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Dramas de gente comum

Saudade de mim" da Focus cia. de dança. dirigida e coreografada por Alex Neoral. Foto: Paula Kossatz/ Divulgação

Saudade de mim, da Focus cia de dança é dirigida e coreografada por Alex Neoral. Foto: Paula Kossatz

mbd-22233As pinturas de Cândido Portinari e a música de Chico Buarque estão interligadas através da dança no espetáculo Saudade de Mim, da Focus Cia. de Dança. Os dramáticos personagens do compositor carioca – Pedro, Maria, Bárbara, Juca, Nina, entre outros – cruzam suas vidas nem tão desiguais, entre dores, amores e triângulos sentimentais e família. Entre imagens oníricas essas figuras habitam telas e ambientes criados por Portinari.

A encenação carioca participa da 12ª Mostra Brasileira de Dança, com sessão hoje, às 21h, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu

“Paulo tropeçou no ar como se fosse pássaro e, talvez daí, se pôs a observar as dores, amores e tragédias em sua família. Amigo de Juca e filho de Bárbara, uma mulher submissa, e de um pai opressor, foi testemunha do amor de Pedro por Maria, sua irmã mais velha. O romance acarretaria nas tragédias pessoais de suas irmãs gêmeas Nina e Teresinha, por quem Paulo nutria um carinho especial. Como num sonho, todos apresentam suas fragilidades, forças e desejos possíveis aos seus destinos. Esperando a festa, esperando a sorte, esperando a morte, esperando o norte. Como num sonho, a hora de acordar pode ser a qualquer momento”. Essa é a sinopse da montagem.

Dirigida e coreografada por Alex Neoral, oito bailarinos, quatro homens e quatro mulheres – Alex Neoral, Carol Pires, Clarice Silva, Cosme Gregory, Felipe Padilha, Gabriela Leite, Marcio Jahú e Mônica Burity – dividem o chão branco do palco e deslizam sob a luz azul. Eles vestem figurinos com cor de terra, que remetem aos personagens de Portinari, mas se desenvolvem com as canções de Chico Buarque.

“Amou daquela vez como se fosse a última”. O elenco dança Construção e Paulo cai “na contramão atrapalhando o tráfego, atrapalhando o público, atrapalhando o sábado”. Ele será observador de outras dores dessa narrativa.

FICHA TÉCNICA
Direção, concepção e coreografia: Alex Neoral
Direção de produção: Tatiana Garcias
Consultoria de projeto: Aline Cardoso
Produção executiva: Náshara Silveira e Nathalia Atayde
Estagiária | assistente de produção: Marcella Alves
Curadoria de Obras [Candido Portinari]: Maria Duarte
Iluminação: Binho Schaefer
Operação de Luz: Bruno Barreto
Figurinos e visagismo: André Vital
Confecção de figurinos: Jacira Garcias
Direção Musical e Trilha original: Felipe Habib
Músicas: Chico Buarque
Preparação Vocal: Felipe Habib
Arranjos, Piano e Acordeon: Felipe Habib e João Bittencourt
Mixagem: Davi Mello
Preparação de interpretação cênica: Reiner Tenente
Ambientação cenográfica: Márcio Jahú
Contrarregra: Gilberto Kalkmann
Assistente de direção e ensaiadora: Eleonore Guisnet
Assistente de coreografia e roteiro: Carol Pires
Assistente de ensaio: Ana Formighieri
Fotos de divulgação: Bel Acosta
Fotos de cena: Cristina Granato e Paula Kossatz
Comunicação Visual: Infinitamente Estudio de Criação
Dançado e criado com: Alex Neoral, Carol Pires, Clarice Silva, Cosme Gregory, Felipe Padilha, Gabriela Leite, Márcio Jahú e Mônica Burity
Realização: Neoral Garcias Produções Artísticas LTDA

SERVIÇO
Saudades de Mim, da Focus Cia de Dança
Quando: Hoje, às 21h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Duração: 90 min
Classificação: 14 anos

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Musical Cazuza no Recife

Críticos dizem que Emílio Dantas interpreta um Cazuza de forma quase mediúnica. Fotos : Leo Aversa

Críticos dizem que Emílio Dantas interpreta um Cazuza de forma quase mediúnica. Fotos: Leo Aversa

O músico Cazuza era um facho de luz no universo rock’n’roll brasileiro dos anos 1980. Suas músicas irreverentes, sua rebeldia, sua poesia tocava nos nervos dos jovens da época e falavam de coisas importantes para o momento político brasileiro. Morreu jovem, no auge da carreira, exibindo sua dor e revolta, sua urgência de viver nos palcos. Esteve no Recife com o último show em que já definhava. Comovente.

Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz, O Musical já foi aplaudido por mais de 200 mil pessoas, segundo a produção, e já circulou por 12 cidades brasileiras. O espetáculo tem direção de João Fonseca – que vem desenvolvendo uma cena musical brasileira mais despojada e teatral, que vai de Gota d’Água a Tim Maia – e texto de Aloisio de Abreu. A peça vai fazer três apresentações no Recife, de 5 a 7 de junho, no Teatro RioMar. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro, loja Maria Filó (Shopping Recife), loja Reserva (Plaza Shopping) e www.ingressorapido.com.br. Custam de R$ 25 a R$ 150.

Mesmo sem querer, o artista virou mito. Sua linguagem libertária, o temperamento explosivo, o talento e a morte prematura aos 32 anos em 1990 contribuíram para esse lugar de ícone.

A encenação é protagonizada pelo músico e ator Emílio Dantas. Os outros intérpretes assumem figuras como Lucinha e João Araújo, Ney Matogrosso, Bebel Gilberto, Frejat, Caetano Veloso, entre outros.

O autor Aloisio de Abreu fez uma pesquisa com pessoas próximas ao músico para compor a dramaturgia. Aloisio levou para a cena “um quê de crônica daqueles anos 1980 e comportamentos típicos dos jovens da época”. O dramaturgo imprime agilidade nessa história para traduzir a vida curta e intensa do artista.

A formação da banda Barão Vermelho tem destaque na peça

A formação da banda Barão Vermelho tem destaque na peça

As canções embalam os momentos na vida de Cazuza, a revelação do teatro, o Barão Vermelho, o estouro, as brigas, o estrelato solo, a descoberta da doença, a pressa poética dos últimos dias. E nesse percurso entram os maiores sucessos do artista, em bando ou sozinho, como Pro Dia Nascer Feliz, Codinome Beija-Flor. Bete Balanço, Ideologia, O Tempo Não Para, Exagerado, Brasil, Preciso Dizer Que Te Amo e Faz Parte do Meu Show. Além de canções que Cazuza nunca gravou, como Malandragem, Poema e Mais Feliz.

A cenografia de Nello Marrese é formada por seis praticáveis que representam palafitas. A areia do chão simboliza o Arpoador, um dos recantos preferidos de Cazuza. O elemento fixo é uma mesa multiuso, que se transforma em bar, quarto, hospital.

A nossa saudosa Barbara Heliodora escreveu sobre o espetáculo para O Globo: “O espetáculo é envolvente em todos os seus aspectos. A direção de João Fonseca é um total acerto, pois cria exatamente o clima sugerido pelo texto. Emilio Dantas é um excelente Cazuza, com grande segurança nas enormes variações de humor e emoção.”

SERVIÇO
Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz, O Musical
Onde: Teatro RioMar: 4º piso do RioMar Shopping – Av. República do Líbano, 251, Pina, Recife
Quando:
Dia 5 de junho, às 21h
Dia 6 de junho, às 21h30
Dia 7 de junho, às 20h
Sessão extra dia 6 de junho, sábado, às 18h
Sessão extra dia 7 de junho, domingo, às 16h30
Ingressos:
Plateia: R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia)
Balcão promocional: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
À venda na bilheteria do teatro, loja Maria Filó (Shopping Recife), loja Reserva (Plaza Shopping) ewww.ingressorapido.com.br
* Meia-entrada válida para maiores de 60 anos, professores, estudantes até 12 anos e assinantes do Jornal do Commercio. Sócios do Náutico têm 20% de desconto sobre o valor da inteira na bilheteria do teatro.
Informações: (81) 3207-1144
Classificação: 14 anos
Duração:150 minutos

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FICHA TÉCNICA
Texto: Aloísio de Abreu
Direção Geral: João Fonseca
Produção Geral: Sandro Chaim
Direção Musical: Daniel Rocha
Supervisão Musical: Carlos Bauzys
Preparador Vocal: Felipe Habib
Coreografias: Alex Neoral
Cenário: Nello Marrese
Figurino: Carol Lobato
Visagismo: Juliana Mendes
Design de Luz: Daniela Sanches e Paulo Nenem
Design de Som: Gabriel D´Angelo
Apresentado pelo Ministério da Cultura
Realização: Miniatura 9, Chaim XYZ Produções
Produção Local: Art Rec Produções
Elenco:
Emílio Dantas ou Osmar Silveira (Cazuza), Stella Rodrigues (Lucinha Araújo), Marcelo Várzea (João Araújo), André Dias (Ezequiel Neves), Fabiano Medeiros (Ney Matogrosso), Brenda Nadler (Bebel Gilberto), Arthur Ienzura (Frejat), Igor Miranda (Maurício Barros e sub Cazuza), Oscar Fabião (Serginho e sub Frejat), André Vieri (Guto Goffi), Marcelo Ferrari (Dé Palmeira), Dezo Mota (Caetano Veloso), Carol Dezani (Yara Neiva / vizinha / médica/ feia / Swing feminino), Sheila Matos (Tereza / mãe / enfermeira / sub Lucinha), Philipe Carneiro (Zeca Camargo / traficante / repórter / swing masculino), João Fonseca (sub Ezequiel Neves) e Carlo Leça (swing masculino)

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