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Edwin Luisi é o show

Edwin Luisi em Tango, bolero e cha cha cha. Fotos: Pollyanna Diniz

Da primeira vez que protagonizou Tango Bolero e Cha Cha Cha, em 2000, Edwin Luisi arrebatou cinco prêmios de melhor ator (Associação Paulista dos Críticos de Arte-APCA, SHELL, Quality Brasil, Governador Estado Rio de Janeiro e o Mambembe). Ao completar 40 anos de carreira o artista volta com Lana Lee/Daniel, transexual que magnetiza o espetáculo. A montagem faz a terceira apresentação hoje, no Teatro Luiz Mendonça, do Parque Dona Lindu, dentro do projeto Janeiro de Grandes Espetáculos.

O texto é de Eloy Araújo e a direção de Bibi Ferreira. Na trama, Daniel abandonou a família 10 anos antes e volta como o transexual Lane Lee para dar explicações à família sobre o que aconteceu. Ele se transformou numa estrela nos palcos de Paris e Nova York. A mulher mora no mesmo lugar, mudou pouco a disposição dos móveis e é meio lentinha para entender as coisas (ah, está também mais gordinha). O filho, agora adolescente, é revoltado com a atitude do pai, mas ao mesmo tempo mostra-se imaturo e carente.

Esse conflito perde o ar grave com a interpretação de Edwin Luisi – o Genaro da novela Rebelde (Record) – “sarocoteando daqui pra acolá”. Ele pula, dança, grita, explora tiques, e se diverte neste espetáculo.

Edwin Luisi já fez personagens inesquecíveis na televisão, como o protagonista Álvaro da primeira versão de A Escrava Isaura ou o assassino do personagem Salomão Hayala na primeira versão da novela O Astro. A última vez que esteve no Recife, que me lembro, foi com Eu Sou a Minha Própria Mulher, peça em que se multiplicava em 22 papéis diferentes, entre eles, um travesti.

Em Tango Bolero e Cha Cha Cha ele expõe seu talento e o sacrifício de passar quase duas horas “amarrado” por meias, espartilho, sutiã, em cima de um salto. Sua diva é cheia de cacoetes. O humor cáustico e a ironia da protagonista provocam gargalhadas que têm um efeito de onda na plateia.

Daniel volta ao Brasil como Lana Lee e trazendo o noivo Peter

Confesso que não achei tanta graça assim. Apesar de reconhecer o talento, o valor interpretativo do ator principal, prefiro um humor mais sofisticado, mais ao tipo de O deus da carnificina.

Mas o público adora Lana Lee e suas excentricidades. E se diverte com uma dramaturgia que transforma um problema grave em comédia para rir mesmo. Embarca nas tiradas previsíveis, nas piadas infames.

O elenco usa e abusa das gags com alto teor sexual. São personagens caricatas. A que mais se destaca é Carolina Loback, no papel da empregada doméstica “folgada” Genevra, que lembra algum personagem do Sai de Baixo. Ela provoca muitos mal entendidos no espetáculo. O ator que interpreta o filho (Johnny Massaro) é o mais fraco e não dá contraponto a esse humor escrachado, de ritmo frenético.

A folgada empregada Genevra entendeu tudo errado

É demorada demais a revelação. Fica parecendo que a mulher (Alice Borges) que foi trocada pelo bofe é um pouco retardada ou não vive neste mundo. Estica demais o que está óbvio. E o final também promete bem mais do que dá. E aquela enrolação do Peter (Pedro Bosnich) na frente das cortinas como apresentador é demais.

Clarice quase não consegue entender que Lana Lee é Daniel

A peça é recheado de clichês. Mas pode ser encarada como uma comédia de costumes, que questiona com humor o preconceito, inclusive dos que estão rindo.

Lana Lee fazendo sucesso nos palcos de Paris

Momento "eu sou é macho"

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O sertanejo que virou bailarina

A bailarina vai às compras será apresentada no Rio e em São Paulo, antes de vir ao Recife

“Não compreendo quem sou, só compreendo que estou…estou bailarina”.
(A bailarina vai às compras)

Da última vez em que participou do Janeiro de Grandes Espetáculos, o sertanejo de sotaque português Júnior Sampaio interpretava um professor de história. Agora, ele é uma transsexual, bailarina, compulsiva, sem grana. A bailarina vai às compras estreou em Novembro do ano passado, em Lisboa. Como nos meses de dezembro e janeiro, Sampaio foge do frio e vem matar as saudades da terrinha, também poderemos conferir a sua performance por aqui. Mas, antes disso, ele se apresenta no Rio de Janeiro e em São Paulo.

A sinopse diz que A bailarina vai às compras releva um transexual de meia-idade que faz um espetáculo performativo nos corredores de um supermercado; mas o telefone não para de tocar e ele não tem dinheiro para comprar o que colocou no carrinho, então precisa devolver os produtos para as prateleiras.

A bailarina quer “açúcar, farinha, arroz, bens essenciais que não tem dinheiro para pagar. E acaba por devolver tudo e fazer do ato uma terapia contra a compulsão. E oferece-se ao público vulgar, transformando o supermercado no seu teatro e as caixeiras em público. Como todos nós, a personagem faz teatro para que a amem e para se tratar. E escolhe uma máscara que amplia, distancia, enormiza mas aflora a dor das suas dores. Afinal, a bailarina vai comprar amor. E não tem dinheiro para pagar”, explica a portuguesa Maria do Céu Guerra, que assina a coordenação artística do espetáculo.

“A busca da identidade — que começa por ser de género — vai revelando a necessidade da busca de uma identidade artística, uma individualidade… independente de gêneros, um eu artístico independente de julgamentos e de preconceitos, livre”, completa, Rita Lello, responsável pela encenação.

Em 2010, esse filho mais novo de uma família de sete irmãos, que viveu a infância entre uma fazenda e a cidade de Salgueiro, no Sertão pernambucano, me disse que quando ia começar uma nova peça, “um dos critérios é que não seja parecida com nada que fiz. Fujo muito ‘da minha cara’. Tem que ser uma coisa que o espectador queira, precise ouvir. Ligo as antenas para o mundo. Não gosto de fazer peça para o meu umbigo. Adoro o público”. E o público responde…adorou, por exemplo, as duas performances que ele fez no lançamento do Satisfeita, Yolanda?, no Espaço Muda. 😉

A bailarina… é a 44ª criação da companhia ENTREtanto Teatro, sediada em Valongo, em Portugal.

O ator Júnior Sampaio

Ficha técnica:
Texto e dramaturgia: Júnior Sampaio e Quico Cadaval
Coordenação artística: Maria do Céu Guerra
Encenação: Rita Lello
Interpretação: Júnior Sampaio
Figurinos: Manuela Bronze
Cenografia: Bruno Guerra
Voz: Maria Luís França
Desenho de luz: Vasco Letria
Música: Rui Lima e Sérgio Martins
Movimento: Ruben Garcia e Vânia Naia
Operação deluz e som: André Pires
Design: Vitor Cardoso
Fotografia de cena: Sara Verde
Produção Executiva: Amélia Carrapito e Sofia Leal

Serviço:

Dias: 12, 13 e 14 de janeiro, às 21h30
Onde: Teatro Tablado, Rio de Janeiro
Informações: (21) 2294-7847 / 21 2239-0229

Dias: 19, 20 e 21, às 21h
Onde: Espaço Satyros 1, São Paulo
Informações: (11) 3258-6345

Dias: 24 e 25, às 20h30
Onde: Teatro Barreto Júnior, Recife
Informações: (81)3421-8456

Dia: 27, às 20h
Onde: Teatro Rui Limeira Rosal, Caruaru
Informações: (81)3421-8456

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Essas velhinhas não estão no gibi

A atriz e diretora Maria Alice Vergueiro. Fotos: Ivana Moura

A atriz e diretora Maria Alice Vergueiro integrou o Teatro Oficina, foi professora de artes cênicas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e fundou na década de 1970 o legendário Grupo Ornitorrinco, ao lado de Cacá Rosset e Luiz Roberto Galízia. Já interpretou Brecht, Shakespeare, Molière, Chico Buarque, Gerald Thomas e muitos outros. Tem carisma e forte presença cênica. É enfim uma personalidade importante da história do teatro brasileiro.

Mas ficou famosa na web com o vídeo Tapa na Pantera, em que interpreta uma senhora maconheira.

No espetáculo As três velhas a atriz reforça marcas do autor ao criticar a faceta pós-moderna das celebridades instantâneas.

O tom final da peça parece que tem mais pitadas de Maria Alice Vergueiro do que do dramaturgo, cineasta e quadrinista chileno Alejandro Jodorowsky. Uma crítica esfuziante ao sistema de patrocínios, à mercadoria que domina a vida das pessoas e ao próprio capitalismo que tem preço para tudo.

A propaganda é investida de algo cruel. De nobres (ou pseudonobres) elas passam a propagandistas dos refrescos Lulu e com isso consomem o lixo contemporâneo e alimentam a cadeia.

O cenário com tapetes gastos pendurados e um retrato da figura do Conde lembra as glórias do passado e indica uma atmosfera sombria e decadente. A pouca iluminação também remete para um cenário de terror. O exagero da maquiagem e do figurino insiste que o clima é de horror, mas não é para ser levado muito a sério.

Noite de horror e revelações para as marquesas

Num casarão mal-assombrado três criaturas vivem aquele dia da mudança, das revelações. A ruína familiar está exposta em toda parte, inclusive nos diálogos das três criaturas carcomidas pelo tempo e pela fome: duas marquesas octogenárias (Luciano Chirolli e Danilo Grangheia) e a centenária criada Garga (Maria Alice Vergueiro).

Absurdo e o fantástico se misturam nessa fábula bizarra e excessiva, propositalmente kitsch. As irmãs octogenárias Melissa e Graça são marquesas com título de nobreza e sem um tostão. Catam restos e brigam por um único vestido e uma dentadura. São vigiadas por Garga, que pontua e dá nota a tudo, presa em uma cadeira de rodas.

Delirantes, as gêmeas ainda sonham com um casamento para se salvarem da miséria. A criada exerce a função de fio terra para conter a insanidade, mas também funciona como demônio contribuindo para corroer ainda mais o frágil universo combalido.

Falta tudo na mansão e, como nos contos de fadas, vai ocorrer uma festa. Mas só há uma dentadura e um vestido. Então, apenas uma das gêmeas pode comparecer. Vai Graça, a irmã que sempre ganha nas disputas, mas volta estropiada, vítima de um assalto após o baile, onde sonhava reinar como rainha.

A outra que fica, Melissa, delira com o fantasma do pai. O pai castrador de possíveis prazeres, pedófilo, tirano incestuoso que violentava as filhas. Ela também protagoniza um fellatio explícito num cavaleiro mascarado, que sugere um ser mítico, um Exu do candomblé.

O grotesco faz rir. Talvez faça pensar.

"Estou em sintonia com a personagem. Quero me doar, mas não só o meu corpo, ao teatro", Maria Alice Vergueiro

O elenco se entrega com paixão aos seus papeis. Com a peça, inclusive, Luciano Chirolli conquistou o Prêmio Shell 2011 de melhor ator.

Não é uma experiência fácil. O menu oferecido ao público não é muito digestivo: ritual de antropofagia, incesto, zoofilia, hipocrisia.

Temas da velhice, perdas, desamparo e solidão poderiam criar um drama denso. Mas não é nada disse que faz Jodorowsky. Ele usa a pilhéria e o grotesco para criar sua fábula. É verdade que no final há um olhar de compaixão, até generoso, sobre essas figuras.

Na encenação, a inevitável falência do corpo humano não recebe uma visão estreita. Tudo é mais complexo. E Maria Alice Vergueiro incorpora o mal de Parkinson que sofre como vigor da personagem.

Jodorowsky é filho de judeus russos. Ele conta em A Jornada Espiritual de Alejandro Jodorowsky que foi concebido com ódio. O pai comerciante teria sido traído pela mãe Sara Felicidade. O pai Jaime espancou e estuprou a mulher Sara e daí nasceu Alejandro.

Ele estudou na França e mudou-se de vez para Paris aos 26 anos. Foi orientado por um budista, viajou com o LSD e hoje confia mais no tarô. Além de dramaturgo e cineasta se autointitula psicomago. Enfim, tem uma sensibilidade esotérica. Fundou, com Roland Topor e Fernando Arrabal, o Moviment Panique, em Paris, no ano de 1962, grupo multimídia, que homenageava o deus grego Pan.

Sua obra é transgressora e mescla símbolos místicos com imagens surreais. Sua obra cinematográfica foi lançado em DVD, pela Tartan Vídeo de Londres – uma coleção de seis discos com os três primeiros filmes de Jodorowsky: Fando e Lis (1968(O Topo, 1970) e The Holy Mountain (A Montanha Sagrada, 1973). Os filmes estão repletos de banhos de sangue e são povoados por personagens mutilados.

Luciano Chirolli, Maria Alice Vergueiro e Danilo Grangheia

Terror e humor é mais que uma rima na arte de Jodorowsky.

Assim também é em As três velhas. Pelo menos as duas gêmeas carregam traumas instigados por fantasmas da infância.
O texto da peça é de 2003. Maria Alice Vergueiro disse que ele só recebeu uma montagem, na Bélgica, com marionetes.

É lógico que lembramos de As Criadas, de Genet, principalmente nos delírios quanto aos papeis na sociedade.

As marquesas decrépitas ganham mais comicidades por serem interpretadas por dois homens travestidos (Maria Alice, inclusive, não queria estar em cena; queria só dirigir. Procurou um terceiro homem para fazer a centenária, mas não conseguiu e entrou no elenco). A troca de ofensas, as ironias, as cortadas , insultos e provocações provocam risos da plateia. Assim foi nas duas sessões apresentadas no Teatro de Santa Isabel, dentro do Janeiro de Grandes Espetáculos. A plateia flertou com a transgressão.

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Teatro de remissão

Texto de autor chileno é inédito. Foto: Fábio Furtado

Encontrei Luciano Chirolli e Maria Alice Vergueiro na manhã de ontem, no saguão do hotel em que eles (e todos os artistas que vem ao Recife participar do Janeiro de Grandes Espetáculos) estão hospedados, no Pina. Batom vermelho, óculos escuros, cadeira de rodas. Maria Alice disse que me acompanhava tomando café – sem açúcar; Luciano pediu um suco de melancia – bem gelado. (Já comecei a conversa feliz, quando Luciano disse que acompanhava o Satisfeita, Yolanda? e inclusive já tinha lido o blog para Maria Alice; sim, às vezes a gente perde a noção de que as pessoas estão lendo o que escrevemos nesse espaço virtual! 😉

Passamos quase uma hora conversando sobre As três velhas, sobre teatro e amor – redundância? Lá pelas tantas: “Conhecemos a plenitude do teatro, que é superior a do amor”, disse Chirolli; “Para mim, é a mesma coisa”, arremata Maria Alice. Os dois trabalharam juntos pela primeira vez na década de 1990; fizeram, por exemplo, O amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu jardim, de Federico Garcia Lorca. “Foi um sucesso, fizemos turnê pela Europa, mais de dez festivais”. O carinho entre os dois transparece.

As três velhas estreou em Agosto de 210 e levou os prêmios Shell 2010 de teatro (melhor ator com Luciano Chirolli) e Cooperativa Paulista de Teatro 2010 (CPTA) de melhor elenco. O texto é inédito: foi escrito pelo chileno Alejandro Jodorowsky em 2003. “Pelo que nos disseram, foi a pedido da ex-mulher do autor, uma atriz mexicana, mas que não chegou a montá-lo”, conta Chirolli. Os atores avisam que a peça é uma fábula e que, por isso, vários recursos teatrais podem ser utilizados. “Nós saímos do realismo, do linear, a voz pode ser diferente, como quando você vai contar uma história a uma criança, ou alguém pode cair no alçapão de repente”, complementa o ator. Apesar do lúdico, adianta Maria Alice, há também muito horror. Até por conta da fome.

Maria Alice Vergueiro interpreta uma centenária. Foto: Fábio Furtado

Sim, porque essas velhas vivem na ilusão de um tempo em que a fartura abundava; mas agora não têm nem o que comer; caçam ratos em casa e olham umas para outras como se estivessem prestes a se atacar. A peça começa com um baile, em que só uma pode ir, porque só há um vestido, uma dentadura, uma peruca. “Estou tendo uma compaixão muito grande por essas mulheres, violentadas, esquecidas, por uma sociedade patriarcal. E eu que, vou confessar, era um pouco misógino, machista”, diz Luciano baixinho em tom confessional. “Se o autor dá uma solução até para essas mulheres, porque ele dá, você sai com a impressão de que há uma solução para você também”, complementa. “Não é uma questão de salvação, porque essa é uma palavra muito cristã, mas é remissão”, conta Maria Alice, que é também a diretora do espetáculo. Apesar disso, não espere nenhum espetáculo de autoajuda: “o autor tira sarro”. Aliás, não espere nada. É o que pede Maria Alice. “Dê uma tapa na pantera e vá ver o espetáculo, tranquilo, tranquilo”.

Ficha Técnica:

Realização e Produção: Luciano Chirolli Produções Artísticas
Texto: Alejandro Jodorowsky
Idealização: Teatro Pândega
Direção: Maria Alice Vergueiro
Elenco: Maria Alice Vergueiro, Luciano Chirolli, Danilo Grangheia e Lui Seixas
Assistência de Direção: Carolina Splendore
Tradução: Fábio Furtado
Direção de Arte: Simone Mina e Carol Bertier
Desenho de Luz: Alessandra Domingues
Operação de Luz: Carolina Splendore
Trilha Sonora Original: Otavio Ortega
Operação de Som: Monique Salustiano
Design Gráfico: Natália Zapella
Fotógrafo: Fábio Furtado
Produção Executiva: Elisete Jeremias
Direção de Palco: Tiago Miranda

No vídeo, o elenco ainda contava com Pascoal da Conceição, que foi substituído quando foi fazer a minissérie O astro:

As três velhas
Quando: hoje e amanhã, às 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 10 (preço único promocional)
Indicação: 18 anos

Aviso!Os ingressos para o Janeiro de Grandes Espetáculos, para todos os teatros, podem ser comprados antecipadamente na bilheteria do Teatro de Santa Isabel, das 10h às 16h. No dia do espetáculo, você pode comprar no próprio teatro onde será o espetáculo, duas horas antes.

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Baixa no Janeiro

O espetáculo Metaformose Leminski – Reflexões de um herói que não quer virar pedra, do Grupo Delírio Cia de Teatro, não vai mais participar do Janeiro de Grandes Espetáculos. As apresentações estavam previstas para os dias 16 e 17, no Teatro Hermilo Borba Filho, mas o grupo não conseguiu apoio para as passagens. Sim, porque como o orçamento do Janeiro é super reduzido, muitos grupos só vem quando eles mesmos conseguem as passagem. Apesar disso, a produtora Paula de Renor até disse que teria conseguido contornar a situação se isso tivesse sido visto com mais antecedência. Uma pena. Ano passado, o grupo Delírio, que é de Curitiba, participou do Palco Giratório. Eles apresentaram aqui O evangelho segundo São Mateus, no Teatro Apolo. Segundo a produção do Janeiro, o espetáculo não será substituído por nenhum outro.

Grupo Delírio não vai mais participar do Janeiro de Grandes Espetáculos. Foto: Chico Nogueira

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