2013 começou com a mostra de repertório dos 20 anos do Clowns de Shakespeare, realizada dentro do Janeiro de Grandes Espetáculos. Depois do sucesso de Sua Incelença, Ricardo III, o grupo estreou aqui, no Teatro de Santa Isabel, a sua versão para Hamlet. Só depois a peça foi vista em Curitiba. Mostrou a força do Janeiro no circuito de artes cênicas nacional e, mais uma vez, o vigor do teatro de grupo. Foto: Ivana Moura
A atriz Cybele Jácome também participou do Janeiro de Grandes Espetáculos (ao lado de Luís Mármora) contando a história de amor de Florentino Ariza e Fermina Daza, no espetáculo Gardênia. Montagem do El Outro Núcleo de Teatro inspirada no livro O amor nos tempos do cólera, do escritor colombiano Gabriel García Marquez, com direção de Marat Descartes. Alegria de conferir a maturidade da intérprete em encenação tão poética. Foto: Pollyanna Diniz
Estamos vivendo um momento de maturidade artística importante dos nossos grupos. O Coletivo Angu de Teatro, a Fiandeiros, a Cia Cênicas de Repertório, a Cia do Ator Nu, o Magiluth. Todos esses grupos estão comemorando a casa dos 10 anos (uns um pouco mais, outros menos)! A foto é do espetáculo Ópera, do Coletivo Angu de Teatro, montagem que voltou a ser vista nos palcos pernambucanos, especificamente no Teatro de Santa Isabel. Foto: Sávio Uchoa
Entre as estreias pernambucanas, Rei Lear no meu quintal, Mariano, irmão meu, As confrarias, Tragédia no mar: o Navio Negreiro de Castro Alves, De Íris ao arco-íris e O menino da Gaiola. Ótima estreia de Anamaria Sobral na direção do espetáculo Palavra da Sombra, que fez temporada no Centro Cultural Benfica, Teatro Joaquim Cardozo, com Márcio Carneiro no elenco. E a reestreia de Camille Claudel, monólogo de Ceronha Pontes em momento brilhante.
Entre os espetáculos de fora que conferimos, alguns destaques: Ikiru – Um réquiem para Pina Bausch, do bailarino japonês Tadashi Endo; Luis Antonio – Gabriela, que em 2013 foi apresentado no Santa Isabel; e os monólogos do projeto Ficção, da Cia Hiato, que vieram ao Recife graças ao Trema! – Festival de Teatro de Grupo. Foto: Renata Pires
Terminar o ano com o Teatro do Parque fechado, sem previsão de quando irá realmente reabrir, é uma das notícias ruins do ano. Assim como é lamentável também o estado de manutenção dos teatros na cidade. Nenhum deles escapa às críticas. Foto: Ivana Moura
A primeira entrevista realmente significativa de Leda Alves, secretária de Cultura do Recife, foi para o Yolanda. Um momento importante para questioná-la sobre os principais problemas das artes cênicas e perceber como a secretária encara os desafios que terá pela frente nos próximos anos de gestão. Nas entrevistas, ficou claro que os editais de convocação nortearão todos os eventos culturais feitos pela Prefeitura. Foto: Ivana Moura
O Festival Recife do Teatro Nacional foi a primeira prova de fogo da secretaria de Cultura do Recife. E muitos problemas aconteceram, começando do conceito do festival – que sempre foi trazer espetáculos de destaque e de referência estética no circuito nacional – e não foi levado, a grosso modo, em consideração. Na foto, uma exceção: o espetáculo que abriu o festival, Os gigantes da montanha, do Galpão. Foto: Pollyanna Diniz
O Magiluth comemora uma década em 2014 e se mostra o grupo mais atuante, provocador e instigante da nossa cena atual. Começaram ganhando o prêmio de melhor espetáculo no Janeiro de Grandes Espetáculos, fizeram mostra de repertório, circularam por vários festivais do país, realizaram um festival muito importante (o Trema, que foi parceiro do Feteag) e terminaram o ano com um projeto de intervenções urbanas e performances que realmente discutiu a relação teatro e cidade. Foto: Magiluth/divulgação
Em dezembro, quase no apagar das luzes de 2013, o Grupo Experimental celebrou sua trajetória de 20 anos no palco do Teatro Hermilo Borba Filho. A companhia apresentou quatro obras: Eye to eye, Barro-Macaxeira, Nada muito sério e Lúmen. Palmas para a diretora Mônica Lira e sua trupe, que já pensa no próximo trabalho, tendo como tema a dificuldade dos artistas em sobreviver de sua arte.
A tradição do Natal celebrada com o Baile do Menino Deus, no Marco Zero, no Recife, chegou ao décimo ano e já são 30 desde a primeira montagem. A peça tem texto de Ronaldo Correia de Brito (que também assina a direção) e Assis Lima e músicas de Antônio Madureira. Virou uma tradição para os pernambucanos. Essa ópera popular reutiliza coreografias de vários folguedos, uma música potente e um elenco afiado na procura pela casa do Deus menino. É um encontro marcado todos os anos no período natalino. Foto: Gianny Melo
Em 2013, o blog foi contemplado pelo Funcultura! É o reconhecimento de um trabalho feito com muita dedicação, na raça, sabendo dos desafios e da crise que a crítica teatral enfrenta hoje e, ao mesmo tempo, dos novos caminhos que pode trilhar. Com os recursos previstos, em 2014 pretendemos fazer ajustes no blog e intensificar algumas ações, como a publicação de vídeos. É esperar para ver!
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