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As pulsações da 5ª MITsp

", Dirigida pelo polonês Krystian Lupa a peça Árvores abatidas é inspirada no romance de Thomas Bernhard. Foto: Natalia Kabanow / Divulgação

Dirigida pelo polonês Krystian Lupa, a peça Árvores Abatidas é inspirada no romance de Thomas Bernhard. Foto: Natalia Kabanow / Divulgação

Desde a primeira edição, a MITsp assumiu impotentes papéis de conectar o Brasil com o teatro contemporâneo do mundo, incentivar o exercício do pensamento no borramento de fronteiras artísticas e de levar para o centro da cena questões urgentes sobre humanidade e a luta contra desumanidades. Neste ano, na sua quinta versão, a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo além da vocação inicial também investe na projeção internacional de produções brasileiras, com o eixo da MITbr.

A MITsp começa nesta quinta-feira, no Auditório do Ibirapuera, com a apresentação para convidados do espetáculo Suíte n°2, do diretor francês Joris Lacoste, artista em foco dessa temporada. O espetáculo integra o projeto Enciclopédia da Palavra, iniciado em 2007. A dramaturgia é costurada a partir de uma série de textos, que vão de pesquisas médicas a cartas de amor, passando por discursos de políticos, coletados pelo autor nos últimos 11 anos.

São dez montagens com a participação de artistas de diversos países como Alemanha, Argentina, França, Polônia, Reino Unido, Suíça e Uruguai. A programação prossegue até o dia 11, que fecha com a performance A gente se vê por aqui, do brasileiro Nuno Ramos, com duração de 24 horas no Teatro Galpão do Folias

As peças são inéditas no país; todas com a ideia de chacoalhar as certezas sobre arte e vida.

O festival, que tem como diretor artístico Antônio Araújo e diretor de produção Guilherme Marques, conta neste ano com o menor orçamento desde a primeira edição. Em 2018 a MITsp foi erguida com R$ 2,1 milhões — foram R$ 2,9 milhões em 2017, R$ 3,4 milhões em 2016, e R$ 3,2 milhões em 2015.

Campo Minado. Foto Tristam Kenton / Divulgação

Campo Minado. Foto Tristam Kenton / Divulgação

A guerra das Malvinas (1982) deixou suas marcas insuperáveis. E é isso que a dramaturga argentina Lola Arias investiga no espetáculo Campo Minado, ao contrapor posições e lembranças de ex-combatentes argentinos e ingleses. Outra encenação que também investe nas relações entre arte, política e história é País Clandestino, que junta autores-atores-diretores de cinco países diferentes – Florencia Lindner (Uruguai), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Maëlle Poesy (França) e Pedro Granato (Brasil).

A cidade síria de Palmira, saqueada e destruída pelo Estado Islâmico em 2015, é inspiração de Palmira, que embaralha realidade e ficção no espetáculo do francês Bertrand Lesca e do grego Nasi Voutsas, para discutir vingança e barbárie.

O solo Sal, da atriz e dramaturgo inglesa Selina Thompson prossegue com o debate sobre sobre racismo, colonialismo e pós-colonialismo, presente em outras edições da MITsp. A intérprete reconstrói no espetáculo a viagem que fez em um navio cargueiro em 2016, por uma das antigas rotas de comercialização de escravos, que passava por Inglaterra, Gana e Jamaica, para questionar: “Como a história e as relações coloniais permanecem em nosso cotidiano?”.

O Hamlet do dramaturgo e diretor suíço Boris Nikitin está revoltado com a plateia e com o mundo. E para traduzir sua indignação, ele conta com o suporte de um quarteto barroco para transitar entre a performance, os teatros documentário e musical.

King size, a montagem do suíço Christoph Marthaler envereda por novas possibilidades criativas do gênero musical. Com um repertório eclético, que vai desde composições de Schumann até músicas do Jackson 5, a encenação aposta na comicidade de experimentos vocais e corporais inusitados.

Árvores Abatidas, do veterano diretor polonês Krystian Lupa, é uma peças das mais aguardadas. A violência com que a realidade se imiscui no teatro ganha potência em suas obras, salientando a falta de sintonia entre o mundo da arte e o da política, com a crescente intolerância da parte mais poderosa para impor suas decisões.

Inspirada no romance homônimo do austríaco Thomas Bernhard, Árvores Abatidas ressalta a dificuldade de diálogo, o jogo de força, a precarização das condições de trabalho para o artista, e que função é essa que a arte desenvolve no século 21. Na peça, 13 atores interpretam artistas que outrora quiseram fazer a revolução do mundo. Mas as pessoas da sala de jantar, os velhos amigos, domesticaram seus ímpetos utópicos em troca de conforto, contratos e poder. Ah, o capitalismo! é muito convincente.

Para além dos espetáculos da Mostra principal e da MITbr, outros dois eixos reforçam a robustez da MITsp. São as Ações Pedagógicas, com curadoria de Maria Fernanda Vomero, com workshops e oficinas. E os Olhares Críticos, com curadoria de Luciana Romagnolli e Daniele Ávila Small, trazem potentes debates sobre censura, violência e arte no Brasil e muitas outras questões..

O Satisfeita, Yolanda? acompanha essa jornada da MITsp. Mais sobre a MITsp no blog: 

http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2018/03/01/o-brasil-na-mitsp/

PROGRAMAÇÃO

1º de Março

CAMPO MINADO (da Argentina, com direção de Lola Arias)
20h – Teatro Sesi SP

Cerimônia de Abertura MITsp
20h30 – Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer
* para convidados

SUÍTE Nº2 (da França, com direção de Joris Lacoste)
21h – Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer
*para convidados

2 de Março

Pensamento-em-Processo: AUDIOREFLEX
11h-12h – Museu da Imigração

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
12h-14h – Museu da Imigração

PONTOS DE VISTA – Performance Pública
14h30-18h – Praça da República

ÁRVORES ABATIDAS (da Polônia, com direção de Krystian Lupa)
18h – Sesc Pinheiros

CAMPO MINADO (da Argentina, com direção de Lola Arias)
20h – Teatro Sesi SP
*Pensamento-em-Processo

SUÍTE Nº2 (da França, com direção de Joris Lacoste)
21h – Auditório Ibirapuera- Oscar Niemeyer
*Diálogos Transversais com Luz Ribeiro

3 de Março

PONTOS DE VISTA – Performance Pública
10h-13h – Praça da Sé

Pensamento-em-Processo: SUÍTE Nº2
11h – Itaú Cultural

Roda de Conversa – Des-normatividade: Possibilidades Criativas de Expressão
13h-15h – Oficina Cultural Oswald de Andrade

ÁRVORES ABATIDAS (da Polônia, com direção de Krystian Lupa)
18h – Sesc Pinheiros

CAMPO MINADO (da Argentina, com direção de Lola Arias)
20h – Teatro Sesi SP
*Diálogos Transversais com Márcio Seligmann-Silva

KING SIZE (da Suíça, com direção de Christoph Marthaler)
21h – Sesc Vila Mariana

SUÍTE Nº2 (da França, com direção de Joris Lacoste)
21h – Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer

4 de Março

VOCÊ TEM UM MINUTO PARA OUVIR A PALAVRA? – Performance Pública
10h-15h30 – Av. Paulista (esquina com a Rua Teixeira da Silva) /se estiver chovendo, a atividade será realizada na Casa das Rosas

Apresentação de Experimento Cênico, resultado da Residência Textos Cotidianos em Cena, realizada por Susanne Kennedy
11h-11h30 – Goethe-Institut São Paulo

Intervenção e Mediação no Espaço Público – Conversa com Nayse López e Ana Luisa Santos
15h30-16h30 – Avenida Paulista (esquina com a Rua Teixeira da Silva) /se estiver chovendo, a atividade será realizada na Casa das Rosas

ÁRVORES ABATIDAS (da Polônia, com direção de Krystian Lupa)
17h – Sesc Pinheiros

CAMPO MINADO (da Argentina, com direção de Lola Arias)
18h – Teatro Sesi SP

KING SIZE (da Suíça, com direção de Christoph Marthaler)
18h – Sesc Vila Mariana
*Diálogos Transversais com Charles Gavin

5 de Março

Abertura Comemorativa: Daqui a 10 anos…
Prática da Crítica
14h-16h – Goethe-Institut SP

Conversa entre Joris Lacoste e Nuno Ramos
19h-21h – Itaú Cultural

PALMIRA (com texto, direção e performance de Bertrand Lesca (França) e Nasi Voutsas (Grécia)
21h – Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno

6 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Pensamento-em-Processo: KING SIZE
11h – Itaú Cultural

Masterclass com Victoria Pérez Royo
14h-16h – Itaú Cultural

CARANGUEJO OVERDRIVE – MITbr (do Brasil, Rio de Janeiro, com Aquela Cia. de Teatro. Direção: Marco André Nunes)
16h e 18h30 – Teatro Sesi SP

LEITE DERRAMADO – MITbr (do Brasil, São Paulo, com Cia. Club Noir. Direção: Roberto Alvim)
18h – Teatro João Caetano

NÓS, OS OUTROS ILESOS – MITbr (do Brasil, Direção: Carolina Mendonça)
19h e 21h – Casa do Povo

VAGA CARNE – MITbr (do Brasil. Concepção, atuação e texto: Grace Passô)
21h e 23h – Galpão do Folias

HAMLET (da Suíça, com direção de Boris Nikitin e performance de Julian Meding)
21h – Teatro FAAP

PALMIRA (com texto, direção e performance de Bertrand Lesca (França) e Nasi Voutsas (Grécia)
21h – Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno
*Diálogos Transversais com Christian Dunker

KING SIZE (da Suíça, com direção de Christoph Marthaler)
21h – Sesc Vila Mariana

7 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Pensamento-em-Processo: HAMLET
10h – Itaú Cultural

Pensamento-em-Processo: PALMIRA
11h – Itaú Cultural

Debate + Lançamento de Livros
14h-16h30 – Itaú Cultural

Mesa Redonda – O Devir Negro do Mundo + Lançamentos N-1
16h30-18h30 – Itaú Cultural

LEITE DERRAMADO – MITbr (do Brasil, São Paulo, com Cia. Club Noir. Direção: Roberto Alvim
18h – Teatro João Caetano

A EMPAREDADA DA RUA NOVA – MITbr (do Brasil, E² Cia de Teatro e Dança. Direção Geral e interpretação: Eliana de Santana)
20h e 22h – Sesc Ipiranga

HOTEL MARIANA – MITbr (do Brasil. Idealização e pesquisa: Muniz Pedrosa. Direção: Herbert Bianchi
20h – Complexo Cultural Funarte SP

HAMLET (da Suíça, com direção de Boris Nikitin e performance de Julian Meding)
21h – Teatro FAAP
*Diálogos Transversais com Marcelo Caetano

PALMIRA (com texto, direção e performance de Bertrand Lesca (França) e Nasi Voutsas (Grécia)
21h – Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno

sal. (do Reino Unido, com direção de Dawn Walton e texto e performance de Selina Thompson)
21h30 – Itaú Cultural

8 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Seminário Artes Cênicas: Desafios para Internacionalização
9h-12h – Itaú Cultural

Assembleia Geral – Democracia e Representação no Mundo Contemporâneo
10h-12h – Goethe-Institut São Paulo

Mesa-Redonda – O Mal-Estar das Mediações e o Isolamento da Arte
14h-17h – Itaú Cultural

Estreia do Filme Tribunal Congo
20h-22h – Espaço Itaú de Cinema Anexo

IMPREVISÍVEL – Ensaio aberto – MITbr (do Brasil, São Paulo, com o Núcleo de Improvisação. Concepção, Direção Artística e Preparação Corporal: Zélia Monteiro)
14h – Sede do Teatro da Vertigem

RISO – Ensaio aberto – MITbr (do Brasil, São Paulo, com o núcleo de dança key zetta e cia. Direção: Key Sawao e Ricardo Iazzetta.
15h – Sede do Teatro da Vertigem

CANTO PARA RINOCERONTES E HOMENS – MITbr (do Brasil, São Paulo. Com o Teatro do Osso. Direção de Rogério Tarifa (Cia do Tijolo e Cia São Jorge de Variedades)
17h – Galpão do Folias

HOTEL MARIANA – MITbr (do Brasil. Idealização e pesquisa: Muniz Pedrosa. Direção: Herbert Bianchi
20h – Complexo Cultural Funarte SP

DINAMARCA – MITbr (do Brasil, Pernambuco, com o Grupo Magiluth. Direção: Pedro Wagner)
21h – Centro Compartilhado de Criação

HAMLET (da Suíça, com direção de Boris Nikitin e performance de Julian Meding)
21h – Teatro FAAP

sal. (do Reino Unido, com direção de Dawn Walton e texto e performance de Selina Thompson)
21h30 – Itaú Cultural

9 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Seminário Artes Cênicas: Desafios para Internacionalização
9h-12h – Itaú Cultural

Pensamento-em-Processo: sal.
11h – Itaú Cultural

Roda de Conversa – Intersecções entre Poéticas Não Verbais
12h30-14h – Memorial da Resistência

Mesa-Redonda – Crítica Não é Censura: De Quem é a Arte que Pode Tudo?
13h30-18h – Itaú Cultural

PROCEDIMENTO 2 PARA LUGAR NENHUM – MITbr (do Brasil, São Paulo. Concepção e direção geral: Vera Sala)
15h – Oficina Cultural Oswald de Andrade

CANTO PARA RINOCERONTES E HOMENS – MITbr (do Brasil, São Paulo. Com o Teatro do Osso. Direção de Rogério Tarifa (Cia do Tijolo e Cia São Jorge de Variedades)
17h – Galpão do Folias

DE CARNE E CONCRETO Uma Instalação Coreográfica – MITbr (do Brasil, Brasília [DF], com Anti Status Quo Companhia de Dança. Direção Artística, Dramaturgia e Conceito: Luciana Lara)
20h – Tendal da Lapa

sal. (do Reino Unido, com direção de Dawn Walton e texto e performance de Selina Thompson)
20h – Itaú Cultural

PAÍS CLANDESTINO (com direção, texto e performance de Maëlle Poesy (França), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Pedro Granato (Brasil) e Florencia Lindner (Uruguai)
21h – Teatro Cacilda Becker

DNA DE DAN – MITbr (do Brasil, Curitiba. Concepção e Performance: Maikon K)
21h – Sesc Ipiranga

DINAMARCA – MITbr (do Brasil, Pernambuco, com o Grupo Magiluth. Direção: Pedro Wagner)
21h – Centro Compartilhado de Criação

10 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
9h-17h – Museu da Imigração

Pensamento-em-Processo: PAÍS CLANDESTINO
11h – Itaú Cultural

Cena Contemporânea: Panoramas Críticos
14h-18h – Itaú Cultural

PROCEDIMENTO 2 PARA LUGAR NENHUM – MITbr (do Brasil, São Paulo. Concepção e direção geral: Vera Sala)
15h – Oficina Cultural Oswald de Andrade

DNA DE DAN – MITbr (do Brasil, Curitiba. Concepção e Performance: Maikon K)
18h – Galeria Vermelho

DE CARNE E CONCRETO Uma Instalação Coreográfica – MITbr (do Brasil, Brasília [DF], com Anti Status Quo Companhia de Dança. Direção Artística, Dramaturgia e Conceito: Luciana Lara)
20h – Tendal da Lapa

Entrevista Pública com Krystian Lupa
20h-22h – Sesc Pinheiros

sal. (do Reino Unido, com direção de Dawn Walton e texto e performance de Selina Thompson)
20h – Itaú Cultural
*Diálogos Transversais com Ana Maria Gonçalves

PAÍS CLANDESTINO (com direção, texto e performance de Maëlle Poesy (França), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Pedro Granato (Brasil) e Florencia Lindner (Uruguai)
21h – Teatro Cacilda Becker

11 de Março

AUDIOREFLEX (com texto e direção de José Fernando de Azevedo (Brasil), Alejandro Ahmed (Brasil), Ariel Efraiam Ashbel (Israel), Rita Natálio (Portugal) e Claudia Bosse Alemanha).
10h-17h – Museu da Imigração

Roda de Conversa – Através das Fronteiras: Imigração, Refúgio e Arte
11h-13h30 – Oficina Cultural Oswald de Andrade

Mesa-Redonda – Amor e Ódio ao Corpo no Brasil
14h-16h30 – Avenida Paulista (esquina com a Rua Teixeira da Silva)/se chover, a atividade será realizada na Sede do Teatro da Vertigem

PAÍS CLANDESTINO (com direção, texto e performance de Maëlle Poesy (França), Jorge Eiro (Argentina), Lucía Miranda (Espanha), Pedro Granato (Brasil) e Florencia Lindner (Uruguai)
18h – Teatro Cacilda Becker
*Diálogos Transversais com André Dahmer

A GENTE SE VÊ POR AQUI (do Brasil, com direção de Nuno Ramos)
de 21h do dia 11/3 às 21h do dia 12/3 – Galpão do Folias

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O Brasil na MitSp

Bruno Parmera, em Dinamarca. Foto: Ivana Moura

Bruno Parmera, em Dinamarca. Foto: Ivana Moura

Além de importar, exportar. Uma ação para dar visibilidade e fomentar a circulação internacional de espetáculos brasileiros contemporâneos ganha espaço na quinta Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – MITsp 2018. Trata-se do eixo MITbr – Plataforma Brasil, que neste projeto piloto aglutina montagens de grupos e artistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco, Brasília e Minas Gerais. A curadoria é assinada pelos especialistas em artes cênicas Wellington Andrade, Christine Greiner e Felipe Assis e contempla 13 produções, que terão na plateia programadores de festivais nacionais e internacionais.

Pulsam nessas encenações, urgências sobre o Brasil, reconfigurações e confrontos de mentalidades. O Grupo Magiluth, de Pernambuco, comparece com Dinamarca, montagem que dilacera o conceito de felicidade a partir de uma ideia predominante de perfeição daquele país nórdico e traça outros fios para convocar Shakespeare e seu Hamlet.

Giordano Castro, um dos atores e dramaturgo de Dinamarca tenta explicar em cena o conceito de “hygge”, que não tem uma tradução precisa, mas tem a ver com conforto, bem-estar. “Nada de falar de política, religião, questões raciais, questões de gênero ou questões de superioridade biológica…”, determina. Isso é uma ironia???

O imperativo da ideia de felicidade também está nos questionamentos criativos de Nós, os Outros Ilesos, primeira montagem brasileira do dramaturgo japonês Toshiki Okada e direção de Carolina Mendonça.

Ao todo s]ao 11 espetáculos e dois ensaios abertos. Da panorâmica crítica até o osso de Leite Derramado, uma evolução carnavalizada do Brasil, de golpes e contragolpes, inspirada no livro de Chico Buarque de Holanda, com direção de Roberto Alvim. Passando pela maior tragédia ambiental brasileira, retratada do ponto de vista do relato de suas vítimas, em Hotel Mariana.

Também estão na MITbr Caranguejo Overdrive, que questiona como as políticas públicas direcionam as exclusões e o adoecimento da população, com a transformação das cidades. A programação também inclui a exuberância interpretativa de Grace Passô em Vaga Carne. A lenda urbana de um episódio recifense sobre o emparedamento de uma jovem dançado por Eliana Santana.

Confira a programação.

CARANGUEJO OVERDRIVE

Foto: Leandro Lima / Divulgação

Peça extrapola temporalidades, indo da Guerra do Paraguai aos processos políticos recentes. Foto: Leandro Lima / Divulgação

“Caranguejo Overdrive, espetáculo da carioca Aquela Cia. de Teatro, é fruto da potência da reverberação até os dias de hoje das ideias do Manguebeat, surgido na capital pernambucana, Nordeste do Brasil, na década de 1990. No movimento que teve como propulsores nomes como Chico Science, Nação Zumbi, Fred Zero Quatro e Renato L, a música assumiu caráter político, de manifestação e denúncia social. As letras estavam cheias de referência ao Recife; em 1991, segundo uma pesquisa do Instituto de Washington, a quarta pior cidade do mundo para se viver. “É só uma cabeça equilibrada em cima do corpo / Escutando o som das vitrolas que vem dos mocambos / Entulhados à beira do Capibaribe / Na quarta pior cidade do mundo”, dizia Antene-se, de Chico Science”.

Trecho da crítica de Pollyanna Diniz Da lama ao caos (Carioca Aquela Cia. de teatro revisita Manguebeat e Josué de Castro para tratar de história, desejo e impossibilidadespara o  MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos / SESC SP. Disponível no link http://mirada.sescsp.org.br/2016/critica/da-lama-ao-caos/

Quando: Dia 06/03, às 16h e às 18h30
Onde: Teatro Sesi SP
Duração: 60 min – com legenda
Classificação indicativa: Acima de 12 anos

Ficha Técnica

Texto: Pedro Kosovski
Direção: Marco André Nunes
Com Carolina Virguez, Alex Nader, Eduardo Speroni, Fellipe Marques, Matheus Macena
Músicos em cena: Felipe Storino, Maurício Chiari e Samuel Vieira
Direção Musical: Felipe Storino
Iluminação: Renato Machado
Instalação Cênica: Marco André Nunes
Ideia Original: Maurício Chiari
Produção: Núcleo Corpo Rastreado
Produção Executiva: Thaís Venitt
Realização: Aquela Cia. De Teatro

 

LEITE DERRAMADO

Foto: Edson Kumasaka / Divulgação

O personagem gagá é defendido de forma brilhante pela atriz Juliana Galdino. Foto: Edson Kumasaka / Divulgação

“O som de Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, ocupa a cena propondo emoções contraditórias: de um ufanismo arraigado e de um profundo desprezo por tudo que está instalado no país. A cada verso as camadas de pele são arrancadas à força, numa ação brutal de descolar carnes da formação brasileira; dando um jeito de contrabandear parentescos e fazer sumir irmandades. Essa afecção de identidades como linguagem só me alcançou ao final da sessão da estreia nacional do espetáculo Leite derramado, versão cênica do romance de Chico Buarque de Hollanda (publicado em 2009), adaptado e dirigido por Roberto Alvim (…)  Eulálio d’Assumpção é um velho decrépito, que ostenta no corpo, na voz e nos gestos ressonâncias do antepassado aristocrata e da decadência dos descendentes (…) O oligarca centenário falido enverga o ocaso de sua linhagem de filhos únicos, o fim da fileira de excessos, ele mesmo derramado no corredor de um leito de hospital público”.

Trecho da crítica de Ivana Moura Alves (eu) Quebra de pactos no país dos Eulálios (Espetáculo Leite Derramado, versão cênica do romance de Chico Buarque, convoca a memória delirante do protagonista centenário para falar do Brasil de hoje) para o  MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos / SESC SP. Disponível no link http://mirada.sescsp.org.br/2016/critica/critica-quebra-de-pactos-no-pais-dos-eulalios/

Quando: Dia 06 e 07/03 às 18h
Onde: Teatro João Caetano
Duração: 60 min – Com legenda
Classificação indicativa:  Acima de 16

Ficha Técnica

Texto Original: Chico Buarque
Adaptação, Direção e Cenografia: Roberto Alvim
Com Juliana Galdino, Filipe Ribeiro, Taynã Marquezone, Caio D’aguilar, Lenon Sebastian, Luis Fernando Pasquarelli, Nathalia Manocchio e Luiz Otavio Vizzon
Trilha Sonora Original: Vladimir Safatle
Iluminação: Domingos Quintiliano
Figurinos: João Pimenta
Desenho de Som: LP Daniel
Cenotecnia e Adereços: Fernando Brettas
Programação Visual: Vicka Suarez
Fotos e Vídeos: Edson Kumasaka
Crítico Interno: Welington Andrade
Assistente de Direção: Steffi Braucks
Técnico de som e Microfonista: Dug Monteiro
Técnico de luz: Luiz Fernando Vaz Junior
Direção de Palco: Alex Peixoto
Produção: Dani Angelotti
Realização: Cubo Produções e Cia. Club Noir

 

NÓS, OS OUTROS ILESOS

Foto: Mayra Azzi / Divulgação

Primeira montagem no Brasil de um texto do dramaturgo japonês Toshiki Okada. Foto: Mayra Azzy / Divulgação

As apreensões da classe média às vésperas de uma importante eleição são exploradas a partir do pensamentos, ações e dúvidas de um casal prestes a se mudar para um apartamento recém-construído. Borrando as fronteiras entre ação e narração, discurso direto e indireto, e de uma linguagem que oscila entre o coloquial e o estranho, os atores revezam-se em diferentes papéis, do marido e esposa, uma amiga e um desconhecido. A ideia de felicidade, o medo diante do outro, a precariedade das relações sociais e a ansiedade em relação ao futuro são temas levantados em Nós, os outros ilesosprimeira montagem no Brasil de um texto do dramaturgo japonês Toshiki Okada, 45, diretor do grupo Chelfitsch.

Direção: Carolina Mendonça
Quando: Dia 06/03 às 19h e às 21h
Onde: Casa do Povo
Duração: 55 min – Com legenda
Classificação indicativa:  Acima de 14

Ficha Técnica

Dramaturgia: Toshiki Okada
Tradução: Rita Kohl
Direção: Carolina Mendonça
Atores: Fernanda Raquel, Lúcia Bronstein, Rodrigo Andreolli e Rodrigo Bolzan Cenografia: Theo Craveiro
Criação de som: Miguel Caldas
Criação de luz: Alessandra Domingues
Figurinos: Ozenir Ancelmo
Produção: Fernanda Raquel
Fotos: Mayra Azzy

 

HOTEL MARIANA

Foto: Custodio Coimbra / Divulgação

Os depoimentos retratam a simplicidade de pessoas que perderam tudo o que tinham. Foto: Custodio Coimbra / Divulgação

O desastre de Mariana, Minas Gerais, ocorreu em 5 de novembro de 2015, no vale do Rio Doce e é considerada a maior tragédia ambiental do Brasil. O rompimento da barragem do Fundão, da mineradora Samarco, despejou cerca de 55 bilhões de litros de lama espessa que se espalhou por 650 quilômetros entre Minas Gerais e Espírito Santo. Deixou 19 mortos, cerca de 300 famílias desalojadas. O distrito de Bento Rodrigues (em Mariana) ficou submerso, os de Paracatu de Baixo (também em Mariana) e Gesteira (em Barra Longa) ficaram destruídos. Fora os prejuízos imateriais, afetivos.

Uma semana após a tragédia,  o dramaturgo Muniz Pedroza visitou as localidades e gravou depoimentos dos sobreviventes. Os relatos perturbadores e surpreendentes são matéria de criação do espetáculo Hotel Mariana. Na peça, dirigida por Herbert Bianchi, os atores – portando fones de ouvido –  escutam as histórias e as reproduzem para o público.

Quando: Dia 07 e 08/03 às 20h
Onde: Complexo Cultural Funarte SP 
Duração: 70 minutos – com legenda
Classificação indicativa:  Acima de 14

Idealização e pesquisa: Muniz Pedrosa
Direção: Herbert Bianchi
Elenco: Angela Barros, Bruno Feldman, Clarissa Drebtchinsky, Fani Feldman, Isabel Setti, Letícia Rocha, Marcelo Zorzeto, Munir Pedrosa, Rita Batata, Rodrigo Caetano
Dramaturgia: Munir Pedrosa e Herbert Bianchi
Assistente de direção: Letícia Rocha
Designer de luz: Rodrigo Caetano
Cenário: Marcelo Maffei e Herbert Bianchi
Cenotécnico: Marcelo Maffei
Figurinos: Bia Piaretti e Carol Reissman
Direção de produção: Munir Pedrosa
Realização: MUN Cultural

 

VAGA CARNE

Foto: Kelly Knevels / Divulgação

Concepção, atuação e texto de Grace Passô. Foto: Kelly Knevels / Divulgação

Vaga Carne é a  história de uma voz rebelde e errante e um corpo invadido. É difícil fazer uma sinopse da peça. A voz tem a capacidade de invadir matérias líquidas, sólidas ou gasosas. Depois de perambular pelo mundo ocupa o corpo da mulher, vasculha o que existe por dentro. ali e passa a se identificar com a imagem que ocupa. E narra essa experiência: o que sente, o que finge sentir, o que é insondável em si, como repercute sua imagem no outro, o que significa um corpo enquanto construção social. Identidade e pertencimentos são temas que estão presentes e não estão no discurso diretamente. Grace Passô arma desconexões entre gestos e falas, num jogo entre palavra e movimento. Numa “tempestade poética”, a atriz ergue questões feminismo, estereótipo, preconceito, sem concluir raciocínios.

Quando: Dia 06/03  às 21h e às 23h
Onde: Galpão do Folias
Duração: 50 min – Com Legenda
Classificação indicativa:  Acima de 14

Ficha Técnica

Concepção, atuação e texto: Grace Passô
Equipe de criação: Kenia Dias, Nadja Naira, Nina Bittencourt e Ricardo Alves Jr.
Luz: Nadja Naira
Técnico e operador de luz: Edimar Pinto
Trilha sonora | operador de som: Ricardo Garcia
Figurino: Virgílio Andrade
Pesquisa e produção: Nina Bittencourt

 

 

A EMPAREDADA DA RUA NOVA

A Emparedada da Rua Nova, obra literária do escritor pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913) foi levada ao palco como uma farsa por um grupo recifense e ganhou as telinhas numa minissérie sensualizada. A montagem pernambucana de 2010 chamada O Amor de Clotilde por um Certo Leandro Dantas investe no melodrama do circo-teatro e abusa dos clichês presentes em folhetins, cinema e novelas. Além disso o grupo insere reviravoltas eletrizantes e dá um novo desfecho para o casal protagonista que viveu um amor proibido no Recife do século 19. A série televisiva aposta na tragédia de um conquistador que seduz de mãe e filha, ambientada num Brasil arcaico.

O solo de dança A Emparedada da Rua Nova, da intérprete e coreógrafa Eliana de Santana parece perseguir o clima original do livro. O texto de Vilela explora o episódio de uma moça que é emparedada viva, por ordem do pai.

Utilizando velas para iluminar o espaço, Eliana de Santana traça evoluções desse corpo murado, num ambiente de mistério. Essa lenda urbana sobre o emparedamento da jovem leva para a cena traços da violência contra a mulher, a situação feminina, num clima sobrenatural de aparições, lembranças e cantos de amor.

Direção: Eliana de Santana
Quando: 07/03, às 20h e 22h
Onde: Teatro do Sesc Ipiranga
Duração: 45 min

Classificação indicativa: Acima de 14

Ficha Técnica

Direção Geral e interpretação: Eliana de Santana
Performer convidado, criação de luz e espaço cênico: Hernandes de Oliveira
Trilha sonora e Figurinos: Eliana de Santana e Hernandes de Oliveira
Operação de luz e som: Rodrigo Eloi Leão
Produção: E² Cia de Teatro e Dança
Fotos: Rodrigo Eloi Leão

 

CANTO PARA RINOCERONTES E HOMENS

Foto Cacá Bernardes

Foto Cacá Bernardes

Canto Para Rinocerontes e Homens é um musical livremente inspirado na peça O Rinoceronte, do dramaturgo franco-romeno Eugène Ionesco (1909-1994). Trata da brutalização do ser humano e a extinção da humanidade. A montagem é do grupo Teatro do Osso, formado por ex-alunos da Escola de Arte Dramática (EAD-USP), com direção: Rogério Tarifa.

Os sete atores da peça cantam em coro para expor a transformação dos homens em rinocerontes. Além do texto de Ionesco.  outras dramaturgias são utilizadas. Cada ator potencializa um tema, como crimes de ódio, violência, queda das utopias, ensino, trabalho e culto a beleza. A obra original, escrita em 1959, é interpretada como uma metáfora para a hegemonia dos regimes totalitários durante a Segunda Guerra Mundial

Quando: Dias 07 e 08/03, às 17h
Onde: Galpão do Folias
Duração: 180 min – Com legenda
Classificação indicativa: Acima de 16

Ficha Técnica

Direção: Rogério Tarifa
Teatro do Osso: Guilherme Carrasco, Isadora Títto, Luísa Valente, João Victor Toledo Murillo Basso, Renan Ferreira, Rubens Alexandre e Viviane Almeida
Dramaturgia: Jonathan Silva, Rogério Tarifa e elenco
Direção Musical e Preparação Vocal: William Guedes
Músicos: Bruno Pfefferkorn e Filipe Astolfi
Composição (Músicas Inéditas): Jonathan Silva
Cenário: Rogério Tarifa
Cenotécnico: Zito Rodrígues
Figurino: Silvana Carvalho, Rogério Tarifa e elenco
Colaboração: Artur Abe
Consciência Corporal e Direção de Movimento: Érika Moura
Desenho de Luz: Rafael Souza Lopes
Operador de Luz: Nara Zocher
Vídeo: Flávio Barollo
Supervisão do Teatro de Animação: Luiz André Cherubini
Fotos: Cacá Bernardes

 

DINAMARCA

Magiluth discute a ideia de hygge, palavra que contém o segredo da felicidade dinamarquesa. Isso é uma ironia??? Foto: Ivana Moura

Magiluth discute a ideia de hygge, palavra que contém o segredo da felicidade dinamarquesa. Isso é uma ironia??? Foto: Ivana Moura

“A montagem atravessa muitas questões urgentes, para uns, como tudo na vida. Como a própria existência. Nada é absoluto. Maneja com habilidade os relativismos. Embrenha-se em círculos de invenções sociais. Com a ironia até a tampa, que às vezes transborda em riso (da plateia inclusive), o espetáculo lacera com palavras e com a articulação sutil das dobraduras da ficção, que se aproxima da realidade dolorosa. A trama de Shakespeare entra na cena de Dinamarca como um trampolim para avistar o Brasil e o mundo de um capitalismo acelerado e excruciante. A montagem é armada para tornar palpável sentimentos molestadores que nos assaltam em 2017/2018. Os golpes invadem o jogo de forma violenta em raios de ironia e cinismo dos discursos dos encastelados”.

Trecho da minha crítica ao espetáculo Dinamarca para o Satisfeita, Yolanda? no link http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2017/08/05/nao-se-enganem-dinamarca-e-pedreira/ 

Mais Dinamarca no Satisfeita, Yolanda?

http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2017/08/02/magiluth-no-reino-feliz-da-dinamarca/

http://www.satisfeitayolanda.com.br/blog/2017/08/10/quatro-visoes-sobre-dinamarca-do-magiluth/

Quando: Dia 08 e 09/03 às 21h
Onde: Centro Compartilhado de Criação
Duração: 80 minutos – com legenda
Classificação indicativa: Acima de 18

Ficha Técnica

Direção: Pedro Wagner
Dramaturgia: Giordano Castro
Elenco: Bruno Parmera, Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral, Lucas Torres
Desenho de Som: Miguel Mendes e Tomás Brandão (Pachka)
Desenho de Luz: Grupo Magiluth
Direção de Arte: Guilherme Luigi
Fotografia: Bruna Valença e Danilo Galvão
Design Gráfico: Guilherme Luigi
Técnico: Lucas Torres
Realização: Grupo Magiluth

 

PROCEDIMENTO 2 PARA LUGAR NENHUM

Foto: MitSp / Divulgação

Trabalho de Vera Sala. Foto: MitSp / Divulgação

Entre o ruir e resistir ao colapso, Vera Sala expõe um corpo em estado alterado de percepção.  No tempo suspenso entre um instante e outro, o corpo se exaure, esvazia, dissolve seus contornos e limites. Elementos como uma placa de vidro, lâmpada piscando, cacos de vidros podem armar conexões com esse corpo repleto de memórias do processo de criação entre derivas, caminhos erráticos e vertigens nesse Procedimento 2 para lugar nenhum. A criadora-intérprete investiga um corpo “instalado”, que produz forma e se reconfigura no ambiente onde se instala.

DireçãoVera Sala
Quando: Dia 09 e 10/03  às 15h
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade
Duração: 50 min
Classificação indicativa:  Acima de 12

Ficha Técnica

Concepção e direção geral: Vera Sala
Arquitetura e luz: Hideki Matsuka
Desenho de som: Tom Monteiro
Estimulo a auto percepção do movimento: José Antonio Lima
Agradecimento pela colaboração artística: Luiz Päetow
Projeto gráfico: Érico Peretta
Técnico de Luz: Igor Sane
Cenotécnico: Wanderley Wagner da Silva
Assistente de produção: Marcelo Leão
Direção de produção: Dora Leão –PLATÔproduções
Colaborações e compartilhamentos: Diego Alves Marques, Rubia Braga
Agradecimentos: Casa das Caldeiras

 

DNA DE DAN

Foto: Guto Muniz

Concepção e performance de Maikon K. Foto: Guto Muniz

Maikon K opera nas fronteiras entre performance, dança e teatro. DNA de DAN é uma dança-instalação inspirada no arquétipo da serpente. Num ambiente inflável e transparente, criado por Fernando Rosenbaum, o artista recebe uma substância no seu corpo, que quando seca funciona como uma outra pele. Depois desse procedimento, o público entra nesse espaço artificial para acompanhar a performance e as transformações no corpo do performer e a capacidade Maikon K de alterar percepções.

Quando: Dia 09/03  às 21h – Sesc Ipiranga
Dia 10/03  às 18h – Galeria Vermelho
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: Acima de 18

Ficha Técnica

Concepção e Performance: Maikon K
Ambiente: Fernando Rosenbaum
Pele: Faetusa Tezelli
Iluminação: Victor Sabbag
Orientação de Movimento: Kysy Fischer
Incentivo: Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna

 

DE CARNE E CONCRETO – UMA INSTALAÇÃO COREOGRÁFICA

Foto Mila Petrillo / Divulgação

Anti Status Quo Companhia de Dança é de Brasília. Foto Mila Petrillo / Divulgação

De Carne e Concreto – Uma Instalação Coreográfica, da Anti Status Quo Companhia de Dança, de Brasília (DF), questiona como viver em sociedade em grandes centros urbanos e a lógica do sistema econômico atual. A peça coreográfica inicia quando o público entra no espaço performático usando sacolas de papel na cabeça, como máscaras. A montagem atua na fronteira entre performance, intervenção urbana, artes visuais, dança contemporânea e experimentos sociais. Os recentes trabalhos do grupo, fundado em 1988, investigam a relação entre corpo e cidade, comportamento social, arte como experiência, arte relacional e participação do espectador.

Quando: Dia 09 e 10/03  às 20h
Onde: Tendal da Lapa
Duração: 140 minutos
Classificação indicativa: Acima de 18

Ficha Técnica

Grupo: Anti Status Quo Companhia de Dança (Brasília – DF)
Direção Artística, Dramaturgia e Conceito: Luciana Lara
Pesquisa e Concepção: Luciana Lara em colaboração com bailarinos e artistas convidados
Elenco: Camilla Nyarady, Cristhian Cantarino, Déborah Alessandra, João Lima, Luciana Matias, Marcia Regina, Raoni Carricondo e Roberto Dagô
Bailarinos Colaboradores do Processo Criativo: Camilla Nyarady, Carolina Carret, Cristhian Cantarino, João Lima, Luara Learth, Raoni Carricondo, Robson Castro e Vinícius Santana
Artistas Convidados Colaboradores do Processo Criativo: Marcelo Evelin, Gustavo Ciríaco e Denise Stutz
Figurino e Máscaras: Luciana Lara e elenco
Assessoria de Iluminação: James Fensterseifer e Marcelo Augusto
Produção: Marconi Valadares
Fotos Divulgação: Mila Petrillo

 

 

 

Riso – ENSAIO ABERTO

A cia. é dirigido por Key Sawao e Ricardo Iazzetta. Foto: Ines Correa / Divulgação

A cia. é dirigido por Key Sawao e Ricardo Iazzetta. Foto: Ines Correa / Divulgação

O que se passa nos corpos e no espaço quando o riso ri?, pergunta o núcleo de dança key zetta e cia., nesse trabalho. O riso se apresenta como proposta política, de tomada de posições, provocação, alívio e felicidade. O riso se materializa no corpo nas coreografias da dança. O riso salta como forma de existir, num território fronteiriço, em que o humor é apenas uma das nuances para criar uma variação de sentidos. Montagem integra o projeto Horizonte, contemplado pelo Programa de Fomento à Dança, da Secretaria Municipal de Cultura São Paulo.

Quando: Dia 08/03  às 14h
Onde: Teatro de Vertigem
Duração: 40 minutos
Classificação indicativa: Acima de 12

*Ingressos distribuídos 1 hora antes no local

Ficha Técnica

Direção: Key Sawao e Ricardo Iazzetta
Criação e Dança: Beatriz Sano, Carolina Minozzi, Key Sawao, Mauricio Florez e Ricardo Iazzetta
Espaço Cênico e Coordenação de Arte: Hideki Matsuka
Encontros intensivos: Nadja Naira, Gustavo Miranda, Luiz Fuganti
Desenho de Luz: Domingos Quintiliano
Design Gráfico: Erico Peretta e Hideki Matsuka (fotos)
Figurinos: Alex Cassimiro
Registro em Vídeo: Doctela
Montagem de vídeo-clipe: Henrique Cartaxo
Produção: Núcleo Corpo Rastreado

 

Imprevisível – ENSAIO ABERTO

Foto: Vitor Vieira / Divulgação

Concepção, direção artística e preparação corporal são assinados por Zélia Monteiro. Foto: Vitor Vieira / Divulgação

O Núcleo de Improvisação aposta na transitoriedade e nas múltiplas possibilidades de conexões da arte no momento em que é criada. Em Improvisação – Ensaio aberto, a dança é composta no presente, na articulação de cada bailarino; no jogo pulsante e imediato com outros elementos da cena como música, luz, espaço, figurinos e principalmente em diálogo com o público.

Quando: Dia 08/03  às 14h
Onde: Teatro da Vertigem
Duração: 40 minutos
Classificação indicativa: Acima de 14

*Ingressos distribuídos 1 hora antes no local

Ficha Técnica

Concepção, Direção Artística e Preparação Corporal: Zélia Monteiro
Criação Dança: Ernesto Filho, Marcela Páez, Mel Bamonte, Paulo Carpino e Zélia Monteiro
Criação Luz: Hernandes de Oliveira
Criação Musical: Felipe Merker Castellani
Criação Figurino: Joana Porto
Produção: Ação Cênica Produções Artísticas
Assistente de Produção: Rafael Petri

 
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Residência e oficinas gratuitas na MITsp

Susanne Kennedy

Encenadora Susanne Kennedy adaptou para o teatro um filme de Fassbinder. Foto: Franziska Sinn /Divulgação 

Quatro ações educativas da 5ª edição da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo estão com inscrições abertas para artistas de todo o país. Uma residência sobre possibilidades de escrita não-criativa no espaço teatral, com a encenadora alemã Susanne Kennedy. Um Workshop sobre internacionalização de espetáculos, com artista e produtora croata Iva Horvat. O outro Workshop, com a dramaturga e encenadora sueca Liv Elf Karlén, discute a desconstrução da normatividade. Além uma Oficina com os cenógrafos e curadores da Mostra Brasileira na Quadrienal de Praga, Aby Cohen e Renato Bolelli Rebouças. A curadoria das Ações Pedagógicas da MITsp (1º a 11 de março de 2018), – que ocorrem antes antes e durante o festival – é assinada por Maria Fernanda Vomero. 

A encenadora alemã Susanne Kennedy volta ao festival depois de ter participado da 4ª edição da MITsp com a encenação intencionalmente estranha ao senso comum Por que o senhor R. enlouqueceu?, concebida a partir do roteiro do filme homônimo (Warum läuft Herr R. Amok, em alemão), de R. W. Fassbinder. O sistema neoliberal está na mira crítica do teatro de Susanne, um dos mais admirados da cena contemporânea alemã. Nessa peça há uma sucessão de quadros que revelam situações cotidianas e aparentemente banais. Mas que estão carregadas de questões sobre a falta de sentido ou o absurdo da existência, que podem levar à loucura.

Textos cotidianos em cena

O ponto principal da residência de Susanne Kennedy para atrizes, atores e performers é a pesquisa com novas formas de linguagem verbal aliadas à precisão das expressões corporal e vocal. A ação ocorre de 19 de fevereiro e 4 de março de 2018, no Instituto Goethe de São Paulo. No domingo, 4 de março, será apresentado o experimento cênico.

A residência integra a pesquisa artística de Susanne, que investiga as possibilidades da escrita não-criativa – de acordo com conceito do poeta e crítico estadunidense Kenneth Goldsmith – no espaço teatral. As performers holandesas Suzan Boogaerdt (atriz de Senhor R.) e Bianca van der Schoot vão administrar a preparação física dos participantes. 

Internacionalização de espetáculos

A artista e produtora croata Iva Horvat, que reside em Barcelona, Espanha, e é fundadora da Art Republic, uma agência voltada para a gestão das artes, vai conduzir um workshop sobre estratégias de divulgação e circulação internacional de espetáculos. O caminho das pedras que muitas companhias brasileiras almejam para entrar no circuito de festivais e temporadas mundiais.

Durante cinco dias, Iva vai abrir o leque de técnicas para orientar sobre o desenvolvimento de plano de internacionalização de projetos teatrais.

Possibilidades criativas de expressão

A normatividade aprisiona, encaixota, engarrafa comportamentos na vida cotidiana e também no teatro. Dá regras sociais e cala singularidades expressivas. Como  exercício para a libertação, a dramaturga e encenadora sueca Liv Elf Karlén, autora do livro Mais que isso – Pensamento sobre Atuação Gênero-curiosa, criou um método sobre como percebemos e performamos gênero, sexualidade e raça tanto no dia a dia quanto na cena. Seu workshop prático apresenta técnicas de desconstrução de estereótipos refletidos com o objetivo de buscar novas e amplas expressões artísticas. Liv Elf Karlén vai desenvolver outras formas de trabalhar com o movimento, com a construção física e simbólica de personagens e com a relação entre corpo e espaço.

Elaboração de cenas e cenários-instalação

Sob orientação de Aby Cohen e Renato Bolelli Rebouças, cenógrafos e curadores da Mostra Nacional Brasileira na Quadrienal de Praga 2019, será realizada uma oficina de criação para diferentes áreas [cenografia/espaço, figurino/adereço, luz/multimidia, som, objetos/bonecos]. A atividade encara a amplitude da linguagem teatral, nas intersecções entre os grupos de participantes de diferentes formações. Serão seis encontros, de 28 de fevereiro a 9 de março, com apresentação dos resultados no último dia.

Serviço

Residência com Susanne Kennedy

De 19/2 a 04/3, de segunda a sábado, das 10h às 15h, com apresentação do experimento cênico no domingo (horário a definir).
Onde: Instituto Goethe – Rua Lisboa, 974, Pinheiros, São Paulo – SP
Público-alvo: atores, atrizes e performers.
Datas de inscrição:
Até 31 de janeiro
Inscrição: envio para o e-mail residencia@mitsp.org de
1. Nome completo, idade, endereço, e-mail e telefone para contato
2. Breve currículo (em Word ou PDF; máximo 300 palavras)
3. Carta de intenção, de preferência nada burocrática (também em Word ou PDF; máximo 400 palavras)
4. Um vídeo (formatos de celular e câmera fotográfica, que possam ser ouvidos e vistos por programas simples de Mac/PC) ou um áudio (wav, mp3 e formatos compatíveis), de no máximo três minutos, em que o candidato grave a leitura, do modo que quiser, com a entonação e o ritmo desejados, de uma notícia de jornal do dia.
Resultado: 7 de fevereiro
Os selecionados terão uma pequena tarefa a fazer – e entregar à curadoria do eixo Ações Pedagógicas – antes do início da residência.

Iva Horvat. Foto: Reprodução do Facebook

Iva Horvat. Foto: Reprodução do Facebook

Workshop Internacionalização de espetáculos com Iva Harvat

Quando: De 19 a 23/2, de segunda a sexta-feira, das 10h às 14h
Onde: Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149, São Paulo)
Participantes: 20 profissionais + um ouvinte-pesquisador
Público-alvo: produtores, curadores, diretores de companhias teatrais e artistas-solo. *Apenas um participante por companhia ou instituição
Inscrição: de 17 de janeiro a 10 de fevereiro
Inscrição: envio para o e-mail curso@mitsp.org de:
1. Nome completo, idade, endereço, e-mail e telefone para contato
2. Breve currículo do candidato e da companhia/instituição para a qual/em que trabalha (em Word ou PDF; máximo 300 palavras)
3. Carta de intenção, de preferência nada burocrática (também em Word ou PDF; máximo 400 palavras), mencionando quais são suas expectativas em relação ao curso
4. Breve descrição de um projeto já desenvolvido ou em andamento que lhe interessaria internacionalizar (em Word ou PDF; máximo 400 palavras) e, de modo opcional, uma imagem de divulgação, se houver
Resultado: 14 de fevereiro

Possibilidades criativas de expressão, com Liv Elf Karlén

Liv Elf Karlén. Foto: Kent Werne / Divulgação

Liv Elf Karlén. Foto: Kent Werne / Divulgação

Quando: De 26/2 a 03/3, de segunda a sábado, das 10h às 15h
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade (Rua Três Rios, 363, Bom Retiro. Metrô Tiradentes)
Participantes: 15 artistas + um ouvinte-pesquisador
Público-alvo: atrizes e atores, bailarinas e bailarinos, encenadoras e encenadoras, performers e ativistas, estudantes e profissionais
Inscrição: de 17 de janeiro a 10 de fevereiro
Inscrição: envio para o e-mail oficina@mitsp.org de
1. Nome completo, idade, endereço, e-mail e telefone para contato
2. Breve currículo (em Word ou PDF; máximo 300 palavras)
3. Carta de intenção, de preferência nada burocrática (em Word ou PDF; máximo 400 palavras)
4. Breve texto em que o/a candidato/a responda: Gênero. Raça. Sexualidade. Quem ou o que determinam o que você, de fato, é? (em Word ou PDF; máximo 300 palavras)
Resultado: 19 de fevereiro

Aby Cohen e Renato Bolelli Rebouças. Fotos: Reprodução da internet

Aby Cohen e Renato Bolelli Rebouças. Fotos: Reprodução da internet

Intersecções entre poéticas não-verbais – Oficina com cenógrafos e curadores da Mostra Brasileira na Quadrienal de Praga Renato Bolelli Rebouças e Aby Cohen
Quando: De 28/2 a 09/3, de quarta a sexta-feira, nas seguintes datas e horários:
28 de fevereiro:  10h às 17h
02 de março: 10h às 17h
05 de março:  10h às 14h
06 de março: 10h às 17h
08 de março: 10h às 17h
09 de março: 11h às 14h (apresentação dos experimentos cênicos, seguida de debate).
Onde: local a definir
Participantes: 20 artistas + um ouvinte-pesquisador
Público-alvo: profissionais e estudantes das seguintes áreas: cenografia e arquitetura cênica; figurino e visagismo; som; luz, audiovisual e multimídia; objetos, marionetes e adereços
Inscrição: de 17 de janeiro a 10 de fevereiro
Inscrição: envio para o e-mail poeticas@mitsp.org de:
1. Nome completo, idade, endereço, e-mail e telefone para contato
2. Breve currículo (em Word ou PDF; máximo 300 palavras). Indicar no campo a qual das áreas descritas acima pertence
3. Carta de intenção, de preferência nada burocrática (também em Word ou PDF; máximo 400 palavras)
4. Uma imagem (em JPG, GIF ou PNG), acompanhada de um parágrafo escrito (máximo 100 palavras), que sintetize um dos seguintes temas:
– Rastro e presença: o ser e a cidade
– Memória: recolher e descartar
– Imaginação: entre o real e o ficcional
Resultado: 19 de fevereiro

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