – Consolação – São Paulo
Quanto: R$ 40 (meiaentrada, R$ 20).
Quando: Segunda – 21h. Até 02/09
Telefone: 3255-0994
Capacidade: 50 assentos
Duração: 50 minutos.
Classificação: 14 anos.

Grupo XPTO em ação. Oroboro, uma alegoria sobre o caráter cíclico da existência. Foto: Divulgação

Oroboro

Personagens do mundo real estão sujeitos à ação de entidades mitológicas em Oroboro. um náufrago à deriva que, na iminência de sua morte, se vê diante do dilema de se deixar devorar por urubus ou atirar-se ao mar. Ele prefere arriscar a sorte no caminho do desconhecido e mergulha nas águas profundas do oceano. Numa ilha próxima, uma enorme serpente deixa um estranho ovo que provoca a curiosidade e a ambição dos habitantes do lugar. Humor, mistério, trapaças, lutas pelo poder, revolta, aniquilação são alguns dos temas abordados de forma simbólica em Oroboro, uma alegoria sobre o caráter cíclico da existência. A montagem emprega a linguagem de teatro de bonecos e formas animadas. A narrativa é desenvolvida sem a utilização da palavra, sendo conduzida tanto pela música executada ao vivo, como pela ação dos atores que manipulam os bonecos e objetos, emitindo ruídos guturais que funcionam como vozes dos personagens. Recentemente o grupo de teatro XPTO participou do festival The Ishara Puppet Theatre Trust, na Índia, sendo o único representante latino-americano no programa.
Ficha Técnica
Direção, cenografia, bonecos e iluminação: Osvaldo Gabrieli
Direção musical e músico: Beto Firmino
Elenco: Bruno Caetano, João Bernardes, Ozamir Araújo e Tay Lopes
Serviço
Quando: Domingo, 15h. Até 28/07
Onde: SESC Interlagos (Avenida Manuel Alves Soares, 1100 – Parque Colonial – São Paulo)
Quanto: Grátis. Distribuição gratuita 1 hora antes do início da sessão.
Classificação indicativa: 8 anos
Capacidade 362 assentos
Telefone: 5662-9500

Eu já vi… Se eu fosse você… também iria assistir

Musical expõe os altos e baixos da trajetória de cantora Elza Soares. Aos 12 anos, casou-se praticamente obrigada pelo pai. Aos 13 teve o primeiro filho. Aos 21 anos, já com cinco rebentos, ficou viúva. Consagrou-se como cantora. Com o jogador Mané Garrincha (1933-1983) conheceu uma vida de amor e sofrimento. Hoje ela é referência absoluta de determinação, talento, perseverança, luta. Foto: Divulgação

Elza

Elza Soares foi ficando cada vez mais múltipla com o passar do tempo. Para dar conta desse mosaico de força, o musical  Elza explora os principais episódios da vida da artista, que como poucos soube levantar a cabeça e dar a volta por cima nos momentos difíceis. Com texto de Vinícius Calderoni e direção de Duda Maia, conta como elenco formado por Larissa Luz, Janamô, Júlia Tizumba, Késia Estácio, Khrystal, Laís Lacorte e Verônica Bonm. Todas fazem o papel da cantora na peça. As atrizes também incorporam / narram / comentam os homens importantes da trajetória de Elza, como o compositor e apresentador Ary Barroso (1903-1964), e o jogador de futebol Mané Garrincha (1933-1983), com quem ela foi casada. É uma história densa, mas carrega o DNA da guerreira.

Serviço
Quando: Quinta a sábado, 21h. Domingo: 18h. Até 28/7
Onde: Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo
Quanto: R$ 30 até R$ 150.
Telefone: 3288-0136 Capacidade 835 assentos

Bete Coelho em cena de Mãe Coragem, adaptação de Brecht, dirigida por Daniela Thomas – Jennifer Glass/Divulgação

Mãe Coragem

A comerciante Anna Fierling vende mercadorias aos soldados da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648). Portanto, ela também lucra com os sofrimentos, as mortes, a barbárie. Traduzido diretamente do alemão, a adaptação de Daniela Thomas para Mãe Coragem e Seus Filhos, o texto de Bertolt Brecht propõe uma reflexão pungente sobre o lugar da moral em tempos de guerras do guerras do passado e de outras guerras do presente.  A Mãe Coragem do título chega à conclusão que não é ela quem lucra com a guerra quando perde os três filhos, Eilif, Queijinho e Kattrin, em batalhas como as mães dos jovens negros ue tem seus filhos subtraídos em A tragédia se desenrola no ginásio e o público assiste das arquibancadas o elenco charfurdar na lama que traça ligações com Mariana e Brumadinho.

FICHA TÉCNICA
Texto – Bertolt Brecht
Música original – Paul Dessau
Tradução – Marcos Renaux
Direção – Daniela Thomas
Assistência de direção – Gabriel Fernandes
Direção musical e arranjos – Felipe Antunes
Cenário – Daniela Thomas e Felipe Tassara
Figurino – Cassio Brasil
Iluminador – Beto Bruel
Desenho de som – Gustavo Breier
Elenco: Bete Coelho, Luiza Curvo, Amanda Lyra, Carlota Joaquina, Luisa Renaux, Ricardo Bittencourt,
Murilo Grossi, Roberto Audio, Rodrigo Penna, Wilson Feitosa, Cacá Toledo, Murillo Carraro
Músicos: Juliana Perdigão/ Gui Augusto , Felipe Antunes, Allan Abbadia/Ednaldo Santos, Wilson Feitosa
Murilo Grossi, Cacá Toledo
Produtora de figurino – Patricia Sayuri Sato
Assistentes cenografia – Iara Ito e Tania Menecucci
Assistente figurino – Daniela Tocci
Assistente e operadora de luz – Sarah Salgado
Engenheiro de Som, Gravações e Mixagem – Gustavo Breier
Direção de palco – Murillo Carraro
Contrarregras – Theo Moraes e Davi Puga
Camareira – Lili Santa Rosa
Aderecistas – Jesus (Walkir Pedroso) e Bosco Bedeschi
Costureiras – Yrondi Moço Rillo, Salete Paiva e Lili Santa Rosa
Harmonização das partituras originais – Kezo Nogueira e Felipe Antunes
Estagiários – Alice Tassara, Annick Matalon, Maria Pini Piva e Thomas Carvalho
Diretor técnico – Nietzsche
Arquitetura – Alvaro Razuk
Equipe de Arquitetura – Daniel Winnik, Ligia Zilbersztejn, Tabata Sung e Anselmo Turazzi
Assessoria Jurídica: Olivieri Advogados (pro bono) / NBPF Advogados
Assessoria de imprensa – Pombo Correio
Arte gráfica – Celso Longo e Daniel Trench
Fotógrafa – Jennifer Glass
Assistentes de produção – Diogo Pasquim, Theo Moraes e Davi Puga
Produtor executivo – Arlindo Hartz
Direção de produção – Luís Henrique Luque Daltrozo
SERVIÇO
Serviço
Quando: Terça a sábado, 20h30. Domingo: 18h30. Até 21/7
Onde: Sesc Pompeia – ginásio primavera Rua Clélia, 93 – Água Branca – São Paulo
Quanto: R$ 12 até R$ 40.
Telefone: 3871-7700
Classificação: 12 anos
Duração: 150 minutos

AS cangaceiras

As Cangaceiras,Guerreiras do Sertão

Newton Moreno conta que um grupo de mulheres se rebelam contra mecanismos de opressão que encontravam dentro do próprio Cangaço. As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão é uma fábula inspirada nas mulheres que seguiam os bandos nordestinos. O musical busca refletir sobre as forças do feminino nesse espaço de libertação e sobre a ideia de cidadania e heroísmo.
Ficha técnica
Elenco: Amanda Acosta, Marco França, Vera Zimmermann, Carol Badra, Luciana Lyra, Rebeca Jamir, Jessé Scarpellini, Marcelo Boffat, Milton Filho, Pedro Arrais, Carol Costa, Badu Morais, Eduardo Leão e mais 5 músicos
Dramaturgia: Newton Moreno
Direção: Sergio Módena
Produção: Rodrigo Velloni
Direção Musical: Fernanda Maia
Canções Originais de Fernanda Maia e Newton Moreno
Coreografia: Erica Rodrigues
Figurino: Fabio Namatame
Cenário: Marcio Medina
Iluminação: Domingos Quintiliano
Assistente de Dramaturgia: Almir Martines
Diretora Assistente: Lorena Morais
Designer Gráfico: Ricardo Cammarota
Fotografia: Priscila Prade
Produção Executiva: Swan Prado e Luana Fioli
Assistente de Produção: Adriana Souza e Bruno Gonçalves
Administração Financeira: Vanessa Velloni
Realização: Velloni
Produções Artísticas e Sesi-SP.

Serviço
Quando: Quinta a sábado, 20h. Domingo: 19h. Até 04/8
Onde: Centro Cultural Fiesp – teatro Sesi São Paulo (Avenida Paulista, 1313 – Bela Vista – São Paulo
Quanto: Grátis.
Telefone: 3322-0050
Capacidade 456

terrenal leekyung kim

Terrenal

Uma das histórias mais famosas de todos os tempos: o conflito bíblico entre os irmãos Caim e Abel. Esse mito é vertido para um paraíso às avessas. Em um loteamento, Caim (Dagoberto Feliz) produz pimentões e vive apegado à terra e ao acúmulo de bens, enquanto Abel (Sergio Siviero) trabalha apenas aos domingos, o “dia santo”, vendendo iscas aos pescadores da região. Sem se entenderem, os irmãos não conseguem decidir sobre o que fazer com o terreno, até que Tata (Celso Frateschi), o pai que os abandonou ainda crianças, reaparece justamente na data que marca 20 anos de seu desaparecimento. A montagem levanta questões contemporâneas sobre justiça, divisão de riquezas e aceitação de visões de mundo distintas. Com recursos circenses e trilha sonora ao vivo, executada por Demian Pinto, o episódio do livro do Gênesis narra o fratricídio considerado o primeiro assassinato do mundo.

Texto: Mauricio Kartun
Direção de Marco Antonio Rodrigues
Duração 90 minutos.
Classificação é 16 anos.
Serviço
Quando: Quinta 21h. Até Até 25/07

Onde: Teatro Raul Cortez (Rua Doutor Plínio Barreto, 285 – Bela Vista – São Paulo)
Quanto: R$ 50 e R$ 25.
Telefone: 3254-1631
Capacidade :513 assentos

Janaína Leite e Amália Fontes Leite

Stabat Mater

A maternidade e a imagens construídas da Virgem Maria são um pretexto para um mergulho profundo, desafiador, inquietante e original da artista Janaina Leite. Na companhia da sua mãe em cena, Janaina verticaliza sua investigação sobre o real no teatro, investe na categoria do obsceno e explode pornografia… Com um pedido de desculpas do apagamento da mãe no solo anterior, Conversas Com Meu Pai, Stabat Mater é daqueles raros espetáculos em criatividade, rigor de pesquisa, ousadia, coragem, autoria, comungam na mesma cena para dizer porque o teatro é uma arte tão potente. Mas tudo o que se disser sobre essa encenação será pouco. Aviso aos puritanos: a peça contém cenas de nudez e sexo.
Ficha técnica
Concepção, direção, dramaturgia: Janaina Leite
Performance: Janaina Leite, Amália Fontes Leite e Priapo
Dramaturgismo e assistência de direção: Lara Duarte e Ramilla Souza
Direção de arte, cenário e figurino: Melina Schleder.
SERVIÇO
Quando: Sexta e sábado 21h domingo 20h. Sessão extra: quinta-feira 18/07. Até Até 21/07
Onde: CCSP – espaço cênico Ademar Guerra (Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade – São Paulo)
Quanto: R$ 20 e R$ 10.
Telefone: 3397-4002
Capacidade 100 assentos
Indicação: 18 anos

Nilcéia Vicente, Roberta Estrela D’Alva. Foto: Sérgio Silva

Terror e Miséria no Terceiro Milênio

Nove atores e dois DJs ensaiam. Sentados em dois bancos, refletem e criam. O disparador é o texto Terror e Miséria no Terceiro Reich, de Bertolt Brecht; e a matéria bruta, a realidade brasileira. Desses dois tempos de barbárie – ascensão do fascismo no mundo, os artistas improvisam recortes e samples com os embates de visões de mundo. Para erguer a peça Terror e Miséria no Terceiro Milênio – Improvisando Utopias foi realizado o encontro entre integrante do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos e artistas parceiros. A diretora Claudia Schapira diz que a os choques desses tempos e o conflito da diversidade foram levados para dentro da cena. E aí o grupo evidencia que essas segregações também são construções perversas do capitalismo e seus mecanismos de privilégios. A montagem acompanha a estrutura episódica do texto original e arquitetada uma dramaturgia fragmentada, entremeada de comentários, em que os atores constroem e desconstroem imagens e narrativas, que se desmantelam diariamente. Mas lançam utopias para o futuro.
Ficha técnica
Direção: Claudia Schapira
Atores mcs: Fernanda D’Umbra, Georgette Fadel, Jairo Pereira, Luaa Gabanini, Lucienne Guedes, Nilcéia Vicente, Roberta Estrela D’Alva, Sérgio Siviero e Vinícius Meloni.
Atores DJs: Dani Nega e Eugênio Lima
Inserções de poemas: Jairo pereira e Roberta Estrela D’Alva
Direção Musical: Eugênio Lima, Roberta Estrela D’Alva e Dani Nega
Direção de Movimento e Coreografias: Luaa Gabanini
Assistência de Direção: Maria Eugenia Portolano
Vídeo-intervenção: Bianca Turner
Cenário: Bianca Turner e Claudia Schapira
Figurino: Claudia Schapira
Figurinista assistente: Isabela Lourenço
Kempô e Treinamento de Luta: Ciro Godói
Danças Urbanas: Flip Couto
Preparação Vocal: Andrea Drigo
Técnicas de spoken word: Roberta Estrela D’Alva
Iluminação: Carol Autran
Engenharia de Som: Eugênio Lima e Viviane Barbosa
Costureira: Cleusa Amaro da Silva Barbosa
Cenotécnico: Wanderley Wagner da Silva
Design gráfico: Murilo Thaveira
Estagiárias: Isa Coser, Junaída Mendes, Maitê Arouca
Direção de Produção: Mariza Dantas
Produção Executiva: Victória Martinez, Jessica Rodrigues
e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos
Serviço
Quando: Sexta e sábado 21h, domingo 18h. Até Até 28/07
Onde: Sesc Bom Retiro Alameda Nothmann, 185 – Campos Elíseos – São Paulo
Quanto: R$ 6 a R$ 20.
Telefone: 3332-3600
Capacidade 250 assentos
Capacidade: 250 lugares.
Duração: 90 minutos.
Recomendação: 14 anos

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