Nova temporada de Rasif

Cena com Arilson Lopes e Fábio Caio

Foto: Tuca Siqueira

O espetáculo Rasif – Mar que arrebenta, do Coletivo Angu de Teatro, é formado por doze contos do autor pernambucano Marcelino Freire transpostos diretamente para cena. O procedimento já havia sido feito nas duas peças anteriores do grupo: Angu de Sangue, também de Freire, e Ópera, de Newton Moreno. As três montagens com direção de Marcondes Lima. Do livro Rasif, termo que remete à origem árabe do nome Recife, foram extraídos os contos Tentando entender, Tupi-Guarani, We speak English, Sinal fechado, Para Iemanjá, Da paz, Inocente, Maracabul, Meu último Natal e Amor Cristão. Os outros dois, Totonha e Linha do Tiro, vieram de Contos Negreiros, do mesmo escritor.

O conjunto da peça traz forte tom de desabafo e critica as fissuras do tecido social. No quadro Para Iemanjá, um canto de louvação para a Mãe do Mar, a montagem mira o processo triturador da sociedade de massa, recriminando a transformação do rito em produto de consumo.

Potencialidades físicas e vocais do elenco são valorizadas na montagem tanto quanto a música tocada ao vivo, as projeções e a poesia corrosiva de Marcelino Freire.

Rasif – Mar que arrebenta estreia amanhã uma temporada de 20 apresentações, de quinta a domingo no Teatro Hermilo Borba Filho. Com incentivo do Funcultura.

Márcia Cruz em ação

Foto: Rubem Donato

Ficha técnica
Texto: Marcelino Freire.
Encenação e direção de arte: Marcondes Lima.
Direção musical e trilha sonora original: Henrique Macedo.
Elenco: André Brasileiro, Arilson Lopes, Ceronha Pontes, Fábio Caio, Ivo Barreto, Márcia Cruz, Tatto Medinni e Vavá Schön Paulino.
Músicos: Tarcísio Resende, Luziano André e Eugênio Gomes.
Direção de Produção: Tadeu Gondin.

SERVIÇO
Rasif – Mar que arrebenta
Onde:Teatro Hermilo Borba Filho
Quando: Quinta, às 19h;quinta, sexta, sábado e domingo, às 20h, a partir do dia 3 de fevereiro
Duração: 55 minutos.
Ingressos: R$10 e R$5 (meia-entrada)
Incentivo: Funcultura

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1 pensou em “Nova temporada de Rasif

  1. Ricardo Mourão

    Grupo comprometido, unido e determinado, sob a batuta astuta e inteligente do encenador resulta, ao menos em tese, em resultados relevantes! O Coletivo abrilhanta a cena e nos faz sorrir; sorriso largo e satisfeito! 🙂
    Quisera os grupos teatrais do Recife fossem mais unidos, trocando experiências, idéias e dialogando com a comunhão para que todos cresçam sem sectarismos. Utopia? Tenho a certeza de que, definitivamente, não!

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