Quando (será que) vai ficar pronto? Os artistas de Camaragibe cobram uma resposta do poder público. Indignados com os encaminhamentos da prefeitura dessa cidade, na Região Metropolitana do Recife, para o “equipamento cultural”, eles iniciaram uma campanha para cobrar esclarecimentos.
O Movimento dos sem Palco marcou para o dia 12 de março, a partir das 9h, na Rua Elisa Cabral, no Centro de Camaragibe, uma “panfletada”. O manifesto pretende apresentar a situação do teatro à população e fazer a entrega simbólica de um certificado de “Prefeito Inimigo da Cultura”. Durante o ato, haverá apresentações de esquetes e discursos de artistas locais e de grupos parceiros.
E quais serão as justificativas da prefeitura?
Abaixo o documento do MSP (Movimento dos Sem Palco) de Camaragibe.
“A luta por um teatro em Camaragibe é longa, cheia de percalços, contratempos e tapeações. Inicialmente, na gestão do então prefeito sr. Paulo Santana (1997), a sociedade e a classe artística apontaram a demanda e foi conquistado um espaço onde seria instalado o teatro, o antigo Clube Peñarol. Foi uma imensa conquista, construiu-se uma bela maquete, fogos de artifícios e comemorações. E, num só cochilo, tudo foi por água a baixo.
Disseram que os órgãos fiscalizadores da burocracia não aprovaram tal espaço, por ausência de alguns itens necessários. E que aquele lugar seria transformado em um espaço cultural, o que acabou não sendo feito. Hoje, um galpão abandonado que serve pra guardar coisas em desuso, um belo e imponente elefante branco, uma lixeira de luxo.
Conquistou-se então, através da Braspérola, em negociações em troca de dívidas com o governo municipal, um enorme galpão. Que antes tinha sido o cinema municipal. Esse recinto, em 2002, depois de uma ligeiríssima reforma, tornou-se o Espaço Teatro Camará. Que foi inaugurado e bem utilizado pela classe artística, com inúmeras apresentações de teatro, espetáculos de dança, canto, cinema e outros eventos culturais, apesar de não possuir a menor estrutura para ser uma casa de espetáculo: era desprovido totalmente de iluminação cênica, só existia uma geral com refletores de jardim, as rotundas eram de TNT, sem acústica, refrigeração, camarins e nem banheiro.
No entanto, na primeira gestão do Sr. Prefeito João Lemos (2005-2008) foi iniciada uma obra orçada em torno de um milhão de reais. Pois é. Como tantas outras obras paradas atualmente no município, imaginem o que também esqueceram ou não deram conta? O teatro. Acabou-se o primeiro mandato, o segundo também está acabando e nada. Como sempre a cultura sempre é relegada a segundo plano. Será que eles sabem pra que serve um teatro? Será que já foram a um?
Todos reclamam desta demora e não há uma pessoa que possa responder esta simples pergunta. Quando o teatro vai ficar pronto? Pense numa gestão morna para cultura e cheia de descaminhos culturais. Sem nenhum projeto cultural para a cidade.
É preciso conscientizar os governantes e a população que o Teatro Camará é um bem tão necessário para Camaragibe e para o Estado quanto uma escola, um hospital, uma biblioteca ou uma praça, e levar em consideração que na cidade existem profissionais que geram renda com esta atividade e pagam seus impostos como qualquer cidadão de qualquer outra profissão.
Obs.: O Movimento dos Sem Palco formado por artistas da cidade criou uma comissão e agendou uma reunião com o Prefeito João Lemos no dia 10/02/2011 para discutir sobre as obras do teatro. O Prefeito, faltando 30 minutos para iniciar a reunião desmarcou alegando que não poderia receber a comissão, pois iria resolver problemas pessoais.
Obs.1: Foi solicitado via ofício a Fundação de Cultura de Camaragibe, no dia 14/02/2011 uma visita ao teatro por parte da classe artística local. O ofício foi negado alegando que o teatro está em obras, quando na verdade não existe ninguém trabalhando nele e em função dele.
Obs2: Está marcada a PANFLETADA do MOVIMENTO DOS SEM PALCO DE CAMARAGIBE para o dia 12/03 a partir das 9h na Rua Elisa Cabral – Centro – Camaragibe.
O evento será marcado pela distribuição de panfletos a população sobre a situação do teatro, a entrega simbólica de um certificado de Prefeito Inimigo da Cultura, apresentações de esquetes e discursos de artistas locais e de grupos parceiros.
Uma CIDADE sem TEATRO não pode ser considerada CIDADE. O TEATRO CAMARÁ ESTÁ UMA VERGONHA. VÁ VER.
Realização: MSP (Movimento dos Sem Palco)”
Uma luta justa não se faz com armas e sangue. Se faz com dialogo e oportunidades.Camagibe, Prefeito , tirando esses direitos conquistados, adquiridos nas lutas hsitoricas simplemente temos o retrocesso do bem comum: o de privar o povo enquanto sociedade civil e o povo enquanto artista, da cultura , da arte e da democracia .
Devida e urgentemente compartilhado! As palavras falam por si só! Queremos agora é ação!!!
Eu tenho vergonha da situação em que àquele lugar se encontra (não chamo de cidade, pois uma cidade sem teatro não pode ser considerada como tal) com médicos pedindo demissão em massa… ABSURDO!!!!!!!!!!!!!