Toda novela tem seu fim?

Na próxima semana, depois de curada toda e qualquer ressaca do carnaval, a Prefeitura do Recife deve anunciar a programação que, finalmente, vai abrir o teatro do Parque Dona Lindu, no bairro de Boa Viagem. A gente tinha ouvido uns comentários – de uns e de outros – dizendo que a principal atração seria a peça As centenárias, com Marieta Severo e Andréa Beltrão, texto do pernambucano Newton Moreno.

Foto: Guga Melgar/Divulgação

Bom, segundo me confirmou o secretário Renato L no primeiro dia da folia de momo, a Prefeitura até tentou. Mas as atrizes não tinham agenda para vir ao Recife. Mais uma vez, a visita desta montagem – de texto engraçadíssimo -, vai ficar para a próxima. A produção também teria tentado trazer Maria do Caritó, outro texto de Moreno, desta vez tendo Lília Cabral como protagonista, mas também não teria sido possível.

A principal atração mesmo Renato L disse que só falava na coletiva; mas confirmou que O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas, sucesso da Trupe Ensaia Aqui e Acolá, deve participar dessa programação. Ah, quem está na direção de todo o Dona Lindu, é Simone Figueiredo, que estava comandando o Santa Isabel.

A data para esta abertura foi marcada logo que o prefeito João da Costa reassumiu o cargo depois do transplante a que foi submetido. Desta vez, parece que não tem mais enrolação: 26 de março. Desde que as obras começaram, lá se vão quase três anos – foi em abril de 2008. E olhe que essa “novela” Dona Lindu vem de antes, já que o projeto sofreu muitas críticas, ainda no tempo de João Paulo.

Renato L garantiu que o teatro do Dona Lindu terá sim espaço para as produções pernambucanas. “Não vai virar um teatro da UFPE?”, perguntei. Ele garantiu que não. Que vai ser aberta pauta. Assim seja!

Secretário de Cultura garante que teatro terá espaço para produção pernambucana

Bom, segundo informações divulgadas pela própria Prefeitura um tempinho atrás, o teatro do Parque Dona Lindu tem capacidade para 587 lugares, sendo dez vagas para cadeirantes. O palco pode ser invertido, o que possibilitaria apresentações também para o público da área externa do parque. Além dos equipamentos de som e luz, que seriam os mais modernos possíveis.

E aí? Algum de vocês artistas recebeu convite para participar desta programação?! Comenta com a gente! 😉

Ops…vocês perceberam que entramos mesmo de recesso no carnaval, mas o blog volta com todo gás! Mandem sugestões, pautas, o que vocês querem ver por aqui…O e-mail da gente é o satisfeitayolanda@gmail.com .

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6 pensou em “Toda novela tem seu fim?

  1. Carolina

    Tomara que realmente tenha peças pernambucanas. Mas que elas sejam de qualidade. Pra colocar qualquer coisa só por que é daqui, como acontece em outos teatros, melhor que seja um Teatro da Ufpe mesmo. Pelo menos a gente pode ver mais coisas da boa produçāo nacional.

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  2. Ivana

    Aguardemos, então, a programação.
    Pena que ainda não será desta vez que o público recifense verá As centenárias, lindo espetáculo do Newton Moreno, uma direção criativa de Aderbal Freire-Filho e performances admiráveis de Marieta Severo e Andreia Beltrão.

    E que a paixão, a dedicação e talento de Luiz Mendonça inspirem o teatro que levará seu nome.

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  3. Rodrigo Dourado

    Ai, ai, ai, que cansaço dessa descrença no teatro local. Sempre aparece alguém insinuando que a produção local é ruim e que o teatro que vem de fora é, sempre, bom. O velho pensamento colonizado e deslumbrado. As pessoas confundem BOM teatro com teatro que se parece com a linguagem da TV. Não percebem que foram COLONIZADAS pelo gosto televisivo e se acham muito inteligentes assistindo às peças do Teatro da UFPE. Ai como eu queria que no Recifie houvesse TORCIDA pelo teatro local, como há TORCIDA pelo cinema local. Pra continuar assim nessa generalização e nessa dicotomia: Teatro da UFPE x Teatro local, eu digo: fui no máximo umas 5x ao Teatro da UFPE (excluindo-se aí minhas colações de grau heheheeh). E tive poucas experiências realmente artísticas e inquietantes. Quase tudo é comércio – e as pessoas adoram -fabricado, padronizado, de plástico. Mas o recifense fica muito feliz em pagar 50, 100 reais para assistir àquilo. Agora, vai cobrar 20 reais por uma peça local pra vc ver!!!! Por essas e outras continuamos alimentando esse sentimento eterno de inferioridade, de atraso. Ah, outra razão que me impede de ir à UFPE: eu mooooooooooooooooorro de vergonha da gente que frequenta aquele teatro, sempre com uma câmera fotográfica na mão à espera de um flash com a estrela da TV, sempre achando tudo maravilhoso mesmo quando leva broncas inacreditáveis. É assim o povo das periferias como o Recife: clama pelas migalhas da metrópole e se empanturra com elas, achando que come do bom e do melhor. Que esse teatro sobreviva ao (in)discreto charme da burguesia local.

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  4. André Chaves

    Beem,
    eu espero que realmente tenha uma grande programação,
    independente de ser daqui ou não, mas deve ser bom.
    Acho que “o amor de clotilde” é digníssimo para participar da programação.
    E eeu tenho uma sugestãão !
    Tem um Grupo em Surubim, chamado Proscênio, é do SESC, e este ano estão recebendo Maria Rita Costa Freire pra dirigir eles, a pedido de Zé Manoel. Acho que rende. Divulga aê !
    beijos queridas, parabéns pelo Blog, eu adoro !

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