Criadores como Artaud, Pirandello, Tcheckov, Molière, Feydeau, Eurípides, Shakespeare, Brecht, Beckett e Goethe ganham voz na peça. O bom humor para contar essa história também é reforçado por menções a diretores, movimentos teatrais, atores, grupos, pesquisadores, críticos e dramaturgos de várias épocas.
O texto foi escrito pelo francês Jacques Livchine, diretor do Théâtre de l’Unité, grupo fundado em 1968 e sediado em Audincourt, França. Na montagem brasileira Chaves inclui figuras da cena nacional desde Martins Penna, passando por João Caetano e Nelson Rodrigues (explorando trechos das 17 peças do autor de Vestido de Noiva em 3 minutos).
Com um espetáculo fragmentado, a proposta de 2.500 por hora é que os atores entrem e saiam dos personagens com agilidade e bom-humor, para cumprir com a hercúlea jornada de 25 séculos. O elenco é formado por Claudio Gabriel, Henrique Juliano, Júlia Marini, Joelson Medeiros e Monica Biel, que assina a tradução. O figurino é de Inês Salgado, o cenário de Sérgio Marimba e a iluminação de Aurélio de Simoni, outro cúmplice de longa data.
Moacir Chaves utiliza nas suas montagens uma estética particular de desconstrução, com valorização das ferramentas visuais e sonoras e da voz do ator como eixo central da interpretação. Mas a cada nova encenação ele provoca o desequilíbrio no olhar do espectador. Chaves leva para cena elementos áridos e desafia o público na receptação dos seus espetáculos.Ele esteve entre nós de Pernambuco recentemente com A Negra Felicidade, de sua autoria, sobre o processo de libertação de uma escrava, e com O controlador de tráfego aéreo, um resgate da trajetória de um profissional que dá título à peça, que virou morador de rua e sua guinada de vida nos palcos.
Esse carioca, de 50 anos, ostenta em sua trajetória encenações como Bugiaria, com roteiro dele; Inutilezas, com poemas de Manoel de Barros; A Lua Vem da Ásia, de Campos de Carvalho; Sermão da Quarta-feira de Cinza, do Padre Antônio Vieira; Por Mares Nunca Dantes, de Geraldo Carneiro; Utopia, de Thomas More; Por Um Fio, de Drauzio Varela; Ovo Frito, de Fernando Bonassi e entre muitos outros.
Ficha Técnica
Autor: Jacques Livchine e Hervée de Lafond
Tradução e Adaptação: Monica Biel
Direção: Moacir Chaves
Elenco: Claudio Gabriel, Henrique Juliano, Júlia Marini, Joelson Medeiros e Monica Biel
Músicos: Miguel Mendes e Tomás Correia
Figurinos: Inês Salgado
Cenário: Sergio Marimba
Direção Musical: Miguel Mendes e Tomás Correia
Iluminação: Aurélio de Simoni
Boneco: Marcio Newlands
Fotos: Guga Melgar
Programação Visual: Sandro Melo
Produção Executiva: Jaqueline Roversi
Direção de Produção: Monica Biel
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Realização: BB Produções Artísticas Ltda
Serviço
2.500 Por Hora
Quando*: 2 de julho até 30 de agosto, de 5ª a domingo, as 20h
Onde: Teatro Oi Futuro Flamengo – Rua Dois de Dezembro 63, Flamengo
Ingressos: R$ 20,00 (inteira)
Classificação indicativa: 12 anos
Mais informações: (21) 3131-3060
*Não haverá espetáculo nos dias 30 de julho e 20 de agosto. Em substituição, o espetáculo acontecerá nos dias 05 e 12 de agosto (quarta-feira), às 20h.
Miguel Mendes e Tomás Brandão, iniciaram a parceria com Moacir em Duas Mulheres em Preto, trabalho anterior a Rei Lear! Estou doida de curiosidade para ver!
Obrigada Paula de Renor pela correção. Vou ajeitar no post. Abraço