Em cada estação muitos flashs

Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Foto: Divulgação

Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Foto: Divulgação

Desde 1997 que o papel principal da Paixão de Cristo encenado na cidade-teatro de Nova Jerusalém é interpretado prioritariamente por atores famosos, especialmente globais. Este ano, e em 2015, o papel principal é defendido por e Igor Rickli. Também estão no elenco a atriz Bianca Rinaldi (Maria), Fiuk (apóstolo João), Antonio Calloni (Herodes) e Odilon Wagner (Pilatos). Entre os pernambucanos, José Barbosa (Judas), Ricardo Mourão (Caifás) e Eduardo Japiassu (profeta Elias).

A encenação é realizada há 49 anos no município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano. A via crucis, morte e ressurreição de Cristo é apresentada em onze cenas que passam por nove palcos-plateia.

A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, encerra sua temporada neste sábado (26). Tudo é espetacular na cidade-teatro, para o bem e para o mal. A arrojada cenografia que replica os ambientes o Fórum Romano, o Palácio de Herodes e o Monte do Calvário. A sonoplastia, iluminaçao e efeitos especiais buscam garantir a dramaticidade do evento.

A direção artista está a cargo da dupla Carlos Reis e Lúcio Lombardi. Além disso, a Paixão agrega cerca de 600 profissionais incluindo técnicos, eletricistas, sonoplastas, contra regras, maquiadores, cabeleireiros, e costureiras, entre outros.

No Fórum de Pilatos, vivido por Odilon Wagner

No Fórum de Pilatos, vivido por Odilon Wagner

No início era o Drama do Calvário, organizado pelo comerciante e político Epaminondas Mendonça na década de 1950. A encenação reunia familiares, amigos do patriarca da família Mendonça, e moradores do vilarejo e municípios vizinhos que exibiam as cenas sacras nas ruas empoleiradas e sem calçamento do vilarejo.

O sucesso do espetáculo correu o Brasil e chegou aos ouvidos de um outro idealista, o comunicador gaúcho Plínio Pacheco. Ele foi levado por seu amigo Luiz Mendonça (que empresta seu nome ao teatro localizado no Parque Dona Lindu), diretor teatral, que interpretava Jesus Cristo. Plínio ficou encantado com o evento e com Diva, a irmã caçula de Luiz.

Por volta de 1956 veio a ideia de erguer uma réplica de Jerusalém, inspirada no que foi feito na cidade alemã de Oberammergau, na Baviera. A cidade-teatro pernambucana, com 100 mil metros quadrados, foi aberta ao público em 1968, e desde lá ostenta o título de maior teatro ao ar livre do mundo.
 

OS CRISTOS DE FAZENDA NOVA
Carlos Reis (1968 a 1977)
José Pimentel (1978 a 1996)
Fábio Assunção (1997 e 1998)
Herson Capri (1999)
Marcelo Valente (2000, 2001 e 2002)
Luciano Szafir (2003 e 2006)
Vladimir Brichta (2004)
Eriberto Leão (2005 e 2010)
Carmo Dalla Vecchia (2007)
Thiago Lacerda (2008 e 2011)
Murilo Rosa (2009)
José Barbosa (2012 a 2014)
Igor Rickli (2015 e 2016)

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