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Arte da manipulação e da persuasão

Normando Roberto Santos (Padre Timóteo) em A Mandrágora

Normando Roberto Santos (Padre Timóteo) em A Mandrágora. Foto: Roberto Ramos

Astucioso, pérfido, ardiloso, velhaco, de má-fé são “qualidades” de quem é maquiavélico. E só quem já foi passado para trás por pessoas com esses requisitos podem saber a real dimensão do maquiavelismo. É sinistro!!! Há quem admire como brilho de inteligência e seus adeptos estão espalhados por todas as áreas. Na política e no empresariado eles se multiplicam. Na peça A Mandrágora, escrita por Nicolau Maquiavel, as artimanhas são expostas como um jogo. A adaptação de Guilherme Vasconcelos transportou o enredo para o Sertão nordestino, com seus coronéis obtusos, mulheres aparentemente de moral ilibada, mães interesseiras e figuras ardilosas que manipulam situações.

O espetáculo faz duas apresentações no Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu, em Boa Viagem) hoje e no dia 29 de agosto, às 20h.  A montagem conta com incentivo do Governo do Estado por meio do Funcultura.

A Mandrágora, dirigida por Marcondes Lima, ganha as cores-clichês do Nordeste, com as flores das chitas do cenário, por exemplo. A trama está centrada no desejo sexual de Calímaco, um paraibano radicado no Recife, por Lucrécia, esposa de moral impoluta do Coronel Nício Calfúcio. O casal tem uma dificuldade. Não consegue ter filhos. Parênteses: Os velhacos atuam sempre na área da fragilidade dos outros. Para resolver a sua cobiça e fingir que está solucionando o problema do casal, Calímaco, se passa por médico e receita um infalível e mortal remédio à base de Mandrágora (planta afrodisíaca).

A arte de enganar e a degradação dos valores morais ganham um tom de comicidade da “mangação da casca de banana”, da “sambada sobre o cadáver”, do “aplauso para os corruptos” que na rebatida com a realidade brasileira produz irritação. Tudo é meio over no espetáculo. Exagero nas interpretações, nos figurinos, no cenário, no sotaque. Tudo isso, talvez, para destacar o ridículo de toda situação. Há quem goste dessas maquinações.

Serviço
Espetáculo A Mandrágora
Quando: 22 a 29 de agosto de 2015, às 20h
Onde: Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu)
Av. Boa Viagem, s/n , bairro de Boa Viagem. (81) 3355-9821
Ingressos: R$ 20,00 (meia: R$ 10,00)

Ficha técnica
Texto: Nicolau Maquiavel
Adaptação: Guilherme Vasconcelos
Direção: Marcondes Lima
Assistente de Direção: Taveira Junior
Figurinos, Cenários e Adereços: Marcondes Lima
Assessoria de Imprensa: Gianfrancesco Mello
Programação Visual: Cláudio Lira
Plano de Iluminação: Játhiles Miranda
Execução de Iluminação: Játhiles Miranda
Pesquisa Musical: Samuel Lira
Execução de Sonoplastia: Ricardo Correia
Plano e Execução de Maquiagem: Marcondes Lima
Produção Executiva: Taveira Junior
Assistente de Produção: Thalita Gadêlha.
Elenco: Flávio Andrade (Calímaco), Mário Antônio Miranda (Coronel Nício Calfúcio), Nínive Caldas (Lucrécia), Diógenes de Lima (Ligúrio), Normando Roberto Santos (Padre Timóteo), Auricéia Fraga (Dona Sóstrata), Múcio Eduardo (Siro) e Thalita Gadêlha (Mulher).
Recomendação etária: 14 anos.
Duração: 70 minutos.

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Espetáculos no Luiz Mendonça

Atores Geysa Barlavento e Luiz Veloso em Como a lua. Foto: Laryssa Moura

Atores Geysa Barlavento e Luiz Veloso em Como a Lua. Foto: Laryssa Moura

Começou nesta quinta-feira (20/08) o projeto Hoje Tem Espetáculo, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem. A programação segue até o dia 3 de setembro, com quatro montagens: Como a Lua, da Mambembe Produção Artística, Espectro da Gesttus Grupo de Dança, A Mandrágora da Galharufas Produções e Flicts – A História de uma cor, do grupo Arte em Movimento. Os espetáculos foram selecionados através do edital do Teatro Luiz Mendonça, que é um equipamento da Prefeitura do Recife. Dirigido às montagens de artes cênicas (circo, dança, ópera e teatro), o edital é lançado semestralmente para a ocupação nos meses de abril e agosto.

Hoje e nas quintas-feiras, 28 de agosto e 3 de setembro, às 15h, a pauta está reservada para a peça Como a Lua. O texto do paulista Vladimir Capella (falecido em abril deste ano) apresenta a paixão do índio Payá pela índia Colón e também toca em temas mais intricados para crianças, como perda, morte e mudança, de forma poética. Com direção de José Manoel, que já ergueu a peça anos atrás, o elenco é formado por oito atores ganhou trilha sonora de Samuel Lira. O espetáculo vai participar da programação do festival Porto Alegre em Cena, em setembro.

Espetáculo de dança Espectro. Foto:  Matheus Wanderley / Divulgação

Espetáculo de dança Espectro. Foto: Matheus Wanderley / Divulgação

As sextas-feiras, 21 e 28 de agosto, às 20h, estão reservadas o espetáculo de dança Espectro, com direção de Larissa Porto e Vannina Porto. A montagem de dança moderna é fundamentada em estudos aprofundados do psicanalista Carl G. Jung e tem trilha sonora da obra de Billie Holiday. Quinze bailarinos se lançam sobre o tema do ego humano, a afinação da personalidade, a individuação, destacando os tons escuros, sombras e trevas. A montagem tem duração de 45 minutos.

A Mandrágora foi deslocada para o Sertão nordestino. E mosra os ardis de Calímaco para conquistar Lucrécia, a leal esposa do Coronel Nício Calfúcio. Temas caros a Maquiavel, como deterioração civil e religiosa, corrupção e perversão de valores morais são explorados com humor na adaptação de Guilherme Vasconcelos com encenação de Marcondes Lima. Nos sábados 22 e 29 de agosto, às 20h.

Flicts sugere reflexão sobre a intolerância. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Flicts sugere reflexão sobre a intolerância. Foto: Pedro Portugal / Divulgação

Flicts – A História de uma Cor fecha o quarteto de peças do projeto. A adaptação de Aderbal Junior do texto de Ziraldo, acompanha procura de reconhecimento na cidade grande de uma cor que não se encaixilha nos padrões. A montagem sugere uma reflexão sobre intolerâncias. As apresentações são nos dias 23 e 30 de agosto às 16h.

SERVIÇO

Projeto Hoje Tem Espetáculo
Onde: Teatro Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu, Boa Viagem
Informações: 3355 9821/ 9822 

Como a Lua
Quando: 20, 27/08 e 03/09 (quintas-feiras), às 15h
Ingresso: R$ 30,00 (inteira) R$ 15,00 (meia)

Espectro
Quando: 21 e 28/08 (sextas-feiras), às 20h
Ingresso: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia).

As hipocrisias são esquadrinhadas em A Mandrágora. Foto:  Roberto Ramos / Divulgação

As hipocrisias são esquadrinhadas em A Mandrágora. Foto: Roberto Ramos / Divulgação

A Mandrágora
Quando: 22 e 29/08 (sábados), às 20h
Ingresso:  R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

Flicts – A História de uma cor
Quando: 23 e 30/08 (domingos), às 16h
Ingresso:R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

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Janeiro de Grandes Espetáculos divulga selecionados

A coordenação do Janeiro de Grandes Espetáculos divulgou a lista dos espetáculos pernambucanos selecionados para participar da próxima edição do festival, que será realizada entre 14 e 31 de janeiro de 2015. Outros espetáculos pernambucanos devem integrar a grade do festival, mas como convidados.

Confira:

Teatro Adulto:
A dona da história (Duas Companhias)
Doroteia (Companhia Teatro Seraphim)
Frei Molambo (Naldo Venâncio Produções)
Gaiola de Moscas (Grupo Peleja)
Estreia: A Mandrágora (Galharufas Produções)
Comissão de seleção: Marcelino Dias, Ana Nogueira, Moisés Neto, Paulo de Castro

A dona da história. Foto: Renata Pires

A dona da história. Foto: Renata Pires

Frei Molambo

Frei Molambo

Teatro para infância e juventude:
Como a Lua (Elias Vilar e Mambembe Produções)
Haru – A Primavera do Aprendiz (Rapha Santa Cruz Produções Artísticas)
Trueque (Cia Animée)
Comissão de seleção: Paulo de Castro, Paula de Renor, Carla Valença

Como a lua. Foto: Pedro Portugal

Como a lua. Foto: Pedro Portugal

Trueque. Foto: Renata Pires

Trueque. Foto: Renata Pires

Dança:
Anticorpo (Saulo Uchôa)
Frevo de Casa (Hudson Wlamir)
Peba (Iara Sales e e Tonlin Cheng)
Rio de Contas (Cia de Dança do Sesc Petrolina)
Estreia: Cara da Mãe (Coletivo Cênico Tenda Vermelha)
Comissão de seleção: Francini Barros, Adriana gueres, Will Robson e Paula de Renor

Anticorpo. Foto: João Paulo Lira

Anticorpo. Foto: João Paulo Lira

Rio de contas

Rio de contas. Foto: Lizandra Martins

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