Arquivo mensais:fevereiro 2011
A alegria dos premiados
Um prêmio para começar bem 2011. Para engordar o currículo. Para botar na estante. Para massagear o ego. Para mostrar para os amigos. Para muitas outras coisas. E para sair bem na foto.
As imagens da galeria são de Pedro Portugal (que gentilmente nos cedeu ótimos flagrantes) e de Ivana Moura.
Premiados em Teatro Adulto
O Oscar – parte II
E não é que a votação na enquete aqui do blog já adiantava o grande vencedor (em dose dupla!) desta noite de sexta-feira, 4 de fevereiro? Foi mesmo o espetáculo O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas. Os meninos da Trupe Ensaia Aqui e Acolá abocanharam os prêmios de melhor espetáculo, tanto pelo júri oficial quanto pela votação popular e maquiagem. A cada anúncio, uma festa e muitos gritos! O diretor Jorge de Paula agradeceu aos companheiros de elenco, que segundo ele assim disse “me fizeram gozar várias vezes”.
Cordel do amor sem fim, de Samuel Santos, também saiu com muitas estatuetas. Levou os prêmios de melhor direção, com Samuel Santos, melhor ator (Thomás Aquino), atriz coadjuvante (Agrinez Melo), sonoplastia (Diogo Lopes) e atriz (Naná Sodré dividiu o prêmio com Sandra Possani, por O acidente). Samuel não poderia subir ao palco sem proferir um discurso político, com questionamentos, provocações e cobranças. Não perdeu a oportunidade de dizer que a cidade estava ficando mais pobre com o fechamento do Armazém e que os prazos nas obras dos teatros se arrastam…”Mas eu não vim aqui para reclamar”, avisou. Agradeceu ainda ao elenco e disse estar feliz por tantos prêmios na equipe.
Sem desmerecer o trabalho de Naná e Sandra, acho que quem merecia ter levado o prêmio de atriz era Stella Maris Saldanha, que interpretou tão bem a senhora Carrar (e pela segunda vez, já que ela tinha feito o papel aos 18 anos). Também discordo da categoria ator coadjuvante. Pra mim, Flávio Renovatto arrasa muito em A peleja da mãe nas terras do senhor do açúcar.
No teatro infantil, O fio mágico (como bem opinou a Yolandinha Ivana Moura) levou quase todos. Melhor espetáculo, melhor diretor (Marcondes Lima), melhor ator (Marcondes de novo, dividindo com Jorge de Paula, por No meio da noite escura tem um pé de maravilha), atriz coadjuvante (Fátima Caio), cenário (dividindo o prêmio com No meio da noite…) e trilha sonora.
Na dança, Maria Paula Costa Rêgo era só sorrisos. Travessia, do grupo Grial de Dança, ganhou melhor espetáculo, melhor coreografia, trilha sonora, iluminação, cenografia e figurino (ui, será que estou esquecendo algum? Pra garantir, olhem a lista completa!!!).
Paula de Renor recebeu uma homenagem especial com um vídeo sobre o Teatro Armazém e depois a Orquestra Contemporânea de Olinda colocou todo mundo pra dançar. E ainda tinha Roger e Tiago de Renor e o DJ Dolores…Bom, foi lindo ver o Teatro Armazém se despedindo da cidade da melhor forma: numa comemoração com muitos artistas, promovendo as artes cênicas como tanto fez nesses 10 anos. E já fica a deixa para a campanha: ‘volta Armazém’.
E o prêmio foi para…
Antes de falar da festa no Armazém, a lista dos vencedores do Prêmio Apacepe de Teatro e Dança, entregue nesta sexta:
Teatro adulto
Espetáculo: O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas (júri popular e júri oficial)
Diretor: Samuel Santos (Cordel do amor sem fim)
Ator: Henrique Celibi (Madléia +ou – doida) e Thomás Aquino (Cordel do amor sem fim)
Atriz: Naná Sodré (Cordel do amor sem fim) e Sandra Possani (O acidente)
Ator coadjuvante: Paulo Henrique Reis (O santo e a porca)
Atriz coadjuvante: Agrinez Melo (Cordel do amor sem fim)
Atriz revelação: Bruna Castiel (Senhora dos afogados)
Sonoplastia: Diogo Lopes (Cordel do amor sem fim)
Iluminação: Luciana Raposo (Um rito de mães, rosas e sangue)
Cenário: Marcondes Lima (Lágrimas de um guarda-chuva)
Figurino: Luciano Pontes (Um rito de mães, rosas e sangue)
Maquiagem: Trupe Ensaia Aqui e Acolá (O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas)
Prêmio especial do júri: Sebastião Simão Filho (pelo trabalho de corpo em Odemar)
Teatro infantil
Espetáculo: O fio mágico
Diretor: Marcondes Lima (O fio mágico)
Ator: Jorge de Paula (No meio da noite escura tem um pé de maravilha) e Marcondes Lima (O fio mágico)
Atriz: Paula de Tássia (Reprilhadas e entralhofas – Um concerto para acabar com a tristeza)
Ator coadjuvante: Alexsandro Silva (Reprilhadas e entralhofas…)
Atriz coadjuvante: Fátima Caio (O fio mágico)
Figurino: Marcondes Lima (Reprilhadas e entralhofas…)
Cenário: Jorge de Paula, Andrezza Alves e Fábio Caio (No meio da noite escura…) e Marcondes Lima (O fio mágico)
Sonoplastia: Flávio Santana (Reprilhadas e entralhofas…)
Trilha sonora: Henrique Macedo (O fio mágico)
Iluminação: No meio da noite escura…
Prêmio especial do júri oficial: Palhaços em conSerto
Dança
Espetáculo: Travessia (Grupo Grial de Dança)
Bailarino: Cláudio Lacerda (Real/Duplo)
Bailarina: Fláira Ferro (O frevo. É teu?)
Trilha sonora ou sonoplastia: Publius Lentulus e Cláudio Rabeca (Travessia)
Iluminação: Luciana Raposo (Travessia)
Cenografia: Dantas Suassuna (Travessia)
Figurino: Andréa Monteiro (Travessia)
Coreografia: Maria Paula Costa Rêgo (Travessia)
Prêmio especial do júri oficial: Lua cambará (Ária Social)
Ainda rolaram prêmios especiais para o Espaço Muda (super parceiro!) e para o Teatro Boa Vista, reativado por Ulisses Dornelas.
Nova temporada de A Morte do Artista Popular
Há um fôlego de renovação de atores no espetáculo A Morte do Artista Popular, com direção de Antonio Cadengue. Os intérpretes Roberto Brandão, Biagio Pecorelli, Ingrid de Souza, Camilla Rios, Mauro Monezi, Diogo Testa, Thaysa Zooby, Evilasio de Andrade, Tiago Gondim, Julyana Caminha, Felipe Cavalcanti e Dolores Efrem encaram a dobradura da representação, num espetáculo que percorre alguns estilos teatrais.
O dramaturgo Luís Augusto Reis criou uma farsa sobre editais e concorrências de verbas públicas para acultura e os bastidores desses processos com uma olhar agudo. Pensou numa farsa. O encenador criou uma montagem mais solene, talvez para não cair num riso fácil de um assunto tão sério, que define os destinos de muitos projetos culturais.
E com essa trupe, o mês de fevereiro também é de teatro. A Morte do Artista Popular faz uma breve temporada de 5 a 27 de fevereiro aos sábados e domingos, às 19h, no Teatro Marco Camarotti – SESC Santo Amaro.
A intenção do diretor é viajar com a peça pelo estado de Pernambuco e por outros festivais do país. O tema, apesar de chato, é necessário e merece discussão. A peça talvez possibilite outro debate sobre as verbas públicas para a cultura e seus editais. Seria interessante que os conselheiros de cultura assistissem ao espetáculo nesta temporada, para refletir sobre toda a questão.
SERVIÇO
A MORTE DO ARTISTA POPULAR
Onde: Teatro Marco Camarotti – SESC Santo Amaro (Praça do Campo Santo, s/nº, Santo Amaro.
Fone: 3361-00917)
Quando: Sábados e domingos, de 5 a 27 de fevereiro, às 19 h
Duração: 80 minutos
Classificação: 16 anos
Ingresso: Cr$ 5,00 (Cinco reais)