Encontro de avaliação pública do
Festival Recife do Teatro Nacional – parte 1

Durante três horas essas pessoas ouviram e discutiram a edição do festival. Foto Sávio Uchoa

Giovana Soar, avaliadora do 23º FRTN. Foto: Alexandre Sampaio

Este texto foi elaborado a partir do encontro de avaliação pública do Festival Recife do Teatro Nacional (FRTN). Aqui, apresentamos as considerações da curadora contratada pelo festival, Giovana Soar, juntamente com outras falas de pessoas da sociedade civil, diretores, atores e artistas que participaram da conversa pública. Este material é um pouco da memória desse encontro e está dividido em duas partes. A primeira foca nas apresentações da coordenação do festival e no documento produzido por Soar. Na segunda parte, em outro post, destacamos os comentários e depoimentos das pessoas presentes na reunião de avaliação.

No encontro de apreciação desse 23º festival recifense, realizado no dia 2 de dezembro de 2024, às 18h30, na sala da Banda Sinfônica no Teatro do Parque, a coordenação do evento apresentou os resultados desta edição e anunciou a data da próxima: a 24ª edição ocorrerá de 19 a 30 de novembro de 2025.

Na mostra principal deste ano, foram apresentados 34 espetáculos, dos quais 21 eram de Pernambuco e 13 de outros estados, totalizando 43 sessões. O festival também ofereceu cinco oficinas, disponibilizando 90 vagas. Apesar de 275 inscrições, nem todas as vagas foram utilizadas por desistência ou outro problema. As oficinas incluíram Não Caia na Forma?!, ministrada por Wellington Júnior (RJ/PE), com 15 vagas; Teatro Físico e o Corpo Criativo do Intérprete, conduzida por Alexandre Guimarães, com 10 vagas; Caracterização Teatral, por Cleber de Oliveira, com 15 vagas; Iluminação Cênica, liderada por Natalie Revorêdo, com 30 vagas; e Artista, a Palavra e o Abismo, com Luiz Fernando Marques, oferecendo 20 vagas.

Além disso, a Mostra OFF REC, em sua primeira edição, ofereceu um panorama diversificado com nove espetáculos, sete rodas de diálogos, quatro performances e cinco vivências. Esses números refletem a amplitude e a diversidade das atividades realizadas, conferindo credibilidade e relevância à mostra como uma parte significativa do festival.

Neste ano, o festival manteve a iniciativa do ingresso solidário, permitindo a troca de bilhetes por um quilo de alimento não perecível. Essa ação resultou na arrecadação de seis toneladas de alimentos, demonstrando o impacto social positivo do evento. Além disso, o festival atraiu um público expressivo, contabilizando um total de 12 mil espectadores. No entanto, esse número ainda pode crescer, pois algumas sessões não atingiram sua capacidade máxima, indicando potencial para atrair ainda mais participantes em futuras edições.

Nesta edição, o evento contou com a colaboração do Projeto Arquipélago de crítica teatral, que é apoiado pela produtora paulista Corpo Rastreado, desde novembro de 2022. O projeto reúne atualmente as casas virtuais Cena Aberta, Farofa Crítica, Guia Off, ruína acesa, Tudo Menos uma Crítica e Satisfeita, Yolanda? Durante o festival houve ação do Arquipélago com a participação de Kil Abreu, Heloísa Sousa, Fredda Amorim e Ivana Moura. As críticas geradas podem ser acessadas nos sites das respectivas casas e, em breve, estarão disponíveis na íntegra no Guia Off, um canal gerido por Celso Curi e Wesley Kawaai.

O Festival Recife do Teatro Nacional adota um processo de chamamento público para a seleção de grupos e companhias teatrais, que se inscrevem e são habilitados para seleção por uma comissão de pareceristas. Essa comissão técnica de análise artística é composta por profissionais especializados selecionados por edital de credenciamento, que leva em consideração a qualidade e a relevância artísticas, com atenção à diversidade e inclusão, e o histórico profissional do grupo. Além disso, a viabilidade técnica da obra é avaliada. Propostas de proponentes que se declarem negros, trans, com deficiência ou pertencentes a povos tradicionais recebem um acréscimo de 4 pontos, mediante autodeclaração.

André Brasileiro, coordenador do Festival Recife do Teatro Nacional, mencionou que o evento recebeu 343 inscrições de todo o Brasil. Alexandre Sampaio, coordenador de produção do festival, acrescentou que muitos projetos foram inabilitados devido à falta de documentos ou problemas técnicos, como links de vídeos e fotos. 

Sampaio destacou, posteriormente, a total transparência do processo de seleção dos pareceristas, realizado por meio de um sorteio ao vivo, transmitido pelo YouTube, a partir do banco de pareceristas disponível. Ele ressaltou que o edital permite que até 30% dos espetáculos sejam convidados diretamente pela coordenação. Além disso, o edital prevê que um espetáculo, mesmo sendo habilitado e bem classificado no ranking, pode não ser convocado a participar por diversos motivos, incluindo questões logísticas, custos ou temática.

Entre os poucos convidados, destacam-se Othon Bastos e Marco Nanini. Nanini foi convidado por ser o homenageado do festival, enquanto Othon foi escolhido devido à sua relevância em termos de atuação e representatividade. Sampaio enfatizou: “Nós incentivamos as pessoas a se inscreverem. Silvero Pereira é um bom exemplo disso. Tínhamos muito interesse em trazê-lo, mas pedimos que ele se inscrevesse. Ele o fez e obteve uma boa pontuação”.

O mesmo ocorreu com os espetáculos Monga, que abriu a programação OFF Rec e Macacos. Este último, inclusive, foi o melhor pontuado, mas não pôde participar devido a conflitos de agenda, situação que se repetiu pelo segundo ano consecutivo.

Os pareceristas da edição de 2024 foram Éder Sumariva Rodrigues, de Florianópolis (SC), doutor em Teatro pela CEART/UDESC; Marilda Samico da Silva, do Rio de Janeiro, que atua como gestora, produtora e pesquisadora na área da cultura, com mestrado em Comunicação e Cultura pela Fundação Casa de Rui Barbosa (RJ); Suellen Leal, graduada em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas, e que cursa pós-graduação em Gestão Cultural pela Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina; Vanéssia Gomes dos Santos, do Ceará,  doutoranda em Teatro pela UDESC e Aressa Rios, do Rio de Janeiro, com doutorado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).

Os cinco pareceristas analisaram 237 projetos habilitados.

Durante a conversa, André ressaltou a prioridade em dar visibilidade às produções locais, mesmo com a existência de outros festivais ao longo do ano. Quando a data do próximo festival foi mencionada, a atriz Augusta Ferraz perguntou animadamente: “Já posso me preparar?” Ao que André respondeu: “Total. Seria ótimo ter você com um espetáculo no festival.” Augusta comentou: “Bárbara.” E André replicou com entusiasmo: “Bárbara! É isso? Vai ser bom. Vai ser bom demais.” Augusta então expressou seu desejo: “Tomara que eu consiga.” Muitos na sala a encorajaram, dizendo: “Vai conseguir. Vai conseguir. E é isso.”

A coordenação do festival reafirmou seu compromisso em apoiar e promover a diversidade e a riqueza da produção teatral local e regional, enquanto busca continuamente aprimorar seus processos organizacionais e de seleção.

Soar destacou os pontos positivos e o que pode ser melhorado no festival. Foto: Alexandre Sampaio

Avaliação de Giovana Soar

Giovana Soar iniciou suas considerações apresentando-se e contextualizando sua trajetória profissional. Ela atua como curadora do Festival de Curitiba, pela terceira edição em 2025. Cofundadora da companhia brasileira de teatro, junto com Márcio Abreu, mas recentemente decidiu seguir carreira solo. Além disso, ela é jurada do Prêmio Shell, representando a região sul do Brasil.

Nos últimos dois anos, Giovana tem se dedicado intensamente à curadoria de festivais, tanto nacionais quanto internacionais. Este ano foi particularmente movimentado, com inúmeras viagens para participar de diversos eventos, o que ela considera um patrimônio pessoal valioso.

Com formação na cena teatral, atuando como atriz, diretora e criadora, e não como crítica de teatro, ela explicou que, ao contrário de outros avaliadores com carreiras mais acadêmicas e experiência na escrita crítica, suas observações vêm de uma perspectiva prática e criativa. E pediu ao público que entendesse suas considerações a partir desse contexto.

Giovana destacou a importância do evento no cenário cultural brasileiro, especialmente no Nordeste. E lembrou que em sua 23ª edição, o festival focou nos temas de Atuação e Representatividade, reafirmando seu papel como um dos encontros mais relevantes das artes cênicas no Brasil. 

Durante a fala de Soar, André Brasileiro fez um aparte para destacar que a organização do FRTN reconheceu a importância de manter uma continuidade na avaliação por dois anos. “Giovana participou da retomada do festival no ano passado e retornou este ano, o que lhe permitiu observar tanto os avanços quanto os retrocessos e desafios enfrentados pelo evento”, afirmou André. Com base nessa experiência, a equipe do festival decidiu adotar a prática de trabalhar com avaliadores por um período de dois anos. “Essa continuidade possibilita ultrapassar uma primeira camada de observação e se aprofundar nas nuances do evento e da cidade”, comentou Giovana.

Ela destacou que, embora conheça Recife há muito tempo, a cena teatral local é vasta e complexa, com uma diversidade de artistas e produções que vão além do que se pode conhecer em uma vinda. No ano anterior, houve uma forte presença de espetáculos da cena de Recife, Pernambuco e do Nordeste, o que foi extremamente enriquecedor para ela. Este ano, ela observou o desdobramento dessa diversidade, agora com a inclusão da mostra OFF REC.

Pontos de destaque da Avaliadora

Homenagens e Participações Notáveis

A avaliadora Giovana Soar enfatizou que o Festival Recife do Teatro Nacional deste ano prestou homenagens significativas a figuras icônicas do teatro brasileiro. Marco Nanini, um dos homenageados, participou ativamente do evento com o espetáculo de abertura, mesmo enfrentando desafios de saúde. O FRTN sublinhou sua contribuição inestimável para as artes cênicas, cinema e teledramaturgia no Brasil. Ivonete Melo, outra homenageada, foi lembrada por meio de sua filha, que recebeu a honraria em seu nome. Ivonete foi uma atriz célebre e uma figura central no grupo Vivencial, celebrada trupe de teatro olindense, e presidente durante anos do SATED-PE.

Os números de espetáculos, públicos e sessões do FRTN estão incluídos no documento de Soar; no entanto, ela optou por não citá-los no seu relato, pois esses dados já haviam sido mostrados pela equipe de coordenação do evento cênico recifense.

Marco Nanini, na abertura do festival, com o espetáculo Traidor. Foto: Divulgação

Espetáculo de Abertura

O festival foi inaugurado com o espetáculo Traidor, um quase solo de Marco Nanini com texto e direção de Gerald Thomas. 

A presença do prefeito João Campos e de autoridades culturais na abertura do festival (secretária de Cultura do Recife, Milu Megale e presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Marcelo Canuto, por exemplo), na visão da avaliadora, simbolizou o apoio institucional à cultura e ao evento, reforçando a importância das iniciativas culturais na gestão atual. Ela pontua que, no cenário contemporâneo, o financiamento de projetos culturais não é suficiente; é fundamental que as autoridades se envolvam ativamente nessas iniciativas, demonstrando engajamento real. A presença de uma figura pública com alto índice de aprovação, como o prefeito, no teatro, constitui-se em um ato político significativo.

Com uma programação mais robusta e geograficamente democrática do que na última edição, o festival contou com a representação de nove estados, tornando mais desafiador acompanhar todos os espetáculos e eventos propostos, incluindo oficinas, mesas e debates.

Equipe Técnica e Logística

Giovana sublinhou a necessidade de aprimorar a equipe logística e técnica do festival. Ela sugeriu que as contratações sejam feitas com mais antecedência para evitar problemas com passagens, hospedagens e equipamentos técnicos. Ela acentuou que a contratação antecipada pode otimizar o uso de recursos públicos e melhorar a experiência dos participantes. A avaliadora  assinalou a importância de trabalhar com fornecedores grandes e diversificados para garantir a disponibilidade de equipamentos essenciais, como microfones e iluminação, evitando comprometer a qualidade dos espetáculos.

Soar também pontoou a importância de uma direção técnica específica, capaz de prever e solucionar problemas em tempo hábil. A avaliadora entende que a presença de produtores responsáveis em cada espaço do festival é crucial para garantir que todos os espetáculos recebam a mesma atenção e suporte, independentemente do renome do grupo ou artista envolvido.

*** O diretor técnico do festival é Savio Uchoa, falou sobre os desafios do trabalho e da equipe na parte dos debates da avaliação.

Programação e Horários

Giovana observou que, embora a distribuição de horários das peças tenha sido planejada, houve sobreposições que dificultaram a participação do público em múltiplos eventos. Isso foi especialmente desafiador para aqueles que desejavam assistir ao máximo de espetáculos possível, incluindo as equipes de trabalho do festival. Ela sugeriu que um planejamento mais acurado dos horários poderia minimizar essas sobreposições e melhorar a experiência do público.

Monga foi um dos espetáculos que gerou interesse significativo entre o público. No entanto, a peça foi programada para o mesmo horário que Instinto, outro espetáculo de grande interesse. Essa sobreposição de horários obrigou o público a escolher entre duas obras atraentes, o que, segundo Giovana, poderia ter sido evitado com um planejamento mais cuidadoso. Ela sugeriu que, dado que Instinto tinha uma duração de apenas 50 minutos, teria sido relativamente simples ajustar os horários para permitir que o público assistisse a ambos os espetáculos.

Magiluth do Festival

No segundo dia do festival, a estreia do espetáculo Édipo Rec pelo Grupo Magiluth, na cidade-sede da companhia atraiu uma plateia animada, com muitos espectadores vestindo camisetas com o símbolo do coletivo, refletindo o forte vínculo entre a companhia e o público local. A celebração dos 20 anos do Magiluth foi uma festa marcante, reunindo quase duas mil pessoas em um espaço público, em um clima vibrante e amistoso.

Entrada para apresentação do espetáculo Édipo REC, no Teatro Luiz Mendonça, Foto: Ivana Moura

ONÁ DÚDÚ: Caminhos Negros no Bairro do Recife, da programação do OFF REC. Foto: Ivana Moura

Inclusão e Diversidade

Giovana frisou a importância da Mostra OFF REC, que, em sua primeira edição, incluiu experimentos cênicos, debates e formação, além de uma forte inclusão da cena de Pernambuco. Ela citou o espetáculo ONÁ DÚDÚ: Caminhos Negros no Bairro do Recife, que revelou espaços e histórias da cidade de maneira sensível e potente, embora tenha sido apresentado para um público reduzido.

Receptivo e Logística

A equipe de receptivo, coordenada por Amanda Brindeiro, recebeu elogios pela simpatia e eficiência. Soar falou do acolhimento caloroso, que começa no aeroporto e se estende durante toda a estadia dos artistas e participantes. Figuras como Seu Josué, motorista do festival, foram mencionadas por seu papel além da condução, atuando como amigos e guias turísticos, contribuindo para uma experiência positiva e memorável. Essas interações são fundamentais para criar uma impressão duradoura e positiva do festival, tornando a estadia dos participantes mais acolhedora e agradável.

Alimentação

Giovana sugeriu a criação de parcerias com restaurantes próximos aos teatros para garantir refeições de qualidade, especialmente após os espetáculos. A proposta inclui a elaboração de um guia com indicações de locais para alimentação, que poderia oferecer opções variadas, incluindo vegetarianas e veganas. Essa iniciativa visa melhorar a experiência dos participantes e artistas, proporcionando-lhes um espaço seguro e acolhedor para refeições, especialmente em horários tardios ou em dias menos movimentados, como domingos e segundas-feiras.

Impacto dos Atrasos

A avaliadora  indicou que pequenos atrasos podem desencadear problemas maiores, como atrasos em cadeia para os espetáculos subsequentes. Isso não apenas afeta a programação geral do festival, mas também pode comprometer a experiência do público e dos artistas.

Uso de Dispositivos Eletrônicos

Outro ponto eleito por Giovana foi a importância de conscientizar o público sobre o uso de celulares durante as apresentações. O uso inadequado desses dispositivos pode prejudicar significativamente a experiência dos demais espectadores e dos artistas em cena.

Para mitigar esse problema, ela sugeriu a implementação de anúncios mais enfáticos sobre o uso de dispositivos eletrônicos antes do início de cada espetáculo, no intuito de criar um ambiente mais respeitoso e imersivo para todos os presentes.

Ocupação dos teatros e outros espaços 

Giovana observou que a ocupação dos teatros parecia mais esvaziada nesta edição, em relação ao ano passado, exceto para espetáculos com grandes nomes como Marco Nanini e Othon Bastos. Ela apontou que o esvaziamento pode ter sido influenciado pela concorrência com as festividades de fim de ano e pela divulgação insuficiente do festival na cidade. Na sua opinião, para futuras edições, é importante que a programação do festival não coincida com outros grandes eventos da cidade e que a divulgação seja reforçada para alcançar um público mais amplo e diversificado.

Comunicação

Em sua análise, a avaliadora identificou a comunicação como um dos pontos mais delicados, assinalando que é preciso melhorar a divulgação para alcançar um público mais amplo e diversificado. Além de uma comunicação clara e eficaz entre a equipe do festival, os órgãos públicos e os participantes. Ela apontou necessidade da antecedência nas contratações dos serviços , a exemplo do programa, que só foi distribuído na segunda semana do evento.

Quanto à divulgação, ela questionou se a cidade estava ciente da realização do festival e se todas as classes sociais tiveram acesso às informações. Giovana destacou que o festival tem o potencial de agregar toda a cidade, mas isso requer um esforço de comunicação mais robusto e estratégico.

Totens luminosos

Uma crítica específica foi direcionada ao uso de totens luminosos carregados por pessoas para divulgar o festival. A avaliadora considerou essa prática degradante e sugeriu alternativas como o uso de bicicletas, carrinhos de vendedores ambulantes, ou a instalação de totens fixos em locais estratégicos. A crítica se baseia na preocupação com a dignidade dos trabalhadores e a eficácia da comunicação. 

Críticos do Arquipélago

A inclusão de críticos do Arquipélago foi vista como positiva, mas ela enfatizou a necessidade de divulgar as críticas de forma mais ampla, enriquecendo o debate e a reflexão sobre os espetáculos. Além disso, ela realçou a necessidade de um espaço virtual, como o site da Prefeitura, para agregar e divulgar as críticas produzidas pelos críticos do Arquipélago, permitindo um maior alcance e enriquecendo o debate sobre os espetáculos, beneficiando tanto o público quanto os artistas.

Considerações finais

Suas recomendações visam o aprimoramento contínuo do festival, sem desmerecer o grande trabalho já realizado. Ela lembrou da valia de manter práticas democráticas e igualitárias, garantindo que todos os participantes e espetáculos recebam a mesma atenção e suporte. A avaliadora expressou seu desejo de que o festival continue a crescer em qualidade e relevância, sempre alinhado às questões sociais e culturais da cidade de Recife e de representatividade. A avaliadora enfatizou que o festival tem o potencial de promover a cultura e o teatro de forma inclusiva e democrática, sendo um espaço de diálogo e reflexão onde a arte possa ser um catalisador para mudanças sociais e culturais. E que questões democráticas de igualdade e oportunidade, devem ser não apenas temas, mas metas do festival.

Leia na íntegra a avaliação do 23º Festival Recife do Teatro Nacional, por Giovana Soar

Continua no próximo post

O Satisfeita, Yolanda? faz parte do projeto arquipélago de fomento à crítica,  apoiado pela produtora Corpo Rastreado, junto às seguintes casas : CENA ABERTA, Guia OFF, Farofa Crítica, Horizonte da Cena, ruína acesa e Tudo menos uma crítica