Para amanhã, a expectativa é o anúncio do Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia, com valor previsto de R$ 151 mil. O lançamento será feito pelo governador Paulo Câmara, o secretário de Cultura, Marcelino Granja, e a presidente da Fundarpe, Márcia Souto, às 16h, no Parque Euclides Dourado. O prêmio é em homenagem ao escritor paraibano que apresentou no FIG 2014 sua aula-espetáculo cinco dias antes de morrer.
Mestre Cafuringa ou Rubens Martins foi um cantador de emboladas e ventríloco que vendia remédios milagrosos no centro do Recife. Sua atividade era uma arte desenvolvida com bonecos. O grupo Cafuringa homenageia o artista que morreu de desgosto, no espetáculo Cafuringa. Na montagem, o mestre, também conhecido como Homem da cobra, é acompanhado pelos bonecos Joãozinho, Galego, Barruada e Benedito se espalha a contar piadas picantes.A trupe apresenta o trabalho desde 2011 e ressalta as proezas do camelô-artista-palhaço-repentista que vendia garrafas e pomadas e que foi expulso do Pátio do Carmo, em 2000, seu ponto de venda, mesmo ano que teve um AVC.
O espetáculo de rua mostra o auge da carreira de Cafuringa, com sua alegria e brincadeiras até a faz um recorte no tempo, partindo dos seus momentos brincantes até o banimento do seu local de trabalho/diversão, junto com outros atores sociais, camelôs, prostitutas, vagabundos e bêbados.
Segundo o grupo essa “limpeza social” foi uma morte para esse Homem da cobra. O humor direto e certeiro faz da encenação que também busca refletir sobre a situação do artista de rua.
No espetáculo teatral-circense Carrilhão Fernando Nicolini e Daniel Poittevin, do Coletivo Nopok, são vendedores andarilhos que apresentam seus produtos e atrações para o público: o “incrível Manto de Corigim”, o tecido mais antigo do mundo, o “Tônico Bielsen”, usado por Hércules em seus 12 trabalhos, O Homem Pássaro, alimentado apenas com sementes de salsaparrilha, ; O ventríloquo Baltazar e seu boneco Malaquias; Xang e Lin, e as mil e uma utilidades de seus produtos e muitas outras divertidas e inusitadas situações. A dupla de artistas desdobra-se entre diversos personagens e narrativas.
Em Era uma vez um rio, Guto adulto retorna à terra natal e vai visitar o rio de sua infância e se depara com a poluição de seu amigo. O espetáculo investe na poesia e memória para ao revelar os encantos de uma comunidade ribeirinha, através de suas cantigas e lendas.Em Frei Molambo, o protagonista anuncia o fim dos tempos e condena a corrupção, o egoísmo, a hipocrisia e a falta de compaixão. Marcelo Francisco interpreta esse cavaleiro bíblico que anuncia o apocalipse e que atrai com seu discurso uma multidão. O monólogo foi escrito na década de 1970 pela paraibana Lourdes Ramalho. O texto questiona os valores humanos e aponta os problemas, que ficaram ainda maiores.
ARTES CÊNICAS
Sexta (24)
Teatro de rua
Palco da Cultura Popular
10h – Cafuringa
Grupo Cafuringa (PE)
Circo
16h – Carrilhão
Coletivo Nopok (RJ)
Teatro para a infância
Parque Euclides Dourado
16h – Era Uma Vez Um Rio
Cênicas Cia. Repertório
Teatro adulto
Teatro Luiz Souto Dourado
19h – Frei Molambo
Marcelo Francisco (PE)
Sábado (25)
Circo
16h – Cena Circo: Mostra de Números Circenses
César Rossi, Irmãos Michel, Trupe Circuluz, Kelly Trindade, Mickael Marvey, Giovannia, Ronaldo Aguiar e Índia Morena
Dança
Parque Euclides Dourado
16h – Mostra Coreográfica
Mangueboys, Alê Carvalho, Funkynáticos, Pé Com Som, Cia. Carolemos Dançarte e Balé da Cidade do Recife
Teatro adulto
Teatro Luiz Souto Dourado
19h – No Buraco
Etc e Tal Produção Cultural (RJ)