HUB PE Criativo
Dossiê Aldeia do Velho Chico 2022
#3

Samba de Veio da Ilha do Massangano. Foto: Fernando Pereira / Divulgação

Maracatu Beira Rio. Foto: Fernando Pereira / Divulgação

Junina Renascer do Sertão. Foto: Fernando Pereira / Divulgação

Rudimar Constâncio, gerente de Cultura Regional do Sesc PE . Foto: André Amorim / Divulgação

Rita Marize, gestora do SescPE. Foto: André Amorim Divulgação

Diretor regional do Sesc Pernambuco, Oswaldo Ramos. Foto: André Amorim / Divulgação

Nas conversas durante o festival, muito se ouvia falar em HUB Criativo. Será algum aplicativo ou código de Internet? Parece com aquelas siglas de hospedagem de turismo.

Mas não é nada disso.

Projeto articulado pelo Sistema Fecomércio, através do Sesc Pernambuco e do Sebrae, o HUB PE Criativo é uma iniciativa que tem por objetivo “promover o desenvolvimento social e econômico de regiões do estado de Pernambuco, tendo a cultura como principal condutora desse processo”, explica Rudimar Constâncio, gerente de Cultura Regional do Sesc PE.

A Aldeia do Velho Chico foi escolhida para as primeiras ações do programa. “Consideramos a cultura como o grande vetor para impulsionar o desenvolvimento dos territórios, promover outras dinâmicas na economia”, advoga o diretor regional do Sesc Pernambuco, Oswaldo Ramos. “É muito importante a absorção da Aldeia, como evento tradicional, nesse engajamento coletivo. É uma sinergia para fortalecer o processo”, pensa. “Cultura faz as conexões dos ecossistemas, o Sesc faz a mediação dessa cadeia produtiva da arte e o HUB vai qualificar as pessoas e como desdobramento pensar a sustentabilidade. Somando expertises será possível beneficiar outros setores tradicionais, a cultura de tradição, a rede de apoio, a cadeia de turismo, a formação etc…”, defende.

A primeira ação do HUB Criativo PE ocorreu justamente em Petrolina, com a 18ª edição da Aldeia do Velho Chico e ocupou diversos espaços da cidade durante o período. #aldeiaemretomada.

A proposta é que o processo aconteça até junho de 2023. Rudimar Constâncio conta que estão previstas muitas ações, entre elas, 80 cursos presenciais e online, 45 palestras, sete Encontros de Negócios Criativos, sete mostras e festivais culturais, seis feiras criativas, quatro desfiles de moda com foco na criação artística, cinco exposições artístico-cultural, cinco roteiros para o desenvolvimento do Turismo Criativo, criação de sete museus orgânicos e aproximadamente quatro mil atendimentos a pequenos negócios e empreendedores.

“A ideia é unir a questão da economia criativa com o empoderamento dos artistas do brinquedo”, situa Rudimar. Em Nova Olinda, no Ceará, por exemplo, existem mais de 20 museus orgânicos, onde os mestres falam dos seus brinquedos. “É turismo de experiência”, se anima, numa parceria para os Museus Orgânicos, do Sesc com a Fundação Casa Grande, “que ressignifica as casas dos Mestres, transformando-as em lugares de memória afetiva com possibilidade de visitação e movimento do turismo local”.

Entusiasta do HUB PE Criativo, a gestora do Sesc Rita Marize diz que é um abraço que a cidade dá nos seus artistas, na busca de qualificar ainda mais. “Cada um pode viver melhor através da cultura”, pensa.

Essas atividades estão inseridas em oito grandes programas culturais, articuladas para ocorrerem em sete cidades do Grande Recife, Zona da Mata Norte, Agreste e Sertão. São elas: Petrolina, com Aldeia do Velho Chico; Jaboatão dos Guararapes, com Aldeia Yapoatã; Recife; com Transborda as linguagens de cena; Triunfo, com Festival Dona Marias; Arcoverde, com Festival de Economia Criativa na Pisada dos Cocos NE; Goiana, com Festival de Economia Criativa Brincantes da Mata Norte; e Garanhuns, com Mostra Marco Freitas e Webinário de Economia Criativa, Inovação e Tecnologias. Juntos, vão trabalhar os eixos de fruição, fomento, gestão, pesquisa, formação. Além de empreendedorismo conduzido pelo Sebrae.

Essa rede de projetos de economia criativa está em sintonia com o que essas instituições consideram como modelos inovadores para transformação socioeconômica dos territórios a partir das culturas locais. “O Hub é fruto de nosso entendimento da relevância do setor cultural para a sociedade. Buscamos fortalecer esse campo, e nossa meta é qualificar a malha criativa e robustecer os territórios onde estão inseridas”, arremata Oswaldo Ramos.

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